Resumo: |
A quimioterapia e extremamente util em certo tipo de tumores, no entanto a sua eficiencia em certas neoplastias e muitas vezes limitada devido a resistencia (intrinseca ou adquirida) aos agentes utilizados em quimioterapia (e.g. cancro do pulmao e do pancreas), o que faz com que este seja um dos maiores problemas no combate ao cancro.
A teoria das celulas estaminais cancerigenas (CEC) coloca a hipotese de existir uma pequena subpopulacao de celulas tumorais com capacidade de se auto-renovar e que mantem o crescimento tumoral. Pensa-se que as CEC sao, em parte, responsaveis pela resistencia a quimioterapia devido a sobre-expressao de proteinas envolvidas no efluxo de farmacos, alteracoes em proteínas envolvidas na apoptose, aumento de expressao da telomerase e aumento da capacidade antioxidante [1-3]. Um dos marcadores mais utilizados de CEC e a proteina de superficie citoplasmatica CD133, expressa em CECs de varios tipos de tumores [3]. Apesar das celulas CD133+ representarem uma pequena percentagem das celulas tumorais, elas sao altamente tumorigenicas e mais resistentes a farmacos utilizados em quimioterapia comparativamente com as celulas CD133- [4-9]. Pensa-se, inclusivamente, que os regimes de quimioterapia nao sao capazes de erradicar as celulas CD133+ (mas somente as celulas CD133- que constituem a maior parte do tumor) e que este facto sera grandemente responsavel pela recorrencia tumoral, podendo explicar a percentagem mais elevada de celulas CD133+ presentes apos a recorrencia [4].
Seria entao importante atingir especificamente estas CECs resistentes e torna-las sensiveis aos agentes quimioterapeuticos, sendo este o principal objectivo do nosso projecto. Propomo-nos atingir este proposito utilizando siRNAs (para alvos moleculares envolvidos na resistencia a farmacos) encapsulados em nanoparticulas conjugadas com anticorpos para CD133. Uma vez que a resistencia e muitas vezes devida a mais do que um mecanismo, nos propomos atingir especificamente dois |
Resumo A quimioterapia e extremamente util em certo tipo de tumores, no entanto a sua eficiencia em certas neoplastias e muitas vezes limitada devido a resistencia (intrinseca ou adquirida) aos agentes utilizados em quimioterapia (e.g. cancro do pulmao e do pancreas), o que faz com que este seja um dos maiores problemas no combate ao cancro.
A teoria das celulas estaminais cancerigenas (CEC) coloca a hipotese de existir uma pequena subpopulacao de celulas tumorais com capacidade de se auto-renovar e que mantem o crescimento tumoral. Pensa-se que as CEC sao, em parte, responsaveis pela resistencia a quimioterapia devido a sobre-expressao de proteinas envolvidas no efluxo de farmacos, alteracoes em proteínas envolvidas na apoptose, aumento de expressao da telomerase e aumento da capacidade antioxidante [1-3]. Um dos marcadores mais utilizados de CEC e a proteina de superficie citoplasmatica CD133, expressa em CECs de varios tipos de tumores [3]. Apesar das celulas CD133+ representarem uma pequena percentagem das celulas tumorais, elas sao altamente tumorigenicas e mais resistentes a farmacos utilizados em quimioterapia comparativamente com as celulas CD133- [4-9]. Pensa-se, inclusivamente, que os regimes de quimioterapia nao sao capazes de erradicar as celulas CD133+ (mas somente as celulas CD133- que constituem a maior parte do tumor) e que este facto sera grandemente responsavel pela recorrencia tumoral, podendo explicar a percentagem mais elevada de celulas CD133+ presentes apos a recorrencia [4].
Seria entao importante atingir especificamente estas CECs resistentes e torna-las sensiveis aos agentes quimioterapeuticos, sendo este o principal objectivo do nosso projecto. Propomo-nos atingir este proposito utilizando siRNAs (para alvos moleculares envolvidos na resistencia a farmacos) encapsulados em nanoparticulas conjugadas com anticorpos para CD133. Uma vez que a resistencia e muitas vezes devida a mais do que um mecanismo, nos propomos atingir especificamente dois mecanismos de resistencia ao mesmo tempo para aumentar as probabilidades de sucesso e tambem para ampliar a sua futura aplicabilidade.
Trabalho que envolve atingir especificamente moleculas envolvidas em sobrevivencia e resistencia de CEC tem tido publicado recentemente [8,10,11]. No entanto, a nossa abordagem (atingir diferentes mecanismos de resistencia a farmacos com siRNAs encapsulados em nanoparticulas especificamente desenhadas para atingir CECs) nunca foi descrito e seria portanto um trabalho inovador e com potencial para aplicacoes futuras na terapia de pacientes com cancro.
Na tarefa 1 iremos isolar celulas CD133+ e CD133- a partir de linhas celulares de cancro do pulmao e pancreas e iremos caracterizalas em termos de resistencia/sensibilidade a farmacos utilizados na terapia destas neoplastias (e.g. cisplatina, carboplatina, etoposideo e gemcitabina). Tambem iremos caracterizar estas populacoes relativamente aos mecanismos de resistencia que se sabem ser responsaveis pela resistencia a farmacos em CECs tais como: i) bombas de efluxo de farmacos; ii) expressao de proteínas envolvidas na apoptose; iii) expressao da telomerase e iv) resistencia ao stress oxidativo. Na tarefa 2 iremos utilizar as proteínas sobre-expressas nas celulas CD133+, como alvos moleculares e utilizaremos siRNAs especificos para inibir a sua expressao e afectar o mecanismo de resistência correspondente. Os varios mecanismos serao inibidos separadamente e em conjunto de modo a determinarmos qual a melhor abordagem para tornar as celulas CD133+ sensiveis aos farmacos. A terceira tarefa ira decorrer em |