Resumo (PT):
A grande maioria das escolas portuguesas caracteriza-se por um desconforto
higrotérmico assinalável, em condições de serviço, resultante das características construtivas da
envolvente, do perfil de ocupação das salas de aula e da falta de recursos financeiros para a
gestão das escolas. Existem também muitos edifícios escolares degradados que irão exigir
intervenções num futuro próximo. Nesse sentido, é necessário encontrar tecnologias construtivas
que, atendendo à realidade climática, económica e cultural, conduzam a soluções com
desempenho higrotérmico e conforto adequados.
Existem em Portugal cerca de 100 escolas do modelo Brandão não reabilitadas. Atualmente,
estão a ser efetuadas medições in situ de temperatura, humidade relativa, concentração de CO2 e
consumos energéticos numa sala de aula de um edifício escolar Brandão localizado no Porto
(sala protótipo). Esta monitorização tem como objetivo avaliar as condições destas escolas em
serviço.
No âmbito deste estudo, implementaram-se algumas medidas de reabilitação na sala de aula
protótipo, nomeadamente na envolvente (isolamento da cobertura e proteções solares) e nos
sistemas técnicos (ventilação e aquecimento), com o objetivo de encontrar um modelo otimizado
que possa ser replicado em futuras intervenções.
Nesta comunicação apresentam-se os resultados experimentais do desempenho térmico de uma
sala tipo, antes da introdução de medidas de reabilitação, que caracterizam as escolas Brandão
não reabilitadas, em serviço, e que permitem quantificar o desconforto durante o período de
ocupação. Apresentam-se igualmente os resultados após a introdução das medidas de
reabilitação e as correspondentes alterações no comportamento térmico do espaço e no conforto
térmico dos utilizadores. Desenvolveram-se ainda indicadores de desconforto que facilitam o
estudo comparativo de diferentes soluções de reabilitação.
Abstract (EN):
Language:
Portuguese
Type (Professor's evaluation):
Scientific
No. of pages:
9