Resumo (PT):
Resumo
Na região do grande Porto, correspondendo ao sector NW da cintura metamórfica Porto-Viseu ocorrem diferentes tipos de rochas graníticas associadas a rochas migmatíticas. A zonalidade metamórfica das rochas metassedimentares encaixantes tipifica um elevado gradiente metamórfico de campo, com transição, numa curta distância, de condições de baixo grau para alto grau, ocorrendo o pico das condições térmicas num tempo prévio e próximo da última fase de deformação dúctil varisca (D3).
Existe relação cronológica e espacial entre o pico das condições térmicas, a migmatização e a instalação de corpos graníticos sin-tectónicos (granitos de Gondomar, de Fânzeres, de Ermesinde, do Porto, do Pedregal) intruídos nos metassedimentos do CXG.
A deformação não coaxial é mais forte nas zonas de alto grau metamórfico, associadas aos migmatitos e aos granitos sin-tectónicos, o que poderá ser explicado por um mecanismo de fluxo dúctil crustal durante a D3. A anatexia mesocrustal iniciou-se ante-D3, aumentando a ductilidade crustal. A deformação posterior (D3) permitiu o fluxo sin-cinemático do material fundido, bem assim como das rochas sólidas, muito dúcteis, adjacentes. Nos metassedimentos acima da zona anatética, antes da sua ascensão por fluxo dúctil solidário com os melts e os magmas, num período ante-D3, as condições barométricas permitiram a blastese de estaurolite e não de cordierite.
Palavras-chave: Granitos, migmatitos, zonalidade metamórfica, Orogeno Varisco.
Language:
Portuguese
Type (Professor's evaluation):
Scientific