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FMUP forma comunidade em Suporte Básico de Vida e DAE

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Cristina Granja coordena formação em socorro a vítimas em paragem cardíaca

DAE

O Centro de Investigação Médica da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (CIM-FMUP) já dispõe de um Desfibrilhador Automático Externo (DAE) para socorro imediato de vítimas em paragem cardíaca até à chegada de uma equipa de reanimação.

Instalado no átrio de entrada, junto da receção e dos seguranças, este equipamento permitirá prestar um socorro mais eficaz, em tempo útil, como explica Cristina Granja, professora da FMUP, diretora do SIMFMUP e responsável pelo desenvolvimento do Centro de Treino Internacional da American Heart Association na FMUP.

A colocação do desfibrilhador no CIM-FMUP faz parte de uma estratégia abrangente que visa formar e capacitar a comunidade (que não profissionais de saúde) para a prestação de Suporte Básico de Vida (SBV) e DAE. Nesse sentido, está prevista a realização de um programa de cursos destinados a todos os interessados.

Idealmente, a desfibrilhação deve ser feita nos primeiros três minutos após o colapso, com o objetivo de reverter a paragem cardíaca e de fazer com que o coração se contraia e volte a bombear sangue.

“No início, a paragem cardíaca extra-hospitalar tem, na maior parte das vezes, um ritmo desfibrilhável e, se for aplicado um choque elétrico, o coração pode voltar a funcionar normalmente”, indica, sublinhando que, no CIM-FMUP, há que ligar para o 112 para acionar o INEM (ao contrário do que acontece nas instalações partilhadas com o hospital, em que o número a ligar será o 2222).

Depois de aberto, o equipamento guia o reanimador, dando-lhe instruções sonoras precisas sobre os vários passos que devem ser dados, desde a remoção da roupa de cima do tórax da vítima, passando pela colocação dos elétrodos até à análise do ritmo cardíaco.

“O desfibrilhador reconhece o ritmo cardíaco e, se for indicado, aplica um choque elétrico com o intuito de tentar reverter a fibrilhação ventricular, que é um dos ritmos possíveis de paragem cardíaca”, esclarece Cristina Granja. Se o choque não for indicado, recomenda-se que se recomece de imediato as compressões cardíacas.

Tendo Cristina Granja como responsável pedagógica e Elisabete Martins (cardiologista e também professora da FMUP) como responsável médica, este programa integra-se no Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa (PNDAE), gerido pelo INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica.

Até à data, a formação em SBV e DAE já abrange 40 funcionários da FMUP, estando previsto formar cerca de 100 funcionários nos próximos meses. Além do uso de DAE, os cursos que estão a ser ministrados ensinam outras manobras de socorro, designadamente a desobstrução da via aérea para casos de engasgamento, por exemplo.

A formação decorre no âmbito do Projeto IP Alliance – Plataforma Integrada para a Aprendizagem ao Longo da Vida e Formação para Profissionais, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

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