Tomada de Decisão em Medicina

Código:

OPT180

Sigla:

TOMED

Áreas Científicas
Classificação	Área Científica
OFICIAL	Medicina

Ocorrência: 2019/2020 - 1S (de 09-09-2019 a 09-02-2020)

Ativa?	Sim
Unidade Responsável:	Departamento de Medicina da Comunidade, Informação e Decisão em Saúde
Curso/CE Responsável:	Mestrado Integrado em Medicina

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla	Nº de Estudantes	Plano de Estudos	Anos Curriculares	Créditos UCN	Créditos ECTS	Horas de Contacto	Horas Totais
MIMED	10	Mestrado Integrado em Medicina- Plano oficial 2013 (Reforma Curricular)	2	-	1,5	14	40,5

Língua de trabalho

Português

Objetivos

1 – Reconhecer as características fundamentais envolvidas na tomada de decisão

2 – Reconhecer as limitações naturais, nomeadamente ao nível da tomada de decisões, que as pessoas em geral têm ao nível da decisão profissional

3 – Reconhecer a importância de tomar decisões que visem o melhor interesse do doente, distinguindo-as das decisões que o próprio profissional tomaria se estivesse no lugar do doente

4 – Reconhecer a importância de tomar decisões profissionais baseadas em evidência científica

5 – Compreender as diferenças específicas nas tomadas de decisão em diferentes contextos clínicos

6 – Reconhecer as dimensões centrais do exercício da medicina

7 – Compreender os limites ao exercício da autonomia individual nas decisões assumidas pelos doentes

8 – Tornar-se um profissional mais autónomo no exercício da profissão

Resultados de aprendizagem e competências

A tomada de decisão tem sido cada vez mais bem estudada, porque se percebe hoje que existem um conjunto de variáveis envolvidas que fogem à total compreensão dos próprios. Ou seja, não são claras as motivações que levam as pessoas a escolher num ou noutro sentido. Importa cada vez mais que o profissional as consiga reconhecer para melhor orientar o doente na escolha daquilo que poderá representar o seu melhor interesse. Cada vez mais as decisões clínicas têm um carácter mais subjetivo em função da enorme complexidade de consequências existentes bem como em função da cada vez maior diversidade humana. Por isso mesmo o respeito pela autonomia é um valor mais presente na decisão médica, mas que pode ser mal interpretado. Neste sentido, importará reconhecer as características fundamentais envolvidas na tomada de decisão, bem como os limites existentes, o que se pretende com os primeiros 4 pontos dos conteúdos programáticos.

Para além disso, é necessário reconhecer as dimensões que melhor podem conduzir os profissionais à decisão sobre o melhor interesse do doente, evitando erros involuntários e aumentando a satisfação relacionada com as decisões tomadas, o que corresponderá aos pontos 5, 6 e 7.

Dado que são múltiplos e variados os campos de atuação da medicina, importará compreender algumas particularidades desses mesmos contextos, referindo-se ao ponto 8 dos conteúdos programáticos.

Modo de trabalho

Presencial

Programa

1. A natureza humana – conceitos fundamentais


2. O papel das emoções na tomada de decisão


3. Limites à decisão individual


4. A dimensão racional da tomada de decisão


5. A evidência científica associada ao exercício da medicina


6. Condições centrais do exercício da medicina:
   
   Auto-conhecimento
   Formação de excelência
   Experiência
   Humildade
   Intervisão


7. As dimensões do exercício da medicina


8. Contextos específicos:
   O aconselhamento genético
   Decisões de fim de vida
   O abortamento
   A recusa de tratamento
   O processo de obtenção do consentimento informado

Bibliografia Obrigatória

Ricou, M. ; A ética e a deontologia no exercício da psicologia, Ordem dos Psicólogos Portugueses, 2014
Haidt, J. ; The Emotional Dog and Its Rational Tail: A Social Intuitionist Approach to Moral Judgment. Psychological Review, Vol. 108, n.º 4, pp. 814-834, Psychological Review, Vol. 108, n.º 4, pp. 814-834, 2001
Ricou, M. Sá, E. & Nunes, R. ; The Ethical Principles of the Portuguese Psychologists: A Universal Dimension., Journal of medicine & Phylosophy 42(2)pp.199-213, 2017. ISBN: doi:10.1093/jmp/jhw066

Bibliografia Complementar

Damásio, A.; O Livro da Consciência. A construção do cérebro consciente, Temas e Debates. Círculo de Leitores, 2010
Goleman, D.; Inteligência emocional, Temas e Debates. Círculo de Leitores, 1997
Straus, S.E., Glasziou, P., Richardson, W.S., & Haynes, R.B; Evidence-Based Medicine: How to Practice and Teach It, Churchill Livingstone, 2010

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

Num total de 14h de contacto a metodologia de ensino inclui: a) Seminários teóricos e teórico-práticos: discussão preparada e orientada de temas específicos, definidos com antecedência, com a participação de docentes e discentes; b) Orientação tutorial e apresentação pelos estudantes de casos-problema. Trata-se de avaliar, ao longo de todo o processo pedagógico, a evolução das capacidades de cada estudante. Evolução a nível da execução de técnicas de comunicação, do relacionamento humano, da assiduidade no bloco, do interesse e participação no processo pedagógico, e, finalmente, dos conhecimentos teóricos e práticos. A Nota Final da Unidade Curricular é o reflexo de uma apresentação na aula(50%) e de um exame final (50%).

Palavras Chave

Ciências da Saúde > Ética em ciências da saúde
Ciências Sociais > Ciências psicológicas > Ciências cognitivas
Ciências da Saúde > Ciências Médicas > Medicina

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída com exame final

Componentes de Avaliação

Designação	Peso (%)
Apresentação/discussão de um trabalho científico	50,00
Exame	50,00
Total:	100,00

Componentes de Ocupação

Designação	Tempo (Horas)
Apresentação/discussão de um trabalho científico	11,50
Estudo autónomo	15,00
Frequência das aulas	14,00
Total:	40,50

Obtenção de frequência

A obtenção de frequência será de acordo com o regulamento pedagógico

Fórmula de cálculo da classificação final

50% exame
50% Apresentação na aula