Código: | MV511 | Sigla: | ISI |
Áreas Científicas | |
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Classificação | Área Científica |
OFICIAL | Segurança Alimentar e Saúde Pública |
Ativa? | Sim |
Unidade Responsável: | Patologia e Imunologia Molecular |
Curso/CE Responsável: | Mestrado Integrado em Medicina Veterinária |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
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MIMV | 49 | Plano Oficial em Vigor | 5 | - | 5 | 70 | 135 |
Docente | Responsabilidade |
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Eduarda Maria Freitas Gomes da Silva Neves | Regente |
Teórica: | 2,00 |
Práticas Laboratoriais: | 3,00 |
Tipo | Docente | Turmas | Horas |
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Teórica | Totais | 1 | 2,00 |
Eduarda Maria Freitas Gomes da Silva Neves | 2,00 | ||
Práticas Laboratoriais | Totais | 3 | 9,00 |
Eduarda Maria Freitas Gomes da Silva Neves | 9,00 |
1.Sensibilizar os estudantes para a importância da Inspecção Sanitária como competência do Médico Veterinário Oficial e para o seu contributo na protecção da Saúde Pública e da Saúde e do Bem Estar Animal. 2.Fornecer os fundamentos científicos, técnicos e legais da Inspecção Sanitária de Alimentos, particularmente os de origem animal.
3.Motivar para o exercício de funções na área da Higiene Pública Veterinária, na interface Saúde Animal-Saúde Humana e Ambiente, enquadrando a sua atividade no paradigma One Health.
4.Estimular a aptidão para a pesquisa de informação numa perspectiva multidisciplinar e de permanente actualização, por forma a integrar conhecimentos adquiridos no âmbito de outras unidades curriculares.
RESULTADOS DA APRENDIZAGEM
O estudante deve conhecer, após a frequência com aprovação da UC:
1. A legislação respeitante ao bem-estar animal, o transporte e o abate destinado ao consumo humano e dos respetivos controlos oficiais.
2. A etiologia, patogenia, sinais clínicos e quadro lesional das doenças que afectam os ungulados domésticos produtores de carnes no contexto nacional e comunitário.
3. Os fundamentos técnicos e científicos e legislação aplicável à Inspecção Sanitária de Carnes, nomeadamente no que se refere ao Protocolo de Inspecção, Decisões Sanitárias e Subprodutos.
4. Os princípios de biossegurança, de prevenção de doenças - com especial relevo para as zoonoses - e de promoção da saúde e bem-estar animal.
5. As normas legais aplicáveis ao licenciamento e funcionamento de estabelecimentos da indústira alimentar que exigem controlo veterinário, nomeadamente no que se refere à utilização de listas de verificação aplicáveis em auditorias e determinação de graus de incumprimento.
6. As condições técnicas e legais de conservação, transporte, distribuição e venda de carnes.
7. O Autocontrolo, HACCP e a Rastreabilidade na Indústria Alimentar.
8. Avaliação e Gestão do risco aplicadas à inspecção sanitária; implementação do Meat Safety Assurance System (MSAS) como ferramenta de modernização da Inspecção Sanitária;
9. As Autoridades e Serviços Veterinários Oficiais Nacionais e Comunitários que tutelam as diferentes áreas de intervenção, na área da Higiene e Saúde Pública Veterinária.
COMPETÊNCIAS
1. Executar o conjunto de acções de inspecção durante o abate de ungulados domésticos, nomeadamente verificar e interpretar informações relativas à cadeia alimentar, realizar o exame em vida dos animais para abate e determinar a necessidade de medidas complementares de protecção da saúde das pessoas intervenientes no abate e à prevenção da contaminação das instalações; realizar o exame pós-morte e tomar decisões sanitárias de acordo com legislação em vigor; determinar a realização de ensaios laboratoriais suplementares e assegurar o encaminhamento de materiais reprovados e subprodutos cumprindo as normas legais e de protecção do meio ambiente;
2.Controlar o funcionamento das instalações de abate, verificar e impor os procedimentos sanitários e os requisitos higiénicos necessários à garantia de segurança dos produtos de origem animal, utilização os princípios da avaliação e gestão de risco.
3.Participar na elaboração de planos oficiais de vigilância ou erradicação de doenças, particularmente enzootias ou epizootias.
4.Planear e conduzir auditorias na indústria alimentar , no âmbito dos Controlos Veterinários previstos legalmente.
5.Conduzir a sua actividade profissional de forma responsável e com respeito pelas normas éticas e deontológicas, visando a melhoria dos serviços prestados à comunidade, do Bem Estar animal e da Protecção da Saúde Pública.
6.Comunicar de forma eficaz com operadores industriais, colegas de profissão, autoridades e organismos responsáveis, utilizando uma linguagem apropriada, redigindo relatórios e mantendo registos da sua actividade.
7.Estar consciente e motivado para a necessidade de formação ao longo da vida e constante pesquisa de informação relevante dentro da sua área de actividade.
PROGRAMA TEÓRICO
1.História e importância da Inspecção Sanitária de Alimentos: conceito clássico e integrado;
2.Perigos Sanitários dos alimentos;
3.Autocontrolo e rastreabilidade na Indústria Alimentar; HACCP na Indústria da produção de Carnes; Formação de Operadores: Boas Práticas na Indústria Alimentar e Higiene e Segurança no Trabalho. 4.Legislação alimentar nacional e comunitária;
5.Estabelecimentos de abate de ungulados domésticos e de laboração de carnes: condições técnicas para a construção e licenciamento; Materiais e Equipamentos.
6. Subprodutos e efluentes.
7.Transporte de animais e Bem-Estar Animal;
8. Controlos Veterinários aplicáveis ao transporte e Trocas Intra Comunitárias de Animais vivos e mercadorias de origem animal;
9. Inspecção em vida, análise de documentação, rastreabilidade e Informação relativa à cadeia alimentar (IRCA; Food Chain Information-FCI) e inspecção pós-morte de Ungulados Domésticos e Caça Maior; Metodologia de Inspecção post mortem, observações e incisões de carácter obrigatório. O conceito de inspecção sanitária da EU: Inspecção Visual, Inspecção Sanitária baseada no Risco Risk-Based Meat Inspection; Indicadores Epidemiológicos harmonizados (Harmonized Epidemiological Indicators-HEI) e Sistema de Garantia de segurança da carne (Meat Safety Assurance System-MSAS) .
10. Abate de ungulados domésticos: métodos, operações e equipamentos. Legislação aplicável ao BEA.
11. Patologia, critérios de inspecção e decisões sanitária.
12. Enquadramento legal dos critérios de inspecção;
13. Condições técnicas para a Maturação e Conservação de Carnes. Equipamentos e Temperaturas de expedição.
14. Inspecção e Controlos Oficiais em Salas de Corte e Desossa e Estabelecimentos de Inspecção de Caça; Controlos Veterinários e Marcas de Identificação.
15. Condições Legais para a expedição, transporte e distribuição de carnes.
PROGRAMA TEÓRICO-PRÁTICO . Estudo de doenças bacterianas, virais, parasitárias e causadas por priões (Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis) que atingem os ungulados domésticos e que possuem relevância na Inspecção Sanitária de Carnes: -Etiologia e espécies alvo - Zoonoses. -Sintomas e Diagnóstico. -Medidas Sanitárias oficiais e Biossegurança. -Doenças de Declaração Obrigatória. -Quadros Lesionais. -Critérios de Inspecção e Decisões Sanitárias aplicáveis. -Categorias e destino de Subprodutos.
PROGRAMA PRÁTICO
1. Reconhecimento das condições físicas, estrutura e equipamentos das distintas unidades que compõem os estabelecimentos de abate de ungulados domésticos;
2. Reconhecimento das operações que são levadas a cabo nas distintas unidades: descarga e estabulação de animais; insensibilização; operações de abate; preparação de carcaças; refrigeração e armazenamento; corte e desossa; expedição.
3. Reconhecimentos dos equipamentos das áreas envolventes e das operações complementares ao abate, como tratamento de efluentes e expedição de subprodutos; Acompanhamento da separação, armazenamento e expedição de subprodutos;
4. Observação da descarga de animais e condições dos meios de transporte e documentação de acompanhamento tal como IRCA; 5.Exame Clínico ante mortem de animais destinados ao abate.
6. Observação da aplicação de diferentes métodos de insensibilização, importância da sua correcta aplicação, condições dos equipamentos e formação dos operadores.
7. Observação das restantes operações de abate aplicáveis às diferentes espécies de ungulados domésticos; equipamentos e condições de funcionamento;
8. Inspecção Sanitária pós-morte: observações e incisões de carácter obrigatório, nas diferentes espécies.
9.Observação das características das carcaças e orgãos. Reconhecimento de quadros lesionais e discussão das decisões sanitárias aplicáveis, bem como do recurso ao apoio laboratorial e condições de envio de material . 10. Observação da marcação e armazenamento de subprodutos.
11. Observação de aposição de marca de salubridade e armazenamento refrigerado.
12. Observação de operações de corte e desossa,aposição de marca de identificação e expedição.
13. Acompanhamento e observação das actividades desenvolvidas pelo Médico Veterinário Oficial no âmbito das suas funções de controlo em estabelecimentos de abate de ungulados domésticos.
Aulas teóricas com recurso a diapositivos em suporte digital e vídeos.
Aulas práticas intramuros com slides, vídeos, preenchimento de listas de verificação, apresentação de trabalhos e discussão no contexto da saúde pública, segurança alimentar e inspeção sanitária de carnes.
Aulas práticas extramuros em estabelecimentos industriais de abate (bovinos e suínos) e de laboração de carnes, acompanhando a actividade do(s) MVO(s), avaliando o BEA, instalações, equipamentos e materiais, bem como condições de funcionamento das diferentes unidades.
Designação | Peso (%) |
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Exame | 80,00 |
Trabalho escrito | 10,00 |
Participação presencial | 10,00 |
Total: | 100,00 |
Designação | Tempo (Horas) |
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Estudo autónomo | 44,00 |
Frequência das aulas | 70,00 |
Trabalho escrito | 21,00 |
Total: | 135,00 |
Para obtenção de frequência à disciplina o estudante tem de frequentar 75% do número de aulas práticas intramuros e extramuros* previstas e proceder à elaboração de trabalho de apresentação e discussão de um tópico dado.
A frequência das aulas práticas e o trabalho de apresentação são válidos inclusivé até ao ano letivo seguinte àquele em que foram realizados.
* A frequência de cada aula extramuros, dada a especificidade prática do trabalho realizado, será pontuada (ver "Componentes de Avaliação").
Componentes de Avaliação
Componente teórica* (CT)= (1ª avaliação intercalar+2ª avaliação intercalar )/2
Componente Prática= Exame Prático (EP) + Trabalho de Apresentação (TA) + Presença em aulas extramuros (PAEx)
Classificação final= CT(50%)*+[EP (30%)+TA (10%)+PAEx (10%)]*
Avaliações Intercalares* = 20 valores
EP=16 valores (classificação mínima 7.5 valores)
TA- Apresentação em aula e discussão de um tema(s)=2 valores
PAEx=4X0.5=2.0 valores
CT e Exame Prático realizados na plataforma Moodle UP
* Classificação mínima de 9.5 valores em cada prova de avaliação realizada, com excepção do exame prático (classificação mínima 7.5 valores).
Para a componente prática serão consideradas a nota do EP, TA e PAEx, conforme fórmula acima.
Elaboração de apresentação e discussão.
O trabalho de apresentação será submetido pelos estudantes através da ferramenta Turnitin disponibilizada pela plataforma Moodle U.Porto e a avaliação inclui o relatório de originalidade respetivo.
De acordo com a legislação em vigor
Os estudantes que pretendam melhorar a classificação final submeter-se-ão a exame final em época de recurso ou em outra época de acordo com a legislação em vigor.