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Doar o cadáver é um acto de generosidade

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Faculdade de Medicina da U. Porto apela ao filantropismo dos portugueses

As aulas de Anatomia e a investigação médica com recurso à dissecção de cadáveres humanos estão seriamente comprometidas. Em causa está a falta de cadáveres doados ao Instituto de Anatomia do Prof. J. A. Pires de Lima da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), que ameaça inviabilizar a dissecção de corpos humanos como método de aprendizagem médica e coloca entraves à investigação clínica. Mais do que a falta de declarações de doação, o problema da Faculdade passa pelo incumprimento da vontade expressa pelos doadores por parte dos familiares que ignoram o gesto altruísta de ceder o corpo para estudo. O culto e a sacralização do corpo após a morte, e outras questões de foro religioso, parecem estar na origem da disparidade existente entre o número de declarações de doações e o número de doações efectivas. Não menos relevantes são os interesses económicos de alguns agentes funerários. Contudo, entidades como o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida deram já o seu parecer, considerando que, "do ponto de vista ético, é inaceitável que a vontade de outrem, quem quer que seja, se possa sobrepor à vontade do próprio". Note-se que, em todo o processo inerente ao uso dos corpos para estudo ou investigação, os médicos, cientistas e estudantes de Medicina têm a máxima consideração pela dignidade pessoal e social do falecido e dos seus familiares. As cerimónias fúnebres que antecedem o acto de doação ou outras homenagens em nada são prejudicadas. Para além disto, a entidade cientificamente beneficiada fica responsável pela cremação ou inumação dos restos mortais dissecados, findos os estudos. O Instituto de Anatomia da FMUP apela à generosidade e ao filantropismo dos portugueses, lembrando que ao doar o cadáver ao Ensino e à Investigação, os cidadãos estão a contribuir para formar melhores médicos, com conhecimentos mais sólidos, e maior humanismo, logo, mais aptos a tratar dos vivos. A existência de corpos doados possibilita ainda o desenvolvimento de vários estudos técnicos e científicos que têm como metodologia a observação e manipulação anatómica, podendo assim contribuir-se para uma melhor aprendizagem dos jovens licenciados, a par de novas descobertas médicas. A FMUP é a única escola médica portuguesa que continua a ensinar anatomia aos seus alunos através da dissecção, o que é uma mais-valia no currículo do seu curso de Medicina. Legislação sobre doação de cadáver Informações
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