Resumo: |
Os óxidos de azoto (NOx) estão na origem de diversos problemas ambientais. São bem conhecidos a chuva ácida e o smog fotocatalítico com origem nos NOx. Existe uma procura de tecnologia para a redução dos NOx atmosféricos. A oxidação fotocatalítica dos NOx usando TiO2 como fotocatalisador tem sido referida como uma possível solução do problema. Na presença de água, o NOx é oxidado a ácido nitrico e nitroso. Mais, para o TiO2 manter a sua actividade fotocatalítica é necessário a remoção destes produtos de oxidação. Isto pode ser feito permitindo estes ácidos reagir com substâncias como o carbonato de cálcio ou óxido de cálcio.
As tintas decorativas são tintas usadas na pintura de edifícios com objectivos decorativos, funcionais e de protecção. Uma tinta de elevada qualidade pode incorporar até 20% (m/m) de TiO2 (sobretudo rutilo) e cerca da mesma quantidade de cargas, como carbonato de cálcio ou talcos. O TiO2 é usado para conferir opacidade e brancura às tintas, enquanto as cargas são usadas para conferir opacidade e baixarem o custo.
Deste modo torna-se claro que as tintas podem ser usadas no controlo dos NOx produzido nas cidades, ajudando ao controlo da poluição ambiental. Na realidade isto não acontece porque a fotoactividade do TiO2 também produz a degradação das resinas das tintas. De facto, as partículas de TiO2 usado nas tintas são tratadas com uma camada muito fina de alumina, por exemplo, o que impede a sua fotoactividade.
Uma cidade poluída pode ter níveis de NOx na gama dos 310 µg/m3 (e.g. Praga em 1995). Um estudo recente mostra que 1 kg de TiO2/CaO (1:1) pode tratar cerca de 5x106 m3 de ar contendo 0.06 ppm de NOx. Usar a pintura dos edifícios para tratar o ar ambiente é uma ideia completamente inovadora e uma solução promissora. A maior companhia Portuguesa de tintas, a CIN, usa anualmente cerca de 1.5x106 kg de TiO2 para tintas decorativas exteriores e detém cerca de 30% do mercado nacional. Estes valores mostram que a tinta produzida é potenci |
Resumo Os óxidos de azoto (NOx) estão na origem de diversos problemas ambientais. São bem conhecidos a chuva ácida e o smog fotocatalítico com origem nos NOx. Existe uma procura de tecnologia para a redução dos NOx atmosféricos. A oxidação fotocatalítica dos NOx usando TiO2 como fotocatalisador tem sido referida como uma possível solução do problema. Na presença de água, o NOx é oxidado a ácido nitrico e nitroso. Mais, para o TiO2 manter a sua actividade fotocatalítica é necessário a remoção destes produtos de oxidação. Isto pode ser feito permitindo estes ácidos reagir com substâncias como o carbonato de cálcio ou óxido de cálcio.
As tintas decorativas são tintas usadas na pintura de edifícios com objectivos decorativos, funcionais e de protecção. Uma tinta de elevada qualidade pode incorporar até 20% (m/m) de TiO2 (sobretudo rutilo) e cerca da mesma quantidade de cargas, como carbonato de cálcio ou talcos. O TiO2 é usado para conferir opacidade e brancura às tintas, enquanto as cargas são usadas para conferir opacidade e baixarem o custo.
Deste modo torna-se claro que as tintas podem ser usadas no controlo dos NOx produzido nas cidades, ajudando ao controlo da poluição ambiental. Na realidade isto não acontece porque a fotoactividade do TiO2 também produz a degradação das resinas das tintas. De facto, as partículas de TiO2 usado nas tintas são tratadas com uma camada muito fina de alumina, por exemplo, o que impede a sua fotoactividade.
Uma cidade poluída pode ter níveis de NOx na gama dos 310 µg/m3 (e.g. Praga em 1995). Um estudo recente mostra que 1 kg de TiO2/CaO (1:1) pode tratar cerca de 5x106 m3 de ar contendo 0.06 ppm de NOx. Usar a pintura dos edifícios para tratar o ar ambiente é uma ideia completamente inovadora e uma solução promissora. A maior companhia Portuguesa de tintas, a CIN, usa anualmente cerca de 1.5x106 kg de TiO2 para tintas decorativas exteriores e detém cerca de 30% do mercado nacional. Estes valores mostram que a tinta produzida é potencialmente capaz de fotooxidar uma fracção muito significativa dos NOx gerados anualmente em Portugal.
Este projecto visa o desenvolvimento e estudo de aditivos de tintas para a fotocatálise dos NOx. Será estudada a actividade fotocatalítica do TiO2 não revestido e sob a forma rutilo, com diâmetro médio 0.21 µm (o qual permite a máxima opacidade), a classe de resinas mais promissora e cargas (talcos, carbonato de cálcio, etc.) e especialmente aditivos tais como zeólitos para melhorarem a adsorção e o transporte dos NOx até ao catalisador. Será ainda considerada uma estratégia de protecção às resinas da tinta. |