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Aula Aberta 'Projetos de Urbanização de FAVELAS | Diferentes Escalas e Contextos Espaciais', por Humberto Kzure-Cerquera | Ciclo Projectar para o (des)envolvimento local

28 de Novembro de 2018 (Quarta-feira), 9h00, Sala Plana - FAUP

A terceira sessão do Ciclo de Aulas Abertas "Projectar para o (des)envolvimento local" terá como tema “Projetos de Urbanização de favelas | Diferentes Escalas e Contextos Espaciais”, e será apresentada pelo arquitecto e urbanista Humberto Kzure-Cerquera (DAU-IT-UFRRJ | CEAU-FAUP | CRHIA - Université de la Rochelle).

A aula decorre no dia 28 de Novembro (Quarta-feira), às 9:00, na Sala Plana - FAUP.

"Os projetos de urbanização de favelas requerem, de início, a compreensão destes tecidos urbanos como um fenômeno social e político. Afinal, trata-se de espaços que ainda enfrentam limites e desafios para a conquista de direitos ao tão desejado processo de democratização da cidade brasileira. Isso implica, necessariamente, discussões sobre a emergência de políticas públicas mais consistentes para a urbanização desse tipo de assentamento humano. Nessas circunstâncias, o papel dos planejadores urbanos é de suma importância para a elaboração de projetos físico-territoriais que busquem, verdadeiramente, maiores perspectivas de inclusão socioespacial. Para tanto, faz-se necessário o desenvolvimento de alternativas espaciais que visem à melhoria da qualidade de vida nas favelas, mas sem perder de vista a participação de seus moradores. Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, desde a implantação do programa Favela-Bairro e, mais recentemente, o Morar Carioca, o que se espera com a urbanização das favelas é o atendimento às expectativas dos habitantes por moradia qualificada, pela ampliação da infraestrutura técnica e social (saneamento, iluminação pública, coleta e destino de resíduos etc.), por melhor acessibilidade e mobilidade, pela disposição de equipamentos de uso coletivo de educação, saúde e cultura, pela regularização da posse da terra, entre outros. Além disso, é pertinente para o êxito de qualquer projeto de urbanização a manutenção de seus aspectos valóricos de identidade e memória locais. Diante disso, os planejadores urbanos, incluso arquitetos e urbanistas, são instigados a pensar e propor projetos de intervenção urbanística para as favelas atentos à dinâmica plural e contraditória da cidade contemporânea. Ressalte-se, porém, que a sociedade se torna cada vez mais heterogênea e, por isso, cabe considerar as redes de produção que incorporam as novas tecnologias e pressupõem, principalmente nesse tipo de intervenção física e espacial, a definição de metas voltadas para mais equilíbrio sociocultural, socioeconômico e socioambiental."

Humberto Kzure-Cerquera é Arquiteto e Urbanista, Mestre em Planejamento Urbano e Regional pelo IPPUR/UFRJ, Doutor em Urbanismo pelo PROURB/FAU/UFRJ e BAUHAUS Universität Weimar e Professor dessas áreas na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Atualmente, desenvolve um pós-doutoramento no CEAU – FAUP, sob a orientação do Prof. Álvaro Domingues e no Centre de Recherches em Histoire Internationationale et Atlantique - CRHIA, Université de La Rochelle, orientado pelo Prof. Laurent Vidal.
Além de trabalhos acadêmicos, é detentor de prêmios e distinções, tais como: Morar Carioca; Prêmio CAIXA de Habitação Social; Ruas da Cidade - Belo Horizonte; Revitalização do Centro Histórico de Cuiabá/MT - 2000; Projeto de Estruturação Urbana para a XVIII Região Administrativa do Rio de Janeiro; Favela-Bairro; Urbanização da Área Central de Goiânia; Prêmio Contribuição para a Arquitetura Brasileira para a Sede da Procuradoria Regional da República - IAB/RS; Corredor Ecológico, Turístico e Cultural Barão de Mauá - IAB/RJ; Revitalização do Centro Histórico de Sumaré/SP; Projeto Urbanístico para a região do Largo da Batata - IAB/SP; Circo Voador – IAB/RJ.
Foi consultor dos EIA/RIMA (Ordenamento Territorial para Comunidades Tradicionais) em áreas próximas às hidrelétricas do Rio Kwanza, em Angola, e em Belo Monte no Médio Rio Xingu – Pará/BR.
Expôs na Bienal de Veneza em 2002, na Mostra Internacional Rio Arquitetura e, por três vezes, na Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, além de ter recebido Menção Honrosa na Bienal de Lima – Peru, em 2004.
Além dessas atividades, possui formação profissional em Cinema, Fotografia, Teatro e Cenografia. Com a cineasta portuguesa Teresa Prata está produzindo o documentário “A Cidade de Portas”, sobre a cidade como fronteira do pensamento de Nuno Portas.

Entrada livre (sujeita à lotação da sala).

O Ciclo de Aulas Abertas "Projectar para o (des)envolvimento local" enquadra-se na unidade curricular de Urbanização da Pobreza, é coordenado pelo Professor Álvaro Domingues, pela arquitecta Ana Silva Fernandes e pelo grupo de investigação MDT - Morfologias e Dinâmicas do Território do CEAU-FAUP. 

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Ciclo de Aulas Abertas “Projectar para o (des)envolvimento local"

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