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Consumo continuado de vinho tinto estabiliza os vasos sanguíneos do pénis

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Álcool tem efeito protector contra aterosclerose

Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) concluiu que os polifenóis presentes no vinho tinto promovem a estabilização dos vasos sanguíneos existentes no tecido eréctil do pénis, através de um mecanismo que envolve o aumento da expressão de moléculas que promovem as interacções entre as células que formam os vasos sanguíneos. A investigação revelou ainda, que este processo ocorre de uma forma independente do etanol existente no vinho tinto. Os resultados científicos foram publicados na reputada revista científica J. Food Science. O estudo, desenvolvido pelo Serviço de Biologia Celular e Molecular em parceria com o Instituto de Anatomia da FMUP, teve como objectivo "esclarecer o efeito da ingestão regular de vinho tinto na protecção dos vasos do tecido cavernoso do pénis e na progressão da disfunção eréctil, dada a inexistência de estudos nesse campo", afirma a autora Delminda Neves. Os vasos do corpo cavernoso são de pequeno calibre e a sua função de dilatação é comprometida na presença de aterosclerose (doença na qual se formam placas obstrutivas nas paredes dos vasos sanguíneos), manifestando-se a disfunção eréctil - "a causa vasculogénica é a mais frequente na incapacidade sexual e, por esse motivo, é considerada, presentemente, como uma manifestação precoce de aterosclerose e de doença cardiovascular". Os autores estudaram dois grupos de rato - um que teve como bebida exclusiva o vinho tinto e outro que só bebeu soluções de etanol (álcool) em concentração equivalente à presente no vinho, durante 6 meses. Os animais tratados com vinho tinto revelaram uma redução significativa da expressão do principal factor de crescimento dos vasos sanguíneos, no entanto essa situação foi compensada pelo aumento da expressão das angiopoietinas (proteínas associadas à estabilização dos vasos sanguíneos). Verificou-se ainda que a ingestão de bebidas alcoólicas resulta numa menor quantidade de adipócitos (células que acumulam gordura) na periferia dos vasos sanguíneos cavernosos, sugerindo assim um efeito protector contra a aterosclerose. Segundo a autora, os resultados do estudo não podem ser, por si só, extrapoláveis inteiramente para o ser humano, mas é um "modelo válido na avaliação dos efeitos dos polifenóis presentes no vinho tinto, na expressão dos factores de crescimento e manutenção vascular".
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