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Psiquiatria e Saúde Mental (prática clínica)

Código: MI605     Sigla: PSM

Áreas Científicas
Classificação Área Científica
OFICIAL Medicina

Ocorrência: 2016/2017 - SP

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Departamento de Neurociências Clínicas e Saúde Mental
Curso/CE Responsável: Mestrado Integrado em Medicina

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
MIMED 306 Mestrado Integrado em Medicina 2007 6 - 4 43 108
Mestrado Integrado em Medicina- Plano oficial 2013 (Reforma Curricular) 6 - 4 43 108
Mais informaçõesA ficha foi alterada no dia 2016-09-07.

Campos alterados: Objetivos, Componentes de Avaliação e Ocupação, Métodos de ensino e atividades de aprendizagem, Resultados de aprendizagem e competências

Língua de trabalho

Português

Objetivos

O objectivo geral desta cadeira é a aplicação e desenvolvimento na prática clínica supervisionada, dos conhecimentos, aptidões e atitudes previamente adquiridos na cadeira de Psiquiatria e Saúde Mental do 5º ano, com particular destaque para os aspectos clínicos e preventivos. Organiza-se por blocos de formação profissionalizante sobre a forma de estágio, incluindo prática tutelada.

Os objectivos na área dos conhecimentos resultam do aprofundamento dos temas que constam do programa do 5º ano, com a sua aplicação à prática clínica, através de acompanhamento tutelado de pessoas com patologia psiquiátrica, visando o desenvolvimento de capacidades individuais para o exercício das funções médicas, com responsabilidade e independência progressivas.

Os objectivos no domínio das aptidões englobam o desenvolvimento da capacidade de apresentação de casos clínicos com autonomia na observação de um doente psiquiátrico e realização de história e exame clínico, com formulação de um diagnóstico, diagnósticos diferenciais, prognóstico e proposta de orientação terapêutica. Engloba ainda a capacidade de pesquisa bibliográfica e análise da evidência científica.

Torna-se ainda relevante a sensibilização dos estagiários para os aspectos do funcionamento e das estruturas do serviço nacional de saúde, de saúde pública e em particular, de organização dos cuidados de saúde mental em Portugal.

Os objectivos no domínio das atitudes devem valorizar a capacidade de comunicação e o trabalho integrado em equipa e colaboração multidisciplinar, com especial destaque para as componentes familiar, social, psicológica, profissional/educacional e médico-legal relativas ao enquadramento da doença mental.

Será ainda de valorizar a necessidade de motivação e aprofundamento das bases científicas de apoio à decisão clínica, pela metodologia de auto-aprendizagem e de formação continuada bem como pela transmissão de conhecimentos aos estudantes. Sempre que possível, será desejável a colaboração regular dos alunos em projectos científicos, estimulando-os precocemente para uma cultura de actividade de investigação.

Resultados de aprendizagem e competências

Na área dos conhecimentos espera-se que os alunos desenvolvam e aprofundem os conteúdos dos principais domínios apresentados na cadeira do 5º ano, em adequação à prática clínica.

No âmbito das aptidões e habilidades, os alunos deverão atingir os seguintes resultados:

  • Capacidade de elaboração e apresentação de histórias clínicas em reuniões hospitalares e/ou académicas.
  • Capacidade de pesquisa bibliográfica e análise crítica da melhor evidência científica.
  • Capacidade de formular, para as situações psicopatológicas mais frequentes, um diagnóstico provável, diagnósticos diferenciais, prognóstico e seleccionar e interpretar adequadamente exames complementares (interpretação de avaliação psicológica e de dados analíticos biológicos ou imagiológicos).
  • Elaboração de uma lista de problemas, curta e precisa, identificando os pedidos de ajuda por parte do doente, para além de avaliar a urgência das acções necessárias.
  • Capacidade de propor uma orientação psicofarmacolológica (recomendações clínicas, efeitos adversos, interacção farmacológica e intoxicação).
  • Capacidade de contacto, desenvolvendo perícias de intervenção psicoterapêutica (de suporte, cognitivo-comportamental, psicodinâmica, familiar e de grupo).
  • Compreensão da organização do Serviço Nacional de Saúde e dos condicionalismos que influenciam a prática clínica e muito particularmente dos cuidados de saúde mental, em consonância com o Plano Nacional de Saúde Mental e Rede de Cuidados Continuados de Psiquiatria e Saúde Mental vigentes.
  • Capacidade de enquadramento do doente e da família, bem como referenciação para a rede de cuidados assistenciais da área de saúde mental.

Os resultados ao nível das atitudes, comportamentos e valores deverão ser os seguintes:

  • Valorização de uma boa comunicação com o doente e a sua família (nomeadamente na comunicação do diagnóstico, aconselhamento e motivação para a compliance com o tratamento psiquiátrico).
  • Valorização de uma boa comunicação em equipa multidisciplinar (integrando o plano de tratamento, expondo um problema psiquiátrico em equipa).
  • Valorização da componente social, psicológica, educacional da doença mental.
  • Valorização do enquadramento do doente em actividades de terapia de grupo e terapia ocupacional.
  • Valorização do enquadramento das questões médico-legais no âmbito da saúde mental.
  • Motivação para o aprofundamento da base científica da prática clínica.
  • Valorização da auto-aprendizagem e formação médica contínua.
  • Interiorização da prática do ensino, como parte das competências do médico.

Modo de trabalho

Presencial

Programa

Em continuidade com o programa definido na cadeira de Psiquiatria e Saúde Mental do 5º ano, os alunos deverão:

  • Identificar os sintomas e as diferentes perturbações psicopatológicas, diferenciando-as do normal funcionamento psicológico.
  • Identificar os diversos quadros de perturbação da personalidade, bem como alterações comportamentais ou do relacionamento interpessoal.
  • Contextualizar o doente na sua rede familiar, laboral e social.
  • Avaliar e determinar as competências funcionais dos doentes.
  • Identificar as situações de risco individual e social, nomeadamente em grupos vulneráveis, como é o caso dos idosos.
  • Recolher e integrar a informação de forma a permitir um diagnóstico global.
  • Delimitar as áreas de competência terapêutica e normas de orientação de follow-up.
  • Identificar os objectivos de intervenção a curto, médio e longo prazo.

Bibliografia Obrigatória

American Psychiatric Association; Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM-5) (5ª Ed.)., Lisboa: Climepsi , 2013
Casey P, Kelly B; Fish's Clinical Psychopathology: Signs & Symptoms in Psychiatry (3th Ed.), Bristol: The Royal College of Psychiatrists, 2007
Cowen P, Harrison P, Burns T.; Shorter Oxford Textbook of Psychiatry (6th Ed.), London: Oxford Medical Publications, 2012
Goldberg D, Murray R; Maudsley Handbook of Practical Psychiatry (5th Ed.), London: Oxford Medical Publications, 2008
Kaplan HI, Sadock BJ. ; Synopsis of Psychiatry, Baltimore: Williams & Wilkins, 2010
Organização Mundial de Saúde; Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10 e Diretrizes Diagnósticas e de Tratamento para Cuidados Primários. Organização Mundial de Saúde, Porto Alegre: Ed. Artes Médicas, 1998
Sampaio D, Figueira ML, Afonso P; Manual de Psiquiatria Clínica, Lisboa: Lidel, 2014
Streiner D, Norman R; Health Measurement Scales – A practical Guide to their Development and Use, Oxford: Oxford University Press, 2008

Observações Bibliográficas

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Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

Estágio Clínico

Cada aluno terá um tutor na área de Saúde Mental (Prática Clínica) que o deve acompanhar em todas as actividades clínicas, durante 3 semanas, idealmente a tempo inteiro (em regime de 35 horas). Pretendendo-se, deste modo, um ensino de proximidade em que sejam permitidos momentos específicos de ensino/aprendizagem com feedback constante.

Os alunos deverão colaborar na actividade assistencial do Internamento, Hospital de Dia, Psiquiatria de Ligação, Consulta Externa e Urgência do CHSJ, bem como de outros hospitais afiliados da FMUP. Sempre que possível, poderá haver abertura a estágios clínicos em cuidados de saúde primários, em contexto comunitário e na rede de cuidados continuados (particularmente da área de saúde mental).

Deverá haver ainda a preocupação, durante o período de prática clínica, em fomentar o envolvimento em actividades de investigação, estimulando o desenvolvimento destas capacidades, no pressuposto da sua aplicabilidade e continuidade nas diferentes fases do percurso profissional.

 

Seminários Clínicos

Serão desenvolvidos em áreas de aprofundamento clínico de temáticas menos abordadas no ano anterior e ministradas pelos docentes da cadeira (serão possíveis igualmente apresentações em vídeo e o recurso a role-playing).

Casos Clínicos

Cada aluno deverá apresentar um caso clínico (entre os três obrigatórios), observado durante o estágio, numa das sessões programadas para o efeito, sendo essas sessões coordenadas por um docente. Deverá constar a história, o diagnóstico provável, os diagnósticos diferenciais, os exames subsidiários e a proposta de orientação terapêutica e prognóstico. A apresentação dos alunos deverá ser discutida em grupo e com o docente/tutor.  

Palavras Chave

Ciências da Saúde > Ciências Médicas > Medicina > Psiquiatria

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Componentes de Avaliação

Designação Peso (%)
Participação presencial 40,00
Trabalho escrito 60,00
Total: 100,00

Obtenção de frequência

Avaliação contínua pelos tutores do estágio – inclui a apreciação das competências adquiridas ao longo do curso e a preparação para um melhor desempenho, de forma independente nas diferentes actividades. Serão avaliados o nível de conhecimentos e a sua adequação às aptidões (autonomia no exame clínico psiquiátrico, com aferição das capacidades comunicacionais e do trabalho em equipa) e atitudes (sentido ético e profissional, pontualidade, assiduidade, interesse e participação, valorização da componente social, psicológica e educacional da doença mental). Esta avaliação é feita através do preenchimento de uma caderneta de desempenho entregue aos tutores, no final do estágio clínico. Estes supervisionam um grupo de alunos, registando também o resultado das observações/actos ao longo do estágio. Serão de ter em conta quer os aspectos quantitativos, quer os qualitativos na realização de procedimentos e gestos (pressupondo a existência de uma check-list prévia), que deverão ser igualmente ponderados na avaliação final.

Discussão de relatório de actividades desenvolvidas durante o estágio – Este relatório engloba prioritariamente a avaliação da apresentação dos casos clínicos seguidos pelo estudante durante o seu estágio (sempre que possível, com a componente prática de supervisão de uma entrevista pelo seu tutor).

Esta avaliação deverá idealmente incidir também em aptidões do âmbito da investigação (capacidade de pesquisa bibliográfica, aplicação de instrumentos, análise crítica da evidência científica), capacidade de exposição oral e argumentação de temas de Psiquiatria e Saúde Mental. Neste sentido, deverá ser considerado ainda o interesse e empenhamento pessoal do aluno na sua aprendizagem. Ainda de realçar a importância dada à base científica da prática clínica, bem como à capacidade de enquadramento do doente e da sua família. Deverá ainda ser apurado o sentido crítico e a capacidade reflexiva do aluno, sendo capaz de integrar o doente no seu contexto mais abrangente, inerente ao conceito de saúde mental, numa visão verdadeiramente holística do doente e do adoecer.

Classificação final – Corresponde ao somatório das classificações obtidas nas diferentes áreas de competências anteriormente definidas. A obtenção de menos 50% em qualquer das avaliações será eliminatória.

Fórmula de cálculo da classificação final

Avaliação distribuída sem exame final. 
Notas acima de 17 valores são atribuídas mediante recurso a exame oral.

Provas e trabalhos especiais

Realização individual de uma história clínica por semana (três na totalidade), com discussão posterior com o respectivo docente. 

Preenchimento dos registos da actividade clínica diária na caderneta de desempenho, ao longo das três semanas.

Observação de situações clínicas e procedimentos mínimos obrigatórios incluídos numa check-list, que cada docente deverá possuir antes do início do estágio para que permita a respectiva planificação.  

Melhoria de classificação

Existe a possibilidade de melhoria da nota atribuída, através de uma prova oral.

Observações

Avaliação Interna do Programa de Formação

Após realização final de um questionário anónimo de satisfação, por parte dos alunos (incluindo pontos fortes, fracos e melhorias), deverá haver uma reunião com todos os docentes e tutores, preferencialmente no final de cada bloco.
Nesta avaliação da cadeira deverão constar: apreciação global, avaliação dos métodos e técnicas envolvidos, apreciação do contexto de ensino/aprendizagem e actividade dos docentes.

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