© ESCOLAS: Complexidade e Interpretação
A Exposição ESCOLAS: Complexidade e Interpretação constitui um dos eventos inserido no projeto de investigação homónimo. Sediado no CEAU da FAUP, e enquadrado no grupo de investigação Atlas da Casa, o projeto tem como pano de fundo a transformação arquitetónica dos edifícios escolares, intervencionados ao abrigo do Programa da Parque Escolar, constituído por um universo de 74 escolas localizadas "a norte" do país.
Este projeto tem como objetivo revisitar e debater a importância da intervenção arquitetónica nas escolas secundárias, promovendo um diálogo que, assente nas práticas e no campo disciplinar da arquitetura, potencie o conhecimento, envolvendo as dimensões políticas, pedagógicas, culturais, económicas e sociais. Assim, experimentando o interpretável, e pelos processos de consciencialização, perspetiva-se potenciar as qualidades metodológicas desta estratégia de intervenção para outros âmbitos programáticos.
Sob a coordenação de André Santos (CEAU-FAUP), o projeto integra na equipa de investigação 17 alunos de diferentes anos curriculares do curso de MIArq que, na sequência da sua participação, desenvolvem comummente a dissertação de mestrado enquadrada e orientada individualmente por cada um dos temas de arquitetura que o projeto persegue no seu percurso temporal.
O evento da Exposição assinala um significativo momento do desenvolvimento deste projeto, promovendo a comunicação de saber e a correspondente difusão alargada junto do público, incorporando o objetivo de ultrapassar a especificidade do campo disciplinar da arquitetura e de salientar a sua importância social e cultural, condição aqui majorada pela relação com a função escolar. Reconhecendo-se a circunstância dos edifícios escolares serem dos mais universalmente utilizados e atendendo a que essa utilização ocorre num processo longo e sequencial da formação de cada indivíduo, reitera-se e reforça-se o sentido público da instituição escolar e a responsabilidade social da arquitetura na materialização dos seus edifícios.
Neste sentido, o evento assume a responsabilidade de comunicação com um público vasto, procurando sensibilizar a sociedade para a importância da escola enquanto instituição e para a arquitetura escolar enquanto responsável pela dignificação do processo ensino-aprendizagem.
A Exposição propõe uma revisita aos projetos e obras das escolas que definem o universo de estudo, organizando-as segundo os 5 temas principais que norteiam o projeto de investigação, desenhando 5 capítulos na ocupação de 5 espaços.
A partir destes 5 temas propõe-se uma narrativa sequencial, iniciada com a Reorganização Espaço-Funcional que serviu de mote inspirador, quer para a adequação das condições espaciais às novas exigências pedagógicas, quer na transformação dos edifícios escolares segundo um modelo de ensino-aprendizagem adequado à contemporaneidade. No tema Reabilitação e Valor Patrimonial convoca-se a condição dos edifícios preexistentes enquanto matéria operativa para a sua reabilitação, independentemente do maior ou menor valor patrimonial de cada uma das arquiteturas, permitindo-se ampliar a condição pedagógica do “ser escola”, na promoção de uma estratégia de reabilitação. O Contexto Urbano reflete sobre a responsabilidade dos edifícios públicos, nomeadamente os escolares, para com a cidade, compromisso indiscutível no contexto da construção dos primeiros liceus e que, ao longo do tempo, se foi esbatendo ou alienando. Em Infraestruturas debatem-se as consequências da incorporação dos mais recentes diplomas legais, traduzidos numa intensa carga de sistemas infraestruturais mais significativamente intrusivas no contexto da reabilitação de edifícios preexistentes. Finalmente, em Expressão Arquitetónica, reflete-se de que forma as arquiteturas resultaram na diversidade das soluções, enquanto síntese de articulação dos temas anteriores.
A Exposição inaugurou na FAUP no dia 6 de março, às 18h30, numa sessão pública, à qual se seguiu uma visita ao ambiente expositivo, estando previsto a apresentação ao público até ao dia 3 de abril, interrompida devido à pandemia de Covid-19 e retomada de 14 a 24 de setembro de 2020, de 2.ª a 6.ª feira.
Dada a situação atual de pandemia, o horário de visita à exposição para o público em geral é das 17h00 às 20h00.
Informações 'Covid-19 | Normas e recomendações'
19 de setembro, Sábado, 11h00 + 15h00
20 de setembro, Domingo, 11h00 + 15h00
As visitas são gratuitas, sujeitas a inscrição prévia através do e-mail escolas.ci@arq.up.pt, com a indicação "ESCOLAS| inscrição” no assunto.
Limite de inscrições: 10 participantes
Público-alvo: Público em geral
As inscrições serão consideradas por ordem de chegada.
Informações 'Covid-19 | Normas e recomendações'
Patrocínios: Personal Travel; Arnaud Logis S.A.; Cláudio Lima, Lda.; Jofebar e Panoramah; Santander; Chaise Longue
Apoio: Quinta do Ferro
Parceiro estratégico: Casa da Arquitectura
Apoios Institucionais: Ministério da Educação; Parque Escolar, E.P.E.; Ordem dos Arquitectos - Conselho Directivo Nacional; Ordem dos Arquitectos - Secção Regional Norte
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ESCOLAS: Complexidade e Interpretação