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Antropologia Médica e Humanização em Medicina

Código: OPT02     Sigla: AMHM

Áreas Científicas
Classificação Área Científica
OFICIAL Medicina

Ocorrência: 2019/2020 - 2S (de 10-02-2020 a 31-07-2020)

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Departamento de Ciências da Saúde Pública e Forenses, e Educação Médica
Curso/CE Responsável: Mestrado Integrado em Medicina

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
MIMED 14 Mestrado Integrado em Medicina- Plano oficial 2013 (Reforma Curricular) 2 - 1,5 14 40,5
3

Língua de trabalho

Português

Objetivos


  • Fundamentar a necessidade da reflexão antropológica para uma compreensão integral da Medicina e para a prática de uma medicina humanizada.



  • Adquirir a capacidade de adoptar uma prática profissional que valorize e salvaguarde a centralidade sistémica da Pessoa, enquanto sujeito cultural e social, nos diferentes processos dos cuidados de saúde.



  • Mostrar o horizonte antropológico do Acto Médico e da Relação Médico-Doente.



  • Adquirir, ou aprofundar, a consciência do significado e das implicações de o ser humano – que é sujeito – constituir o objecto da Medicina e reconhecer o carácter antropológico da Medicina, enquanto ciência e enquanto praxis.



  • Mostrar o contributo que a Antropologia Médica, na complementaridade das duas correntes que nela convergem, filosófica e cultural (Medical Anthropology), oferece à cultura médica, diante dos desafios emergentes dos desenvolvimentos biomédicos e tecnocientíficos, em ordem a uma maior eficiência e humanização dos programas e serviços de saúde.



  • Aprender a reconhecer a diversidade de olhares sobre o Homem na sua relação com a saúde e a doença, em contexto de multi-culturalidade, como elemento integrante da humanização da Medicina.



  • Exemplificar algumas situações em que os dados antropológicos se tornam particularmente relevantes para uma abordagem terapêutica adequada (Pediatria, Geriatria, Doença mental, Doença terminal, Minorias étnicas, Populações migrantes).


 

Resultados de aprendizagem e competências








Demonstração da coerência das metodologias de ensino com os objetivos de aprendizagem da unidade curricular. 


Esta unidade curricular visa proporcionar aos estudantes um percurso de conhecimento e de aprofundamento da sua capacidade de reflexão crítica a partir de uma visão humanista da medicina, antropologicamente fundamentada, em ordem à humanização da práxis médica.


Dada a complexidade de que se reveste atingir esta finalidade, que supõe um processo de maturação pessoal e de aquisição de liberdade intelectual face a (pre)conceitos vigentes, na actual etapa de desenvolvimento das ciências e da prática médicas, propõe-se uma metodologia de ensino que valoriza a disponibilização aos estudantes dos elementos necessários para que cada um faça o seu próprio caminho.


Valoriza-se, também, a participação pessoal de cada estudante na selecção dos conteúdos a aprofundar e desenvolver, que possam ser objecto de avaliação em ensaio a apresentar.


Não menos importante, nesta perspectiva, é a proposta de seminários, em que a interacção entre os alunos na discussão de casos e na análise de obras de arte possibilitará o progresso da capacidade analítica, crítica e de argumentação a partir das coordenadas da antropologia. Potenciará ainda o seu futuro desempenho como médicos humanistas conscientes do lugar epistemológico da Medicina no concerto das ciências e da relevância de explicitar a intenção humanizadora da sua prática, para a preservar de eventuais derivas radicadas em paradigmas alheios à genuína tradição médica.


Decorrendo em sistema de avaliação contínua, em que, no final de cada aula, os estudantes têm a oportunidade de demonstrar o que conseguiram adquirir, será possível manter simultaneamente os estudantes interessados e os docentes conscientes das dimensões em que mais importa investir, num processo dialéctico de aprendizagem capaz de corresponder à exigências dos objectivos enunciados.


A opção por estes modelos de aprendizagem e avaliação apresenta-se como o mais consentâneo para uma unidade curricular caracterizada pelo seu carácter experimental, no contexto da educação médica, tendo em conta, também, a vastidão dos conteúdos a abordar e a eventual ausência de hábitos de reflexão sobre a realidade a partir do enfoque que a Antropologia oferece.


De facto, a Antropologia Médica não consiste na soma de duas disciplinas diferentes, mas na constituição de um campo de saber e de reflexão sobre esse saber, que resulta da integração numa unidade nova e original de dados provenientes dos diferentes âmbitos. Assumir esta interacção como fonte de critérios para a compreensão e o exercício de uma medicina humanizada pede as opções metodológicas enunciadas, de modo a possibilitar aos estudantes a interiorização de padrões de humanização na prática médica e na sua avaliação.



 


 [fdg1] [fdg1]3000 caracteres disponíveis.

Modo de trabalho

Presencial

Programa


  • Introdução à Antropologia – Conceitos e Métodos. Interdisciplinaridade.



  • Antropologia e Antropologias – a especificidade da Antropologia Médica. Antropologia Filosófica e Antropologia Cultural; a Antropologia física.



  • Análise crítica de grandes paradigmas antropológicos da Cultura Ocidental e alguns contributos fundamentais da Antropologia Filosófica contemporânea.



  • A Medicina Antropológica e seus desenvolvimentos na Medicina europeia.



  • Pluridimensionalidade estrutural constitutiva da Pessoa Humana: relação, corporeidade, interioridade, comunicação, ética, historicidade, indigência, vulnerabilidade, mistério.



  • Antropologia Médica: elementos conceptuais e metodológicos para uma abordagem da saúde e da doença.



  • A Pessoa Humana, sujeito de cultura e à cultura (cultura e culturas); vivências e representações de saúde, doença e morte; de tratar, curar e cuidar.



  • Antropologia do corpo; corpo e alma; morte e além-morte; dor e sofrimento.



  • Aspectos antropológicos determinantes para uma interacção médico-doente humanizada no processo terapêutico e a humanização das instituições de saúde.



  • Necessidade de considerar a incidência dos factores culturais e sociais para a humanização dos sistemas e processos de saúde.



  • Modelos de Humanismo emergentes na Medicina e figuras de Médicos humanistas.

Bibliografia Obrigatória

Martin Heidegger; Ser e tempo, Vozes
Emmanuel Levinas; Totalidade e infinito, Edições 70
Francesc Torralba i Roselló; Antropología del cuidar
João Lobo Antunes; Ouvir com outros olhos, Gradiva
João Lobo Antunes; Um modo de ser, Gradiva

Bibliografia Complementar

Martin Buber, F.C.E; Que és el hombre

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

Sessões teóricas.

Seminários.

Apresentação e discussão de casos.

Análise de contributos artísticos de Médicos (v.g. literatura, pintura).

Análise de obras de arte relativas a temas médicos (v.g. pintura, cinema).

Avaliação contínua e elaboração de ensaio sobre um tema à escolha neste âmbito.

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída com exame final

Componentes de Avaliação

Designação Peso (%)
Participação presencial 40,00
Exame 60,00
Total: 100,00

Componentes de Ocupação

Designação Tempo (Horas)
Frequência das aulas 14,00
Trabalho de investigação 4,00
Trabalho escrito 6,00
Elaboração de projeto 2,50
Estudo autónomo 14,00
Total: 40,50

Obtenção de frequência

Assiduidade > 5 aulas e Avaliação final > 9,5 valores

Fórmula de cálculo da classificação final

A - Participação aulas (0-20 valores)
B - Exame final (0-20 valores)

Avaliação de B:

A avaliação terá em consideração e far-se-á dentro dos seguintes parâmetros:


 



  1. Relevância de originalidade do tema escolhido (0 – 3 valores)

  2. Estruturação do trabalho (0 a 3 valores)

  3. Redacção do texto: rigor, clareza e correcção de escrita (0 a 5 valores)

  4. Qualidade de conteúdos e pesquisa, incluindo fontes bibliográficas. Discussão (0 a 9 valores)




Fórmula final = 0,4A + 0,6B
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