Resumo: |
O PRISC responde a um desafio atual, que não é exclusivamente nacional: como selecionar, preservar e tornar acessíveis coleções geradas por atividades de I&D?
Estas atividades dão tipicamente origem a um elevado número de espécimes, instrumentos e documentos. Contudo, poucas instituições na área estão vocacionadas para selecionar e preservar a longo prazo dados materiais e imateriais. E quando esta preocupação existe, falta usualmente espaço, tempo e experiência para realizar esta tarefa.
Uma vez concluídos os projetos de investigação, e publicados os dados deles resultantes, estes itens tornam-se frequentemente órfãos. Quando não são logo descartados, acabam por ser abandonados em caves, sótãos e outros espaços, onde permanecem, adormecidos e inacessíveis, muitas vezes durante décadas, até se perderem definitivamente.
A inacessibilidade destas coleções traduz-se num imenso desperdício de potencial económico e de investigação, para além de violar os princípios basilares da ética de investigação. O European Code of Conduct for Research Integrity (ESF/ALLEA, 2011)
recomenda que os dados primários e secundários de I&D sejam armazenados de forma segura e acessível, permitindo a replicação ou aprofundamento dos estudos que lhes deram origem. Apesar de reconhecerem a importância destas boas práticas, as instituições de I&D carecem de meios para as implementar. E é neste contexto que surge o PRISC.
Seguindo as recomendações do Relatório Global Science Forum da OECD (2008), do Relatório Estratégico ESFRI (2010) e da recente iniciativa do German Council of Science and Humanities 'Recommendations on Scientific Collections as Research Infrastructures' (2011), o PRISC congrega recursos e conhecimento necessários - Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC, ULisboa), Museu de História Natural e da Ciência (MHNC, UPorto) e Jardim Botânico e Museu da Ciência (JB, MC, UCoimbra) - para transformar uma paisagem heterogénea, incons |
Resumo O PRISC responde a um desafio atual, que não é exclusivamente nacional: como selecionar, preservar e tornar acessíveis coleções geradas por atividades de I&D?
Estas atividades dão tipicamente origem a um elevado número de espécimes, instrumentos e documentos. Contudo, poucas instituições na área estão vocacionadas para selecionar e preservar a longo prazo dados materiais e imateriais. E quando esta preocupação existe, falta usualmente espaço, tempo e experiência para realizar esta tarefa.
Uma vez concluídos os projetos de investigação, e publicados os dados deles resultantes, estes itens tornam-se frequentemente órfãos. Quando não são logo descartados, acabam por ser abandonados em caves, sótãos e outros espaços, onde permanecem, adormecidos e inacessíveis, muitas vezes durante décadas, até se perderem definitivamente.
A inacessibilidade destas coleções traduz-se num imenso desperdício de potencial económico e de investigação, para além de violar os princípios basilares da ética de investigação. O European Code of Conduct for Research Integrity (ESF/ALLEA, 2011)
recomenda que os dados primários e secundários de I&D sejam armazenados de forma segura e acessível, permitindo a replicação ou aprofundamento dos estudos que lhes deram origem. Apesar de reconhecerem a importância destas boas práticas, as instituições de I&D carecem de meios para as implementar. E é neste contexto que surge o PRISC.
Seguindo as recomendações do Relatório Global Science Forum da OECD (2008), do Relatório Estratégico ESFRI (2010) e da recente iniciativa do German Council of Science and Humanities 'Recommendations on Scientific Collections as Research Infrastructures' (2011), o PRISC congrega recursos e conhecimento necessários - Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC, ULisboa), Museu de História Natural e da Ciência (MHNC, UPorto) e Jardim Botânico e Museu da Ciência (JB, MC, UCoimbra) - para transformar uma paisagem heterogénea, inconspícua, subaproveitada e fragmentada numa infraestrutura nacional coerente, dinâmica e sustentável de coleções científicas, de elevada relevância científica, económica e social.
Para atingir os seus objetivos, o PRISC delineou uma estratégia que combina i) definição de critérios, e procedimentos padronizados e consistentes; ii) prestação de seis tipos de serviços (acesso público, espaço de reserva, conservação, consultoria,
outreach/transferência de conhecimento e formação) a instituições de I&D, PMEs, indústria e indivíduos, através de um único ponto de acesso online (plataforma CONNEXION); e iii) promoção de visibilidade e uso das coleções científicas, museus e património pelos sectores cultural, do turismo e investigação, e pela sociedade em geral.
A longo prazo, o PRISC almeja a preservação integral e acesso aberto a todas as coleções científicas nacionais. Neste projeto, o PRISC financia a sua implementação com vista a estar plenamente funcional em 2019, prestando serviços em todo o território, incluindo Madeira e Açores. |