Medicina Geral e Familiar
Áreas Científicas |
Classificação |
Área Científica |
OFICIAL |
Medicina |
Ocorrência: 2018/2019 - 1S (de 10-09-2018 a 08-02-2019)
Ciclos de Estudo/Cursos
Língua de trabalho
Português
Objetivos
Os objetivos de aprendizagem são:
- Praticar um conceito atualizado de Saúde e dos aspetos com ela relacionados, sobretudo os biológicos, psicológicos, familiares, sociais e ecológicos.
- Compreender os esforços para melhorar a Saúde através de uma promoção da saúde adequada, que inclua uma educação para a saúde, proteção da saúde e prevenção da doença e suas complicações capazes.
- Conhecer os diferentes modelos organizativos da saúde a nível mundial, assim como as suas características, vantagens e desvantagens.
- Conhecer a organização do Sistema e do Serviço Nacional de Saúde Português, bem como de outras instituições da Comunidade que de algum modo possam estar relacionadas com a saúde em Portugal.
- Analisar as semelhanças e as diferenças entre medicina estatal, convencionada, contrato de gestão e privada, entre Hospitais e Unidades de Cuidados de Saúde Primários e entre médicos hospitalares, de saúde pública e de medicina geral e familiar.
- Conhecer a filosofia, espaço físico, profissionais envolvidos, modo de funcionamento e finalidades dos Cuidados de Saúde Primários em Portugal.
- Compreender a prática da Medicina Geral e Familiar na sua globalidade assim como nas suas diferentes vertentes, especialmente a sua definição, conteúdo e natureza, métodos e técnicas, volume de trabalho, organização em equipas, atividade em termos de espaço e de tempo.
- Desenvolver competências de decisão médica centrada na pessoa e baseada na evidência científica.
- Fomentar o espírito de investigação no âmbito dos Cuidados de Saúde Primários.
Resultados de aprendizagem e competências
No final da unidade curricular, os estudantes deverão dispor de conhecimentos e aptidões que os habilitem iniciar uma prática médica centrada na pessoa e orientada para o indivíduo, a sua família e a comunidade.
Devem apresentar competências de colheita e registo da história clínica.
Devem estar aptos a identificar e propor as medidas preventivas nas diferentes fases da vida (primária, secundária, terciária e quaternária), baseadas na melhor evidência existente, a priorizar os problemas de saúde existentes e a orientar o respetivo plano terapêutico.
Devem estar aptos a fazer Educação para a Saúde nos diferentes escalões etários.
Devem adquirir a capacidade de formular uma questão de investigação na área dos Cuidados de Saúde Primários e desenvolver um projeto de investigação adequado que conduza à sua resposta.
Modo de trabalho
Presencial
Programa
Definição da Medicina Geral e Familiar. O perfil do Médico de Família e os Cuidados de Saúde Primários em Portugal.
A comunidade envolvente: determinantes de saúde e necessidades em saúde
Avaliação do utente / doente: Cuidados centrados no doente. A consulta em MGF. História clínica e registo médico orientado por problemas. Enquadramento familiar e comunitário.
Relação médico-doente: a comunicação como fator chave.
A lista de problemas: priorização dos problemas tendo em conta o contexto clínico e epidemiológico.
Integração e gestão da promoção da saúde, prevenção, cura, tratamento, paliação e reabilitação nos cuidados personalizados ao doente / utente nas diferentes fases da vida.
Educação para a Saúde na prática clínica individual e comunitária.
Rastreios na prática clínica.
Vigilância de Grupos Vulneráveis- Saúde infantil e juvenil. Saúde da mulher e planeamento familiar. Saúde materna. Saúde dos idosos
Vigilância dos grupos de risco (hipertensos, diabéticos e doentes respiratórios)
A Hipertensão como modelo de abordagem de risco global em função do nível de prevenção primária, secundaria e terciária
A decisão em MGF: medicina baseada na evidência e a gestão da incerteza.
Programas nacionais de saúde.
Avaliação de desempenho em MGF. Contratualização. Diagnóstico do desenvolvimento Organizacional e indicadores de desempenho.
A Classificação Internacional de Cuidados de Saúde Primários.
A investigação em MGF.
Bibliografia Obrigatória
Martins C, Azevedo LF, Santos C, Sá L, Sá L, Santos P, Couto M, Pereira A, Hespanhol A; Preventive health services implemented by family physicians in Portugal-a cross-sectional study based on two clinical scenarios, BMJ Open. 2014 May 26;4(5):e005162. Doi:10.1136 , 2014
Santos AP, Martins C, Sá L, Portinha C, Pessanha P, Ferreira-Silva A, Hespanhol A, Couto L; Health education: five years’ experience of teaching preventive medicine at the faculty of medicine of Oporto university, Educ Prim Care. 2014 Mar;25(2):103-7, 2014
Santos P., Hespanhol A., Couto L ; Accuracy of general practitioners’ readings of ECG in primary care, Central European Journal of Medicine, June 2014, Volume 9, Issue 3, pp 431-436. DOI: 10.2478/s11536-013-0288-9, 2014
Santos P, Pessanha P, Viana M, Campelo M, Nunes J, Hespanhol A, Couto L.; Accuracy ogf general practitioner’ readings of ECG in primary care, Cent Eur J Med. 2014, ; 9(3) : 431- 6 . DOI: 10.2478/s11536-013-0288-9, 2014
Neves AL, Couto L ; Cardiovascular risk in overweight/obese and lean hypertensive patients, Rev Port Cardiol. 2014 May 12. pii: S0870-2551(14)00082-1. doi: 10.1016/j.repc.2013.10.016., 2014
Muir Gray, Godfrey Fowler; Preventive medicine in general practic, Oxford University Press, 1983. ISBN: 0-19-261299-9
Daniel M. Becker and Laurence B. Gardner; Prevention in clinical practice, Plenum Medical Book, 1988. ISBN: 0-306-42624-2
Robert Silcock Downie, Carol Fyfe And Andrew Tannahill; Health promotion: models and values, Oxford University Press, 1990. ISBN: 0-19-261739-7
John M. Last and Robert B. Wallace; Public healh & preventive medicine, Prentice-Hall, 1992. ISBN: 0-8385-618-9
Steven H. Wolf; Steven Jonas; Evonne Kaplan-Liss; Health promotion and disease prevention in clinical practice, Wolters Kluer/Lippincott Williams & Wilkins, 1996. ISBN: 9780781775991
Jennifer S. Bright; Health promotion in clinical practice: targeting the health of the nation, Baillière Tindall, 1997. ISBN: 1873853416
John M. Last; Public health and human ecology, Appleton & Lange, 1987. ISBN: 0838580459
Geoffrey Rose; The strategy of preventive medicine, Oxford University Press, 1992. ISBN: 0192621254
Direção Geral da Saúde; Plano Nacional de Saúde 2012 – 2016, 2012 (Disponível em http://pns.dgs.pt)
R. C. Wender, J.E. Nevin; Preventive medicine, Primary care: clinics in office practice, 2002
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
A atividade letiva distribuir-se-á por seminários, destinados a um aprofundamento estruturado do conhecimento, complementados por períodos de estágio teorico-prático em que os estudantes serão convidados a analisar casos clínicos pedagógicos (em sessões de role-playing, pacientes simulados ou histórias clínicas preparadas para discussão) e consultas de utentes reais com colheita da história clínica e avaliação dos parâmetros de qualidade da consulta.
Nas diferentes abordagens os estudantes deverão ser capazes de descrever a história clínica do doente, elaborando uma lista de problemas de saúde ativos, passivos e inativos, hierarquizada pela importância relativa tendo em conta a globalidade da pessoa, e estruturando um plano preventivo e terapêutico.
Os estudantes terão uma passagem por uma Unidade de Saúde Familiar onde poderão contactar com a equipa multiprofissional, conhecendo o funcionamento da instituição na vertente dos cuidados preventivos e curativos.
Para obter aprovação nesta unidade curricular o estudante deve cumprir um mínimo de 2/3 das atividades letivas propostas e ter classificação superior ou igual a 10 valores em cada um dos 3 componentes de avaliação:
- Avaliação contínua, tendo em consideração a participação nas atividades letivas e a demonstração da aquisição de competências (10% da classificação final, da responsabilidade do docente responsável pela turma).
- Avaliação da capacidade de integração do conhecimento com base na construção e estruturação de uma história clínica, incluindo a lista de problemas, a avaliação familiar e o plano terapêutico do utente (20% da classificação final).
- Avaliação de conhecimentos, através de teste escrito de escolha múltipla (70% da classificação final)
A classificação final será distribuída pela média ponderada dos 3 componentes de avaliação e traduzida numa escala numérica de 0-20 valores.
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída com exame final
Componentes de Avaliação
Designação |
Peso (%) |
Exame |
70,00 |
Participação presencial |
10,00 |
Trabalho prático ou de projeto |
20,00 |
Total: |
100,00 |
Componentes de Ocupação
Designação |
Tempo (Horas) |
Estudo autónomo |
53,00 |
Frequência das aulas |
8,00 |
Realização de Estágio |
20,00 |
Total: |
81,00 |
Obtenção de frequência
Para obter frequência nesta unidade curricular, o estudante deve participar ativamente em 75% das atividades letivas propostas, e terá de obter a classificação mínima de 10 valores em todas as componentes de avaliação.
Fórmula de cálculo da classificação final
A classificação final da unidade curricular, traduzida numa escala numérica de 0-20 valores, é dada pela média ponderada dos compenentes de avaliação:
- Avaliação contínua, tendo em consideração a participação nas atividades letivas e a demonstração da aquisição de competências (10% da classificação final, da responsabilidade do docente responsável pela turma).
- Avaliação da capacidade de integração do conhecimento com base na construção e estruturação de uma história clínica, incluindo a lista de problemas e o plano terapêutico do utente (20% da classificação final).
- Avaliação de conhecimentos, através de teste escrito de escolha múltipla (70% da classificação final)
A prova final de avaliação de conhecimentos (com duração de 60 minutos) consta de um total de 50 perguntas de escolha múltipla (com 4 opções) em que várias opções podem responder corretamente ao enunciado. Dentro de cada pergunta, cada alínea estará cotada com 1 ponto que contará positivo se corretamente assinalada ou negativo se estiver errada.
A classificação final da prova resulta do somatório total (até 200 pontos) dividido por 10.
Provas e trabalhos especiais
A prova prática do 4º Ano da FMUP (uma fase intermédia da formação do futuro médico) tem por objetivo verificar, de forma independente e tão exata quanto possível, se estão sendo adquiridas por parte dos alunos as competências básicas, fundamentais ao exercício equilibrado da medicina. Será avaliado o desempenho dos alunos nas dimensões relacional, cognitiva, psico-motora e de integração de conhecimentos.
Esta prova é realizada em conjunto pelas disciplinas de Medicina Geral e Familiar, Doenças Endócrinas, Nutrição e Metabolismo e Doenças Cardiovasculares
A condução desta prova será homogeneizada de acordo com :
- Cada prova terá a duração de 20-30 min
- Nesta prova serão envolvidos simultaneamente 2 examinadores,
- Tendo em conta que estarão envolvidos alunos ainda numa fase precoce de formação esta prova terá uma tónica na simplicidade de gestos e de conceitos a abordar.
- Durante a prova será pedido ao aluno que:
- Efetue uma curta história – duração: 10-15 minutos
- Execute gestos simples do exame físico (selecionados dentre os incluídos no programa) e/ou comente exames subsidiários básicos do doente – duração: 5-10 minutos
- Estabeleça uma hipótese diagnóstica e os eventuais diagnósticos diferenciais e indique um plano simples de abordagem diagnóstica e terapêutica – duração: 5 minutos
- Os alunos serão classificados em ordem a 5 parâmetros:
- Contacto com o doente (atitude, respeito, empatia): 1 a 4 valores
- Estruturação da história: 1 a 4 valores
- Exame físico: 1 a 4 valores /
- Exames complementares básicos: 1 a 4 valores
- Estruturação da síntese diagnóstica e do plano e prognóstico: 1 a 4 valores
O somatório dos pontos ayribuídos nos parâmetros de avaliação será a classificação final de cada avaliador.
A nota final do estudante nesta prova será a média aritmética da classificação atribuída por cada um dos avaliadores.
Melhoria de classificação
Para melhorar a classificação nesta unidade curricular o estudante terá de repetir a prova de avaliação de conhecimentos e a prova prática, mantendo a avaliação relativa à sua participação nas atividades letivas.