Código: | MV521 | Sigla: | ISII |
Áreas Científicas | |
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Classificação | Área Científica |
OFICIAL | Segurança Alimentar e Saúde Pública |
Ativa? | Sim |
Unidade Responsável: | Produção Aquática |
Curso/CE Responsável: | Mestrado Integrado em Medicina Veterinária |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
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MIMV | 43 | Plano 2007 a 2017 | 5 | - | 5 | 80 | 135 |
A - CONTRIBUTOS PARA ATRIBUTOS E CAPACIDADES PROFISSIONAIS GERAIS
1. Usar as suas capacidades profissionais para contribuir, tanto quanto possível, para o avanço do conhecimento médico-veterinário, com o objetivo de melhorar a proteção da saúde pública.
B - CONTRIBUTOS PARA CONHECIMENTOS E COMPREENSÃO
1. Os princípios de diferenciação da qualidade dos géneros alimentícios nas suas vertentes higio-sanitária, nutricional, sensorial, tecnológica, comercial, económica, de uso ou serviço e psicossocial.
2. A legislação nacional e comunitária sobre as medidas veterinárias relacionadas com a prevenção e controlo dos riscos de origem alimentar para a saúde humana.
3. Os princípios e métodos da análise dos riscos de natureza microbiológica, parasitária, química, física e biotecnológica dos alimentos de origem animal, assim como da aplicabilidade na cadeia alimentar das ferramentas de controlo, e promoção da segurança alimentar.
4. Os objetivos, a natureza e a frequência dos atos inspetivos durante o abate de aves de capoeira, lagomorfos e caça, bem como as respetivas decisões a aplicar mediante a deteção de inconformidades.
C - CONTRIBUTOS PARA A AQUISIÇÃO DE COMPETÊNCIAS PRÁTICAS
1. Executar o conjunto de ações de inspeção durante o abate de aves de capoeira, lagomorfos e caça, nomeadamente:
a) Verificar e interpretar as informações relativas à cadeia alimentar, considerando-as no momento da realização do exame em vida e pós morte;
b) Realizar o exame em vida dos animais para abate;
c) Determinar, de acordo com os procedimentos anteriores, a natureza e intensidade das medidas necessárias à proteção da saúde das pessoas intervenientes no abate e à prevenção da contaminação das instalações;
d) Verificar o bom funcionamento das instalações de abate;
e) Inspecionar, durante e após o abate, as carcaças e as respetivas miudezas;
f) Determinar a realização de ensaios laboratoriais suplementares, quando estes forem necessários;
g) Fiscalizar a marcação de salubridade e as marcas utilizadas;
h) Registar e classificar os motivos de rejeição consoante a sua causa ou origem;
i) Valorizar a necessidade e utilidade da comunicação dos resultados das inspeções aos diferentes operadores e entidades oficiais.
2. Verificar e impor os procedimentos sanitários e os requisitos higiénicos necessários à garantia de segurança dos produtos de origem animal.
3. Planificar e realizar auditorias a empresas do setor alimentar, em função do seu tipo e capacidades assim como do risco estimado para a saúde pública e animal, nomeadamente:
a) Verificar de forma sistemática se são cumpridos os requisitos legais respeitantes às suas condições de funcionamento;
b) Processar laboratorialmente as amostras recolhidas para a monitorização da segurança dos géneros alimentícios e das condições higiénicas de produção dos mesmos;
c) Interpretar os resultados dos ensaios laboratoriais, verificando o seu grau de conformidade com os critérios previstos na legislação;
d) Expressar toda a informação recolhida num relatório de auditoria, apresentando um conjunto de ações corretivas.
TEÓRICO:
I. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ABASTECIMENTO ALIMENTAR E DA SEGURANÇA DOS ALIMENTOS. O papel dos médicos veterinários ao longo dos tempos.
II BASE CIENTÍFICA da legislação nacional e europeia sobre alimentos e REGRAS GERAIS DE HIGIENE aplicáveis a todos os géneros alimentícios (Regulamento (CE) 852/2004) e as REGRAS DE HIGIENE ESPECÍFICAS PARA OS PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL (Regulamento (CE) 853/2004 e Regulamento (CE) 853/2004).
III. INSPEÇÃO DE CARNE DE AVES DE CAPOEIRA, abordando os aspetos relacionados com o bem-estar animal, legislação de transporte de aves vivas para abate, as tecnologias de abate e processamento de carne de aves, métodos de refrigeração, a maturação da carne, as normas de comercialização para a carne de aves de capoeira segundo o Regulamento (CE) 543/2008, os pontos críticos para a colonização microbiana na linha de abate, e os critérios de inspeção no âmbito do exame em vida e exame post mortem.
IV. INSPEÇÃO DE PESCADO: Abordam-se aspetos gerais do pescado como alimento e alguns conceitos importantes relativos a este grupo alimentar são revistos. A origem do pescado (selvagem e de aquacultura) e o seu percurso atual são caracterizados. A degradação deste tipo de alimentos é revista, como base para uma compreensão mais adequada de todos os métodos de avaliação da qualidade do pescado, hoje em dia à disposição dos inspetores deste tipo de alimentos. Em seguida, é abordada a segurança específica do pescado, desde os tipos de agentes envolvidos, aos problemas mais frequentes, até às respetivas soluções. É referido o HACCP em pescado, mencionando perigos, riscos e pontos críticos de controlo mais frequentes. Finalmente, é feita uma abordagem integradora à qualidade, segurança e inspeção do pescado.
V. INSPEÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE OVOS frescos, ovos conservados, ovos lavados e ovos transformados (ovoprodutos). Rastreabilidade dos ovos ao longo de toda a cadeia produtiva.
VI. INSPEÇÃO DE LAGOMORFOS, revendo os critérios de inspeção no âmbito do exame em vida e exame post-mortem.
VII. INSPEÇÃO DE CAÇA SELVAGEM E DE CAÇA DE CRIAÇÃO.
VIII. INSPEÇÃO E HIGIENE DE CARNE PICADA, CARNE SEPARADA MECANICAMENTE, PREPARADOS DE CARNE E PRODUTOS À BASE DE CARNE.
IX. INSPEÇÃO DO LEITE E PRODUTOS LÁCTEOS.
X. INSPEÇÃO DO MEL mediante a aplicação de técnicas sensoriais e laboratoriais; noções básicas de apicultura.
XI. SEGURANÇA ALIMENTAR, revendo os principais perigos microbiológicos, químicos e toxicológicos. Apresentação de modelos práticos para a “Avaliação e Gestão do Risco” na indústria alimentar relativamente a Salmonella spp., Campylocter jejuni, anabolizantes e resistências aos antimicrobianos.
XII. CONTROLOS OFICIAIS
AUDITORIAS DAS BOAS PRÁTICAS DE HIGIENE em matéria de:
AUDITORIAS AOS PROCEDIMENTOS BASEADOS NO SISTEMA HACCP com o objetivo de determinar se os procedimentos do operador garantem, na medida do possível, que os produtos de origem animal:
PRÁTICO:
I. Visita a uma cozinha industrial, para observação dos requisitos estruturais, funcionais e dos sistemas de auto controlo a que estão obrigados os estabelecimentos de produção de carnes picadas, carnes separadas mecanicamente, preparados e produtos à base de carne.
II. Visita a um centro de abate de aves, que integre no mesmo espaço físico matadouro, sala de desmancha e desossa, unidade de tratamento de resíduos sólidos e ETAR. Formação prática sobre os métodos e critérios de inspeção sanitária de carcaças e miudezas de frangos e perus.
III. Visita a uma lota para observação direta do circuito do pescado, desde a descarga em terra até à venda final a grossistas e retalhistas. Acompanhamento das equipas de inspeção sanitária de pescado.
IV: Visita a uma fábrica de conservas de pescado para observação do tipo de processamento. Explicações pormenorizadas e observação direta dos métodos de controlo, desde a análise das latas e cravação até aos procedimentos e registos do HACCP.
V. Observação do circuito dos ovos desde o momento da recolha na exploração de origem, passando pela classificação comercial, embalagem e rotulagem, até à sua expedição para o circuito comercial.
VI. Visita a um matadouro de coelhos.
VII. Apresentação de favos com mel e pólen. Observação de favos de criação de rainhas, obreiras, e zangãos. Demonstração de funcionamento do principal material usado pelos apicultores no maneio das abelhas, extração e embalagem do mel.
VIII. Mediante trabalho assistido, grupos de 5 a 7 estudantes realizam uma auditoria a um estabelecimento de preparação de alimentos. No decurso deste trabalho os estudantes devem:
A. Avaliar no estabelecimento i) a rastreabilidade, ii) os produtos e iii) os requisitos estruturais, operacionais e de higiene.
B. Executar no laboratório os protocolos analíticos para alimentos, zaragatoas de superfícies e águas.
C. Redigir um relatório final que inclua as informações recolhidas ao longo da auditoria, os boletins de ensaio e uma análise “SWOT” (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) do estabelecimento.
Bibliografia principal:
Legislação Portuguesa e Comunitária (UE) aplicável
Imagens e apontamentos fornecidos pelo professor
O ensino dos fundamentos teóricos da unidade curricular é ilustrado com a exibição de diapositivos, sendo complementado com visitas a centros de abate, a uma unidades de desmancha e embalagem, a um estabelecimento de preparação e transformação de carnes, a um centro de classificação de ovos, a uma lota e a uma fábrica de conservas de pescado.
O acesso à maioria dos locais onde é efetuada a formação prática faz-se ao abrigo de protocolos de colaboração estabelecidos entre o ICBAS e o operador responsável, garantido uma parceria perene, a cooperação em atividades de interesse mútuo e um acesso privilegiado dos estudantes.
Em algumas aulas práticas, os alunos podem manipular diretamente algumas peças e simular a realização de um exame sanitário, bem como proceder à recolha de amostras de diferentes matrizes alimentares para posterior exame laboratorial.
Designação | Peso (%) |
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Exame | 60,00 |
Trabalho de campo | 40,00 |
Total: | 100,00 |
Designação | Tempo (Horas) |
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Estudo autónomo | 47,00 |
Frequência das aulas | 70,00 |
Trabalho de campo | 6,00 |
Trabalho de investigação | 6,00 |
Trabalho laboratorial | 6,00 |
Total: | 135,00 |
Para obtenção de frequência à unidade curricular o aluno não pode ter um número de faltas injustificadas que exceda 25% do número de aulas práticas previstas.
A avaliação integra dois componentes independentes:
A = avaliação teórica escrita (60 % da classificação final);
B = avaliação prática (40 %), sendo elemento essencial a apresentação escrita e oral dos objetivos, material e métodos, resultados e discussão relativos ao trabalho de auditoria prática realizada num operador alimentar.
O cálculo da nota final obedece à seguinte fórmula: 0,6 × A + 0,4 × B
E obrigatória a obtenção de avaliação positiva nas componentes teórica e prática.
Mediante trabalho assistido, grupos de 5 a 7 estudantes realizam uma auditoria a um estabelecimento de preparação de alimentos. No decurso deste trabalho os estudantes devem:
A. Avaliar no estabelecimento i) a rastreabilidade, ii) os produtos e iii) os requisitos estruturais, operacionais e de higiene.
B. Executar no laboratório os protocolos analíticos para alimentos, zaragatoas de superfícies e águas.
C. Redigir um relatório final que inclua as informações recolhidas ao longo da auditoria, os boletins de ensaio e uma análise “SWOT” (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) do estabelecimento.
De acordo com a legislação em vigor.
Os estudantes que pretendam melhorar a classificação final submeter-se-ão a exame final em época de recurso ou em outra época de acordo com a legislação em vigor.
Observações:
Bibliografia principal:
I. Legislação Portuguesa e Comunitária (UE) fornecida pelos professores.
II. Imagens e apontamentos fornecidos pelos professores.
Bibliografia Complementar:
No SIGARRA.