Resumo (PT):
Aveiro inscreve-se neste processo desde que o sal atlântico aumentou o seu posicionamento nos caminhos do mar, desde que o clima europeu atingiu um certo arrefecimento, na baixa Idade Média e as marinhas, mais setentrionais, deram o lugar às marinhas francesas e às do sudoeste da Península Ibérica. No séc.XV, hanseáticos, holandeses e zelandeses voltaram-se para Portugal e chegaram mesmo até à Andaluzia. O salgado de Aveiro faz parte deste percurso. Num primeiro momento acompanhará, activamente, as alterações de mercado, até ao início do séc. XVIII. Depois, mesmo que à distância dos grandes caminhos do sal, nunca deixará de os cruzar.
Neste contexto, estruturámos a obra em duas partes. produção e comércio, as duas faces de um mesmo processo, indissociáveis, articuladas, interdependentes, porque a produção de uma salina varia, enormemente, de ano para ano, por diversos factores e a produção de um ano, raramente, coincide com a venda, pois que poucos produtos como este se permitem, tão facilmente, ao armazenamento e à especulação. procurámos estruturar, apenas, um conjunto de ideias interpretativas do percurso evolutivo do Salgado de Aveiro. Sintetizámos as nossas perspectivas, ao longo do texto, em curtos parágrafos conclusivos (cerca de dez), evidenciando as linhas de força que traduzem a relação dos homens com o mágico e peculiar espaço histórico composto por água, sol, vento e suor…
Idioma:
Português
Tipo (Avaliação Docente):
Científica
Nº de páginas:
125
Edição:
1
ª