Resumo (PT):
Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) são, hoje, um instrumento indispensável nas mais variadas áreas de actividade estreitamente relacionadas com o território. Desde as primeiras aplicações, em meados do século XX, até aos nossos dias, foram grandes as evoluções nestas ferramentas (e na ciência da informação geográfica), podendo ser hoje encontradas, nas mais variadas áreas.
A recente disseminação destas tecnologias permitiu um incremento notável no volume de produção cartográfica e na relevância do mapa enquanto veículo/objecto de comunicação de dados espaciais. Fazer mapas deixou de ser uma actividade exclusiva de um grupo restrito de especialistas. Contudo, a facilidade com que se constrói um mapa, uma produção não assistida nem suportada por um conjunto de conhecimentos e princípios básicos incontornáveis na elaboração do mesmo, retirou alguma ponderação e sentido crítico aos seus autores, gerando-se em grande escala representações desvirtuadas do território e dos fenómenos que sobre ele ocorrem. Se considerarmos o impacto e a capacidade (in)formativa que um mapa tem junto do seu leitor, esta propagação de mensagens espaciais pode perpetuar incontroladamente leituras deformadas. Mas, se as competências de um SIG forem bem aproveitadas (ao nível da facilidade na aquisição de dados, da gestão e manipulação de dados espaciais e de base de dados, da visualização e da análise de informação espacial) o nosso entendimento do território eleva-se a um outro patamar, partilhando e descobrindo realidades que sem a ajuda destas ferramentas não seriam tão facilmente tangíveis. Mas, na verdade, será assim tão fácil?
Idioma:
Português
Tipo (Avaliação Docente):
Científica