Resumo: |
Cerca de 80% dos resíduos de couro gerados em todo o mundo são curtidos com sulfato de crómio e são depositados em aterros, muitas vezes de forma descontrolada, ocupando terrenos que poderiam ter outras utilizações. A esta perspectiva de gestão corresponde um desperdício de recursos, pois o couro contém uma quantidade elevada de proteínas, tem um valor energético não desprezável de mais de 18 kJ/g e contém 2-4% de crómio, metal de que a União Europeia tem completa dependência.
Os resíduod de couro curtido decompõem-se significativamente por aquecimento em meio alcalino ou ácido a temperatura de menos de 100ºC, sendo possível desta forma obter uma enorme redução de volume e separar a fracção orgânica da inorgânica, predominantemente constituída por óxido de crómio. Esta hidrólise do couro também pode obter-se ou auxiliar-se por via enzimática, menos drástica que os processos ácido e alcalino alternativos, mas também por via hidrotérmica, a temperaturas superiores à da ebulição da água.
O objectivo fundamental deste projecto é estabelecer as bases duma solução mais racional e ambientalmente seguras para os resíduos de couro contendo crómio, aqual evite a sua deposição, valorizando-os. A perspectiva é : i) hidrolisar os resíduos de couro a temperatura conveniente, se possível a menos de 100ºC; ii) separar a fracção inorgânica obtida, constituida fundamentalmente por hidróxido de crómio, da fracção orgânica proteica; iii) colocar o óxido de crómio em condições de ser utilizado no mercado; iv) realizar a digestão anaeróbia da fracção orgânica, produzindo biogás e um digerido utilizável.
Há duas fases fundamentais neste projecto. Na 1a. fase estabelecem-se as condições de hidrólise do couro, assunto que tem sido abordado por diversos autores. Na 2a. fase estuda-se a biometanização da sopa orgânica obtida na hidrólise. Esta fase realiza-se em descontínuo, em separado ou em conjunto com outros orgânicos biodegradáveis. A preparação do composto de crómio obtido para ut |
Resumo Cerca de 80% dos resíduos de couro gerados em todo o mundo são curtidos com sulfato de crómio e são depositados em aterros, muitas vezes de forma descontrolada, ocupando terrenos que poderiam ter outras utilizações. A esta perspectiva de gestão corresponde um desperdício de recursos, pois o couro contém uma quantidade elevada de proteínas, tem um valor energético não desprezável de mais de 18 kJ/g e contém 2-4% de crómio, metal de que a União Europeia tem completa dependência.
Os resíduod de couro curtido decompõem-se significativamente por aquecimento em meio alcalino ou ácido a temperatura de menos de 100ºC, sendo possível desta forma obter uma enorme redução de volume e separar a fracção orgânica da inorgânica, predominantemente constituída por óxido de crómio. Esta hidrólise do couro também pode obter-se ou auxiliar-se por via enzimática, menos drástica que os processos ácido e alcalino alternativos, mas também por via hidrotérmica, a temperaturas superiores à da ebulição da água.
O objectivo fundamental deste projecto é estabelecer as bases duma solução mais racional e ambientalmente seguras para os resíduos de couro contendo crómio, aqual evite a sua deposição, valorizando-os. A perspectiva é : i) hidrolisar os resíduos de couro a temperatura conveniente, se possível a menos de 100ºC; ii) separar a fracção inorgânica obtida, constituida fundamentalmente por hidróxido de crómio, da fracção orgânica proteica; iii) colocar o óxido de crómio em condições de ser utilizado no mercado; iv) realizar a digestão anaeróbia da fracção orgânica, produzindo biogás e um digerido utilizável.
Há duas fases fundamentais neste projecto. Na 1a. fase estabelecem-se as condições de hidrólise do couro, assunto que tem sido abordado por diversos autores. Na 2a. fase estuda-se a biometanização da sopa orgânica obtida na hidrólise. Esta fase realiza-se em descontínuo, em separado ou em conjunto com outros orgânicos biodegradáveis. A preparação do composto de crómio obtido para utilização é um assunto também a estudar. |