Comunicação Clínica II - Entrevista centrada no doente - Entrevista Motivacional

Código:

OPT96

Sigla:

CCII

Áreas Científicas
Classificação	Área Científica
OFICIAL	Medicina

Ocorrência: 2017/2018 - 2S

Ativa?	Sim
Unidade Responsável:	Departamento de Neurociências Clínicas e Saúde Mental
Curso/CE Responsável:	Mestrado Integrado em Medicina

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla	Nº de Estudantes	Plano de Estudos	Anos Curriculares	Créditos UCN	Créditos ECTS	Horas de Contacto	Horas Totais
MIMED	8	Mestrado Integrado em Medicina- Plano oficial 2013 (Reforma Curricular)	5	-	1,5	14	40,5

Língua de trabalho

Português - Suitable for English-speaking students

Objetivos

Aquisição e consolidação de Conhecimentos:

1. Fundamentos teóricos dos modelos explicativos dos comportamentos para a saúde e sua modificação;
2. Compreensão dos conceitos de motivação; ambivalência e resistência;
3. Conhecimento dos pressupostos da Entrevista motivacional (EM) e sua aplicabilidade, (Miller e Rollnick, 1983, 2009).

Promover e consolidar a aquisição de competências avançadas da entrevista focada no doente, com compreensão e manejo de técnicas de EM, nomeadamente:

1. Aptidões para identificar ambivalência e perceber resistência à mudança.
2. Aptidões para auxiliar a cessação de comportamentos nocivos para a saúde, incluindo adições, e promover a sua mudança;
3. Aptidões para auxiliar a preparação e manutenção de comportamentos para a saúde;
4. Aptidões para compreender e orientar a recaída em comportamentos nocivos.
5. Aptidões para melhorar a adesão aos planos de tratamento e procedimentos preventivo.
6.  

Adquirir e consolidar uma atitude empática e compreensiva facilitadora do processo de mudança, evitando a confrontação e a persuasão.

Resultados de aprendizagem e competências

O conhecimento dos princípios e espírito centrado no doente mas directivo da Entrevista Motivacional, bem como a identificação e domínio das suas estratégias práticas, conduzirão ao desenvolvimento de competências facilitadoras da mudança de atitudes e comportamentos.

Pretende-se que o estudante compreenda e que utilize as técnicas específicas da EM (OARS; change talk) de forma a consiguir avaliar a convicção e confiança do outro para implementação de uma mudança de comportamento. Assim, poderá determinar qual a fase o processo de mudança em que o doente se encontra. A capacidade para identificar os estádios ou fases do processo de mudança a permitirão implementar de modo individualizado esta abordagem motivacional.

A extensão à prática clínica será conseguida pela exploração de intervenções específicas (adesão à terapêutica; monitorização de doenças crónicas; fomento de estratégias e comportamentos preventivos; cessação de comportamentos nocivos ou adictos) evitando a confrontação ou o criticismo e desenvolvendo uma atitude de aceitação e reconhecimento da dificuldade de mudar.

Modo de trabalho

Presencial

Programa

1. Competências avançadas em entrevista focada no doente


2. Comportamentos para a saúde e sua modificação:
   
   
   
   1. Modelos sócio-cognitivos
      
      
      
      1. Modelo de crença na saúde (Rosenstock 1974, Stretcher 1997)
      
      
      2. Teoria do comportamento planeado (Ajzen 1988)
      
      
      
      
   
   
   2. Modelos integracionistas
      
      
      
      1. Modelo transteorético (Prochaska e DiClemente 1983)
      
      
      2. Teoria PRIME (West 2006)
      
      
      
      
   
   
   
   


3. Compreensão dos conceitos de motivação; ambivalência e resistência


4. Conhecer a EM, (Miller e Rollnick 1983,2009):
   
   
   
   1. Princípios da EM:
      
      
      
      1. Expressão de Empatia;
      
      
      2. Desenvolvimento de discrepância;
      
      
      3. “Rolling” com a resistência
      
      
      4. Apoio à autoeficácia
      
      
      
      
   
   
   2. Modelo dos 5 A’s
   
   
   3. Aplicabilidade da EM;
   
   
   4. Técnicas específicas da EM
   
   
   
   

1. OARS (Open ended questions, Affirmations; Reflections; Summaries)


2. Conversar para a mudança (“Change talk”);
   
   
   
   • Conversa Preparatória:
   
   
   • DARN (Desire; Ability, Reason ; Need);
   
   
   • Implementação:
   
   
   • CAT (Commitment; Activation; Taking steps)
   
   
   
   

1. Aprender e utilizar estratégias específicas em estádios iniciais de tratamento.

Eliminar comportamentos anteriores inconsistentes com um estilo de EM.

Bibliografia Obrigatória

Rui Mota Cardoso; Competências Clinicas de Comunicação, 2015

Bibliografia Complementar

Ayers and de Visser; 2013; pp 99-117.; Psycology for Medicine, Cáp. Health and Behaviour, 2013
Davidoff F, Laine C. ; Patient-Centered Medicine - A Professional Evolution JAMA. 275(2):152-156, 1996
Hettema JU, Steel J, Miller WR. ; “Motivational Interviewing”, Annu Rev Clin Psychol,1:91-11., 2005

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

Metodologias de ensino (avaliação incluída):

Seminários – 1.5 h semanal (10.5h total), que incluirão:

Componente Teórica – Fundamentação teórica das técnicas de entrevista centrada no doente e competências de resposta às emoções. Definição, aplicabilidade e importância clinica da Entrevista Motivacional, seus princípios gerais e estratégias.

Componente Teórico-prática - Apresentação de vídeos didáticos exemplificativos com casos clínicos; discussão e identificação pelos alunos de estratégias de comunicação utilizadas na Entrevista Motivacional; exercícios de roleplay com base em casos clínicos reais para aplicação e treino na Entrevista Motivacional.

Componente Prática – Entrevistas clínicas com doentes simulados e doentes reais. Discussão e feedback de entrevistas registadas em áudio e vídeo seleccionadas.

Avaliação 3.5 h  

Princípios Gerais: Formativa e quantitativa, providenciando feedback contínuo e abordando comportamentos e competências específicas.

1. Avaliação prática objetiva e padronizada, e avaliação clínica integrada (90%) observação comportamental directa e gravada de estratégias da EM (checklists standardizados)
2. Assiduidade, atitude, comportamento profissional e competências de resolução de problemas (10%)

14 horas de contacto

27 horas - prática tutelada, observação de situações reais e simuladas, consulta bibliográfica.

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Componentes de Avaliação

Designação	Peso (%)
Participação presencial	10,00
Trabalho prático ou de projeto	90,00
Total:	100,00

Fórmula de cálculo da classificação final

1. Avaliação prática objetiva e padronizada, e avaliação clínica integrada (90%) observação comportamental directa e gravada de estratégias da EM (checklists standardizados)


2. Assiduidade, atitude, comportamento profissional e competências de resolução de problemas (10%)