Código Oficial: | 9813 |
Sigla: | MIM |
Descrição: | A formação em Medicina no ICBAS teve início em 1976, assentando num projeto pedagógico e institucional inovador e diferente da formação tradicional da Medicina. Tal projeto tem evoluído, face aos novos desafios, que se colocam ao futuro médico, que refletem o papel que este deve ter na sociedade, sendo agora um Mestrado Integrado de acordo com a nova Lei de Bases do Sistema Educativo, destinada a aplicar os princípios enunciados no “Processo de Bolonha”. Uma nova filosofia curricular inovadora e diferenciadora, incorpora um conjunto de unidades curriculares nucleares objetivas e um leque de U.C optativas que permite que cada estudante, enriqueça as suas competências, de acordo com as suas necessidades. |
OBJETIVOS:
Parte 1 - BIOLOGIA DA CÉLULA:
-Pretende-se que os alunos adquiram conceitos básicos da estrutura e funcionamento da célula, e sua relação com a fisiologia, idade, adaptação e patologia associada.
-Mais especificamente:
-Obter noções específicas da estrutura e função dos diferentes componentes celulares.
-Saber utilizar em autonomia o microscópio ótico.
-Saber efetuar o processamento para microscopia ótica e eletrónica.
-Saber identificar a ultrastrutura dos componentes celulares.
Parte 2 - BIOLOGIA DOS TECIDOS:
Aquisição de conhecimentos teóricos e práticos da morfologia microscópica e da histofisiologia dos tecidos do corpo humano, adquirindo-se saberes e competências potenciadores da compreensão e integração progressiva de conteúdos de biologia celular, histologia dos sistemas, embriologia, anatomia, fisiologia, patologia, entre outras.
1. Em geral, explicar o funcionamento, e métodos de estudo, dos componentes moleculares biológicos, e das suas organizações supramoleculares, com base em modelos fundamentais da Física e da Química.
2. Aplicar modelos fundamentais da Física para descrever o funcionamento de alguns métodos instrumentais de diagnóstico e de terapêutica, bem como para entender os dados medicamente relevantes obtidos a partir dos referidos métodos.
3. Aplicar modelos fundamentais da Química para descrever as propriedades estruturais e reaccionais biologicamente mais relevantes dos compostos de carbono.
4. Sistematizar conhecimentos específicos sobre a estrutura das moléculas biológicas mais importantes, bem como relacionar a referida estrutura com a "função" biológica.
Esta UC tem por objetivo dar a conhecer aos estudantes de Medicina as várias dimensões da profissão médica, da investigação à prática clínica, ao promover o contato prático com cada um estes cenários de atuação.
Ao concluir esta UC pretende-se que o estudante seja capaz de responder com espirito crítico às seguintes questões sobre ser Médico:
I- Quem somos? O que fazemos?
Dimensões da Medicina: clínica, investigação, educação, indústria, administração.
II- Como nos integramos no meio?
Relação e comunicação interpares, médico-doente, médico-sociedade.
III- Como chegamos aos dias de hoje?
História da Medicina.
O objetivo desta UC é familiarizar os estudantes com conceitos e técnicas estatísticas necessárias para uma correta formulação e interpretação de modelos biológicos.
Os estudantes deverão adquirir competências para formular e analisar modelos estatísticos. Competências que neste caso são de várias ordens, mas basicamente pretende-se que o estudante entenda a utilidade dos modelos matemáticos para aproximar fenómenos biológicos, assim como seja capaz de perceber, quando pretende fazer um estudo estatístico, que tipo de dados deve recolher, que tipo de análises deve fazer para tentar obter os resultados pretendidos, ou seja a resposta às questões de investigação. Na realidade o que se pretende é tão somente que o estudante entenda para que serve a estatística nas áreas da vida. Não se estão a formar estatísticos, mas alguém que se saiba relacionar com estatísticos.O metabolismo é um conjunto integrado de reacções químicas que ocorrem nas células com o objectivo de extrair energia dos nutrientes e usar essa energia para sintetizar proteínas, lípidos, carboidratos, ácidos nucleicos, etc. A disciplina de Bioquímica e Metabolismo tem como objectivos o estudo dos mecanismos de regulação dessas vias metabólicas, assim como das vias de transdução de sinal utilizadas pelas células para receber, processar, amplificar e integrar diversos sinais extracelulares. O aluno deverá ser capaz de reconhecer e explicar as funções das vias metabólicas, relacionar processos digestivos e de produção e armazenamento de energia com a composição de alimentos, relacionar mecanismos de regulação metabólica por hormonas, retroinibição e outros mecanismos com as necessidades em energia e metabolitos, reconhecer e explicar as bases moleculares dos mecanismos de homeostase (e.g., glucose e lípidos), relacionar o conhecimento das vias metabólicas com as bases moleculares, diagnóstico e tratamento de doenças, e participar activamente na resolução de problemas.
Procurar-se-à introduzir e estimular nos alunos: (i) a importância da Genética na Medicina e no quotidiano da prática clínica; (ii) a capacidade de formular hipóteses relacionadas com a observação de pedigrees, usando os conceitos e as técnicas matemáticas apropriados para identificar as causas genéticas responsavéis por determinadas doenças e o desenvolvimento do espírito crítico em relação aos resultados; (iii) a aptidão para compreender a evolução de uma população através das frequências genéticas.
Esta UC tem dois tipos de objectivos:
A - Proporcionar aos estudantes conhecimentos sobre alguns dos problemas da atualidade (1)
B - Proporcionar aos estudantes conhecimentos sobre métodos quantitativos aplicados à medicina, seja ela na sua vertente de planeamento, clínica, saúde pública ou investigação. (2,3)
Esta unidade tem por finalidade fornecer uma perspectiva abrangente da função do sistema nervoso, com uma incidência particular nos tópicos relevantes para a neurociências clínicas. Os objectivos principais do curso são:
1) fornecer aos estudantes os conhecimentos básicos da estrutura, nomenclatura e funcionamento do sistema nervoso;
2) fornecer os conhecimentos neuroanatómicos e funcionais necessários à compreensão e interpretação do exame neurológico.
Estes objectivos serão atingidos utilizando uma diversidade de modalidades de ensino, incluindo aulas teóricas, aulas laboratoriais e análise de casos clínicos.
A unidade terá 2 módulos que irão versar sobre neuroanatomia e neurofisiologia durante 7 semanas cada.
A responsabilidade da unidade será em regime de corregência pelos Profs. Joaquim Reis (neuroanatomia) e Laura Oliveira (neurofisiologia).
O ferro é um elemento essencial para a vida, estando envolvido em múltiplos processos metabólicos tais como o transporte celular de oxigénio, cadeia de transferência eletrónica e a síntese de DNA que ocorrem nos seres vivos. Apesar de ser um micronutriente fundamental, o elemento ferro pode ser também tóxico pelo seu papel na geração de espécies reativas de oxigénio e azoto. Assim, a manutenção estrita da sua homeostasia é crucial para a vida e qualquer desregulação deste equilíbrio irá ter implicações na fisiopatologia e evolução clínica de um grande número de doenças, envolvendo quase todas as especialidades médicas. Nesta unidade curricular pretende-se fornecer uma visão do papel deste elemento integrando conhecimentos de química bio inorgânica, bioquímica, genética molecular e celular, fisiopatologia e imunologia bem como algumas das suas aplicações na prática clínica.
CONHECIMENTO: Numa altura em que tanto se fala de progresso biomédico,, este curso, tem como objectivo principal permitir aos alunos fundamentar a sua opinião, a partir de um conhecimento sólido e fomentar a capacidade de reflexão e apetência para o conhecimento de temas da actualidade.
COMPREENSÃO: Os temas abordados são temas com os quais o aluno não está familiarizado do ponto de vista ético; assim, um dos objectivos é a confrontação do aluno com uma nova temática de questionamento ético, tentando, deste modo, e uma vez que logo após a apresentação teórica se segue a discussão, o reforço da capacidade de agilização da compreensão de novos conceitos.
ANÁLISE: Este é um dos objectivos principais desta disciplina: dotar os alunos de conceitos teóricos, estimulando a capacidade de criar uma estrutura para a análise de casos e conceitos. Sobre a maioria das temáticas apresentados, o aluno tem já uma ideia formada; ou seja, devido à actualidade da maioria dos temas, os alunos têm aquela atitude “a favor” ou “contra” sem sentirem a necessidade de fundamentar a sua posição. Este curso reforça a necessidade individual de fundamentar o que se pensa e pensar para fundamentar.
A unidade curricular (UC) de Fisiologia I tem como objetivo a aquisição de conhecimentos relativos aos mecanismos fisiológicos responsáveis pela manutenção da homeostasia cardiovascular, respiratória e do sangue.
Induzir a apreensão de conhecimentos sobre os vários aspectos da estrutura e expressão dos genes, da regulação destes mecanismos e das tecnologias genéticas a nível molecular. Treinar a leitura, compreensão e transmissão da informação contida em artigos científicos da área.
Esta unidade curricular mostra uma visão alargada do papel da Genómica na área da saúde, permitindo ao estudante alargar os conhecimentos sobre Genética adquiridos no 1º ano do Mestrado Integrado em Medicina e preparando-o para aplicar novos conhecimentos sobre genómica na sua futura prática clínica, ao contactar com os avanços recentes na investigação genética laboratorial e o seu impacto no diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças hereditárias.
1. Aquisição de conhecimentos em imunologia básica ou fundamental, necessários para a compreensão da fisiologia e patologia imunológica em humanos. 2. Aquisição de competências para a compreensão de informação bibliográfica básica e avançada na área disciplinar da imunologia. 3. Aquisição de hábitos e métodos de auto-aprendizagem. 4. Aperfeiçoamento da capacidade de transmissão oral e escrita de informação e conhecimento. 5. Aperfeiçoamento da capacidade de realização de trabalhos laboratoriais. 6. Aquisição de conhecimentos e competências para a boa utilização de técnicas laboratoriais imunológicas de diagnóstico.
Os estudantes deverão:
Introdução à Saúde Tropical tendo em conta o conceito Global Health. Aos estudantes do segundo ano, ainda sem experiência clínica, serão dados conceitos básicos passíveis de serem explorados em anos posteriores em diferentes valências do ciclo de estudos. Intervenções no âmbito da Medicina sem Fronteiras, quer de emergência quer de desenvolvimento, podem contribuir para reduzir o peso do dia-a-dia de milhões de pessoas. Esta Unidade Curricular pretende familiarizar os futuros médicos com os rudimentos da saúde tropical e as oportunidades que a profissão oferece devido às carências no mundo em desenvolvimento, especialmente em África.
Revisitar os conhecimentos da Anatomia Humana, anteriormente aprendidos nas disciplinas de Anatomia Sistemática I e II e Neuroanatomia, agora com ênfase na sua vertente topográfica e de aplicação dos conhecimentos anatómicos à compreensão de cortes anatómicos axiais do corpo humano e de casos clínicos, integrando assim os conhecimentos anatómicos com os princípios fundamentais da fisiologia, como pilar fundamental do raciocínio diagnóstico e compreensão do tratamento médico. As aulas teóricas têm como principais objetivos:
1. anatomia topográfica regional do corpo humano revisitada através da visualização de vídeos ilustrativos da anatomia humana
2.exercícios de identificação de fundamentos anatómicos de casos clínicos reais
3.compreensão da importância do conhecimento anatómico através da integração dos casos clínicos (diagnóstico e tratamento ) abordados e do tratamento proposto visualizado e discutido através de imagens/vídeos de procedimentos cirúrgicos
4.contacto com diferentes especialidades médicas compreendendo a importância do conhecimento anatómico na especificidade de cada especialidade
As aulas práticas serão focadas na revisão da topografia anatómica das várias regiões do corpo humano (utilizando cortes anatómicos axiais) e discussão de fundamentos anatómicos de casos clínicos. Em vez de ter todo o programa da Anatomia Humana Topográfica tratado exaustivamente nas aulas, o aluno é agora convidado a assistir a módulos temáticos e discussões anatomo clínicas (aulas teóricas e práticas) e é estimulado a acompanhar o estudo geral da disciplina por iniciativa própria, tendo como referência manuais como o "Clinical Anatomy "de Snell ou a "Anatomia Orientada para a Clínica" de Moore.
O estudo, pesquisa e compreensão de casos clínicos de forma orientada durante as aulas práticas permitirá a autonomia na interpretação de casos clínicos escolhidos e compilados para aquisição de competências pelo estudante durante o semestre.
O contacto inicial com técnicas médicas essenciais, permite reconhecer a importância do conhecimento anatómico nos gestos diários do médico.
A unidade curricular Comunicação de Ciência oferece uma abordagem às diferentes formas de diálogo que se estabelecem entre a ciência e a sociedade, no quadro mais específico das Ciências da Saúde, e visa constituir-se como uma introdução aos saberes e práticas do exercício da comunicação.
No final desta unidade curricular o estudante deverá ter uma visão geral dos processos de comunicação do conhecimento científico. Os principais objetivos desta unidade curricular são:
Resumindo, o principal objetivo desta unidade é informar sobre a importância da Comunicação de Ciência na área da saúde e a otimização das competências fundamentais à eficiente comunicação de ideias, factos e conclusões científicas através da linguagem falada e da linguagem escrita.
Aplicação da imunologia básica à doença imuno-mediada.
Compreensão da disfunção imune e sua tradução clínica.
Compreeensão da manipulação da resposta imune como estratégia terapêutica.
-OBJETIVOS:
Os alunos devem adquirir conceitos básicos sobre avaliação, diagnóstico e tratamento de casais inférteis. Esta unidade curricular tem como objetivo principal permitir que os alunos adquiram conhecimentos gerais que melhorem a capacidade em seu futuro médico de reconhecimento de situação de infertilidade, incluindo sua prevenção e preservação. Neste módulo, o estudante adquirirá o conhecimento geral de como avaliar, diagnosticar e tratar da forma mais adequada as diferentes patologias dos casais inférteis. Também iremos capacitar o aluno com conhecimento sobre as áreas laboratoriais associadas. Também abordará as indicações e os meios disponíveis para a preservação da fertilidade, bem como os aspectos psicológicos, legislativos e éticos inerentes ao diagnóstico e tratamento de casais inférteis. No final, os alunos contactarão com a realidade vista pelos pacientes inférteis. Na área da ciência básica, queremos que os alunos aprofundem seus conhecimentos sobre fertilização, desenvolvimento embrionário preimplantação e implantação embrionária e adquiram conhecimentos sobre investigação nesta área.
Mais especificamente:
-Obter noções gerais sobre fertilização, desenvolvimento embrionário preimplantação e implantação embrionária.
-Obter competências sobre como lidar com o casal infértil e prevenir a infertilidade.
-Obter noções sobre como avaliar e tratar o casal infértil em relação às principais causas, métodos de diagnóstico e tratamento.
-Adquirir noções sobre os métodos nos laboratórios de andrologia e embriologia.
-Adquirir noções sobre as indicações e métodos para a preservação da fertilidade.
-Adquirir noções sobre questões psicológicas, legislativas e éticas na reprodução assistida.
-Contactar com a realidade dos pacientes inférteis
Promoção do conhecimento e do gosto pelas Artes e Humanidades.
Desenvolvimento de competências médicas e artísticas, no sentido de potenciar a humanização, a criatividade, a reflexão, a expressão e a capacidade de comunicação.
Compreensão do potencial terapêutico da Música como uma intervenção médica.
Compreensão da importância da abordagem médica especializada dos problemas de saúde dos artistas, em particular dos músicos, atendendo às particularidades do contexto artístico.
Aquisição de conhecimentos teóricos e práticos sobre a interligação entre a Medicina, a Música e as Neurociências e como criar sinergias entre estas diferentes áreas.
Promoção da investigação clínica na área da Medicina da Música e da Medicina dos Músicos/Artes Performativas.
Translação das competências musicais / artísticas / performativas para a prática clínica e comunicação médica e científica (interpares, médico-doente, médico-sociedade).
Reconhecer a importância da Microbiologia no contexto das Ciências Biomédicas.
Enunciar as características estruturais básicas conhecidas hoje para os vírus, bactérias, fungos e protozoários.
Citar diferentes estratégias usadas por diferentes bactérias para a obtenção de energia e de elementos para a biossíntese.
Descrever matematicamente o crescimento bacteriano; enunciar fatores que afetam esse crescimento.
Citar mecanismos de atuação de alguns dos antibióticos presentemente disponíveis e reconhecer potenciais novos alvos para atuação de futuros agentes terapêuticos antimicrobianos.
Explicar como surgem as resistências bacterianas aos antibióticos e como pode ser travado esse surgimento.
Explicar em quê que diferem as bactérias e vírus dos organismos eucariotas em termos de organização genética e troca de material genético entre indivíduos.
Descrever de forma genérica os ciclos replicativos de diferentes tipo de vírus.
Descrever os tipos de danos que podem ser causados pelas infeções virais, a nível celular e a nível sistémico.
Descrever o modo de atuação de alguns dos fármacos antivirais em uso clínico.
Identificar as principais características dos fungos com relevância para a sua identificação.
Enunciar e distinguir as diferentes formas de manifestação das infeções fúngicas.
Descrever os ciclos replicativos de alguns protozoários com relevância clínica e epidemiológica.
Reconhecer fatores de virulência ou patogenicidade microbiana.
Executar corretamente a técnica asséptica de manipulação de microrganismos e respeitar regras de biossegurança.
Usar corretamente o microscópio ótico para a observação de microrganismos.
Usar diferentes técnicas de coloração para a visualização e classificação de microrganismos.
Usar de forma apropriada alguns testes metabólicos para a identificação microbiana.
Quantificar as bactérias presentes numa amostra.
Encontrar de forma eficaz e crítica as fontes bibliográficas que lhes permitam atualizar estes conhecimentos ao longo dos anos.
Apresentar os impactos negativos promovidos por tóxicos ambientais, de origem natural (ex. hormonas) e industrial (compostos orgânicos, incluindo produtos farmacêuticos) na saúde humana.
Dar a conhecer as principais vias de intoxicação, metabolismo e excreção de grupos de agentes tóxicos ambientais emergentes.
Dotar os alunos de conhecimentos em Farmacologia Básica, com especial referência aos mecanismos de ação (da molécula ao sistema), à farmacocinética, ao relacionamento do mecanismo de ação com a resposta clínica, aos efeitos laterais, problemas clínicos e toxicidade dos diferentes fármacos, e sua aplicabilidade na terapêutica.
A Unidade Curricular de Microbiologia Médica, tem como objetivo principal fazer a ponte entre a Microbiologia Básica, lecionada no 2º Ano do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, e a compreensão da etiologia, patogenia, diagnóstico laboratorial, tratamento e prevenção dos principais síndromes clínicos causados por bactérias, vírus, fungos e parasitas.
Perante um caso clínico, o estudante deverá ser capaz de:
- Colocar hipóteses diagnósticas.
- Planear todo o diagnóstico microbiológico.
- Conhecer as normas de colheita, transporte e processamento das amostras biológicas.
- Conhecer a importância e o impacto das variáveis pré- analíticas.
- Correlacionar os resultados laboratoriais com as informações clínicas.
- Implementar o tratamento anti-bacteriano, anti-fúngico. anti-vírico ou anti-parasitário recomendado.
- Compreender a importância da utilização racional dos fármacos e ter a noção do stewardship na utilização dos antimicrobianos.
- Reconhecer a importância da vigilância epidemiológica das infeções associadas aos cuidados de saúde.
Objetivos gerais
- Adquirir autonomia, capacidades de autoaprendizagem e propósitos de educação contínua que garantam preservação da postura pessoal e competência profissional adequada ao desempenho da prática médica ao longo da vida;
- Adquirir posturas e atributos indispensáveis ao desempenho da profissão médica, percebendo a importância definitiva da relação médico-doente;
- Dar contexto clínico ao currículo científico básico, i.e., integrar os conhecimentos previamente adquiridos numa perspetiva clínica;
Objetivos específicos
Na Semiologia e Fisiopatologia I (SFI), os objetivos centram-se na aquisição de conhecimentos e de capacidades de estabelecer uma relação apropriada com o doente, recolher informação, construir uma base de dados clínica e raciocinar clinicamente e criticamente sobre os casos clínicos. A aprendizagem cognitiva centra-se na semiologia geral e na semiologia específica de sistemas respiratório, cardíaco e musculoesquelético. Além da recolha da anamnese, o estudante adquire competências na realização de exame físico básico do adulto e na leitura básica de determinados exames complementares (Eletrocardiograma, Radiografia de Tórax e Espirometria)
Conhecimento dos fundamentos teóricos das técnicas atualmente utilizadas na exploração imagiológica dos doentes: Radiologia convencional, Tomografia Computorizada, Ultrassonografia, Ressonância Magnética, cintilografia, SPECT e PET.
Familiarização com o ambiente radiológico, designadamente com a proteção radiológica e os diferentes aparelhos.
Indicações clínicas para as diferentes técnicas diagnósticas e terapêuticas.
Integração dos meios de estudo e informação clínica.
Capacidade diagnóstica de situações de urgência.
Capacidade de diagnóstico guiado por relatório nas situações básicas não urgentes.
A Unidade Curricular pretende aplicar os princípios da epidemiologia ao estudo de grupos de doentes. No fim da unidade curricular o estudante deve ser capaz de avaliar o efeito das intervenções de diagnóstico, prevenção e terapêutica nos resultados clínicos, estudar os determinantes e efeitos das decisões clínicas, incorporar os resultados da investigação epidemiológica médica nos processos de tomada de decisão.
Pretende-se que o aluno perceba a importância da epidemiologia para a qualidade dos cuidados de saúde e a segurança dos doentes. Utiliza uma abordagem baseada em exemplos de utilização da epidemiologia no mundo real da atividade de um médico e pretende ser a continuação dos ensinamentos de outras Unidades Curriculares anteriores e permitir o desenvolvimento de capacidade crítica para uma melhor compreensão dos principais desafios em saúde pública.
Dotar os alunos de conhecimentos em Farmacologia Especial, com relevância para o tratamento de entidades patológicas específicas de cada órgão ou sistema, e dos fármacos importantes no combate das infeções e infestações por agentes microbianos (bactérias, fungos, vírus, protozoários, etc.). Na abordagem de cada grupo de fármacos faz-se especial referência ao mecanismo de ação (da molécula ao sistema), à farmacocinética, ao relacionamento do mecanismo de ação com a resposta clínica, aos efeitos laterais, problemas clínicos e toxicidade, bem como à sua relevância clínica na prática médica.
Conhecimentos: doença genética como extremo da variabilidade humana; tipos de hereditariedade; cálculos de riscos; técnicas de diagnóstico de doenças hereditárias; genética das doenças comuns; fatores genéticos no cancro; rastreio, prevenção e tratamento de doenças genéticas; aspetos éticos, legais e sociais das doenças genéticas.
Aptidões: colher, registar e interpretar uma história familiar; determinar a natureza hereditária de uma doença; calcular riscos; reconhecer o impacto psicosocial da doença hereditária; reconhecer os síndromes cromossómicos e as doenças hereditárias mais frequentes; conhecer as indicações para testes genéticos, interpretar resultados mais frequentes e reconhecer as suas limitações.
Competências: supeitar/fazer o diagnóstico correto de algumas doenças genéticas mais frequentes; saber quando referenciar doentes e familiares a consulta de genética médica; aprender a ajudar os doentes na tomada de decisões sem influenciar através de opiniões próprias ou preconceitos, a respeitar a autonomia e a não julgar as escolhas.
Objetivos gerais
- Adquirir autonomia, capacidades de autoaprendizagem e propósitos de educação contínua que garantam preservação da postura pessoal e competência profissional adequada ao desempenho da prática médica ao longo da vida;
- Adquirir posturas e atributos indispensáveis ao desempenho da profissão médica, percebendo a importância definitiva da relação médico-doente;
- Dar contexto clínico ao currículo científico básico, i.e., integrar os conhecimentos previamente adquiridos numa perspetiva clínica;
Objetivos específicos
Na Semiologia e Fisiopatologia II (SFII), às competências clínicas básicas adquiridas na SFI, acrescentam-se as competências elementares de raciocínio e elaboração clínica, ou seja, as capacidades de conceber em cenário fisiopatológico explicativo, de deduzir uma listagem de problemas e de propor um plano de investigação clínica, a um nível elementar, compatível com o currículo desenvolvido. Os aspetos relativos à aprendizagem cognitiva focam-se nos sistemas hematológico, renal, neurológico e hepatobiliodigestivo bem como no reforço dos sistemas abordados previamente e na aquisição de competências de exame físico.
Os alunos deverão:
No contexto de uma sociedade laica e multicultural, proporcionar ao estudante:
Conhecimentos teóricos em bioética adequados à prática dos cuidados de saúde (incluindo organização e investigação) e que os possa ajudar na relação médico-doente;
Habilidades mínimas para efetuar uma análise eticamente fundamentada relativamente a qualquer assunto sobre o qual não haja consenso;
Ferramentas para desenvolver os traços de caráter (tolerância, honestidade, integridade, coragem) necessários para uma boa relação médico-doente.
Contribuir para a formação de médicos competentes, que proporcionem cuidados de elevada qualidade, incorporando os avanços científicos na sua prática clínica e que contribuam para esses avanços e adquiram a capacidade de continuar a aprender durante as suas vidas profissionais
- Descrever as várias modalidades e técnicas de exames imagiológicos empregues no Serviço de Urgência (SU), destacando as suas vantagens e desvantagens.
- Entender a cadeia de fluxo de trabalho das imagens digitais no contexto de SU, nomeadamente a sua aquisição, processamento, leitura e relatório.
- Familiarizar-se com os riscos e benefícios potenciais dos meios de contraste endovenoso.
- Compreender a adequabilidade dos exames imagiológicos aos diferentes contextos de urgência médica e cirúrgica.
- Descrever os algoritmos de imagem para emergências traumáticas e não traumáticos.
- Reconhecer os principais achados imagiológicos das situações emergentes mais comuns observadas no SU.
- Compreender a importância da correlação dos achados imagiológicos com os dados clínicos e laboratoriais.
- Introduzir e examinar tecnologias de ponta e novos dispositivos no campo médico, incluindo inteligência artificial, realidade aumentada, robótica, imagem e impressão 3D, entre outros.
- Analisar o impacto dessas inovações nos resultados clínicos e na eficiência. Avaliar os benefícios e o valor acrescentado que trazem aos serviços de saúde.
- Incentivar e apoiar a investigação científica em novas tecnologias médicas, dispositivos e software que possam proporcionar benefícios significativos tanto para os pacientes como para os profissionais de saúde.
- Desenvolver um quadro educativo abrangente para melhorar o aprendizado e a compreensão dessas tecnologias entre estudantes e profissionais de medicina.
- Incentivar a colaboração entre várias disciplinas como medicina, engenharia e ciência da computação para impulsionar a inovação nos cuidados de saúde.
- Avaliar a viabilidade económica e as considerações éticas da implementação de novas tecnologias na prática clínica.
- Promover a consciencialização e facilitar a adoção de tecnologias inovadoras nas práticas clínicas diárias para melhorar os cuidados aos pacientes.
- Explorar como as novas tecnologias podem melhorar a relação entre doentes e médicos, aprimorando a comunicação, a confiança e a experiência geral nos cuidados de saúde.
- Dotar estudantes e profissionais com as competências e habilidades necessárias para utilizar efetivamente as novas tecnologias nas suas práticas.
- Manter-se atualizado sobre as tendências e avanços tecnológicos no campo médico para garantir que o currículo permaneça relevante e visionário.
Estes objetivos visam criar um ambiente de aprendizado robusto e dinâmico que abrace os avanços tecnológicos, preparando estudantes e profissionais de medicina para desafios e oportunidades futuras nos cuidados de saúde.
O estudante vai ter de integrar em pleno os seus conhecimentos adquiridos nas ciências básicas com conhecimentos adquiridos nas disciplinas clínicas. Vai abordar o doente com a integração plena da fisiopatologia, semiologia e clínica. Vai ter de reconhecer diferentes síndromes clínicos e diferentes patologias integrando a anamnese e o exame físico; adquirir atitudes e competências no reconhecimento dos diferentes problemas clínicos apresentados pelo doente, preconizar uma estratégia diagnóstica e estabelecer diagnósticos diferenciais de um modo fundamentado. Vai adquirir e treinar o seu raciocínio clínico.
Saber elaborar um plano de investigação clínico, nomeadamente quais os meios complementares de diagnóstico (MCDT) a solicitar, incluindo a sua criteriosa justificação e a correta interpretação e integração com os achados clínicos. Conhecer as indicações, vantagens e limitações dos diferentes MCDT. Apresentar um plano terapêutico e estabelecer um prognóstico. Desenvolver capacidades de comunicação com os seus pares e perceber da necessidade do trabalho multidisciplinar em saúde e de modo particular na abordagem clínica do doente. Estabelecer uma adequada relação médico-doente e demonstrar um respeito total pela confidencialidade e privacidade do doente.
ORL
Ter os conhecimentos nucleares na área da Otorrinolaringologia.
Desenvolver conhecimentos práticos na realização duma história clínica.
Desenvolver habilidades na execução do exame objetivo, nomeadamente otoscopia, rinoscopia anterior, exploração da faringe e cavidade oral e exame cervical.
Oftalmologia
Adquirir conhecimentos e capacidades para: colher e relatar uma história clínica oftalmológica, interpretar sinais e sintomas oculares, realizar exame oftalmológico sumário (de acordo com grelha de procedimentos obrigatórios efetuados nas aulas práticas) e propor os tratamentos adequados ou referenciação diferenciada (urgência ou consulta).
Adquirir conhecimentos sobre patologias oculares mais prevalentes, suas terapeuticas e efeitos secundários oculares de terapêuticas sistémicas e tópicas.
Conhecer o tratamento do doente respiratório vertente global (oxigénio e fármacos)
Familiarizar-se com a influencia do equilíbrio ácido-base e fluidoterapia no suporte global do doente.
Conhecer a terapêutica com antimicrobianos e adjuvante hiperbárica.Adquirir competências no planeamento e efetivação de um trabalho de investigação clinica, e também a aquisição de experiência prática na apresentação pública de trabalhos científicos (no âmbito das Jornadas de Terapêutica).
Conhecer qual o tratamento do doente cardiovascular, dor, osteoporose, biológicos, corticoides e da diabetes como situação de saúde/doença frequente do mundo atual.
Conhecer a sequencia da terapêutica com psicofármacos, intoxicações.
Familiarizar-se com a multi-prescrição e a interação de fármacos.Adquirir competências no planeamento e efetivação de um trabalho de investigação clinica, e também a aquisição de experiência prática na apresentação pública de trabalhos científicos (no âmbito das Jornadas de Terapêutica).
No contexto de uma sociedade laica e multicultural, proporcionar ao estudante:
Conhecimentos teóricos em bioética adequados à prática dos cuidados de saúde (incluindo organização e investigação) e que os possa ajudar na relação médico-doente;
Habilidades mínimas para efetuar uma análise eticamente fundamentada relativamente a qualquer assunto sobre o qual não haja consenso;
Ferramentas para desenvolver os traços de caráter (tolerância, honestidade, integridade, coragem) necessários para uma boa relação médico-doente.
Contribuir para a formação de médicos competentes, que proporcionem cuidados de elevada qualidade, incorporando os avanços científicos na sua prática clínica e que contribuam para esses avanços e adquiram a capacidade de continuar a aprender durante as suas vidas profissionais
- Descrever as várias modalidades e técnicas de exames imagiológicos empregues no Serviço de Urgência (SU), destacando as suas vantagens e desvantagens.
- Entender a cadeia de fluxo de trabalho das imagens digitais no contexto de SU, nomeadamente a sua aquisição, processamento, leitura e relatório.
- Familiarizar-se com os riscos e benefícios potenciais dos meios de contraste endovenoso.
- Compreender a adequabilidade dos exames imagiológicos aos diferentes contextos de urgência médica e cirúrgica.
- Descrever os algoritmos de imagem para emergências traumáticas e não traumáticos.
- Reconhecer os principais achados imagiológicos das situações emergentes mais comuns observadas no SU.
- Compreender a importância da correlação dos achados imagiológicos com os dados clínicos e laboratoriais.
- Introduzir e examinar tecnologias de ponta e novos dispositivos no campo médico, incluindo inteligência artificial, realidade aumentada, robótica, imagem e impressão 3D, entre outros.
- Analisar o impacto dessas inovações nos resultados clínicos e na eficiência. Avaliar os benefícios e o valor acrescentado que trazem aos serviços de saúde.
- Incentivar e apoiar a investigação científica em novas tecnologias médicas, dispositivos e software que possam proporcionar benefícios significativos tanto para os pacientes como para os profissionais de saúde.
- Desenvolver um quadro educativo abrangente para melhorar o aprendizado e a compreensão dessas tecnologias entre estudantes e profissionais de medicina.
- Incentivar a colaboração entre várias disciplinas como medicina, engenharia e ciência da computação para impulsionar a inovação nos cuidados de saúde.
- Avaliar a viabilidade económica e as considerações éticas da implementação de novas tecnologias na prática clínica.
- Promover a consciencialização e facilitar a adoção de tecnologias inovadoras nas práticas clínicas diárias para melhorar os cuidados aos pacientes.
- Explorar como as novas tecnologias podem melhorar a relação entre doentes e médicos, aprimorando a comunicação, a confiança e a experiência geral nos cuidados de saúde.
- Dotar estudantes e profissionais com as competências e habilidades necessárias para utilizar efetivamente as novas tecnologias nas suas práticas.
- Manter-se atualizado sobre as tendências e avanços tecnológicos no campo médico para garantir que o currículo permaneça relevante e visionário.
Estes objetivos visam criar um ambiente de aprendizado robusto e dinâmico que abrace os avanços tecnológicos, preparando estudantes e profissionais de medicina para desafios e oportunidades futuras nos cuidados de saúde.
O estudante vai ter de integrar em pleno os seus conhecimentos adquiridos nas ciências básicas com conhecimentos adquiridos nas disciplinas clínicas. Vai abordar o doente com a integração plena da fisiopatologia, semiologia e clínica. Vai ter de reconhecer diferentes síndromes clínicos e diferentes patologias integrando a anamnese e o exame físico; adquirir atitudes e competências no reconhecimento dos diferentes problemas clínicos apresentados pelo doente, preconizar uma estratégia diagnóstica e estabelecer diagnósticos diferenciais de um modo fundamentado. Vai adquirir e treinar o seu raciocínio clínico. Saber elaborar um plano de investigação clínico, nomeadamente quais os meios complementares de diagnóstico (MCDT) a solicitar, incluindo a sua criteriosa justificação e a correta interpretação e integração com os achados clínicos. Conhecer as indicações, vantagens e limitações dos diferentes MCDT. Apresentar um plano terapêutico e estabelecer um prognóstico. Desenvolver capacidades de comunicação com os seus pares e perceber da necessidade do trabalho multidisciplinar em saúde e de modo particular na abordagem clínica do doente. Estabelecer uma adequada relação médico-doente e demonstrar um respeito total pela confidencialidade e privacidade do doente. |
ORL
Ter os conhecimentos nucleares na área da Otorrinolaringologia.
Desenvolver conhecimentos práticos na realização duma história clínica.
Desenvolver habilidades na execução do exame objetivo, nomeadamente otoscopia, rinoscopia anterior, exploração da faringe e cavidade oral e exame cervical.
Oftalmologia
Adquirir conhecimentos e capacidades para: colher e relatar uma história clínica oftalmológica, interpretar sinais e sintomas oculares, realizar exame oftalmológico sumário (de acordo com grelha de procedimentos obrigatórios efetuados nas aulas práticas) e propor os tratamentos adequados ou referenciação diferenciada (urgência ou consulta).
Adquirir conhecimentos sobre patologias oculares mais prevalentes, suas terapeuticas e efeitos secundários oculares de terapêuticas sistémicas e tópicas.
Conhecer o tratamento do doente respiratório vertente global (oxigénio e fármacos)
Familiarizar-se com a influencia do equilíbrio ácido-base e fluidoterapia no suporte global do doente.
Conhecer a terapêutica com antimicrobianos e adjuvante hiperbárica.Adquirir competências no planeamento e efetivação de um trabalho de investigação clinica, e também a aquisição de experiência prática na apresentação pública de trabalhos científicos (no âmbito das Jornadas de Terapêutica).
Conhecer qual o tratamento do doente cardiovascular, dor, osteoporose, biológicos, corticoides e da diabetes como situação de saúde/doença frequente do mundo atual.
Conhecer a sequencia da terapêutica com psicofármacos, intoxicações.
Familiarizar-se com a multi-prescrição e a interação de fármacos.Adquirir competências no planeamento e efetivação de um trabalho de investigação clinica, e também a aquisição de experiência prática na apresentação pública de trabalhos científicos (no âmbito das Jornadas de Terapêutica).
Conhecer as práticas de cirurgia segura, a avaliação e gestão da via aérea, os acessos vasculares, as principais técnicas anestésicas, os tipos de monitorização intraoperatória, a avaliação de risco perioperatório, as particularidades dos doentes nos extremos de idades (doente em idade pediátrica e doente idoso), a estabilização e otimização do doente proposto para cirurgia, os principais tipos de fármacos utilizados e os principais problemas éticos no perioperatório.
A Unidade Curricular Angiologia e Cirurgia Vascular tem como objectivo fornecer, aos estudantes de Mestrado Integrado em Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto, uma exposição profunda dos conhecimentos na área da patologia vascular.
Assim, além do aprofundamento do conhecimento nas áreas da doença arterial obstrutiva periférica, doença arterial aneurismática, isquemia aguda dos membros, doença arterial cerebrovascular extra-craneana, tromboembolismo venoso e insuficiência venosa crónica dos membros inferiores (varizes), o estudante deve ter contacto com outras patologias, nomeadamente com as caracteristicas clínicas e necessidades terapêuticas do pé diabético, dissecção aórtica, hipertensão renovascular, traumatismos vasculares com particular ênfase nos iatrogeneos, hiperhidrose, malformações vasculares, linfedema dos membros, métodos diagnósticos em patologia vascular e alternativas terapêuticas, médica, cirurgia endovascular, cirurgia convencional e cirurgia endoscópica.
A unidade curricular de Cirurgia II e Especialidades Cirúrgicas mantém os objetivos gerais de formação iniciados na unidade curricular de Cirurgia I e Especialidades Cirúrgicas. A aquisição de conhecimentos básicos de cirurgia expande-se agora para as áreas da oncologia cirúrgica. Pretende-se familiarizar os estudantes com a epidemiologia, patologia, diagnóstico e tratamento dos cancros, estimulando o aprofundar do conhecimento sobre as doenças malignas. A vertente Humana e ética que envolve o tratamento do cancro, as sequelas, as opções de paleação e o tratamento de suporte, que devem ser do conhecimento de qualquer médico, são versados. Desenvolveu-se um programa teórico que aborda a patologia maligna cirúrgica mais frequente, adicionando vertentes da cirurgia geral nas quais o Serviço de Cirurgia do SA tem especial diferenciação.
O programa inclui também, conceitos de Cirurgia Vascular, Urologia, Anestesiologia, Cirurgia Plástica e Cirurgia Digital.
No âmbito Cirurgia Vascular são objetivos de aprendizagem os conceitos epidemiológicos, de diagnóstico e tratamento das doenças arteriais agudas e crónicas, obstrutivas e aneurismáticas e das doenças venolinfáticas nas suas vertentes aguda e crónica.
No âmbito da Cirurgia Plástica são objetivos do conhecimento a cirurgia reconstrutiva da cabeça, pescoço, mama e membros, os aspetos clinicos da estética da mama e da remodelação corporal e a fisiopatologia do doente queimado.
No âmbito da Anestesiologia são objetivos o conhecimento sobre o que corresponde a avaliação pré e pós operatória, as diferentes técnicas anestésicas, a utilização de diferentes anestésicos locais, a manipulação da via aérea e a importância e função das Unidades de Cuidados Anestésicos.
No âmbito da Urologia, o estudante é estimulado a aprofundar os conhecimentos, na epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento das patologias mais frequentes. O estudante, com os conhecimentos obtidos nos seminários e aulas práticas, deve ser capaz de elaborar anamnese cuidadosa, salientar os sintomas essênciais em cada patologia, complementada com o exame objetivo.
Correspondendo aos avanços mais recentes da sociedade, pretende-se introduzir no conhecimento médico noções sobre o potencial do Digital e da Inteligência Artificial aplicada à prática médica, nomeadamente no campo cirúrgico.
Após a conclusão bem-sucedida da unidade curricular, o estudante deverá ser capaz de:
- Compreender a fisiopatologia, o diagnóstico e os princípios de manuseamento das entidades cirúrgicas comuns e raras, com particular relevância clinica, nas crianças e adolescentes;
- Promover a melhoria da prestação de cuidados de saúde primários e referenciados à população infantil e adolescentes;
- Conhecer a propedêutica, a patologia e a clinica das situações comuns e relevantes no âmbito da Cirurgia Pediátrica;
- Proceder ao diagnóstico diferencial e iniciar o manuseamento pré-operatório em situações de urgência;
- Apreender os momentos do tratamento cirúrgico e identificar quando referenciar;
- Comunicar com a criança/adolescente, pais/cuidadores e médico assistente, demonstrando atitude responsável e humanística.
O objetivo da Unidade Curricular Cirurgia Plástica e Reconstrutiva é o ensino dos princípios fundamentais dessa especialidade de forma resumida e prática adaptada aos estudantes de medicina, o que pode ser importante não só para aqueles que ponderam seguir essa especialidade cirúrgica como também para todos aqueles que pretendem seguir outras especialidades cirúrgicas nas quais seja importante conhecer os princípios gerais de cirurgia reconstrutiva.
As aulas presenciais serão teóricas e práticas permitindo aos alunos contactar com as principais entidades nosológicas da Cirurgia Plástica Reconstrutiva, adquirindo o conhecimento das metodologias diagnósticas e terapêuticas da especialidade.
Aquisição de conhecimentos científicos e técnicos pertinentes e atualizados para adequar a prática da Medicina à prestação de cuidados ao doente crónico oncológico e não oncológico, de acordo com a filosofia e os princípios dos Cuidados Paliativos.
As soluções digitais têm potencial para transformar os sistemas de saúde e a educação, proporcionando melhores resultados em saúde, serviços e qualidade através de avanços tecnológicos. É expectável que, em dez anos, 75% dos doentes utilizem serviços de saúde digital, nomeadamente na gestão do bem-estar, no acesso aos cuidados de saúde e na gestão das doenças crónicas.
No final os estudantes deverão ter a capacidade de:
Objetivos gerais: Dotar o estudante de conhecimentos, aptidões e competências que o habilitem a prestar cuidados assistenciais à criança e ao jovem, no contexto familiar e social. Para tanto deve adquirir conhecimentos sobre promoção da saúde, prevenção da doença, proteção à criança e à família, deve ser capaz de avaliar e reconhecer o crescimento, estado nutricional e desenvolvimento da criança normal e deve conhecer as doenças mais frequentes e as respetivas medidas terapêuticas a implementar, com vista a uma integração plena e produtiva da criança e do jovem na vida adulta.
Objetivos específicos: Ao completar a sua formação pré-graduada, o estudante deve ser capaz de:
Adquirir atitudes e capacidades de comunicação com a criança, o adolescente e a família;
Conhecer as características da criança normal, dos 0 aos 18 anos, incluindo crescimento, estado nutricional, desenvolvimento, comportamento e variantes do normal;
Identificar as especificidades de cada grupo etário, adquirindo conhecimentos acerca da prestação de cuidados ao recém-nascido normal, incluindo acerca da abordagem na sala de partos e amamentação; à criança em idade pré-escolar; à criança em idade escolar e ao adolescente (puberdade);
Conhecer e promover a implementação de medidas preventivas e estilos de vida saudáveis, na infância e adolescência;
Conhecer as normas de vigilância de saúde infantil, o Boletim de Saúde Infantil e Juvenil e o Programa Nacional de Vacinação e promover a adesão e cumprimentos das recomendações vigentes;
Identificar e orientar as situações mais frequentes de doença aguda, incluindo situações de intoxicações, acidentes e maus-tratos;
Reconhecer a criança gravemente doente e adquirir conhecimentos acerca da prestação de cuidados de suporte básico de vida e intervenção em situações de urgência e emergência;
Conhecer a abordagem clínica e terapêutica das patologias médicas e cirúrgicas mais comuns nos diferentes grupos etários;
Desenvolver a capacidade de raciocínio clínico a partir da realização de anamnese e exame físico e elaboração de relatório clínico incluindo: Sistematização de problemas, Formulação hierarquizada de hipóteses de diagnóstico, Utilização criteriosa dos meios complementares de diagnóstico, Proposta fundamentada da intervenção terapêutica, Análise crítica dos resultados e Elaboração de plano de seguimento;
Integrar uma equipa multidisciplinar de saúde orientada para os cuidados à criança e adolescente, compreendendo e desenvolvendo uma abordagem integrada, nomeadamente em situações de doença crónica;
Conhecer as especificidades pediátricas da ética médica, em cada grupo etário;
Conhecer a estrutura e o funcionamento dos sistemas prestadores de cuidados de saúde à criança e adolescente, bem como reconhecer situações para referenciação.
Conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes:
a) capacidade de obter uma historia clinica completa,
b) reconhecer sintomas e sinais e realizar um exame fisico orientado e estruturado, quer ginecologico quer da mama
c) uso, indicaçoes e interpretação dos exames de diagnostico,
d) formular os diferentes diagnosticos diferenciais,
e) capacidade de formular um diagnostico definitivo
f) conhecer as terapeuticas medicas e/ou cirurgicas para o diagnostico prosposto, bem como para diagnosticos diferenciais,
g) ter conhecimento de diferentes abordagens cirurgicas ( cirurgia convencional/cirurgia minimamente invasiva- laparoscópica),
h) capacidade de saber prever a evolução, o prognóstico clínico,
i) conhecer o grau de gravidade da doença e a sua forma de resolução, em grau "normal", de urgencia ou de emergencia,
j) ter conhecimentos de epidemiologia, principios de prevenção e rastreio (ginecologico e da mama).
Objetivo principal:
Desenvolver competências na avaliação clínica obstétrica básica, em particular: conhecimento dos princípios básicos pré-concecionais, vigilância da gravidez normal e de risco clínico (materno e/ou fetal), assistência ao parto normal e anormal, compreensão dos fundamentos básicos da vigilância fetal intraparto, reconhecimento das principais patologias médico-cirúrgicas durante a gravidez e desenvolvimento de capacidades para gestão clínica de cuidados no período pós-parto.
Objetivos gerais:
Aprendizagem de forma integrada e articulada de acordo com a prática clínica obstétrica com desenvolvimento de competências na compreensão dos mecanismos de doença, capacidade de estabelecer um diagnóstico, promover medidas de saúde e preventivas e ser capaz de organizar um plano de gestão da paciente nos seguintes conteúdos da obstetrícia clínica:
- Assistência ao parto normal
- Cuidados pós-parto
- Cuidados pré-concecionais
- Cuidados pré-natais
- Hemorragia pós-parto
- Patologia médica e cirúrgica na gravidez
- Abortamento e gravidez ectópica
- Hemorragias do terceiro trimestre
- Parto anormal e vigilância fetal intra-parto
- Parto pré-termo
- Gravidez múltipla
Ao concluir esta unidade curricular o estudante deverá estar apto a:
A área da Medicina Desportiva é uma especialidade médica reconhecida oficialmente desde há longa data pela Ordem dos Médicos, tendo uma organização estrutural semelhante às restantes especialidades.
É uma área médica que não tem sido incluída nos programas curriculares das diferentes instituições de ensino da Medicina em Portugal.
A prescrição de exercício físico, de lazer ou terapêutico, é uma das áreas com que qualquer médico se debate na sua prática profissional diária.
Com a criação de uma área opcional de Medicina Desportiva e do Exercício pretende-se possibilitar aos alunos do MIM do ICBAS, o contacto com esta área específica e com todos os aspetos que se relacionam com esta especialidade médica, permitindo aquisição de conhecimentos que permitam aos alunos uma melhoria da sua prática clínica nesta área.
Terá por principais objetivos:
- Fornecer conhecimentos na área da Medicina Desportiva e do Exercício, apresentar as principais áreas relacionadas com a Medicina Desportiva, aquisição de conhecimentos para Avaliação e exame médico desportivo e orientações para prescrição de exercício físico, de lazer ou terapêutico.
- Prática da Medicina Desportiva nas suas principais vertentes.
- Principais lesões relacionadas com a prática de desporto e exercício físico. Elaboração e aconselhamento de programas de prevenção de lesões no desporto. Aconselhamento sobre nutrição e suplementação no Desporto. Conhecimentos sobre Doping e substâncias Dopantes.
A Unidade Curricular (UC) de Medicina Geral e Familiar (MGF) pretende dar a conhecer o Médico de família como o profissional de saúde que actua a nível dos Cuidados de Saúde Primários, que conhece e gere os problemas de saúde que afectam os indivíduos, a sua família e a comunidade a que pertencem, sendo na maioria das vezes o primeiro ponto de contacto dos doentes com o sistema de saúde.
O grupo EURACT (European Academy of Teachers in Family Medicine/General Practice) através da Agenda Educativa Euract de Medicina Geral e Familiar delineou as características fundamentais que a disciplina e o ensino da MGF deve conter agrupando-a em seis competências nucleares que uma vez adquiridas se convertem em aptidões de desempenho com vista à sua aplicação na prática nos cuidados de saúde. Essas competências nucleares são: Gestão em Cuidados Primários; Cuidados centrados na Pessoa; Aptidões para a resolução de problemas específicos; Abordagem abrangente; Abordagem holística; Orientação comunitária.
Fundamentados nestes pressupostos, apresentamos as bases do conteúdo curricular da área de MGF, iniciando-se com a UC de MGF I no 5º ano e posteriormente com MGF II no 6.º ano. Pretende-se que durante o semestre relativo a MGF I os alunos adquiram conhecimentos atitudes e competências necessárias a um bom desempenho em MGF, antecipando o que será o ano profissionalizante, no qual se espera que, mediante uma prática orientada, o estudante receba formação e treino indispensáveis para o exercício da Medicina em contexto extra-hospitalar.
São objectivos gerais sensibilizar os futuros médicos, para a aquisição de conhecimentos e competências a utilizar em Cuidados de Saúde Primários (área com características próprias) e como Médico de Medicina Geral e Familiar (âmbito específico de atuação). Promover a aquisição de conhecimentos competências e atitudes conducentes à abordagem focada no indivíduo (por oposição à abordagem centrada na doença), na família, e na comunidade.
Os objectivos gerais de aprendizagem a atingir pelos estudantes serão distribuídos pelas componentes do conhecimento, das capacidades clínicas e das atitudes e comportamentos.
Conhecimentos: os estudantes deverão compreender os mecanismos e formas de apresentação das principais síndromes e patologias que integram o programa dos diferentes módulos da disciplina, a sua abordagem diagnóstica, os princípios da terapêutica, incluindo a abordagem de situações agudas e a definição do prognóstico. Será essencial a compreensão dos condicionalismos ambiências, sociais e culturais das doenças, os princípios da medicina preventiva, da promoção da saúde, da epidemiologia e da saúde comunitária e como estes princípios devem ser aplicados ao doente individualizado. Os aspectos éticos e legais do exercício da medicina e a organização dos cuidados de saúde, serão componentes essenciais do conhecimento a integrar pelos estudantes no momento da decisão clinica e da orientação dos doentes.
Capacidades clínicas: os estudantes deverão demonstrar capacidades e eficácia em comunicar com os doentes e seus familiares, bem como com os restantes profissionais envolvidos na prestação de cuidados e demonstrar capacidade de trabalhar em equipa multidisciplinar. Devem obter e registar uma história clínica estruturada, executar correctamente um exame físico completo, saber fazer uma adequada listagem de problemas, formular hipóteses de diagnóstico e definir um plano de investigação. A capacidade da interpretação integrada dos achados da anamnese, do exame objectivo e dos exames complementares de diagnóstico serão essenciais para propor um plano de tratamento e definir o prognóstico. Os estudantes deverão adquirir aptidões para executar procedimentos e técnicas clínicas essenciais, que serão definidas por cada módulo da disciplina.
Atitudes e comportamentos: deverão demonstar atitudes e comportamentos compatíveis com os cuidados centrados no doente, consistentes com os mais elevados padrões de qualidade da arte da Medicina, que devem integrar: o respeito pela diversidade cultural, social e linguística dos doentes, dos colegas de profissão e dos restantes profissionais de saúde; o reconhecimento dos direitos do doente, incluindo o dever de confidencialidade e o consentimento devidamente informado; o desenvolvimento da capacidade de investigação clinica e da análise crítica da informação científica; o reconhecimento da necessidade de garantir qualidade e segurança dos cuidados prestados ao doente, segundo os padrões e as recomendações das sociedades cientificas; o reconhecimento dos limites pessoais e profissionais, ser capaz de pedir ajuda e ajudar sempre que necessário.
Objetivos específicos:
Após a conclusão bem-sucedida da unidade curricular , o estudante deverá ser capaz de:
-Demonstrar cultura médica básica , no que diz respeito ao conhecimento genérico sobre determinadas patologias neurocirúrgicas, suas incidências e prevalências; designadamente no que se refere à patologia traumática craniana, patologia raquidiana, tumores interessando o sistema nervoso, hemorragias intracranianas e moderna neurocirurgia funcional com particular enfoque no tratamento da epilepsia, das doenças do movimento e da dor;
-Identificar e orientar atempadamente problemas ou condições clínicas que podem beneficiar de cuidados por parte de um especialista em Neurocirurgia, de forma a evitar sequelas e impossibilidade de cura, ou mesmo ser responsabilizado pela morte ou incapacidade grave;
-Compreender a diferenciação da Neurocirurgia, dentro das ciências neurológicas, como uma área individual e bem definida.
O conhecimento da profilaxia, diagnóstico e tratamento das principais doenças do aparelho locomotor, sobretudo as traumáticas, congénitas, do desenvolvimento e degenerativas. A frequência prática, denominada “Aulas Práticas” é antecedida por uma informação teórica, o Primer Teórico.
O currículo básico do mestrado integrado de medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) especifica as áreas consideradas de especial relevância na Unidade Curricular de Psiquiatria.
Assim, o ensino da Psiquiatria foi estruturado de forma a que os estudantes possam ter acesso aos conteúdos programáticos fundamentais em contextos vários. Estes incluem: aulas teóricas, teórico-práticas e aulas práticas em que o doente é o fator constante e indispensável, para a aprendizagem de técnicas de abordagem, comunicação e intervenção junto da pessoa em sofrimento. Estas aprendizagens têm como elemento fundamental a inclusão dos aspetos socio-afetivos e a abordagem holística do doente. A preocupação primeira é a aprendizagem da avaliação da pessoa e dos seus ambientes social, familiar e afetivo. O ensino será sempre orientado para a redução do estigma, para a formação individual, para o aumento da literacia em psiquiatria e saúde mental, para o respeito pelos direitos fundamentais de cidadania, para a prevenção e para a promoção da saúde mental nos diferentes contextos de vida.
Deve facultar um nível adequado de saber psiquiátrico, com competências clínicas e conhecimento das intervenções adequadas, para proporcionar uma avaliação e uma terapêutica eficazes para todos os doentes.
Os médicos recém-formados devem ser capazes de reconhecer, avaliar e diagnosticar as Perturbações Mentais mais prevalentes, intervir de forma eficaz em situações de emergência psiquiátrica e saber como e quando devem encaminhar, para médicos seniores ou especialistas, alguns doentes com quadros patológicos psiquiátricos de difícil manejo.
Os principais objetivos específicos, para o ensino de psiquiatria clínica, são:
1- Proporcionar aos alunos conhecimento e compreensão das principais perturbações psiquiátricas e a relação da saúde mental e da psiquiatria com outras áreas médicas. Do mesmo modo, deve proporcionar conhecimentos sobre os princípios subjacentes à teoria psiquiátrica moderna e sobre os tratamentos mais habitualmente utilizados;
2- Promover o desenvolvimento das competências necessárias, para aplicar os conhecimentos adquiridos, em situações clínicas do dia a dia (capacidade de avaliação diagnóstica, orientações terapêuticas mais habituais, critérios de referenciação à especialidade);
3- Desenvolvimento de competências necessárias para responder, de forma empática, aos problemas mentais, doenças e sofrimento psicológico em todos os contextos médicos;
4- Fornecer conhecimentos que permitam aos alunos lidar de forma adequada com a sua própria saúde e bem-estar.
Resumidamente deve dar aos estudantes os conhecimentos básicos de Psiquiatria, nomeadamente a sua inserção no contexto das ciências médicas, as suas especificidades metodológicas e clínicas, bem como os aspetos clínicos do conjunto das doenças do foro mental de maior relevância epidemiológica.
- Educar os estudantes de medicina de uma forma dirigida o mais possível para a prática clínica da Urologia, baseada em resolução de problemas e estimulando o raciocínio clínico.
- Salvaguardar que os doentes serão submetidos ao menor stress e risco possível durante o processo lectivo face às contingências do número de aulas, do ratio alunos por doente e por assistente.
- Aumentar a eficiência da aprendizagem da Urologia, a dedicação e a motivação dos alunos dada a esta disciplina
- Desenvolver plataformas actualizadas de ensino digital (e-learning).
- Desenvolver casos clínicos com doentes e audiovisuais fictícios mas baseados na vida real em modelo digital de patologias fundamentais na Urologia.
A Unidade Curricular Angiologia e Cirurgia Vascular tem como objectivo fornecer, aos estudantes de Mestrado Integrado em Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto, uma exposição profunda dos conhecimentos na área da patologia vascular.
Assim, além do aprofundamento do conhecimento nas áreas da doença arterial obstrutiva periférica, doença arterial aneurismática, isquemia aguda dos membros, doença arterial cerebrovascular extra-craneana, tromboembolismo venoso e insuficiência venosa crónica dos membros inferiores (varizes), o estudante deve ter contacto com outras patologias, nomeadamente com as caracteristicas clínicas e necessidades terapêuticas do pé diabético, dissecção aórtica, hipertensão renovascular, traumatismos vasculares com particular ênfase nos iatrogeneos, hiperhidrose, malformações vasculares, linfedema dos membros, métodos diagnósticos em patologia vascular e alternativas terapêuticas, médica, cirurgia endovascular, cirurgia convencional e cirurgia endoscópica.
A unidade curricular de Cirurgia II e Especialidades Cirúrgicas mantém os objetivos gerais de formação iniciados na unidade curricular de Cirurgia I e Especialidades Cirúrgicas. A aquisição de conhecimentos básicos de cirurgia expande-se agora para as áreas da oncologia cirúrgica. Pretende-se familiarizar os estudantes com a epidemiologia, patologia, diagnóstico e tratamento dos cancros, estimulando o aprofundar do conhecimento sobre as doenças malignas. A vertente Humana e ética que envolve o tratamento do cancro, as sequelas, as opções de paleação e o tratamento de suporte, que devem ser do conhecimento de qualquer médico, são versados. Desenvolveu-se um programa teórico que aborda a patologia maligna cirúrgica mais frequente, adicionando vertentes da cirurgia geral nas quais o Serviço de Cirurgia do SA tem especial diferenciação.
O programa inclui também, conceitos de Cirurgia Vascular, Urologia, Anestesiologia, Cirurgia Plástica e Cirurgia Digital.
No âmbito Cirurgia Vascular são objetivos de aprendizagem os conceitos epidemiológicos, de diagnóstico e tratamento das doenças arteriais agudas e crónicas, obstrutivas e aneurismáticas e das doenças venolinfáticas nas suas vertentes aguda e crónica.
No âmbito da Cirurgia Plástica são objetivos do conhecimento a cirurgia reconstrutiva da cabeça, pescoço, mama e membros, os aspetos clinicos da estética da mama e da remodelação corporal e a fisiopatologia do doente queimado.
No âmbito da Anestesiologia são objetivos o conhecimento sobre o que corresponde a avaliação pré e pós operatória, as diferentes técnicas anestésicas, a utilização de diferentes anestésicos locais, a manipulação da via aérea e a importância e função das Unidades de Cuidados Anestésicos.
No âmbito da Urologia, o estudante é estimulado a aprofundar os conhecimentos, na epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento das patologias mais frequentes. O estudante, com os conhecimentos obtidos nos seminários e aulas práticas, deve ser capaz de elaborar anamnese cuidadosa, salientar os sintomas essênciais em cada patologia, complementada com o exame objetivo.
Correspondendo aos avanços mais recentes da sociedade, pretende-se introduzir no conhecimento médico noções sobre o potencial do Digital e da Inteligência Artificial aplicada à prática médica, nomeadamente no campo cirúrgico.
Após a conclusão bem-sucedida da unidade curricular, o estudante deverá ser capaz de:
- Compreender a fisiopatologia, o diagnóstico e os princípios de manuseamento das entidades cirúrgicas comuns e raras, com particular relevância clinica, nas crianças e adolescentes;
- Promover a melhoria da prestação de cuidados de saúde primários e referenciados à população infantil e adolescentes;
- Conhecer a propedêutica, a patologia e a clinica das situações comuns e relevantes no âmbito da Cirurgia Pediátrica;
- Proceder ao diagnóstico diferencial e iniciar o manuseamento pré-operatório em situações de urgência;
- Apreender os momentos do tratamento cirúrgico e identificar quando referenciar;
- Comunicar com a criança/adolescente, pais/cuidadores e médico assistente, demonstrando atitude responsável e humanística.
O objetivo da Unidade Curricular Cirurgia Plástica e Reconstrutiva é o ensino dos princípios fundamentais dessa especialidade de forma resumida e prática adaptada aos estudantes de medicina, o que pode ser importante não só para aqueles que ponderam seguir essa especialidade cirúrgica como também para todos aqueles que pretendem seguir outras especialidades cirúrgicas nas quais seja importante conhecer os princípios gerais de cirurgia reconstrutiva.
As aulas presenciais serão teóricas e práticas permitindo aos alunos contactar com as principais entidades nosológicas da Cirurgia Plástica Reconstrutiva, adquirindo o conhecimento das metodologias diagnósticas e terapêuticas da especialidade.
Aquisição de conhecimentos científicos e técnicos pertinentes e atualizados para adequar a prática da Medicina à prestação de cuidados ao doente crónico oncológico e não oncológico, de acordo com a filosofia e os princípios dos Cuidados Paliativos.
As soluções digitais têm potencial para transformar os sistemas de saúde e a educação, proporcionando melhores resultados em saúde, serviços e qualidade através de avanços tecnológicos. É expectável que, em dez anos, 75% dos doentes utilizem serviços de saúde digital, nomeadamente na gestão do bem-estar, no acesso aos cuidados de saúde e na gestão das doenças crónicas.
No final os estudantes deverão ter a capacidade de:
- Conhecer a realidade da chamada “Medicina de Estância”
-Valorizar os aspetos contextuais reconhecidos pela OMS, nomeadamente na sua Classificação Internacional de Função (“ICF”) na Promoção da Saúde, quer na vertente preventiva quer na curativa
-Conhecer o Termalismo como modalidade representativa da “Medicina de Estância” no continente europeu
- Diferenciar os vários tipos de água e seus efeitos
- Aplicar os conhecimentos teóricos e práticos na área da Hidrologia
- Compreender os modelos operativos do funcionamento de um balneário termal
- Identificar as termas portuguesas e os seus tipos de água, as suas indicações e contraindicações
- Ter algumas noções sobre a realidade termal no espaço da UE
- Aplicar técnicas crenoterápicas e técnicas complementares
- Prescrever um programa dietético e um programa de exercício, mediante a avaliação da condição física e de fatores de risco
- Compreender aspetos legislativos e regulamentares do termalismo em Portugal
Conhecimento das aplicações das técnicas de neuroimagem ao diagnóstico, terapêutica e investigação científica.
Integração radio-clínica.
Capacidade diagnóstica de situações de urgência e não urgentes básicas.
Capacidade de diagnóstico guiado por relatório nas situações diferenciadas.
Para além dos objetivos gerais e transversais a todas as unidades curriculares do MIM, os objetivos principais são:
- Otimização da ligação funcional entre os conhecimentos teóricos, a prática clínica e a decisão terapêutica.
Objetivos gerais: Dotar o estudante de conhecimentos, aptidões e competências que o habilitem a prestar cuidados assistenciais à criança e ao jovem, no contexto familiar e social. Para tanto deve adquirir conhecimentos sobre promoção da saúde, prevenção da doença, proteção à criança e à família, deve ser capaz de avaliar e reconhecer o crescimento, estado nutricional e desenvolvimento da criança normal e deve conhecer as doenças mais frequentes e as respetivas medidas terapêuticas a implementar, com vista a uma integração plena e produtiva da criança e do jovem na vida adulta.
Objetivos específicos: Ao completar a sua formação pré-graduada, o estudante deve ser capaz de:
Adquirir atitudes e capacidades de comunicação com a criança, o adolescente e a família;
Conhecer as características da criança normal, dos 0 aos 18 anos, incluindo crescimento, estado nutricional, desenvolvimento, comportamento e variantes do normal;
Identificar as especificidades de cada grupo etário, adquirindo conhecimentos acerca da prestação de cuidados ao recém-nascido normal, incluindo acerca da abordagem na sala de partos e amamentação; à criança em idade pré-escolar; à criança em idade escolar e ao adolescente (puberdade);
Conhecer e promover a implementação de medidas preventivas e estilos de vida saudáveis, na infância e adolescência;
Conhecer as normas de vigilância de saúde infantil, o Boletim de Saúde Infantil e Juvenil e o Programa Nacional de Vacinação e promover a adesão e cumprimentos das recomendações vigentes;
Identificar e orientar as situações mais frequentes de doença aguda, incluindo situações de intoxicações, acidentes e maus-tratos;
Reconhecer a criança gravemente doente e adquirir conhecimentos acerca da prestação de cuidados de suporte básico de vida e intervenção em situações de urgência e emergência;
Conhecer a abordagem clínica e terapêutica das patologias médicas e cirúrgicas mais comuns nos diferentes grupos etários;
Desenvolver a capacidade de raciocínio clínico a partir da realização de anamnese e exame físico e elaboração de relatório clínico incluindo: Sistematização de problemas, Formulação hierarquizada de hipóteses de diagnóstico, Utilização criteriosa dos meios complementares de diagnóstico, Proposta fundamentada da intervenção terapêutica, Análise crítica dos resultados e Elaboração de plano de seguimento;
Integrar uma equipa multidisciplinar de saúde orientada para os cuidados à criança e adolescente, compreendendo e desenvolvendo uma abordagem integrada, nomeadamente em situações de doença crónica;
Conhecer as especificidades pediátricas da ética médica, em cada grupo etário;
Conhecer a estrutura e o funcionamento dos sistemas prestadores de cuidados de saúde à criança e adolescente, bem como reconhecer situações para referenciação.
Conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes:
a) capacidade de obter uma historia clinica completa,
b) reconhecer sintomas e sinais e realizar um exame fisico orientado e estruturado, quer ginecologico quer da mama
c) uso, indicaçoes e interpretação dos exames de diagnostico,
d) formular os diferentes diagnosticos diferenciais,
e) capacidade de formular um diagnostico definitivo
f) conhecer as terapeuticas medicas e/ou cirurgicas para o diagnostico prosposto, bem como para diagnosticos diferenciais,
g) ter conhecimento de diferentes abordagens cirurgicas ( cirurgia convencional/cirurgia minimamente invasiva- laparoscópica),
h) capacidade de saber prever a evolução, o prognóstico clínico,
i) conhecer o grau de gravidade da doença e a sua forma de resolução, em grau "normal", de urgencia ou de emergencia,
j) ter conhecimentos de epidemiologia, principios de prevenção e rastreio (ginecologico e da mama).
Objetivo principal:
Desenvolver competências na avaliação clínica obstétrica básica, em particular: conhecimento dos princípios básicos pré-concecionais, vigilância da gravidez normal e de risco clínico (materno e/ou fetal), assistência ao parto normal e anormal, compreensão dos fundamentos básicos da vigilância fetal intraparto, reconhecimento das principais patologias médico-cirúrgicas durante a gravidez e desenvolvimento de capacidades para gestão clínica de cuidados no período pós-parto.
Objetivos gerais:
Aprendizagem de forma integrada e articulada de acordo com a prática clínica obstétrica com desenvolvimento de competências na compreensão dos mecanismos de doença, capacidade de estabelecer um diagnóstico, promover medidas de saúde e preventivas e ser capaz de organizar um plano de gestão da paciente nos seguintes conteúdos da obstetrícia clínica:
- Assistência ao parto normal
- Cuidados pós-parto
- Cuidados pré-concecionais
- Cuidados pré-natais
- Hemorragia pós-parto
- Patologia médica e cirúrgica na gravidez
- Abortamento e gravidez ectópica
- Hemorragias do terceiro trimestre
- Parto anormal e vigilância fetal intra-parto
- Parto pré-termo
- Gravidez múltipla
Ao concluir esta unidade curricular o estudante deverá estar apto a:
A área da Medicina Desportiva é uma especialidade médica reconhecida oficialmente desde há longa data pela Ordem dos Médicos, tendo uma organização estrutural semelhante às restantes especialidades.
É uma área médica que não tem sido incluída nos programas curriculares das diferentes instituições de ensino da Medicina em Portugal.
A prescrição de exercício físico, de lazer ou terapêutico, é uma das áreas com que qualquer médico se debate na sua prática profissional diária.
Com a criação de uma área opcional de Medicina Desportiva e do Exercício pretende-se possibilitar aos alunos do MIM do ICBAS, o contacto com esta área específica e com todos os aspetos que se relacionam com esta especialidade médica, permitindo aquisição de conhecimentos que permitam aos alunos uma melhoria da sua prática clínica nesta área.
Terá por principais objetivos:
- Fornecer conhecimentos na área da Medicina Desportiva e do Exercício, apresentar as principais áreas relacionadas com a Medicina Desportiva, aquisição de conhecimentos para Avaliação e exame médico desportivo e orientações para prescrição de exercício físico, de lazer ou terapêutico.
- Prática da Medicina Desportiva nas suas principais vertentes.
- Principais lesões relacionadas com a prática de desporto e exercício físico. Elaboração e aconselhamento de programas de prevenção de lesões no desporto. Aconselhamento sobre nutrição e suplementação no Desporto. Conhecimentos sobre Doping e substâncias Dopantes.
A Unidade Curricular (UC) de Medicina Geral e Familiar (MGF) pretende dar a conhecer o Médico de família como o profissional de saúde que actua a nível dos Cuidados de Saúde Primários, que conhece e gere os problemas de saúde que afectam os indivíduos, a sua família e a comunidade a que pertencem, sendo na maioria das vezes o primeiro ponto de contacto dos doentes com o sistema de saúde.
O grupo EURACT (European Academy of Teachers in Family Medicine/General Practice) através da Agenda Educativa Euract de Medicina Geral e Familiar delineou as características fundamentais que a disciplina e o ensino da MGF deve conter agrupando-a em seis competências nucleares que uma vez adquiridas se convertem em aptidões de desempenho com vista à sua aplicação na prática nos cuidados de saúde. Essas competências nucleares são: Gestão em Cuidados Primários; Cuidados centrados na Pessoa; Aptidões para a resolução de problemas específicos; Abordagem abrangente; Abordagem holística; Orientação comunitária.
Fundamentados nestes pressupostos, apresentamos as bases do conteúdo curricular da área de MGF, iniciando-se com a UC de MGF I no 5º ano e posteriormente com MGF II no 6.º ano. Pretende-se que durante o semestre relativo a MGF I os alunos adquiram conhecimentos atitudes e competências necessárias a um bom desempenho em MGF, antecipando o que será o ano profissionalizante, no qual se espera que, mediante uma prática orientada, o estudante receba formação e treino indispensáveis para o exercício da Medicina em contexto extra-hospitalar.
São objectivos gerais sensibilizar os futuros médicos, para a aquisição de conhecimentos e competências a utilizar em Cuidados de Saúde Primários (área com características próprias) e como Médico de Medicina Geral e Familiar (âmbito específico de atuação). Promover a aquisição de conhecimentos competências e atitudes conducentes à abordagem focada no indivíduo (por oposição à abordagem centrada na doença), na família, e na comunidade.
Os objectivos gerais de aprendizagem a atingir pelos estudantes serão distribuídos pelas componentes do conhecimento, das capacidades clínicas e das atitudes e comportamentos.
Conhecimentos: os estudantes deverão compreender os mecanismos e formas de apresentação das principais síndromes e patologias que integram o programa dos diferentes módulos da disciplina, a sua abordagem diagnóstica, os princípios da terapêutica, incluindo a abordagem de situações agudas e a definição do prognóstico. Será essencial a compreensão dos condicionalismos ambiências, sociais e culturais das doenças, os princípios da medicina preventiva, da promoção da saúde, da epidemiologia e da saúde comunitária e como estes princípios devem ser aplicados ao doente individualizado. Os aspectos éticos e legais do exercício da medicina e a organização dos cuidados de saúde, serão componentes essenciais do conhecimento a integrar pelos estudantes no momento da decisão clinica e da orientação dos doentes.
Capacidades clínicas: os estudantes deverão demonstrar capacidades e eficácia em comunicar com os doentes e seus familiares, bem como com os restantes profissionais envolvidos na prestação de cuidados e demonstrar capacidade de trabalhar em equipa multidisciplinar. Devem obter e registar uma história clínica estruturada, executar correctamente um exame físico completo, saber fazer uma adequada listagem de problemas, formular hipóteses de diagnóstico e definir um plano de investigação. A capacidade da interpretação integrada dos achados da anamnese, do exame objectivo e dos exames complementares de diagnóstico serão essenciais para propor um plano de tratamento e definir o prognóstico. Os estudantes deverão adquirir aptidões para executar procedimentos e técnicas clínicas essenciais, que serão definidas por cada módulo da disciplina.
Atitudes e comportamentos: deverão demonstar atitudes e comportamentos compatíveis com os cuidados centrados no doente, consistentes com os mais elevados padrões de qualidade da arte da Medicina, que devem integrar: o respeito pela diversidade cultural, social e linguística dos doentes, dos colegas de profissão e dos restantes profissionais de saúde; o reconhecimento dos direitos do doente, incluindo o dever de confidencialidade e o consentimento devidamente informado; o desenvolvimento da capacidade de investigação clinica e da análise crítica da informação científica; o reconhecimento da necessidade de garantir qualidade e segurança dos cuidados prestados ao doente, segundo os padrões e as recomendações das sociedades cientificas; o reconhecimento dos limites pessoais e profissionais, ser capaz de pedir ajuda e ajudar sempre que necessário.
Objetivos específicos:
Esta unidade curricular tem como objetivo principal introduzir aos estudantes métodos quantitativos e qualitativos em educação médica.
Após a conclusão bem-sucedida da unidade curricular , o estudante deverá ser capaz de:
-Demonstrar cultura médica básica , no que diz respeito ao conhecimento genérico sobre determinadas patologias neurocirúrgicas, suas incidências e prevalências; designadamente no que se refere à patologia traumática craniana, patologia raquidiana, tumores interessando o sistema nervoso, hemorragias intracranianas e moderna neurocirurgia funcional com particular enfoque no tratamento da epilepsia, das doenças do movimento e da dor;
-Identificar e orientar atempadamente problemas ou condições clínicas que podem beneficiar de cuidados por parte de um especialista em Neurocirurgia, de forma a evitar sequelas e impossibilidade de cura, ou mesmo ser responsabilizado pela morte ou incapacidade grave;
-Compreender a diferenciação da Neurocirurgia, dentro das ciências neurológicas, como uma área individual e bem definida.
O conhecimento da profilaxia, diagnóstico e tratamento das principais doenças do aparelho locomotor, sobretudo as traumáticas, congénitas, do desenvolvimento e degenerativas. A frequência prática, denominada “Aulas Práticas” é antecedida por uma informação teórica, o Primer Teórico.
O currículo básico do mestrado integrado de medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) especifica as áreas consideradas de especial relevância na Unidade Curricular de Psiquiatria.
Assim, o ensino da Psiquiatria foi estruturado de forma a que os estudantes possam ter acesso aos conteúdos programáticos fundamentais em contextos vários. Estes incluem: aulas teóricas, teórico-práticas e aulas práticas em que o doente é o fator constante e indispensável, para a aprendizagem de técnicas de abordagem, comunicação e intervenção junto da pessoa em sofrimento. Estas aprendizagens têm como elemento fundamental a inclusão dos aspetos socio-afetivos e a abordagem holística do doente. A preocupação primeira é a aprendizagem da avaliação da pessoa e dos seus ambientes social, familiar e afetivo. O ensino será sempre orientado para a redução do estigma, para a formação individual, para o aumento da literacia em psiquiatria e saúde mental, para o respeito pelos direitos fundamentais de cidadania, para a prevenção e para a promoção da saúde mental nos diferentes contextos de vida.
Deve facultar um nível adequado de saber psiquiátrico, com competências clínicas e conhecimento das intervenções adequadas, para proporcionar uma avaliação e uma terapêutica eficazes para todos os doentes.
Os médicos recém-formados devem ser capazes de reconhecer, avaliar e diagnosticar as Perturbações Mentais mais prevalentes, intervir de forma eficaz em situações de emergência psiquiátrica e saber como e quando devem encaminhar, para médicos seniores ou especialistas, alguns doentes com quadros patológicos psiquiátricos de difícil manejo.
Os principais objetivos específicos, para o ensino de psiquiatria clínica, são:
1- Proporcionar aos estudantes conhecimento e compreensão das principais perturbações psiquiátricas e a relação da saúde mental e da psiquiatria com outras áreas médicas. Do mesmo modo, deve proporcionar conhecimentos sobre os princípios subjacentes à teoria psiquiátrica moderna e sobre os tratamentos mais habitualmente utilizados;
2- Promover o desenvolvimento das competências necessárias, para aplicar os conhecimentos adquiridos, em situações clínicas do dia a dia (capacidade de avaliação diagnóstica, orientações terapêuticas mais habituais, critérios de referenciação à especialidade);
3- Desenvolvimento de competências necessárias para responder, de forma empática, aos problemas mentais, doenças e sofrimento psicológico em todos os contextos médicos;
4- Fornecer conhecimentos que permitam aos estudantes lidar de forma adequada com a sua própria saúde e bem-estar.
Resumidamente deve dar aos estudantes os conhecimentos básicos de Psiquiatria, nomeadamente a sua inserção no contexto das ciências médicas, as suas especificidades metodológicas e clínicas, bem como os aspetos clínicos do conjunto das doenças do foro mental de maior relevância epidemiológica.
- Educar os estudantes de medicina de uma forma dirigida o mais possível para a prática clínica da Urologia, baseada em resolução de problemas e estimulando o raciocínio clínico.
- Salvaguardar que os doentes serão submetidos ao menor stress e risco possível durante o processo lectivo face às contingências do número de aulas, do ratio alunos por doente e por assistente.
- Aumentar a eficiência da aprendizagem da Urologia, a dedicação e a motivação dos alunos dada a esta disciplina
- Desenvolver plataformas actualizadas de ensino digital (e-learning).
- Desenvolver casos clínicos com doentes e audiovisuais fictícios mas baseados na vida real em modelo digital de patologias fundamentais na Urologia.
O estudante escolherá livremente uma das modalidades da componente curricular, programando, calendarizando e desenvolvendo o trabalho com o acompanhamento de um orientador, e eventualmente de um coorientador. A redação do trabalho é apreciada por um júri, sendo complementada por um ato público de apresentação e discussão.
Objetivos de aprendizagem
(conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes)
a) capacidade de obter uma historia obstétrica completa,
b) reconhecer sintomas e sinais e realizar um exame físico orientado e estruturado
c) uso, indicações e interpretação dos exames de diagnostico,
d) formular os diferentes diagnósticos diferenciais,
e) capacidade de formular um diagnostico definitivo,
f) conhecer as terapêuticas médicas e/ou cirúrgicas para o diagnostico proposto, bem como para diagnósticos diferenciais,
g) ter conhecimento de diferentes abordagens cirúrgicas,
h) capacidade de saber prever a evolução, o prognóstico clínico,
i) conhecer o grau de gravidade da doença e a sua forma de resolução, em grau "normal", de urgência ou de emergência,
j) ter conhecimentos de epidemiologia, princípios de prevenção e rastreio
Esta Unidade Curricular tem por objetivos a vivência prática da Medicina e integração dos conhecimentos adquiridos ao longo do curso.
Durante o processo formativo, o estudante deverá saber identificar os problemas do doente, registá-los de forma adequada (método de registo de Lawrence Weed - RMOP) e definir qual a informação necessária para os resolver. Deverá, ainda, saber pesquisar a literatura e bases de dados pertinentes, selecionar os melhores estudos e aplicar regras de evidência para aferir a sua validade. O treino do Raciocínio Clinico com vista à elaboração de uma decisão clinica adequada está no âmago da UC.