Código Oficial: | M922 |
Sigla: | MEAC |
Descrição: | O ciclo de estudos tem uma duração de 4 semestres, correspondente a 120 créditos ECTS, sendo constituído por uma parte curricular com 60 ECTS e pela elaboração de uma dissertação com 57 créditos ECTS associados. |
“A unidade curricular “Administração de Serviços de Saúde” procura fomentar o desenvolvimento de conhecimentos sobre algumas das principais políticas e sistemas de saúde nos contextos nacional e internacional. Assim, no final desta unidade, os estudantes deverão ser capazes de:
- Descrever conceitos-chave nas áreas das políticas e sistemas de saúde, gestão da saúde, em especial no que se refere à multiplicidade inerente ao conceito de saúde;
- Identificar ferramentas essenciais à utilização racional dos recursos afetados ao setor da saúde;
- Reconhecer a importância da gestão eficiente dos recursos, mantendo a equidade no acesso ao sistema de saúde.”
A unidade curricular “Contextualização da educação académica e clínica"pretende contribuir com conhecimentos, capacidades e atitudes comportamentais capazes de desenvolver as competências estratégicas para lidar com os desafios que se colocam às instituições académicas e clínicas em situação de globalização e mudança tecnológica.
Esta UC pretende contribuir para formar profissionais de saúde competentes a nível científico, técnico e humano, que lhes permita exercer a sua atividade em instituições hospitalares, de investigaçao e de ensino. Este módulo dirige-se especificamente à formação de profissionais competentes a nível da relação humana (e comunicação humana) em contexto clínico, para eficaz consecução dos objetivos do encontro clínico. Por outro lado, a aprendizagem das competências comunicacionais, que estão na base de todo o acto clínico, faz-se sobretudo através do trabalho lado a lado com um modelo, pelo que a formação académica dos docentes nesta área se torna indispensável.
A organização Mundial da Saúde (OMS) em 2010 colocou, definitivamente, a educação interprofissional no centro da formação em saúde, clarificando a importância de "aprender juntos para trabalhar juntos por uma saúde melhor".
A segurança e qualidade dos cuidados em saúde implicam uma abordagem integral que contemple as múltiplas dimensões das necessidades de saúde das populações, pelo que a comunicação e a colaboração entre os diferentes profissionais é central em todos os processos (Zwarebstein, Goldman, Reeves, 2009).
A educação interprofissional é hoje entendida como a estratégia que procura formar profissionais mais críticos e reflexivos, capazes de trabalhar em equipa e de aprenderem juntos. Reconhece-se que é fundamental que os profissionais da saúde possam trabalhar colaborativamente compartilhando ações e conhecimentos. A aquisição de conhecimentos, habilidades e atitudes de cada um dos profissionais, para a resposta aos problemas e necessidades da população, deve conduzir à segurança e qualidade dos cuidados, prestados no respeito pelos príncipios éticos e deontológicos otimizando os recursos (WHO, 2010)
Acreditando que o conhecimento em saúde só faz sentido dentro do mundo do trabalho, e que os profissionais não trabalham sozinhos, importa reforçar que é a convivência e partilha de conhecimentos que transforma o processo de trabalho numa relação estreita entre teoria e prática.
A literatura sobre o trabalho em equipa e a prática colaborativa revela que a colaboração dos profissionais de diferentes áreas implica, também, a manutenção das especificidades de cada área (Zenzano et al, 2011), clarificando que a interdisciplinaridade requer a disciplinaridade (Iribarry, 2003). A interdisciplinaridade, enquanto meio de colaboração intensa, está associada a um espaço comum, que parte da integração do conhecimento e das especificidades de cada profissional para encontrar soluções para os problemas complexos.
A unidade curricular de educação interprofissional procurará reforçar a importância do trabalho em equipa e a integração da força de trabalho, respeitando as especificidades de cada profissão.
Neste sentido, enfatizar-se-ão estratégias que promovam a discussão dos papéis profissionais e as especificidades de cada profissão, a identificação de compromissos para a solução de problemas e a negociação para a tomada de decisão sustentada no planeamento colaborativo.A pertinência dos conteúdos definidos para a unidade curricular de Educação interprofissional foi discutida no contexto do perfil final para o Curso de Mestrado em Educação Académica e Clínica. Foram definidos prinicipios orientadores para a dimensão pedagógica do curso que incentivam a participação ativa dos estudantes na sua aprendizagem, pelo que foi organizada uma estratégia assente na pedagogia ativa com forte intervenção dos processos reflexivos e criativos dos estudantes.
Serão utilizadas metodologias adequadas para envolver os estudantes com o interprofissionalismo, no qual o trabalho em equipe, a discussão de papéis profissionais, o compromisso na solução de problemas e a negociação na tomada de decisão são características marcantes.
Esta unidade curricular procurará a reflexão sobre o desenvolvimento de competências comuns, específicas e colaborativas para os profissionais da saúde, que têm sido definidas como essenciais para a qualidade da formação profissional e dos cuidados de saúde.A unidade curricular “Profissionalismo" pretende dotar os estudantes de competências não cognitivas que lhes permitam uma postura ética, honesta, justa, centrada no bem estar e na segurança do doente.
A UC de Supervisão em Educação Académica e Clínica é destinada a um público adulto, com experiência nas suas valências profissionais específicas, mas igualmente no trabalho de docência e aprendizagem de formações complexas de nível superior. Parte-se, pelo facto, de uma valorização prévia dos saberes científicos, mas igualmente experienciais deste público para os problematizar à luz, quer de práticas rotinizadas, quer da interpelação que saberes de outros campos científicos – no âmbito da educação como das práticas pedagógicas – poderão aportar a esta reflexão.
O forte peso da análise de situações concretas das práticas profissionais no cômputo da programação desta UC visa, pelo facto, inscrevê-la numa dinâmica de educação de adultos, a qual se distancia de uma formação básica e/ou elementar para a equacionar mais segundo um paradigma de educação contínua. Tem-se, por outro lado, presente que, no plano educativo, a formação não pode dissociar os seus conteúdos como as suas práticas da dimensão replicadora que lhe está implícita, pelo que essa é uma dimensão inscrita na própria planificação da formação.