Contacto Precoce com os Utentes/Doentes e suas Famílias II

Código:

OPT11

Sigla:

CPUDFII

Áreas Científicas
Classificação	Área Científica
OFICIAL	Medicina

Ocorrência: 2018/2019 - 2S (de 11-02-2019 a 12-07-2019)

Ativa?	Sim
Unidade Responsável:	Departamento de Medicina da Comunidade, Informação e Decisão em Saúde
Curso/CE Responsável:	Mestrado Integrado em Medicina

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla	Nº de Estudantes	Plano de Estudos	Anos Curriculares	Créditos UCN	Créditos ECTS	Horas de Contacto	Horas Totais
MIMED	30	Mestrado Integrado em Medicina- Plano oficial 2013 (Reforma Curricular)	2	-	1,5	10	40,5
			3

Língua de trabalho

Português

Objetivos

Ao frequentar esta disciplina, pretende-se que o estudante atinja os seguintes objetivos:

• Aprender a desenvolver uma abordagem centrada na pessoa, orientada para o indivíduo, a família e a comunidade, lidando com os problemas de saúde em todas as suas dimensões física, psicológica, social, cultural e existencial;

• Desenvolver competências de continuidade de cuidados ao longo do tempo, através de uma comunicação médico-doente efetiva;

• Promover a gestão simultânea de problemas, tanto agudos como crónicos, dos pacientes;

• Utilizar métodos de avaliação familiar ao nível dos Cuidados de Saúde Primários.

Resultados de aprendizagem e competências

A metodologia utilizada permitirá pôr em prática os conhecimentos teóricos adquiridos:

• Explorar a relação entre a pessoa doente / utente e os determinantes de saúde nas suas vertentes psicossociais, familiares e da comunidade;

• Perceber qual a influência dos profissionais de saúde com quem contactam na atitude face à saúde e à doença dos seus utentes;

• Refletir sobre experiências relevantes na vida dos familiares dos próprios estudantes, os seus contextos culturais e como estes poderão ter influência nas suas perceções e sentimentos acerca da pessoa que acompanharam.

Modo de trabalho

Presencial

Programa

Os estudantes deslocar-se-ão a uma Unidade de Cuidados de Saúde Primários em grupos de dois, no máximo. Sob a orientação de um médico especialista de Medicina Geral e Familiar irão acompanhar uma família do ficheiro clínico desse médico. O doente/utente a acompanhar poderá ser uma grávida, ter uma doença crónica ou incapacidade, ou apresentar um problema relevante de saúde, como por exemplo um internamento hospitalar prolongado para cirurgia ou por acidente grave. O acompanhamento será efetuado ao longo do 4.º semestre do Mestrado Integrado em Medicina.

Durante as visitas pretende-se que o estudante tome contacto com o doente / utente alvo, e através deste com o seu agregado familiar, com colheita dos principais elementos demográficos de identificação, da história clínica pregressa e atual, integrando os achados na escala de readaptação social de Holmes e Rahe, e da avaliação da dinâmica familiar pelo genograma, psicofigura, círculo familiar de Thrower, ciclo de vida familiar de Duvall, Apgar familiar de Smilkstein, linha de vida de Mendalie, modelo de Olson e classificação socioeconómica de Graffar.

Bibliografia Obrigatória

Wiliams PR.; Family problems , Oxford University Press, 1989
Taylor RB.; Family medicine: principles and practice, Springer, 2003
Ramos V.; A Consulta em 7 passos, VFBM Comunicação, Lda, 2008
Rakel RE, Case Western Reserve University, Scholl of Medicine; Textbook of familiy practice, W. B. Saunders, 2002
Myerscough PR, Donald AG; Talking with patients: a basic clinical skill, Oxford University Press, 1992
McWhinney IR, Freeman T.; Textbook of familiy medicine, Oxford University Press, 2009
Martins, C.,Azevedo, L.F., Ribeiro, O., Sá, L., Santos, P., Couto, L., Costa Pereira, A., Hespanhol, AP.; A population-based nationwide Cross-Sectional Study on Preventive health Services Utilization in Portugal - What services (and frequencies) are deemed necessary by patients?, PLOS ONE, 2013 (PLOS One. 2013;8(11):e81256.Epub2013/11/28)
Martín Zurro A; Cano Pérez JF.; Atención primaria: conceptos, organización y prática clínica, Elsier, 2003
Hespanhol, A.; Couto, L.; Martins, C.; Viana, M.; Educação para a Saúde e Prevenção na Consulta de Medicina Geral e Familiar (I), Revista Portuguesa de Clínica Geral;25: 236-41, 2009
Hespanhol, A.; Couto, L.; Martins, C.; Viana, M.; Educação para a Saúde e Prevenção na Consulta de Medicina Geral e Familiar (II), Revista Portuguesa de Clínica Geral;25: 242-52, 2009
Goroll AH, Mulley AG.; Primary care medicine: office evaluation and management of the adult patient, Lippincott Williams & Wilkins, 2006
Caeiro R.; Registos clínicos em Medicina Geral e Familiar, Ministério da Saúde de Portugal, 1991
Nunes JM.; Comunicação em contexto clínico, Bayer, 2010
Allen J, Gay B, Crebolder H, Heyrman J, Svab I, Ram P.; The European definition of general practice/ family Medicine, WHO Europe Office:Wonca, 2005

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

Seminário: No início do curso os estudantes terão um seminário, com a duração de três horas, que decorrerá na Unidade de Medicina Geral e Familiar com os docentes responsáveis pela unidade curricular optativa, para planificação das atividades a realizar e apresentação do trabalho já efetuado.

 Orientação Tutorial: Aos estudantes é solicitada a deslocação a uma Unidade de Cuidados de Saúde Primários, à sua escolha 1 vez no semestre para planificação de trabalho com o respetivo tutor, com a duração de 3 horas. Os tutores serão médicos especialistas em Medicina Geral e Familiar, que colaboram com a Unidade de Medicina Geral e Familiar da FMUP, sendo-lhes pedido que compartilhem a sua experiência de exercício a nível dos Cuidados de Saúde Primários.

 Visita domiciliária: Será efetuada uma deslocação ao domicílio da pessoa que foi selecionada para acompanharem 1 vez por semestre; essa deslocação será efetuada em grupos de, no máximo, dois estudantes, tendo cada uma dessas deslocações uma duração de cerca de quatro horas.

 Avaliação: No final do semestre o estudante deverá entregar um relatório de acompanhamento do utente que lhe está distribuído, que deverá assumir a forma de um registo médico orientado por problemas de acordo com o método de Weed, incluindo a descrição das atividades realizadas com o doente / utente, devendo refletir as observações realizadas, bem como a interpretação do estudante, e a sua perceção e opinião do trabalho desenvolvido. O relatório deverá ser tão claro e sucinto quanto possível, e conter as referências bibliográficas consultadas.

No “Encontro do Contacto Precoce”, organizado anualmente pela Unidade de Medicina Geral e Familiar da FMUP, os estudantes devem apresentar oralmente os seus trabalhos.

A classificação final da disciplina é obtida por ponderação a 80% da avaliação do relatório final conjugado com a apresentação oral juntamente com a ponderação a 20% da informação do tutor responsável pelo acompanhamento dos estudantes.

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Componentes de Avaliação

Designação	Peso (%)
Participação presencial	20,00
Trabalho escrito	80,00
Total:	100,00

Componentes de Ocupação

Designação	Tempo (Horas)
Apresentação/discussão de um trabalho científico	1,00
Elaboração de relatório/dissertação/tese	3,00
Estudo autónomo	16,50
Frequência das aulas	10,00
Trabalho de campo	10,00
Total:	40,50

Obtenção de frequência

Presença em pelo menos 75% das atividade letivas
Comprovação de participação ativa na elaboração do trabalho final.

Fórmula de cálculo da classificação final

A classificação final da disciplina é obtida por ponderação a 80% da avaliação do relatório final conjugado com a apresentação oral juntamente com a ponderação a 20% da informação do tutor responsável pelo acompanhamento dos estudantes.