Introdução à Medicina I: Teoria da Medicina
Áreas Científicas |
Classificação |
Área Científica |
OFICIAL |
Medicina |
Ocorrência: 2012/2013 - 1S
Ciclos de Estudo/Cursos
Docência - Responsabilidades
Docência - Horas
Tipo |
Docente |
Turmas |
Horas |
Teórica |
Totais |
1 |
2,00 |
Luís Filipe Ribeiro de Azevedo |
|
0,43 |
Altamiro Manuel Rodrigues da Costa Pereira |
|
0,16 |
Mário Jorge Dinis Ribeiro |
|
0,11 |
Cristina Maria Nogueira da Costa Santos |
|
0,11 |
Amélia Assunção Beira Ricon Ferraz |
|
0,48 |
Ivone Maria Resende Figueiredo Duarte |
|
0,05 |
Miguel Bernardo Ricou da Costa Macedo |
|
0,05 |
Pedro Pereira Rodrigues |
|
0,16 |
Rui Manuel Lopes Nunes |
|
0,11 |
Ricardo João Cruz Correia |
|
0,05 |
Teorico-Prática |
Totais |
22 |
47,74 |
Pedro Pereira Rodrigues |
|
7,43 |
Cristina Maria Nogueira da Costa Santos |
|
7,43 |
João de Almeida Lopes da Fonseca |
|
3,71 |
José Alberto da Silva Freitas |
|
7,43 |
Ricardo Filipe Sousa Santos |
|
3,71 |
Ricardo João Cruz Correia |
|
3,71 |
Sandra Filipa Canário Almeida |
|
3,71 |
Sérgio Manuel Moreira Sampaio |
|
3,71 |
Língua de trabalho
Português
Objetivos
O exercício da Medicina - baseado na prevenção, diagnóstico, terapêutica e prognóstico da doença, exige, cada vez mais, o recurso a métodos científicos e tecnologias de pesquisa, colheita, armazenamento, processamento, análise, transmissão, avaliação e valorização de dados, informação e conhecimento biomédicos. Com as unidades curriculares de Introdução à Medicina I e II, pretende-se que os estudantes de Medicina contactem com estes métodos e tecnologias, acreditando que, como futuros médicos, terão assim maior facilidade (a) em aprender, condição fundamental para a sua formação básica, especializada e contínua, (b) em investigar, crucial para o avanço do conhecimento médico, (c) em avaliar, essencial para a auditoria médica e melhoria continuada da qualidade da prestação de cuidados de saúde, (d) em partilhar, importante para a comunicação e divulgação da informação entre profissionais de saúde e doentes, (e) em decidir, problemática constante num contexto individual e social, do acto médico e (f) em humanizar-se, condição primeira da relação médico-doente e da relação inter-profissional. Em particular, a unidade curricular de Introdução à Medicina I: Teoria da Medicina discutirá princípios e fundamentos teóricos da prática de Medicina, abordando tópicos de História da Medicina, Bioética e Metodologia de Investigação em Saúde. Por outro lado, a unidade curricular de Introdução à Medicina II: Informação em Saúde abordará tópicos que se inserem nas áreas de Bioestatística e Informática Médica.
Os estudantes deverão ser capazes de discutir a importância dos princípios e fundamentos históricos, éticos e científicos na prática da Medicina. Deverão ser também capazes de identificar, descrever e discutir os principais componentes de um protocolo de investigação.
Programa
História da Medicina – a Medicina como fonte inesgotável de património; a saúde e a doença no tempo; os grandes períodos da Medicina Portuguesa; História da Anatomia e da Cirurgia; a evolução dos instrumentos cirúrgicos.
Bioética – conceitos e definições base; a ética nos cuidados de saúde; a relação médico-doente e suas especificidades: os direitos e deveres de ambos os intervenientes; a responsabilidade médica: os seus limites e implicações; eutanásia e fim da vida; consentimento informado e questões éticas na investigação clínica: as comissões de ética; justiça distributiva e prioridades na saúde.
Metodologia de Investigação – medicina e ciência; o método clínico – prevenção, diagnóstico, tratamento e prognóstico; organização do Sistema de Saúde; o método científico – perspectiva histórica e operacional no contexto da medicina; formulação de questões; pesquisa bibliográfica; desenho de estudos; métodos e instrumentos para a recolha de dados; selecção de participantes; reprodutibilidade e validade de medidas; protocolos de investigação; medidas de frequência e associação na investigação biomédica; erros aleatórios e sistemáticos na investigação científica; precisão e validade na investigação científica; interpretação e divulgação de resultados; gestão e processamento de dados, incluindo codificação, entrada e preparação de dados; gestão e planeamento de projectos; diagramas de fluxos de dados; algoritmia; avaliação de testes de diagnóstico; estudos de síntese de evidência – revisões sistemáticas e meta-análise; probabilidade e decisão; sistemas de apoio à decisão.
Bibliografia Obrigatória
Beaucham TL, Childress JF; Principles of Biomedical Ethics , Oxford University Press, 1994
Stephen B. Hulley, Steven R. Cummings, Warren S. Browner, Deborah Grady Norman Hearst, Thomas B. Newman; Designing Clinical Research, Lippincott Williams and Wilkins, 2006
Daniel Serrão, Rui Nunes; Ética em Cuidados de Saúde, Porto Editora, 1999
Amélia Ricon Ferraz; Análise da Estrutura e Forma dos Instrumentos Cirúrgicos. O Contributo Português desde o Séc. XVII ao Séc. XX, Medisa Edições e Divulgações Científicas, 1996
Lyons AS, Petrucelli RJ; Medicine: An Illustrated History, New York: Abrams, 1978
Maximiliano Lemos; História da Medicina em Portugal: Doutrinas e Instituições, Publicações D. Quixote/Ordem dos Médicos, 1991
Observações Bibliográficas
A maior parte do material didáctico, incluindo material de ensino assistido por computador e diversos textos de apoio desenvolvidos pelos docentes da Disciplina, está disponível na Intranet dos Estudantes, através de uma plataforma de e-learning. Estas páginas Web poderão ser consultadas nos laboratórios de informática da faculdade ou através de computadores, no exterior, desde que tenham ligação à Internet e o estudante possua login e password pessoais.
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
50 horas de contacto; 3 horas de aulas teóricas ou seminários e 2 horas e 30 minutos de aulas teórico-práticas, por semana.
Software
PASW Statistics 19.0
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída com exame final
Componentes de Avaliação
Descrição |
Tipo |
Tempo (Horas) |
Peso (%) |
Data Conclusão |
Participação presencial (estimativa) |
Participação presencial |
0,00 |
|
|
|
Total: |
- |
0,00 |
|
Obtenção de frequência
A obtenção de frequência será a definida no regulamento da FMUP.
Fórmula de cálculo da classificação final
Avaliação distribuída (30%) – Incidirá na avaliação da participação dos estudantes no processo de ensino/aprendizagem da unidade curricular ao longo do semestre e será baseada nos resultados de uma ou mais provas práticas, respondida individualmente durante as aulas teórico-práticas (com ponderação de 20% na nota final), e na avaliação contínua pelo(s) docente(s) envolvido(s) no processo de ensino/aprendizagem de cada estudante (com ponderação de 10% na nota final). A nota relativa à avaliação do(s) docente(s) terá em consideração critérios como assiduidade, pontualidade e participação nas aulas, incluindo a realização dos trabalhos propostos e o comportamento interpessoal.
Avaliação final ou exame teórico (70%) – Os estudantes só poderão apresentar-se a exame final se tiverem 9,50 ou mais valores na avaliação distribuída (em 20 valores). O exame versará o conteúdo teórico do programa da unidade curricular sendo constituído por questões de resposta fechada, simples e múltipla, questões abertas de resposta breve, questões de desenvolvimento e/ou exercícios numéricos. O exame terá a duração de 90 minutos. Só serão aprovados os estudantes que obtiverem uma classificação igual ou superior a 9,50 valores (em 20 valores).
Classificação final – Após a aprovação à unidade curricular, a classificação final, com um máximo de 20 valores, será obtida pela seguinte fórmula:
Classificação Final = 0,2*P + 0,1*D + 0,7*T+ 0,15*C
Onde,
P: Avaliação teórico-prática e prática
D: Avaliação do(s) docente(s)
T: Exame teórico
C: Trabalho complementar (opcional)
Provas e trabalhos especiais
Trabalhos de grupo (complementar, 15%) – O trabalho, opcional, será realizado, tipicamente, por um grupo de 3 a 5 estudantes, sob a orientação ou co-orientação de um docente da disciplina, após aprovação do regente. Os temas dos trabalhos serão propostos e apresentados pelos docentes no início do semestre, podendo também ser propostos pelos alunos. Tipicamente, o trabalho incidirá na escrita de um protocolo de investigação – incluindo a formulação da questão, revisão bibliográfica e desenho de estudo – que será apresentado, discutido e avaliado em dois seminários ao longo do semestre coordenados pelo regente da disciplina. No final do semestre, cada grupo deverá entregar o respetivo protocolo de investigação que será então avaliado por dois outros docentes. A classificação do trabalho, expressa até 3 valores, terá em consideração tanto as apresentações como o documento escrito e será atribuída, igualmente a todos os alunos que participarem, ativamente, no trabalho. No final do ano letivo, está ainda prevista a atribuição de um prémio e menções honrosas aos melhores trabalhos.
Avaliação especial (TE, DA, ...)
Não está prevista nenhuma forma de avaliação especial para além da definida no regulamento da FMUP.
Melhoria de classificação
Não está prevista nenhuma forma de melhoria da classificação final para além da definida no regulamento da FMUP.