Resumo (PT):
No último 16 de Abril, o JN publicava uma entrevista-relâmpago com o Siza, com o título Quando vou à Baixa fico triste. É um deserto, realizada à saída de uma conferência no Congresso Património 2010 que ocorreu na FEUP.
Face à temática que envolve este Workshop parece-me oportuno recuperar o título da referida entrevista aplicando-o ao tema da Intervenção em Quarteirões Estabilizados – Rua Álvares Cabral, pelos seguintes motivos:
1º - porque o património do debate sobre a Arquitectura e, sobretudo, sobre a Cidade não é, como muitas leituras ou vontades parecem (querer) supor, exclusivo dos Arquitectos - como o demonstra a participação do Siza no Congresso Património 2010 na FEUP;
2º - porque a Rua Álvares Cabral foi, numa comunicação no evento CCW2010 (CEAU-FAUP) em 14/4/10, qualificada por mim como uma das ruas mais agradáveis e, se quisermos, formalmente disciplinadas da cidade do Porto;
3º - porque a tristeza do Siza quando vai à Baixa não deve ser esquecida;
4º - porque é preciso reflectir sobre o que é um deserto no interior da cidade contemporânea e quais as modalidades da sua manifestação numa das ruas mais interessantes e exemplares desta cidade.
Face ao exposto proponho (na consciência da complexidade, da importância e da dificuldade que envolvem equações urbanas desta natureza) destacar, através de uma visão da Arquitectura sobre a Cidade, a necessidade do reconhecimento e descodificação dos componentes formais e espaciais da sua “materialidade urbana”. Proponho-me, assim, explicar a evidência sobre um problema que parece revestir-se, genericamente, de invisibilidade.
Idioma:
Português
Tipo (Avaliação Docente):
Científica
Contacto:
lviegas@arq.up.pt
Nº de páginas:
8