Código Oficial: | 9257 |
Sigla: | MIARQ |
A Disciplina de Desenho ao promover a representação e o conhecimento do mundo visível e das imagens mentais através do registo gráfico manual, tem os seguintes objectivos:
- Desenvolver no estudante a capacidade de observação, a habilidade e o conhecimento do acto do desenho e a sensibilidade aos valores plásticos e estéticos;
- Criar condições para que o estudante enfrente o acto de projectar com agilidade espontaneidade e consciência;
- Estimular a presença no acto projectual de componentes não sistemáticas, simbólicas e poéticas.
- Promover a satisfação e o conhecimento da necessidade e do prazer da representação; da expressão do número e da medida; da memória visual da realidade exterior e interior.
- Reconhecer que o desenho é a expressão gráfica de uma intencionalidade que deve procurar a sua matriz na realidade exterior e no património do Desenho e da Arquitectura;
- Entender que se aprende a desenhar desenhando e desenhando-se, isto é, a intencionalidade do desenho está, também, na matriz que é o autor.
Conhecer os diferentes sistemas de representação, as suas propriedades e especificidades, como meio de leitura, construção e representação do espaço, do território ao objecto arquitectónico.
Saber utilizar ferramentas de modelação tridimensional para o mesmo fim.
Compreender a amplitude conceptual e técnica das expressões arquitectónicas antigas e medievais, nas suas específicas dimensões territoriais e urbanas, formais e construtivas.
Contribuir para o desenvolvimento de uma metodologia interrogativa introdutória ao estudo da História da Arquitectura, que constitua matriz para abordar o contexto histórico das unidades arquitectónicas, seja qual for o tempo e o espaço em que se inserem, nos alinhamentos de localização, função, forma, técnica, imagem, símbolo e significado.
A presente Unidade Curricular, inserida num primeiro ano entendido como propedêutico, visa:
-a abordagem genérica da problemática da Arquitectura;
-o domínio dos instrumentos básicos da projectação;
-a iniciação à metodologia da composição espacial.
Familiarizar os alunos com o maior número de especificidades espaciais bem como com os diversos conceitos concorrentes para a sua caracterização: do "espaço natural" ao "espaço humanizado", do espaço urbano ao espaço arquitectónico.
Estudar o espaço arquitectónico na sua dimensão construtiva, através da sensibilização e aquisição de conhecimentos científicos basilares sobre os materiais e as técnicas intervenientes nos processos construtivos.
Assegurar que esta aprendizagem, feita com base no estudo genérico do edifício, se torne suporte da instrumentação necessária à acção arquitectural prática e teórica, permanentemente referenciada ao contexto do lugar e ao sistema produtivo.
Desenvolver a prática do desenho - a singularidade da sua expressão e adequação individual (modos, técnicas, códigos e sistemas de representação) - no sentido de favorecer uma livre e eficaz construção de imagens na relação estreita com a concepção figural do projecto de arquitectura.
A História da Arquitectura tem de ser entendida enquanto arte que vai serenamente assumindo corpo científico, e não como um mero relato de edifícios, cidades, humanização da paisagem natural ou um relato de tudo quanto o Homem foi construindo com a necessidade básica de se proteger, de criar o seu HABITAT.
A História da Arquitectura Moderna tem por alvo o estudo da arquitectura que é genericamente abrangida pela arquitectura clássica. Dos fins da Idade Média até ao Neo-classicismo é o período visado por esta unidade curricular.
Os documentos da História da Arquitectura Moderna são privilegiadamente os testemunhos feitos de “pedra e cal”. A montante dos artefactos, reside uma das especificidades disciplinares da História da Arquitectura: perceber como o arquitecto/construtor, correspondendo às ideologias de cada época e utilizando os meios materiais de momento, soube lidar com o confronto entre o problema e a sua resolução.
Para o conhecimento da Arquitectura concorrem também os documentos escritos e desenhados dos quais, por vezes, se relevam dados susceptíveis de levantamento de outras hipóteses interpretativas, que não as convencionadas.
A estrutura vertical do Curso, na área de Projecto, propõe, para o 2º ano, a introdução às questões de metodologia de projecto e a continuação do processo de aprendizagem iniciado no 1º ano, desenvolvendo-se e consolidando-se as capacidades instrumentais e conceptuais para o exercício da projectação. Esta prática pressupõe a capacidade de experimentação e de síntese de diversos saberes convergentes no domínio da Arquitectura, a qual estará sempre subjacente em toda a proposta de forma arquitectónica.
O processo de projecto, no 2º ano, deverá incidir sobre a requalificação de uma área da cidade consolidada, facilmente identificável, com proposta de edifícios de dimensão e complexidade variáveis e com programa de equipamentos e restauração. Deverá ser privilegiada a análise do conjunto edificado, do espaço público e da cidade, recorrendo ao apoio da história da arquitectura e da cidade e às metodologias de análise arquitectónica, com o objectivo de que cada aluno construa e fundamente a sua leitura do lugar. Neste contexto, a relação arquitectónica entre novo e antigo, entre proposto e pré-existente, bem como a relação entre linguagem arquitectónica e sistemas construtivos serão objecto de reflexão durante as diversas fases de desenvolvimento do trabalho prático. O processo de observação do contexto da intervenção deverá conduzir à identificação e caracterização dos diversos elementos e formas arquitectónicas que constituem o lugar do projecto e o seu significado na história da cidade visando a fundamentação objectiva de cada proposta de transformação. Esta deverá resultar de um processo em que o conhecimento do lugar e a capacidade crítica e criativa do aluno revelem um progressivo enriquecimento na fundamentação da proposta e no seu desenho.
Será, ainda objectivo desta disciplina aprofundar a caracterização global do campo em que o arquitecto exerce a sua actividade profissional.
Os objectivos e competências/aptidões resultantes da U.C. de “Teoria 1” compreendem o seguinte:
1 - Familiarizar o aluno com a área da Teoria de Arquitectura, entendendo tanto a sua especificidade como as interacções que estabelece com as outras áreas disciplinares (i.e. Projecto, História, Construção, Urbanismo).
2 - Familiarizar os alunos com uma sequência de movimentos teóricos, linguagens arquitectónicas e pensadores-arquitectos, que marcaram o desenvolvimento da disciplina em geral e da área da Teoria em particular.
3 - Desenvolver conhecimentos gerais, capacidade crítica e interesses pessoais, que apoiem o aluno nas suas práticas arquitectónicas e experiências projectuais.
A unidade curricular de Economia Urbana procura fornecer um quadro de leitura da cidade do ponto de vista da ciência económica. A cidade é entendida não apenas como consequência espacial do funcionamento da economia, mas como lugar de múltiplas sinergias e tensões entre economia, sociedade e ambiente construído. A disciplina assume uma abordagem eclética, introduzindo princípios e fundamentos da análise económica, bem como leituras contemporâneas sobre a cidade enquanto centro de produção, consumo e ancoragem de fluxos transnacionais. É discutida a gestão estratégica da economia urbana, nomeadamente na sua relação com o planeamento do espaço físico e face a projetos mobilizadores associados à reabilitação urbana, atração de talento, inovação e sustentabilidade.
O percurso epistemológico da Geografia Humana tem, como noutras Ciências Sociais, seguido uma evolução muito rápida e de sentidos diversificados: mudam as dinâmicas sociais e muda-se o modo de apropriação e de transformação do território. Esta questão obriga não só a rever constantemente os suportes teóricos e conceptuais da Geografia, como também a actualizar o conhecimento sobre a realidade empírica, no caso, de Portugal.
Em geral, os alunos do curso de Arquitectura possuem uma formação muito deficiente em Geografia, situação que se complica quando essa ausência é preenchida por informação muito pouco rigorosa, superficial e de “senso comum”. Para além disso, o corpo disciplinar da Geografia (Física e Humana) é extremamente vasto e conhece cada vez mais especializações e áreas de interesse partilhadas por outros saberes. Na impossibilidade da cadeira de Geografia cobrir esta lacuna, é contudo possível centrar os objectivos em alguns campos de interesse que a Geografia, o Urbanismo e a Arquitectura partilham.
Conhecimento dos principais paradigmas sócio-antropológicos de análise das questões espaciais e do território; identificação e conhecimento dos quadros de relação estrutural entre morfologia espacial e morfologia sócio-cultural; mobilização das implicações teórico-práticas mais relevantes das relações entre morfologia espacial e sócio-cultural tendo presente a realidade social portuguesa.
O percurso epistemológico da Geografia Humana tem, como noutras Ciências Sociais, seguido uma evolução muito rápida e de sentidos diversificados: mudam as dinâmicas sociais e muda-se o modo de apropriação e de transformação do território. Esta questão obriga não só a rever constantemente os suportes teóricos e conceptuais da Geografia, como também a actualizar o conhecimento sobre a realidade empírica, no caso, de Portugal.
Em geral, os alunos do curso de Arquitectura possuem uma formação muito deficiente em Geografia, situação que se complica quando essa ausência é preenchida por informação muito pouco rigorosa, superficial e de “senso comum”. Para além disso, o corpo disciplinar da Geografia (Física e Humana) é extremamente vasto e conhece cada vez mais especializações e áreas de interesse partilhadas por outros saberes. Na impossibilidade da cadeira de Geografia cobrir esta lacuna, é contudo possível centrar os objectivos em alguns campos de interesse que a Geografia, o Urbanismo e a Arquitectura partilham.
É objetivo desta disciplina a introdução à temática da construção de edifícios, principalmente a compreensão da física das construções que fundamenta o exercício do projeto na sua passagem de projeto a obra.
Pretende-se que o aluno tome conhecimento sobre os seguintes temas: Projeto e inovação; sistemas e elementos de construção; elementos que compõem o edifício, funções e exigências; tipos de materiais, sua aplicação e comportamento; os intervenientes na construção, função e responsabilidade; a obra e a construção de um edifício, faseamento e gestão de uma obra; o quadro legal que regula a construção de edifícios.
A Unidade Curricular História da Arquitectura Contemporânea tem como objectivo o conhecimento crítico da arquitectura da Idade Contemporânea, considerada como aquela que se inscreve no período que tem início no fim da arquitectura barroca e se prolonga até à actualidade. A data de 1750, um início possível, é a da publicação por Denis Diderot do "Prospecto" da Enciclopédia, obra que iniciaria a sua publicação no ano seguinte.
A Unidade Curricular de Projeto 3 assume como adquirida uma relativa segurança das competências metodológicas e do manuseamento das técnicas de projeto, necessariamente adquiridas nos anos anteriores, competindo-lhe testá-las e desenvolvê-las de forma a colocar os conhecimentos e a experiência dos estudantes num patamar superior de capacidades e exigências.
Sob o tema genérico da habitação plurifamiliar e com a cidade como enquadramento e referente, serão propostos e efetuados um conjunto de exercícios potenciadores de experimentação, de reflexão e de incremento da capacidade de materialização projetual, alargando conhecimentos sobre Projecto e sobre Arquitectura.
Trata-se, primeiro que tudo, de fazer a abordagem geral dos temas e problemas da habitação plurifamiliar, entendidos como reflexão sobre os modos de habitar, como ensaio de definição de programas e elaboração de espaços-células que os reflitam, assim como o estudo dos modos e estratégias da associação destas células mediante sistemas e disposições que constituam uma articulação eficaz e potenciadora, suscetível de aportar claras mais-valias relativamente à residência individual. Procura-se ainda, mediante o estudo dos fogos, dos sistemas de distribuição, das associações em módulos e da conformação do edifício, tornar esclarecidas e consistentes as opções tipológicas possíveis. Trata-se também de o fazer num contexto urbano, obrigando a estudar e a compreender os processos e elementos de formação dos tecidos urbanos e da definição das suas morfologias, explorando as vias pelas quais a realização de um programa habitacional substancial define, constitui, altera ou reconstrói novos tecidos urbanos. Deste modo, a integração das duas vertentes permite refletir e compreender a interdependência e a relação dialética entre a inserção urbana, a morfologia urbana e a tipologia edificatória habitacional.
Os exercícios previstos visam igualmente fazer avançar a experiência e as competências de projeto dos estudantes em três linhas fundamentais: em primeiro lugar na vastidão e complexidade dos problemas, com a introdução progressiva de condicionantes programáticas, urbanísticas e legais que interferem com os processos de definição da forma exercitados nos anos anteriores. Em segundo, nas dificuldades específicas e no potencial que o trabalho de articulação simultânea de escalas proporciona, desde a 1/1000 à 1/2, isto é, verificando as interdependências e recíprocos estímulos entre a dimensão urbana e o desenho global, ou mesmo de pormenor, dos edifícios. Em terceiro, não menos importante, ao tratar intensamente os aspetos construtivos, quer na sua lógica geral quer na sabedoria do detalhe, os estudantes têm oportunidade de perceber que estes terão de materializar de modo rigoroso a forma-construção pretendida, constituindo, mais que um mero acrescento de informação, parte essencial do trabalho da definição da forma-expressão da arquitetura, constituindo uma oportunidade de síntese entre linguagem e construção, com implicações e com repercussão nas escalas maiores e em todo o resultado final.
O quadro geral destes exercícios é deliberadamente conservador. Entende-se que a abordagem do tema da habitação plurifamiliar e a fase da aprendizagem da disciplina em que se encontram os estudantes, justifica mais uma experiência de 'qualificação-do-corrente', do que a experimentação da excecionalidade ou o exercício da especulação programática, funcional ou formal —sem com isto as desdenhar—, antes com a consciência de que neste quadro todos os estudantes podem, sem limitação de grau de qualidade ou profundidade, ganhar forças para outras exigências.
Na sequencia do que tem vindo a ser feito em anos anteriores, será experimentado, em simultaneo e em paralelo ao programa apontado, uma componente Laboratorial, elegendo, anualmente, um subtema particular do universo da habitação plurifamiliar. Para o ano de 2020-21 será o da "flexibilidade de usos" explorando as suas potencialidades e limitações.
A lecionação da Unidade Curricular (UC) Teoria 2 (T2) realiza-se numa condição intermédia da formação dos estudantes em Arquitetura, ano letivo em cuja UC (nuclear) Projeto 3 (P3) é exercitada a intervenção urbana e arquitetónico através do programa da habitação plurifamiliar.
Tendo em consideração o adquirido em matéria de História da Teoria, e na consciência de que se trata de uma panorâmica a revisitar constantemente, por de informação e conhecimento se tratar, pela theoria (História+teorias+Crítica), os estudantes experimentam a reflexão crítica, o exercício do diálogo e do contraditório, bem como a ação comunicativa (pela relação texto-imagem), favorecendo os processos de (re)conhecimento e consciencialização acerca das temáticas reconhecíveis nos “diálogos entre Arquitetura e Cidade”.
Estes processos de (re)conhecimento e consciencialização, potenciados pela orientação nas aulas práticas e pela realização dos exercícios práticos, pautado pelo equilíbrio didático das aulas teóricas, entre a “fonte de informação” e o "espaço para a formação” (próprio da “sociedade em rede” na “era da informação”), perspetivam, assim, a sofisticação do saber próprio, teórico e disciplinar da Arquitetura, auxiliando o estudante na organização de conteúdos e nos métodos, particularmente no que respeita às implicações sobre a observação, a seleção, a coleção, a categorização e a manipulação das matérias e materiais em causa.A disciplina de Urbanística 1 propõe uma reflexão acerca dos significados inerentes aos contextos e processos de conformação e evolução da cidade e dos territórios da urbanização, observando os resultados dos diversos modelos, formas e escalas de actuação, no quadro dos respectivos agentes e pressupostos técnicos e operativos.
A compreensão da (intervenção na) cidade e território pressupõe naturalmente uma abordagem interdisciplinar e a correcta interpretação das relações entre as práticas urbanísticas e as estruturas físicas, sociais, económicas e políticas, as suas regras e características intrínsecas, identificando os factores de permanência e as dinâmicas de modificação inerentes aos próprios factos e processos a reconhecer.
Procura-se uma percepção objectivada e coerente dos fenómenos urbanos como resultantes e/ou determinantes da interacção entre programas, planos e projectos (de espaços públicos, de infra-estruturas e de arquitectura), das suas formas de concreção, articulação e gestão, sobretudo com a generalização das acções de planeamento urbano e territorial agregadores de diversas áreas de conhecimento científico.
Verifica-se hoje, entre os estudantes, uma notória dificuldade em identificar, observar, anotar e reter, com rapidez e eficiência, muitos dos factos e formas estruturantes na composição de uma obra arquitectónica. De modo a complementar a percepção fugaz potenciada pela celeridade dos meios de difusão de imagens arquitectónicas correntes na internet, perdendo-se o processo lento de apreensão e o hábito de “estudo de projecto”, interessa, enquanto objectivo pedagógico, fomentar a capacidade de concentrar o olhar sobre os factos relevantes de uma imagem, de um desenho ou de um comentário, com acuidade e eficácia. Consequentemente, o objectivo da UC é ajudar a criar e desenvolver a capacidade de observar, destacar e compreender (e representar, pelo desenho rápido), os significantes arquitectónicos essenciais à análise de projecto.
Pretende-se que o aluno adquira competências técnicas e expressivas nos domínios do desenho da figura humana e da representação do espaço.
Pretende-se promover percursos de pesquisa pessoais que assegurem a prática do desenho enquanto relação dialógica e estruturante da imaginação e do pensamento.
O objectivo das disciplinas de Geometria Construtiva consiste na investigação do papel da geometria nos processos generativos e construtivos em arquitectura, explorando a sua relação com as tecnologias digitais emergentes. Complementando os conhecimentos adquiridos em Geometria do 1º ano, a unidade curricular do primeiro semestre de Geometria Construtiva 1 (GC-1) introduz a investigação de novos temas com forte implicação no desenho e na caracterização do espaço arquitectónico.
O desenvolvimento do programa de GC-1 é realizado através da exploração prática do uso do computador, entendido simultaneamente enquanto meio de:
- representação geométrica (desenho e modelação);
- cálculo e computação geométrica (desenho paramétrico e algorítmico);
- materialização física (fabrico digital).
Verifica-se hoje, entre os estudantes, uma notória dificuldade em identificar, observar, anotar e reter, com rapidez e eficiência, muitos dos factos e formas estruturantes na composição de uma obra arquitectónica. De modo a complementar a percepção fugaz potenciada pela celeridade dos meios de difusão de imagens arquitectónicas correntes na internet, perdendo-se o processo lento de apreensão e o hábito de “estudo de projecto”, interessa, enquanto objectivo pedagógico, fomentar a capacidade de concentrar o olhar sobre os factos relevantes de uma imagem, de um desenho ou de um comentário, com acuidade e eficácia. Consequentemente, o objectivo da UC é ajudar a criar e desenvolver a capacidade de observar, destacar e compreender (e representar, pelo desenho rápido), os significantes arquitectónicos essenciais à análise de projecto.
O objectivo da unidade curricular de CAAD II no 2º Semestre (1ºCiclo) é o de aprofundar o desenvolvimento de bases teórico-práticas no universo dos programas informáticos de síntese de Imagem, Fotografia e Design Gráfico aplicados à Comunicação e Representação de Projecto de Arquitectura (PA), iniciada em CAAD I. É introduzida uma componente de fotografia, articulada com a componente de fotomontagem e concepção produção de um fotolivro.
Objectivos
É objectivo da Disciplina a consolidação metodológica dos processos de projecto. Entende-se que tal consolidação se deverá fazer e verificar em exercícios de complexidade variável, assumindo como dominante o tratamento e desenvolvimento de uma solução para um Tema que, implicando um trabalho de síntese arquitectónica nas suas componentes programáticas, contextuais, funcionais, construtivas e formais, permita ao aluno o aprofundamento dos conhecimentos indispensáveis à formalização de uma resposta projectual.
Neste momento, mais de metade da população mundial habita em áreas urbanas, sendo que cerca de um quarto desse número reside em condições de precariedade extrema e uma porção adicional enfrenta lacunas relevantes no seu habitat. As estimativas parecem apontar para que essa percentagem tenha diminuído, mas os números terão aumentado, sendo que a iniquidade de rendimentos económicos também se terá acentuado, em especial nas economias tidas como mais desenvolvidas.
Desta forma, o debate em torno da equidade constitui uma questão de escala global, dos países do Norte aos do Sul, sendo que a actuação no ambiente construído em prol de espaços mais equitativos e do acesso democrático aos recursos urbanos constitui, cada vez mais, um desafio para arquitectos e urbanistas.
Perante as mais recentes e contrastantes dinâmicas globais de urbanização, e os actuais desafios profissionais colocados a nível internacional, pretende-se com esta unidade curricular criar um campo de discussão teórica e prática em torno da espacialização da pobreza e das disparidades nesse processo de urbanização, das preocupações sociais no campo disciplinar da arquitectura e do urbanismo, assim como das limitações e potencialidades das políticas redistributivas, de interesse social e de gestão equitativa do ambiente construído.
Assim, propõe-se aqui o estudo das disparidades nos processos de produção e gestão do ambiente construído, nomeadamente discutindo a visibilidade e o papel das faixas populacionais de menores rendimentos económicos, tanto focando nos contextos não-ocidentais (nas experiências da América Latina, Ásia e África) como nas áreas críticas dos contextos ocidentais (na evolução das políticas de interesse social e na sua situação actual).
Pretende-se portanto estabelecer um entendimento alargado das questões relacionadas com o processo de urbanização, através não só da discussão de condições extremas de disparidades e/ou limitação de recursos, mas também de enquadramento em mecanismos de gestão de múltiplos actores. Nestes contextos, o exercício profissional do arquitecto/urbanista raramente é colocado apenas numa relação cliente – prestador de serviços, mas multiplicam-se antes os intervenientes no processo de decisão, englobando recorrentemente entidades tais como estruturas públicas de regulação do território e de interesse social (a nível central, municipal e/ou local), financiadores externos, agências internacionais, organizações não-governamentais, associações locais e/ou habitantes, colocando o arquitecto/urbanista no papel de mediador e facilitador.
Propõe-se assim a construção de um olhar informado sobre realidades paradoxais, discutindo metodologias e instrumentos de intervenção, constrangimentos e potencialidades, experiências e orientações estratégicas de trabalho em equipas alargadas.
A Unidade Curricular procurará sistematizar as afinidades em torno da arquitectura e do cinema. Será explorada a forma como o espaço arquitectónico e urbano, real ou encenado, é um elemento constituinte do cinema, assim como serão analisadas as múltiplas dimensões em que o cinema pode ser encarado como uma ferramenta no processo criativo, na percepção e na disseminação da arquitectura.
Será estudada a forma como as imagens em movimento têm a capacidade de criar um ‘sentido de lugar’, fenómeno relacionado não apenas com a realidade física dos espaços filmados, mas igualmente com a ligação vivencial que o espectador estabelece com a luz, o som, a mise-en-scène ou estrutura narrativa. O cinema representa os espaços arquitectónicos como lugares ‘habitados’, estimulando, assim, um debate intenso em torno da arquitectura e da vida urbana.É objectivo geral desta unidade curricular aprofundar o conhecimento em Arquitectura na sua dimensão técnica e formal diretamente relacionada com as diferentes condições climáticas e a proteção do espaço habitável, no âmbito dos atuais critérios de eficiência energética e desenvolvimento sustentável. A partir de princípios teóricos elementares sobre clima, energia e conforto térmico – colocados em perspetiva histórica e contemporânea - procura-se a compreensão de soluções construtivas integradas e exemplares, dando abertura a uma reflexão crítica sobre a prática projetual na sua firme e profunda relação com o lugar.
A unidade curricular pretende aproximar os alunos a três tipos de princípios estruturais - estática, materiais e construção - que estiveram na génese conceptual das obras de referência de engenheiros do passado.
Do ponto de vista da estática, o objectivo consiste em desenvolver uma compreensão intuitiva e holística da relação entre forma e estrutura a partir de métodos gráficos e modelos físicos, em que se calcula desenhando.
Os alunos (em grupos de 5 ou 6), deverão desenvolver o projecto de uma estrutura que será posteriormente construída durante o mês de Janeiro. Esta estrutura, obrigatoriamente sem programa ou função, deverá ter a sua génese num princípio ou ideia estrutural, em torno dos três grandes temas da engenharia de estruturas: equilíbrio, superfícies, linhas.
Durante este processo, os alunos deverão questionar e explorar as restrições a que estão sujeitos, tanto técnicas como de processo construtivo, e para cada estrutura deverão produzir três tipos de desenho – concepção, execução e construção.
A UC tem como objectivo sensibilizar os alunos para o impacto dos edifícios nos ecossistemas ambientais e sociais, estudando e discutindo, ao longo das sessões, alguns temas que podem informar a construção de uma posição individual.
A partir da compreensão do material, da sua proveniência e da sua capacidade de transformação, a unidade curricular construção da arquitetura de madeira procura que os estudantes entendam a potencialidade do material na construção da arquitetura. Nesse sentido, são introduzidos princípios fundamentais sobre a utilização da madeira enquanto material de construção, tendo em conta as suas propriedades e os processos industriais associados à sua transformação.
- Aprofundar conhecimentos sobre metodologias, teorias e práticas de intervenção no construído.
- Explorar instrumentos e ferramentas metodológicas de suporte à caraterização, diagnóstico e intervenção no construído.
-Aprofundar conhecimentos sobre gestão, reabilitação, conservação, restauro e manutenção de património, considerando a sua evolução histórica e exemplos contemporâneos.
- Fomentar a análise crítica de projetos e obras de intervenção no construído.
- Proporcionar formação avançada e competências, aptidões e métodos de investigação na área da intervenção arquitetónica no construído.
-Potenciar a multiplicação de oportunidades no mercado de trabalho e para uma relação mais estreita entre a Universidade e os organismos nacionais e internacionais que têm por missão intervir na gestão e valorização do património construído.
A unidade curricular de Economia Urbana procura fornecer um quadro de leitura da cidade do ponto de vista da ciência económica. A cidade é entendida não apenas como consequência espacial do funcionamento da economia, mas como lugar de múltiplas sinergias e tensões entre economia, sociedade e ambiente construído. A disciplina assume uma abordagem eclética, introduzindo princípios e fundamentos da análise económica, bem como leituras contemporâneas sobre a cidade enquanto centro de produção, consumo e ancoragem de fluxos transnacionais. É discutida a gestão estratégica da economia urbana, nomeadamente na sua relação com o planeamento do espaço físico e face a projetos mobilizadores associados à reabilitação urbana, atração de talento, inovação e sustentabilidade.
O objectivo de FACT do 1º semestre é, por um lado, aprofundar o estudo e prática adquiridos em CAAD I e II sobre a utilizacção da fotografia e do seu potencial para questionar e problematizar o universo da Arquitectura, Cidade e Território. Por outro lado, levar os alunos a desenvolver uma narrativa visual fotográfica com maior maturidade, capaz de comunicar novas perspectivas sobre o espaço e a realidade urbana e que possa constituir uma base para a sua dissertacção final do MIARQ.
O intuito é dar a conhecer aos alunos trabalhos de diversos autores que utilizam a fotografia documental para questionar e problematizar o espaço urbano e seus modos de apropriacção e despertar neles a consciência para a existência de diversas correntes e estratégias artísticas aquando da utilizacção da fotografia documental como um instrumento de investigacção e comunicacção crítica no universo da Arquitectura, Cidade e Território.
A unidade curricular desenvolve-se através de dois vectores paralelos, um teóricoprático e outro prático. As aulas teórico-práticas têm como objectivo dar aos alunos os conhecimentos necessários (técnicos / conceptuais / teóricos / práticos) para que estes sejam capazes de questionar e problematizar o potencial da Fotografia para a análise crítica e poética do espaço no universo da Arquitectura, Cidade e Território. As aulas práticas têm como objectivo acompanhar os alunos ao longo do desenvolvimento das narrativas visuais – ajudar a relacionar os trabalhos dos alunos com os diversos autores, correntes artísticas e projectos no universo da fotografia referidos nas teórico-práticas -, sendo crítico das mesmas e da forma como os alunos utilizam as referências e adoptam diversas estratégias artísticas aquando da construção das suas narrativas.
Do trabalho desenvolvido devem resultar diversas narrativas visuais num formato de foto-livro em suporte físico - livro de artista ou foto-livro de FACT para a Anuária - e digital - projectos digitais na plataforma scopio network. Esta plataforma é o suporte activo de comunicacção e acervo didático sobre o universo de fotografia Documental relacionado com Arquitectura, Cidade e Território.
Ao longo do 1º semestre são convidados docentes de outras instituições de ensino e diversos autores /artistas ligados à representacção do espaço público e arquitectura, e em especial à fotografia de autor, para comentarem os trabalhos dos alunos e realizarem sessões abertas de discussão e debate, tendo como base temas ou trabalhos práticos ou teóricos à sua escolha relacionados com estas temáticas. Essas sessões serão enquadradas através do Ciclo de Conferencias scopio Debates integrado na Unidade Curricular de FACT.
Identificar e compreender o processo histórico de formação e consolidação física da cidade do Porto, entre tempos de fundação e de refundação urbana, integrados no contexto nacional e internacional.
Desenvolver uma metodologia de confronto histórico explicativo das diversas unidades urbanas que integram a cidade, entre o “saber ver” e o “saber compreender”, que se constitua como narrativa histórica e arquitectónica no confronto da cidade do Porto e de outras cidades europeias (explorando as origens dos alunos Erasmus).
Adquirir um conjunto de conhecimentos técnicos básicos relacionados com as infra-estruturas urbanas necessárias para a realização de uma intervenção no espaço urbano.
Desenvolver uma primeira abordagem à concepção e dimensionamento de arruamentos e praças em meio urbano, percebendo as dificuldades topográficas e de integração ambiental, paisagística e nos elementos do património construído.
Enquadrar e orientar uma iniciação às práticas de investigação em Arquitetura, através de um processo crítico e de consciencialização no auxílio e aprofundamento das perspetivas, temáticas e interesses dos estudantes.
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Aquisição de competências relacionadas com um número vasto de conceitos e fundamentos de trabalho relacionados com o projeto de arquitetura paisagista.
Aquisição de literacia em Arquitetura Paisagista através do conhecimento do trabalho de arquitetos paisagistas nacionais e internacionais.
Aquisição de literacia sobre as funções dos ecossistemas e espaços verdes.
Aquisição de competências no combate às alterações climáticas, na promoção da coesão social e do bem estar das populações, em contexto urbano.
-Sensibilizar para a importância do caráter multidisciplinar do estudo do património.
-Fomentar uma abordagem transversal aos conceitos de património e paisagem na sociedade contemporânea.
-Adquirir conhecimentos sobre metodologias, teorias e práticas de intervenção no construído e na paisagem;
-Analisar criticamente as cartas e convenções internacionais, a legislação portuguesa e suas aplicações.
-Aprofundar conhecimentos sobre gestão, reabilitação, conservação, restauro e manutenção de património, considerando a sua evolução histórica e exemplos contemporâneos.
-Desenvolver competências no domínio do projeto de arquitetura e da paisagem, envolvendo a relação entre investigação e sua fundamentação teórica com a conceção do projeto.
-Adquirir conhecimentos sobre a história do desenho das paisagens e sobre a gestão de paisagens culturais.
-Conhecer as metodologias e princípios de intervenção no património paisagístico.
-Definir e interpretar os conceitos fundamentais da temática da análise e gestão de riscos.
-Desenvolver competências relacionadas com a identificação de áreas de risco.
- Organizar quadros de avaliação de risco em casos de estudo.
Objecto:
Territórios e redes das invisibilidades, dialéticas entre a “cidade invisível” e a “cidade visível”, considerando processo, projecto e obra no espaço público (infraestruturação, sociabilização e urbanização) do território do Porto e do “Grande Porto” como campo de trabalho para reflectir, questionar e compreender os processos de transformação contemporâneos da urbanidade e do “ser urbano”.
Enquadramento/Objectivos:
Esta unidade curricular do Mestrado Integrado em Arquitectura da FAUP (MIARQ/FAUP) visa contribuir para aprofundar um campo de reflexão teórica e prática sobre a relação, na sociedade em geral e nas comunidades em particular, de ideia/estratégia/processo/projecto/obra na equação da urbanização e da urbanidade, considerando a área disciplinar da Arquitectura e as suas transversalidades com as ciências sociais e políticas, nos campos social, político, económico e cultural.
Conjugando território e paisagem, urbanização, urbanidade e ruralidade, memória e esquecimento, “ser humano” e “ser urbano”, pretende-se, através de uma prática lectiva alicerçada na ênfase do factor aprendizagem, no trinómio ensino-aprendizagem-investigação, abordar a urgência da reponderação das estratégias para o espaço da cidade, do seu território e das comunidades, numa lógica de “Service Learning” e “Engage Students”, no contexto da 3ª missão da Universidade.
Sublinha-se a importância do reforço da presença no ensino-aprendizagem, em Arquitectura, da reflexão académica sobre a equação das redes, dos territórios e das comunidades da invisibilidade, materiais e imateriais, dos fluxos e dinâmicas e das geometrias variáveis de mobilidade das populações urbanas e periurbanas na medida do seu potencial para criar condições reais para um desenvolvimento e ordenamento mais inclusivo, sustentado, de progresso, segundo as tendências mais actuais do urbanismo feminista e do urbanismo participativo. Nesse sentido é, desde o primeiro tempo de contacto, uma preocupação que obriga à reinvenção dos métodos/processos didácticos de forma a captar a atenção e desenvolver o perfil do estudante de conducente à formulação de pensamento crítico.
Esbater as fronteiras/barreiras do quotidiano da contemporaneidade, muito marcadas por lógicas de “zonamento” físico e intelectual, de fronteiras e territórios rígidos na sua espacialidade e conformação social, política e urbana, numa relação tensa entre acesso e exclusão, identidade e repulsa, pertença e abandono, podemos caracterizar a prática pedagógica associada a esta unidade curricular como potencialmente catalisadora e desbloqueadora da construção individual e colectiva de posicionamento crítico, numa dialética constante entre ensino e aprendizagem, ensino e investigação e investigação e sociedade, desenvolvendo a 3ª missão da Universidade.
Partindo do caso específico da cidade do Porto e do território denominado de “Grande Porto” como laboratório experimental, esta U.C., pelas evidências que pretende criar, pelo incentivo aos estudantes no prosseguimento dos seus estudos e dinâmicas de participação na sociedade (a função social do arquitecto), pelo desígnio de reflectir sobre as suas matérias de foco, julga poder enriquecer o campo da memória colectiva (material e imaterial), tanto pela informação e interpretação da realidade quotidiana, etnográfica, do ambiente urbano e das fontes primárias de património material e imaterial, como da investigação que possa resultar da componente curricular e das extensões extracurriculares e interacções com outras comunidades no contexto da Universidade e da sociedade civil em geral.
Ancorando-se no objectivo de ampliar e difundir o conhecimento actual e, conjugando-o com as dinâmicas e práticas pedagógicas e didácticas próprias de um ciclo final de um mestrado integrado do campo artístico-científico, constituiu-se uma comunidade de inovação pedagógica, uma linha integrada de estudos trans e interdisciplinares e uma bolsa de projectos de investigação, convocando a FAUP e consolidando as práticas colaborativas com o CITCEM (na forma de comunidade de investigação do território e das comunidades), apostando em práticas de partilha nas esferas curricular e de investigação, disponibilizando, no sentido de criar plataformas de intersecção intelectual, um conjunto de aulas abertas à comunidade académica, espaços de partilha e discussão nas redes sociais, conversas e tertúlias colectivas e espaços de colóquio. Nestes momentos, que se esperam muito participados, contando com a presença de estudantes de frequência formal e informal, portugueses, Erasmus, de outros anos lectivos, de outras unidades orgânicas da UP e mesmo alguns que já completaram o curso de mestrado e que se encontram em estágio ou a iniciar a frequência de cursos do terceiro ciclo, possibilitam a criação de uma atmosfera pedagógica, de um enriquecimento da massa crítica em ambiente universitário e de afirmação de diversidade, inclusão e difusão como valores essenciais do espaço de aula.
Observando a actual oferta formativa e reflexiva no contexto da FAUP e da UP, considerando como valor acrescentado a construção de conhecimento específico num registo interdisciplinar, transdisciplinarmente enriquecendo os currículos dos estudantes, possibilitando-lhes, por opção, o desenvolvimento de estudos especializados no plano dos últimos dois anos do MIARQ, mostrando-lhes possíveis caminhos conducentes à elaboração dos seus processos de dissertação ou projecto final, com esta UC, espera-se abrir perspectivas na disciplina da Arquitectura e das transversalidades com áreas que lhe são afim. Numa prospectiva de estímulo à continuação dos estudos, e ao prosseguimento dos trabalhos de investigação.
Entre as múltiplas razões que nos poderiam motivar a desenvolver todo este processo pedagógico, destacam-se algumas julgadas como estruturantes:
Por último, é objectivo desta U.C. ajudar à compreensão da contemporaneidade, a propósito do estudo, entendimento, problematização e interpretação das ideias, dos processos, projectos e obras em contexto de espaço público, a partir da informação e interpretação desses “territórios e redes da invisibilidade”, a partir do grande laboratório que é o Porto.
1. Promover, experimentar e desenvolver o conhecimento teórico-prático da metodologia BIM – building information modelling compreendendo os conceitos basilares da mesma, na realização do Projeto de Arquitectura entendida como um processo para a inovação, investigação, gestão e construção da Arquitectura.
2. Promover a investigação da Arquitectura através da elaboração e prática do projeto, simulando um contexto real de prática colaborativa e pluridisciplinar.
3. Reunir o conhecimento sobre a aplicação da metodologia BIM no contexto internacional nas diversas áreas da AEC (arquitectura, engenharia e construção) analisando experiências em contexto empresarial bem como casos práticos reais e avaliação das vantagens e desvantagens da aplicação da metodologia na produção de uma ideia de Arquitectura.
4. Nesta unidade curricular, o estudante deverá ser capaz de utilizar as ferramentas ao seu dispor (livre escolha de software e métodos de investigação) de modo a aplicar a metodologia BIM no desenvolvimento de um trabalho prático de projeto a realizar pelo aluno e/ou num estudo de caso aplicado a uma construção existente.
São objectivos da UC: sensibilização para a necessidade de preservar e reabilitar o património edificado, alertando para as causas mais correntes de patologias associadas à incorreta definição de Projecto e deficiências de execução/uso e, por último, auxiliar no desenvolvimento de capacidades análise, diagnóstico e estabelecimentos de soluções de reabilitação.
Identificar e compreender o processo histórico de formação e consolidação física da cidade do Porto, entre tempos de fundação e de refundação urbana, integrados no contexto nacional e internacional.
Desenvolver uma metodologia de confronto histórico explicativo das diversas unidades urbanas que integram a cidade, entre o “saber ver” e o “saber compreender”, que se constitua como narrativa histórica e arquitectónica no confronto da cidade do Porto e de outras cidades europeias (explorando as origens dos alunos Erasmus).
Nos termos do Regulamento Geral dos Ciclos de Estudos Integrados de Mestrado da Universidade do Porto (GR.04/10/2018), artigo 7.º, "1 - O ciclo de estudos integrado de mestrado inclui: a) Uma componente curricular, constituída por um conjunto organizado de unidades curriculares; b) Uma dissertação de natureza científica ou um trabalho de projeto, originais e especialmente realizados para este fim, ou um estágio de natureza profissional objeto de um relatório final, consoante os objetivos específicos visados (…); artigo 9.º, 1 - A elaboração da dissertação, do trabalho de projeto ou a realização do estágio deve ser orientada por professor ou investigador da U.Porto doutorado na área científica da dissertação, projeto ou estágio ou por detentor do título de especialista com experiência e mérito profissional reconhecido no domínio da dissertação, projeto ou estágio pelo órgão competente da faculdade, ouvida a comissão científica do ciclo de estudos."
Atendendo ao Plano de Estudos e Regulamento do MIArq em vigor, tem sido prática regular na FAUP a opção pela modalidade de dissertação alternativamente dedicada ou a um tema-problema científico de especialidade, ou ao desenvolvimento de um trabalho de projeto, ou à reflexão a partir de um estágio ou outra experiência de natureza profissional.
A unidade curricular de Dissertação tem como objetivos:
1) Promover a curiosidade científica, a integração de conhecimentos, a reflexão crítica de problemas identificados em contextos da formação académica, profissional e multidisciplinar relacionados com a área da Arquitetura e Urbanismo, como as implicações e responsabilidades éticas e sociais de um mestre arquiteto;
2) Corresponder à procura crescente desta unidade curricular do MIArq por antigos estudantes e diplomados, nacionais e internacionais cujos percursos pessoais motivaram interesses de investigação e renovada qualificação académica nesta Unidade Orgânica da Universidade do Porto;
3) Promover a autonomia do estudante no sentido da definição de interesses pessoais de investigação e focalização de tema, problema, natureza e âmbito ajustados ao tempo e recursos materiais para a sua concretização;
4) Assegurar um espaço e tempo letivo próprio favoráveis ao enquadramento e prossecução do trabalho individual em contexto de grupo alargado e crítico de investigação, desde as fases de delimitação do problema e sua exploração, passando pela disciplina de recolha, organização e referenciação de dados, e também por estímulo à comunicação de resultados provisórios e estratégias de apresentação;
5) Apoiar as iniciativas do estudante no sentido de escolha de um orientador interno ou externo à FAUP, com perfil académico e científico ajustado à área (s) científica (s), técnicas ou artísticas, ao tema e aos métodos de investigação que se propõe desenvolver, e promover a elaboração tempestiva de plano de dissertação a submeter a aprovação da comissão científica do curso.
Dando continuidade ao programa, conteúdos e metodologia de ensino subjacentes à unidade curricular desenvolvida pelo Professor Manuel Fernandes de Sá, pretende-se promover um processo pedagógico que origine uma reflexão profunda sobre o território, a cidade, o objecto ou o conjunto arquitectónico considerando as respectivas interacções, de forma a proporcionar ao futuro arquitecto a capacidade de intervir num ambiente em transformação, pleno de diferenças e incertezas.
A unidade curricular Projecto 5 procura “proporcionar as condições que permitem o desenvolvimento de uma reflexão aprofundada sobre as questões da cidade e do território, discutindo métodos de abordagem e instrumentos de ordenamento; divulgando um raciocínio estratégico de intervenção; propondo formas de gestão da incerteza subjacente à intervenção na cidade; introduzindo a questão da pluridisciplinaridade e praticando o desenho da cidade e o controle da escala urbana” (Manuel Fernandes de Sá, 2003).
Neste momento, mais de metade da população mundial habita em áreas urbanas, sendo que cerca de um quarto desse número reside em condições de precariedade extrema e uma porção adicional enfrenta lacunas relevantes no seu habitat. As estimativas parecem apontar para que essa percentagem tenha diminuído, mas os números terão aumentado, sendo que a iniquidade de rendimentos económicos também se terá acentuado, em especial nas economias tidas como mais desenvolvidas.
Desta forma, o debate em torno da equidade constitui uma questão de escala global, dos países do Norte aos do Sul, sendo que a actuação no ambiente construído em prol de espaços mais equitativos e do acesso democrático aos recursos urbanos constitui, cada vez mais, um desafio para arquitectos e urbanistas.
Perante as mais recentes e contrastantes dinâmicas globais de urbanização, e os actuais desafios profissionais colocados a nível internacional, pretende-se com esta unidade curricular criar um campo de discussão teórica e prática em torno da espacialização da pobreza e das disparidades nesse processo de urbanização, das preocupações sociais no campo disciplinar da arquitectura e do urbanismo, assim como das limitações e potencialidades das políticas redistributivas, de interesse social e de gestão equitativa do ambiente construído.
Assim, propõe-se aqui o estudo das disparidades nos processos de produção e gestão do ambiente construído, nomeadamente discutindo a visibilidade e o papel das faixas populacionais de menores rendimentos económicos, tanto focando nos contextos não-ocidentais (nas experiências da América Latina, Ásia e África) como nas áreas críticas dos contextos ocidentais (na evolução das políticas de interesse social e na sua situação actual).
Pretende-se portanto estabelecer um entendimento alargado das questões relacionadas com o processo de urbanização, através não só da discussão de condições extremas de disparidades e/ou limitação de recursos, mas também de enquadramento em mecanismos de gestão de múltiplos actores. Nestes contextos, o exercício profissional do arquitecto/urbanista raramente é colocado apenas numa relação cliente – prestador de serviços, mas multiplicam-se antes os intervenientes no processo de decisão, englobando recorrentemente entidades tais como estruturas públicas de regulação do território e de interesse social (a nível central, municipal e/ou local), financiadores externos, agências internacionais, organizações não-governamentais, associações locais e/ou habitantes, colocando o arquitecto/urbanista no papel de mediador e facilitador.
Propõe-se assim a construção de um olhar informado sobre realidades paradoxais, discutindo metodologias e instrumentos de intervenção, constrangimentos e potencialidades, experiências e orientações estratégicas de trabalho em equipas alargadas.
A Unidade Curricular procurará sistematizar as afinidades em torno da arquitectura e do cinema. Será explorada a forma como o espaço arquitectónico e urbano, real ou encenado, é um elemento constituinte do cinema, assim como serão analisadas as múltiplas dimensões em que o cinema pode ser encarado como uma ferramenta no processo criativo, na percepção e na disseminação da arquitectura.
Será estudada a forma como as imagens em movimento têm a capacidade de criar um ‘sentido de lugar’, fenómeno relacionado não apenas com a realidade física dos espaços filmados, mas igualmente com a ligação vivencial que o espectador estabelece com a luz, o som, a mise-en-scène ou estrutura narrativa. O cinema representa os espaços arquitectónicos como lugares ‘habitados’, estimulando, assim, um debate intenso em torno da arquitectura e da vida urbana.É objectivo geral desta unidade curricular aprofundar o conhecimento em Arquitectura na sua dimensão técnica e formal diretamente relacionada com as diferentes condições climáticas e a proteção do espaço habitável, no âmbito dos atuais critérios de eficiência energética e desenvolvimento sustentável. A partir de princípios teóricos elementares sobre clima, energia e conforto térmico – colocados em perspetiva histórica e contemporânea - procura-se a compreensão de soluções construtivas integradas e exemplares, dando abertura a uma reflexão crítica sobre a prática projetual na sua firme e profunda relação com o lugar.
A unidade curricular pretende aproximar os alunos a três tipos de princípios estruturais - estática, materiais e construção - que estiveram na génese conceptual das obras de referência de engenheiros do passado.
Do ponto de vista da estática, o objectivo consiste em desenvolver uma compreensão intuitiva e holística da relação entre forma e estrutura a partir de métodos gráficos e modelos físicos, em que se calcula desenhando.
Os alunos (em grupos de 5 ou 6), deverão desenvolver o projecto de uma estrutura que será posteriormente construída durante o mês de Janeiro. Esta estrutura, obrigatoriamente sem programa ou função, deverá ter a sua génese num princípio ou ideia estrutural, em torno dos três grandes temas da engenharia de estruturas: equilíbrio, superfícies, linhas.
Durante este processo, os alunos deverão questionar e explorar as restrições a que estão sujeitos, tanto técnicas como de processo construtivo, e para cada estrutura deverão produzir três tipos de desenho – concepção, execução e construção.
A UC tem como objectivo sensibilizar os alunos para o impacto dos edifícios nos ecossistemas ambientais e sociais, estudando e discutindo, ao longo das sessões, alguns temas que podem informar a construção de uma posição individual.
A partir da compreensão do material, da sua proveniência e da sua capacidade de transformação, a unidade curricular construção da arquitetura de madeira procura que os estudantes entendam a potencialidade do material na construção da arquitetura. Nesse sentido, são introduzidos princípios fundamentais sobre a utilização da madeira enquanto material de construção, tendo em conta as suas propriedades e os processos industriais associados à sua transformação.
- Aprofundar conhecimentos sobre metodologias, teorias e práticas de intervenção no construído.
- Explorar instrumentos e ferramentas metodológicas de suporte à caraterização, diagnóstico e intervenção no construído.
-Aprofundar conhecimentos sobre gestão, reabilitação, conservação, restauro e manutenção de património, considerando a sua evolução histórica e exemplos contemporâneos.
- Fomentar a análise crítica de projetos e obras de intervenção no construído.
- Proporcionar formação avançada e competências, aptidões e métodos de investigação na área da intervenção arquitetónica no construído.
-Potenciar a multiplicação de oportunidades no mercado de trabalho e para uma relação mais estreita entre a Universidade e os organismos nacionais e internacionais que têm por missão intervir na gestão e valorização do património construído.
A unidade curricular de Economia Urbana procura fornecer um quadro de leitura da cidade do ponto de vista da ciência económica. A cidade é entendida não apenas como consequência espacial do funcionamento da economia, mas como lugar de múltiplas sinergias e tensões entre economia, sociedade e ambiente construído. A disciplina assume uma abordagem eclética, introduzindo princípios e fundamentos da análise económica, bem como leituras contemporâneas sobre a cidade enquanto centro de produção, consumo e ancoragem de fluxos transnacionais. É discutida a gestão estratégica da economia urbana, nomeadamente na sua relação com o planeamento do espaço físico e face a projetos mobilizadores associados à reabilitação urbana, atração de talento, inovação e sustentabilidade.
O objectivo de FACT do 1º semestre é, por um lado, aprofundar o estudo e prática adquiridos em CAAD I e II sobre a utilizacção da fotografia e do seu potencial para questionar e problematizar o universo da Arquitectura, Cidade e Território. Por outro lado, levar os alunos a desenvolver uma narrativa visual fotográfica com maior maturidade, capaz de comunicar novas perspectivas sobre o espaço e a realidade urbana e que possa constituir uma base para a sua dissertacção final do MIARQ.
O intuito é dar a conhecer aos alunos trabalhos de diversos autores que utilizam a fotografia documental para questionar e problematizar o espaço urbano e seus modos de apropriacção e despertar neles a consciência para a existência de diversas correntes e estratégias artísticas aquando da utilizacção da fotografia documental como um instrumento de investigacção e comunicacção crítica no universo da Arquitectura, Cidade e Território.
A unidade curricular desenvolve-se através de dois vectores paralelos, um teóricoprático e outro prático. As aulas teórico-práticas têm como objectivo dar aos alunos os conhecimentos necessários (técnicos / conceptuais / teóricos / práticos) para que estes sejam capazes de questionar e problematizar o potencial da Fotografia para a análise crítica e poética do espaço no universo da Arquitectura, Cidade e Território. As aulas práticas têm como objectivo acompanhar os alunos ao longo do desenvolvimento das narrativas visuais – ajudar a relacionar os trabalhos dos alunos com os diversos autores, correntes artísticas e projectos no universo da fotografia referidos nas teórico-práticas -, sendo crítico das mesmas e da forma como os alunos utilizam as referências e adoptam diversas estratégias artísticas aquando da construção das suas narrativas.
Do trabalho desenvolvido devem resultar diversas narrativas visuais num formato de foto-livro em suporte físico - livro de artista ou foto-livro de FACT para a Anuária - e digital - projectos digitais na plataforma scopio network. Esta plataforma é o suporte activo de comunicacção e acervo didático sobre o universo de fotografia Documental relacionado com Arquitectura, Cidade e Território.
Ao longo do 1º semestre são convidados docentes de outras instituições de ensino e diversos autores /artistas ligados à representacção do espaço público e arquitectura, e em especial à fotografia de autor, para comentarem os trabalhos dos alunos e realizarem sessões abertas de discussão e debate, tendo como base temas ou trabalhos práticos ou teóricos à sua escolha relacionados com estas temáticas. Essas sessões serão enquadradas através do Ciclo de Conferencias scopio Debates integrado na Unidade Curricular de FACT.
Identificar e compreender o processo histórico de formação e consolidação física da cidade do Porto, entre tempos de fundação e de refundação urbana, integrados no contexto nacional e internacional.
Desenvolver uma metodologia de confronto histórico explicativo das diversas unidades urbanas que integram a cidade, entre o “saber ver” e o “saber compreender”, que se constitua como narrativa histórica e arquitectónica no confronto da cidade do Porto e de outras cidades europeias (explorando as origens dos alunos Erasmus).
Adquirir um conjunto de conhecimentos técnicos básicos relacionados com as infra-estruturas urbanas necessárias para a realização de uma intervenção no espaço urbano.
Desenvolver uma primeira abordagem à concepção e dimensionamento de arruamentos e praças em meio urbano, percebendo as dificuldades topográficas e de integração ambiental, paisagística e nos elementos do património construído.
Enquadrar e orientar uma iniciação às práticas de investigação em Arquitetura, através de um processo crítico e de consciencialização no auxílio e aprofundamento das perspetivas, temáticas e interesses dos estudantes.
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Aquisição de competências relacionadas com um número vasto de conceitos e fundamentos de trabalho relacionados com o projeto de arquitetura paisagista.
Aquisição de literacia em Arquitetura Paisagista através do conhecimento do trabalho de arquitetos paisagistas nacionais e internacionais.
Aquisição de literacia sobre as funções dos ecossistemas e espaços verdes.
Aquisição de competências no combate às alterações climáticas, na promoção da coesão social e do bem estar das populações, em contexto urbano.
-Sensibilizar para a importância do caráter multidisciplinar do estudo do património.
-Fomentar uma abordagem transversal aos conceitos de património e paisagem na sociedade contemporânea.
-Adquirir conhecimentos sobre metodologias, teorias e práticas de intervenção no construído e na paisagem;
-Analisar criticamente as cartas e convenções internacionais, a legislação portuguesa e suas aplicações.
-Aprofundar conhecimentos sobre gestão, reabilitação, conservação, restauro e manutenção de património, considerando a sua evolução histórica e exemplos contemporâneos.
-Desenvolver competências no domínio do projeto de arquitetura e da paisagem, envolvendo a relação entre investigação e sua fundamentação teórica com a conceção do projeto.
-Adquirir conhecimentos sobre a história do desenho das paisagens e sobre a gestão de paisagens culturais.
-Conhecer as metodologias e princípios de intervenção no património paisagístico.
-Definir e interpretar os conceitos fundamentais da temática da análise e gestão de riscos.
-Desenvolver competências relacionadas com a identificação de áreas de risco.
- Organizar quadros de avaliação de risco em casos de estudo.
Objecto:
Territórios e redes das invisibilidades, dialéticas entre a “cidade invisível” e a “cidade visível”, considerando processo, projecto e obra no espaço público (infraestruturação, sociabilização e urbanização) do território do Porto e do “Grande Porto” como campo de trabalho para reflectir, questionar e compreender os processos de transformação contemporâneos da urbanidade e do “ser urbano”.
Enquadramento/Objectivos:
Esta unidade curricular do Mestrado Integrado em Arquitectura da FAUP (MIARQ/FAUP) visa contribuir para aprofundar um campo de reflexão teórica e prática sobre a relação, na sociedade em geral e nas comunidades em particular, de ideia/estratégia/processo/projecto/obra na equação da urbanização e da urbanidade, considerando a área disciplinar da Arquitectura e as suas transversalidades com as ciências sociais e políticas, nos campos social, político, económico e cultural.
Conjugando território e paisagem, urbanização, urbanidade e ruralidade, memória e esquecimento, “ser humano” e “ser urbano”, pretende-se, através de uma prática lectiva alicerçada na ênfase do factor aprendizagem, no trinómio ensino-aprendizagem-investigação, abordar a urgência da reponderação das estratégias para o espaço da cidade, do seu território e das comunidades, numa lógica de “Service Learning” e “Engage Students”, no contexto da 3ª missão da Universidade.
Sublinha-se a importância do reforço da presença no ensino-aprendizagem, em Arquitectura, da reflexão académica sobre a equação das redes, dos territórios e das comunidades da invisibilidade, materiais e imateriais, dos fluxos e dinâmicas e das geometrias variáveis de mobilidade das populações urbanas e periurbanas na medida do seu potencial para criar condições reais para um desenvolvimento e ordenamento mais inclusivo, sustentado, de progresso, segundo as tendências mais actuais do urbanismo feminista e do urbanismo participativo. Nesse sentido é, desde o primeiro tempo de contacto, uma preocupação que obriga à reinvenção dos métodos/processos didácticos de forma a captar a atenção e desenvolver o perfil do estudante de conducente à formulação de pensamento crítico.
Esbater as fronteiras/barreiras do quotidiano da contemporaneidade, muito marcadas por lógicas de “zonamento” físico e intelectual, de fronteiras e territórios rígidos na sua espacialidade e conformação social, política e urbana, numa relação tensa entre acesso e exclusão, identidade e repulsa, pertença e abandono, podemos caracterizar a prática pedagógica associada a esta unidade curricular como potencialmente catalisadora e desbloqueadora da construção individual e colectiva de posicionamento crítico, numa dialética constante entre ensino e aprendizagem, ensino e investigação e investigação e sociedade, desenvolvendo a 3ª missão da Universidade.
Partindo do caso específico da cidade do Porto e do território denominado de “Grande Porto” como laboratório experimental, esta U.C., pelas evidências que pretende criar, pelo incentivo aos estudantes no prosseguimento dos seus estudos e dinâmicas de participação na sociedade (a função social do arquitecto), pelo desígnio de reflectir sobre as suas matérias de foco, julga poder enriquecer o campo da memória colectiva (material e imaterial), tanto pela informação e interpretação da realidade quotidiana, etnográfica, do ambiente urbano e das fontes primárias de património material e imaterial, como da investigação que possa resultar da componente curricular e das extensões extracurriculares e interacções com outras comunidades no contexto da Universidade e da sociedade civil em geral.
Ancorando-se no objectivo de ampliar e difundir o conhecimento actual e, conjugando-o com as dinâmicas e práticas pedagógicas e didácticas próprias de um ciclo final de um mestrado integrado do campo artístico-científico, constituiu-se uma comunidade de inovação pedagógica, uma linha integrada de estudos trans e interdisciplinares e uma bolsa de projectos de investigação, convocando a FAUP e consolidando as práticas colaborativas com o CITCEM (na forma de comunidade de investigação do território e das comunidades), apostando em práticas de partilha nas esferas curricular e de investigação, disponibilizando, no sentido de criar plataformas de intersecção intelectual, um conjunto de aulas abertas à comunidade académica, espaços de partilha e discussão nas redes sociais, conversas e tertúlias colectivas e espaços de colóquio. Nestes momentos, que se esperam muito participados, contando com a presença de estudantes de frequência formal e informal, portugueses, Erasmus, de outros anos lectivos, de outras unidades orgânicas da UP e mesmo alguns que já completaram o curso de mestrado e que se encontram em estágio ou a iniciar a frequência de cursos do terceiro ciclo, possibilitam a criação de uma atmosfera pedagógica, de um enriquecimento da massa crítica em ambiente universitário e de afirmação de diversidade, inclusão e difusão como valores essenciais do espaço de aula.
Observando a actual oferta formativa e reflexiva no contexto da FAUP e da UP, considerando como valor acrescentado a construção de conhecimento específico num registo interdisciplinar, transdisciplinarmente enriquecendo os currículos dos estudantes, possibilitando-lhes, por opção, o desenvolvimento de estudos especializados no plano dos últimos dois anos do MIARQ, mostrando-lhes possíveis caminhos conducentes à elaboração dos seus processos de dissertação ou projecto final, com esta UC, espera-se abrir perspectivas na disciplina da Arquitectura e das transversalidades com áreas que lhe são afim. Numa prospectiva de estímulo à continuação dos estudos, e ao prosseguimento dos trabalhos de investigação.
Entre as múltiplas razões que nos poderiam motivar a desenvolver todo este processo pedagógico, destacam-se algumas julgadas como estruturantes:
Por último, é objectivo desta U.C. ajudar à compreensão da contemporaneidade, a propósito do estudo, entendimento, problematização e interpretação das ideias, dos processos, projectos e obras em contexto de espaço público, a partir da informação e interpretação desses “territórios e redes da invisibilidade”, a partir do grande laboratório que é o Porto.
1. Promover, experimentar e desenvolver o conhecimento teórico-prático da metodologia BIM – building information modelling compreendendo os conceitos basilares da mesma, na realização do Projeto de Arquitectura entendida como um processo para a inovação, investigação, gestão e construção da Arquitectura.
2. Promover a investigação da Arquitectura através da elaboração e prática do projeto, simulando um contexto real de prática colaborativa e pluridisciplinar.
3. Reunir o conhecimento sobre a aplicação da metodologia BIM no contexto internacional nas diversas áreas da AEC (arquitectura, engenharia e construção) analisando experiências em contexto empresarial bem como casos práticos reais e avaliação das vantagens e desvantagens da aplicação da metodologia na produção de uma ideia de Arquitectura.
4. Nesta unidade curricular, o estudante deverá ser capaz de utilizar as ferramentas ao seu dispor (livre escolha de software e métodos de investigação) de modo a aplicar a metodologia BIM no desenvolvimento de um trabalho prático de projeto a realizar pelo aluno e/ou num estudo de caso aplicado a uma construção existente.
São objectivos da UC: sensibilização para a necessidade de preservar e reabilitar o património edificado, alertando para as causas mais correntes de patologias associadas à incorreta definição de Projecto e deficiências de execução/uso e, por último, auxiliar no desenvolvimento de capacidades análise, diagnóstico e estabelecimentos de soluções de reabilitação.
- identificar padrões dominantes de urbanização, avançando com hipóteses explicativas dos processos que lhes deram origem;
- identificar factores de mudança e actores considerados estruturantes para a compreensão dos processos e para o desenho de estratégias de intervenção e regulação urbanísticas.
Identificar e compreender o processo histórico de formação e consolidação física da cidade do Porto, entre tempos de fundação e de refundação urbana, integrados no contexto nacional e internacional.
Desenvolver uma metodologia de confronto histórico explicativo das diversas unidades urbanas que integram a cidade, entre o “saber ver” e o “saber compreender”, que se constitua como narrativa histórica e arquitectónica no confronto da cidade do Porto e de outras cidades europeias (explorando as origens dos alunos Erasmus).