A Tese em apreciação intitula-se 'Território de produção energética e património paisagístico. A Bacia Carbonífera do Douro'.
Júri:
Doutor Rui Humberto Costa de Fernandes Póvoas (Presidente)
Professor Catedrático da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto
Doutor Luís Francisco Herrero García
Professor Titular da Escuela Técnica Superior de Arquitectura da Universitat Politècnica de València
Doutor José Manuel Aguiar Portela da Costa
Professor Associado com Agregação da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa
Doutor José Manuel de Moraes Vale Brandão
Investigador integrado do HTC - História, Territórios, Comunidades, pólo na NOVA FCSH do Centro de Ecologia Funcional - Ciência para as pessoas e o planeta, Universidade de Coimbra; Técnico Superior (Assessor Principal) Aposentado do LNEG
Doutora Teresa Manuel Almeida Calix Augusto
Professora Auxiliar da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto
Doutora Maria Madalena Ferreira Pinto da Silva
Professora Associada da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (Orientador)
Resumo:
A identificação do legado mineiro da Bacia Carbonífera do Douro levanta questões face aos paradigmas de reconhecimento patrimonial e da intervenção sobre as marcas de uma actividade económica estritamente ligada ao território que transforma e que chegam até hoje. Reconhecido dentro da linha de produção de energia a partir do carvão, enquadramo-lo a partir do que designamos Sistema Carbonífero do Douro, decorrente da articulação dos pontos de extracção carbonífera ao longo da Bacia Carbonífera do Douro com os sistemas domésticos de calefacção, termoeléctricas e estruturas industriais, maioritariamente no Porto. Balizamo-lo temporalmente entre a primeira exploração carbonífera nesta bacia -S. Pedro da Cova, Gondomar, 1795- e a última a cessar laboração – Germunde, Castelo de Paiva, 1994.
Abordar estas marcas enquanto partes integrantes de um sistema sociotécnico e resultado da relação que este estabelece com o território assume particular relevância para a sua (e)legibilidade enquanto valor cultural. A transposição de ponto de vista aproxima-nos de uma paisagem-ferramenta, relacional e intrinsecamente cultural, a partir da qual olhamos o território assumindo nele o potencial da transformação. Face à capacidade de representação dos valores que estabelecem vínculos entre o presente e o passado identificam-se neste conjunto de relações as regras para a transformação do território que o Sistema Carbonífero do Douro moldou, procurando veicular-se um entendimento prospectivo de património, potenciador de uma requalificação territorial integrada e dotada de significado. Estrutura-se assim uma proposta de abordagem projetual ao território, sistémica e relacional, na qual concorre a sua dimensão cultural.
― Daniela Pereira Alves Ribeiro
Orientador: Madalena Pinto da Silva
Coorientador: Lino Augusto Tavares Dias