Resumo (PT):
Em plena sintonia com Emilio Luis Lara López, assume-se a fotogra-
fia não apenas como um objeto com o qual se obtém uma fruição estética,
lúdica ou didática, por exemplo, mas como um fenómeno complexo, polissé-
mico, um cadinho no qual se fundem múltiplas funções e valores, sendo um
deles o documental.
De facto, o valor documental da fotografia é assumido desde a sua
invenção, anunciada a 7 de janeiro de 1839 pelo seu inventor, Louis-Jacques-
-Mandé Daguerre, mas cujos segredos de produção apenas foram revelados
publicamente a 19 de agosto, quando o cientista francês François Arago
anunciou que Daguerre e o filho de Joseph-Nicéphore Niépce (inventor da
heliografia, parceiro de investigação, mas falecido em 1833) tinham vendido
todos os direitos do daguerreótipo e do heliógrafo ao governo francês, em
troca de anuidades vitalícias e Daguerre publicou um livreto descrevendo
detalhadamente o processo, possibilitando, assim, a sua ampla e livre utili-
zação. Uma revolução que iria influenciar, dramaticamente, a comunicação, a
retenção e a consolidação da memória.
Abstract (EN):
Idioma:
Português
Tipo (Avaliação Docente):
Científica
Notas:
Páginação da versão impressa: 215-231