Código: | MV521 | Sigla: | ISII |
Áreas Científicas | |
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Classificação | Área Científica |
OFICIAL | Segurança Alimentar e Saúde Pública |
Ativa? | Sim |
Unidade Responsável: | Produção Aquática |
Curso/CE Responsável: | Mestrado Integrado em Medicina Veterinária |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
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MIMV | 59 | Plano Oficial em Vigor | 5 | - | 5 | 70 | 135 |
A - CONTRIBUTOS PARA ATRIBUTOS E CAPACIDADES PROFISSIONAIS GERAIS
1. Usar as suas capacidades profissionais para contribuir, tanto quanto possível, para o avanço do conhecimento médico-veterinário, com o objetivo de melhorar a proteção da saúde pública.
B - CONTRIBUTOS PARA CONHECIMENTOS E COMPREENSÃO
1. Os princípios de diferenciação da qualidade dos géneros alimentícios nas suas vertentes higio-sanitária, nutricional, sensorial, tecnológica, comercial, económica, de uso ou serviço e psicossocial.
2. A legislação nacional e comunitária sobre as medidas veterinárias relacionadas com a prevenção e controlo dos riscos de origem alimentar para a saúde humana.
3. Os princípios e métodos da análise dos riscos de natureza microbiológica, parasitária, química, física e biotecnológica dos alimentos de origem animal, assim como da aplicabilidade na cadeia alimentar das ferramentas de controlo, e promoção da segurança alimentar.
4. Os objetivos, a natureza e a frequência dos atos inspetivos durante o abate de aves de capoeira, lagomorfos e caça, bem como as respetivas decisões a aplicar mediante a deteção de inconformidades.
C - CONTRIBUTOS PARA A AQUISIÇÃO DE COMPETÊNCIAS PRÁTICAS
1. Executar o conjunto de ações de inspeção durante o abate de aves de capoeira, lagomorfos e caça, nomeadamente:
a) Verificar e interpretar as informações relativas à cadeia alimentar, considerando-as no momento da realização do exame em vida e pós morte;
b) Realizar o exame em vida dos animais para abate;
c) Determinar, de acordo com os procedimentos anteriores, a natureza e intensidade das medidas necessárias à proteção da saúde das pessoas intervenientes no abate e à prevenção da contaminação das instalações;
d) Verificar o bom funcionamento das instalações de abate;
e) Inspecionar, durante e após o abate, as carcaças e as respetivas miudezas;
f) Determinar a realização de ensaios laboratoriais suplementares, quando estes forem necessários;
g) Fiscalizar a marcação de salubridade e as marcas utilizadas;
h) Registar e classificar os motivos de rejeição consoante a sua causa ou origem;
i) Valorizar a necessidade e utilidade da comunicação dos resultados das inspeções aos diferentes operadores e entidades oficiais.
2. Verificar e impor os procedimentos sanitários e os requisitos higiénicos necessários à garantia de segurança dos produtos de origem animal.
3. Planificar e realizar auditorias a empresas do setor alimentar, em função do seu tipo e capacidades assim como do risco estimado para a saúde pública e animal, nomeadamente:
a) Verificar de forma sistemática se são cumpridos os requisitos legais respeitantes às suas condições de funcionamento;
b) Processar laboratorialmente as amostras recolhidas para a monitorização da segurança dos géneros alimentícios e das condições higiénicas de produção dos mesmos;
c) Interpretar os resultados dos ensaios laboratoriais, verificando o seu grau de conformidade com os critérios previstos na legislação;
d) Expressar toda a informação recolhida num relatório de auditoria, apresentando um conjunto de ações corretivas.
TEÓRICO:
I. APRESENTAÇÃO da UNIDADE CURRICULAR: programa e objetivos; contributo da unidade curricular para o ensino-aprendizagem das “Competências de Primeiro Dia” do MIMV; estratégia pedagógica; programação das aulas; aulas extramuros; atividades hands on; frequência; fontes de estudo e métodos de avaliação.
II. EVOLUÇÃO HISTÓRICA do ABASTECIMENTO ALIMENTAR e da SEGURANÇA dos ALIMENTOS. O papel dos médicos veterinários ao longo dos tempos; Grandes desafios sociais relacionados com a unidade curricular (Saúde, alterações demográficas e bem-estar; Segurança alimentar, agricultura e silvicultura sustentáveis, investigação marinha e marítima e nas águas interiores e bioeconomia; Ação climática, ambiente, eficiência de recursos e matérias-primas).
III BASE CIENTÍFICA da legislação nacional e europeia sobre alimentos e REGRAS GERAIS DE HIGIENE aplicáveis a todos os géneros alimentícios (Regulamento (CE) 852/2004), as REGRAS DE HIGIENE ESPECÍFICAS PARA OS PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL (Regulamento (CE) 853/2004) e os CONTROLOS OFICIAIS e outras atividades oficiais que visam assegurar a aplicação da legislação em matéria de géneros alimentícios e alimentos para animais e das regras sobre saúde e bem-estar animal, fitossanidade e produtos fitofarmacêuticos(Regulamento (UE) 625/2017).
IV. Controlos oficiais relativos a AVES de CAPOEIRA. A importância do setor avícola em Portugal e no mundo. Os modos de criação especial de frangos (certificação através de Organismos Independentes de Controlo e relação entre os sistemas de produção e a qualidade e a segurança alimentares. Abate para consumo doméstico e venda direta de pequenas quantidades. Normas de comercialização e colocação de carne de aves no mercado. Proteção do bem-estar das aves de capoeira, tecnologia e higiene no processo de abate (recolha de aves na exploração de origem e transporte para o centro de abate, permanência no cais de receção de aves vivas e impacto do tempo de “repouso”, suspensão das aves na linha de abate, atordoamento, sangramento, escaldão e depena, evisceração, refrigeração rápida, pontos críticos para a colonização microbiana na linha de abate, verificação da absorção de água nas carcaças, aplicação da marca de identificação. Exame post mortem (alteração, causa, decisão, categoria de risco): processo de produção avícola, patologia, recolha para abate, transporte e descarga e processo de abate.
V. Controlos oficiais relativos a PRODUTOS da PESCA. Produtos da pesca frescos, separados mecanicamente, preparados e transformados. moluscos bivalves e equinodermes vivos, tunicados vivos e gastrópodes marinhos vivos destinados ao consumo humano. Neste capítulo abordam-se aspetos gerais do pescado como alimento e alguns conceitos importantes relativos a este grupo alimentar são revistos. A origem do pescado (selvagem e de aquacultura) e o seu percurso atual são caracterizados. A degradação deste tipo de alimentos é revista, como base para uma compreensão mais adequada de todos os métodos de avaliação da qualidade do pescado, hoje em dia à disposição dos inspetores deste tipo de alimentos. Em seguida, é abordada a segurança específica do pescado, desde os tipos de agentes envolvidos, aos problemas mais frequentes, até às respetivas soluções. É referido o HACCP em pescado, mencionando perigos, riscos e pontos críticos de controlo mais frequentes. Finalmente, é feita uma abordagem integradora à qualidade, segurança e inspeção do pescado.
VI. Controlos oficiais relativos a LAGOMORFOS. Relação entre o modo de produção e as patologias mais prevalentes em coelhos, Critérios de inspeção no âmbito do exame em vida e exame post mortem. Pontos críticos na linha de abate. Causas de rejeição no exame post mortem (epizootias, tecnopatias, patologia cutânea, patologia respiratória, patologia digestiva, parasitoses e zoonoses).
VII. CONTROLO e CLASSIFICAÇÃO dos OVOS. Valor nutricional dos ovos e evolução do consumo. Ovogénese e estrutura do ovo. Inspeção sanitária de ovos frescos (impacto da idade das poedeiras na segurança e valor nutritivo dos ovos, alterações da casca, alterações da clara e da gema. Alterações durante a armazenagem (desidratação, viscosidade da clara e atividade inibitória das proteínas da clara, oscilação no pH e alteração da permeabilidade da membrana na gema). Contaminação microbiológica e por compostos químicos. Normas de comercialização dos ovos. Classificação de ovos (categorias de qualidade e de peso). circuito de entrega e centros de embalagem. Código do produtor e modo de produção das galinhas (Biológico, Ar Livre, Solo e Jaulas). Relação entre os modos de criação das galinhas e a segurança e sustentabilidade ambiental. Refrigeração de ovos. Vantagens e desvantagens sanitárias da lavagem de ovos. Regras sanitárias para a produção de ovoprodutos. Controlo oficial de ovos e ovoprodutos. Boas práticas na armazenagem e manipulação domésticas dos ovos.
VIII. Controlo oficial de CARNE PICADA, CARNE SEPARADA MECANICAMENTE, PREPARADOS DE CARNE e PRODUTOS À BASE DE CARNE.
IX. Controlos oficiais relativos ao LEITE e PRODUTOS LÁCTEOS.
X. Controlos oficiais relativos às COXAS DE RÃ e CARACÓIS (e cogumelos)
XI. APICULTURA e controlo oficial do MEL mediante a aplicação de técnicas sensoriais e laboratoriais; noções básicas de apicultura.
XII. ANÁLISE DO RISCO E SEGURANÇA ALIMENTAR, revendo os principais perigos microbiológicos, químicos e toxicológicos. Apresentação de modelos práticos para a “Avaliação e Gestão do Risco” na indústria alimentar relativamente a perigos químicos e perigos microbiológicos, dando particular desenvolvimento a Salmonella spp., Campylocter jejuni, resistências aos antimicrobianos e resíduos de medicamentos veterinários e de contaminantes em produtos de origem animal destinados ao consumo humano.
PRÁTICO:
I. CONTROLOS OFICIAIS efetuados por um veterinário oficial para verificar o cumprimento dos requisitos aplicáveis em matéria de: (i) higiene da carne, (ii) presença de resíduos de medicamentos veterinários e de contaminantes em produtos de origem animal destinados ao consumo humano, (iii) auditorias das boas práticas de higiene e dos procedimentos baseados nos princípios da HACCP, (iv) testes laboratoriais destinados a detetar o cumprimento dos critérios microbiológicos, (v) manuseamento e eliminação de subprodutos animais e de matérias de risco especificadas, (vi) saúde e bem-estar dos animais.
II. Visita a uma COZINHA INDUSTRIAL, para observação dos requisitos estruturais, funcionais e dos sistemas de autocontrolo a que estão obrigados os estabelecimentos de produção de carnes picadas, carnes separadas mecanicamente, preparados e produtos à base de carne.
III. Visita a um CENTRO DE ABATE DE AVES, que integre no mesmo espaço físico matadouro, SALA DE DESMANCHA E DESOSSA, UNIDADE DE TRATAMENTO DE SUBPRODUTOS e ETAR.
IV. Formação prática sobre os métodos e critérios DE INSPEÇÃO SANITÁRIA de carcaças e miudezas de FRANGOS.
V. Visita a uma LOTA para observação direta do circuito do pescado, desde a descarga em terra até à venda final a grossistas e retalhistas. Acompanhamento das equipas de inspeção sanitária de pescado.
VI. Visita a uma FÁBRICA DE CONSERVAS DE PESCADO para observação do tipo de processamento. Explicações pormenorizadas e observação direta dos métodos de controlo, desde a análise das latas e cravação até aos procedimentos e registos do HACCP.
VII. Observação do CIRCUITO DOS OVOS desde o momento da recolha na exploração de origem, passando pela classificação comercial, embalagem e rotulagem, até à sua expedição para o circuito comercial.
VIII. Visita a um MATADOURO DE COELHOS.
IX. Apresentação de favos com MEL e pólen. Observação de favos de criação de rainhas, obreiras e zangãos. Demonstração de funcionamento do principal material usado pelos apicultores no maneio das abelhas, extração e embalagem do mel.
Bibliografia principal:
Legislação Portuguesa e Comunitária (UE) aplicável
Imagens e apontamentos fornecidos pelo professor
O ensino dos fundamentos teóricos da unidade curricular é ilustrado com a exibição de diapositivos, sendo complementado com visitas a centros de abate, a uma unidades de desmancha e embalagem, a um estabelecimento de preparação e transformação de carnes, a um centro de classificação de ovos, a uma lota e a uma fábrica de conservas de pescado.
O acesso à maioria dos locais onde é efetuada a formação prática faz-se ao abrigo de protocolos de colaboração estabelecidos entre o ICBAS e o operador responsável, garantido uma parceria perene, a cooperação em atividades de interesse mútuo e um acesso privilegiado dos estudantes.
Em algumas aulas práticas, os alunos podem manipular diretamente algumas peças e simular a realização de um exame sanitário, bem como proceder à recolha de amostras de diferentes matrizes alimentares para posterior exame laboratorial.
Designação | Peso (%) |
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Exame | 80,00 |
Trabalho de campo | 20,00 |
Total: | 100,00 |
Designação | Tempo (Horas) |
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Estudo autónomo | 47,00 |
Frequência das aulas | 70,00 |
Trabalho de campo | 6,00 |
Trabalho de investigação | 6,00 |
Trabalho laboratorial | 6,00 |
Total: | 135,00 |
A avaliação integra dois componentes independentes:
A = avaliação teórica escrita (70% da classificação final);
B = preparação de uma auditoria a um operador do sector alimentar (30% da classificação final) (ver provas e trabalhos especiais).
O cálculo da nota final obedece à seguinte fórmula: 0,7 × A + 0,3 × B
E obrigatória a obtenção de avaliação positiva em ambas as componentes.
De acordo com a legislação em vigor.
Os estudantes que pretendam melhorar a classificação final submeter-se-ão a exame final em época de recurso ou em outra época de acordo com a legislação em vigor.