Resumo (PT):
A criação da conta do Snap-Expresso foi algo completamente inédito no cenário
português. A partir daí, surge a questão: porque é que um jornal investe numa
aplicação tão recente, e de que forma os seus jornalistas lidam com isso? Falar do
modus operandi do jornalismo digital hoje em dia implica compreender a liquidez
da modernidade (Bauman, 2007), o desenvolvimento do ciberjornalismo (Zamith,
2011) e questões relacionadas às redes sociais (Martino, 2014) e ao acesso a elas
(Carpentier, 2015). Através de duas entrevistas exploratórias com base em Quivy e
Campenhoudt (2003), pretende-se aqui traçar um caminho de como se deu a
conquista do Snapchat pelo jornal Expresso, e como estes tem trabalhado tal
ferramenta. Numa era em que a informação é tanta, já não se torna necessário o
conceito de memória e daí flui, como Bauman (2007) descreve, uma aplicação
jornalística que publica conteúdo passível de visualização a cada 24h apenas é algo
pertinente de investigação.
Abstract (EN):
To snap, do inglês, tem uma série de significados interessantes, sendo os
três principais: quebrar, romper e fotografar algo rapidamente. No ar desde 2011,
a rede social Snapchat, criada pelos então alunos da Universidade de Stanford Evan
Spiegel, Bobby Murphy e Reggie Brown, teve um grande boom de utilizadores no
final do último ano. O crescimento literalmente rompeu barreiras e fez com que tal
aplicação se destacasse nos média. Atemporal e livre dos preceitos que permeiam
as outras redes, a ferramenta de conversação por fotos e vídeos tem se mostrado
uma das muitas chaves para o futuro tangível da comunicação, sobretudo no jornalismo. Um grande exemplo disso é a conta do jornal Expresso, criada em setembro de 2015, pioneira em Portugal, sob a rubrica Snap-Expresso.
Idioma:
Português
Tipo (Avaliação Docente):
Científica