Literatura Portuguesa Medieval

Código:

EPL032

Sigla:

LPMED

Áreas Científicas
Classificação	Área Científica
OFICIAL	Literatura

Ocorrência: 2024/2025 - 1S

Ativa?	Sim
Unidade Responsável:	Departamento de Estudos Portugueses e Estudos Românicos
Curso/CE Responsável:	Licenciatura em Estudos Portugueses

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla	Nº de Estudantes	Plano de Estudos	Anos Curriculares	Créditos UCN	Créditos ECTS	Horas de Contacto	Horas Totais
EP	2	EP - Plano de Estudos	2	-	6	41	162
LLC	17	Plano Oficial Monodisciplinar (a partir de 2022)	2	-	6	41	162
		Plano Oficial Bidisciplinar ( a partir de 2024)	2	-	6	41	162

Língua de trabalho

Português
Obs.: Suitable for English-speaking students

Objetivos

O programa da unidade curricular tem como objectivo principal familiarizar os alunos com a cultura medieval portuguesa, inserindo-a no seu contexto europeu e mediterrânico. A partir do estudo da poesia trovadoresca, visa-se atingir o reconhecimento das diversas heranças culturais que constróem a tradição literária em galego-português.

Resultados de aprendizagem e competências

No final desta unidade, além das competências em análise de composições trovadorescas enquanto objeto literário e manifestações socioculturais, os alunos deverão ser capazes de reconhecer a importância da Idade Média como época formadora para as culturas em língua portuguesa e o impacto da tradição literária deste período na cultura posterior.

Modo de trabalho

Presencial

Pré-requisitos (conhecimentos prévios) e co-requisitos (conhecimentos simultâneos)

n/a

Programa

I. (Re)encontrar a Idade Média
1. 1. A Idade Média europeia e mediterrânica
1. 2. Reconfigurações políticas e sociais da Ibéria medieval
1. 3. Definição do corpus: línguas de produção literária e fixação dos objectos de estudo.

II. Amar na Idade Média
2. 1. Modelos da cultura medieval latina
2. 2. A fin'amors como sublimação do amor feudovassálico.

III. Surgimento da poesia em galego-português
3. 1. A tradição occitânica e o seu impacto na península ibérica.
3. 2. A primeira geração de trovadores (c. 1196-1220): continuidades e rupturas perante o modelo occitânico.

IV. A segunda geração de trovadores e a subversão do jogo amoroso.
4. 1. O surgimento do género de amigo no seu contexto socio-cultural
4. 2. Elementos-chave dos cantares de amigo: a mulher jovem resguardada como objeto de desejo masculino.
4. 3. Os cancioneiros de jograis e a voz da amiga ao serviço de outrém.

V. A corte de Afonso X
5. 1. Afonso X de Castela e a cultura trovadoresca
5. 2. A criação de um género próprio: as Cantigas de Santa Maria.

VI. O ocaso do movimento trovadoresco
6. 1. Afonso III e a concentração da cultura literária na corte régia.
6. 2. A convergência de tradições poéticas na corte de D. Dinis.
6. 3. O declínio da poesia no século XIV: Pedro de Barcelos e a fixação do cancioneiro como última manifestação trovadoresca.

Bibliografia Obrigatória

Graça Videira Lopes; Manuel Pedro Ferreira; Cantigas Medievais Galego Portuguesas, 2011 (https://cantigas.fcsh.unl.pt/index.asp)
Manuel Ferreiro; Universo Cantigas. Edición crítica da poesía medieval galego-portuguesa, 2018 (https://universocantigas.gal/)
José Carlos Ribeiro Miranda; «Da fin’amors como representação da sociedade aristocrática occitânica» in Amar de novo, pp. 123-150., Fundação Eng. António de Almeida, 2005
Giuseppe Tavani; A poesía lírica galego-portuguesa. ISBN: 84-7154-561-6
José Carlos Ribeiro Miranda; Aurs mesclatz ab argen. ISBN: 972-9350-89-2
António Resende de Oliveira; O^trovador galego-português e o seu mundo. ISBN: 972-46-1286-4
José Carlos Ribeiro Miranda; Os^trovadores e o rapto de Elvira Anes da Maia. ISBN: 978-989-8459-61-9
Afonso X; Cantigas de Santa Maria

Bibliografia Complementar

John Aberth; Contesting the Middle Ages. ISBN: 978-0415729307
Alvar, Carlos; «Poesía y política en la corte alfonsí» Alvar Ezquerra, C. (1984) «Poesía y política en la corte alfonsí». Cuadernos Hispanoamericanos, 410, pp. 5-20, 1984
Bautista, Francisco; «Alfonso X». Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes., Universitat d'Alacant, 2011 (https://www.cervantesvirtual.com/portales/alfonso_x_el_sabio/)
Mercedes Brea; «Mariñas e romarías na ría de Vigo». Revista Galega do Ensino, 19, 13-36. , 1998
Ângela Correia; Ama. A Importância de um Nome no Conhecimento sobre os Trovadores Galego-Portugueses., Bibliotrónica Portuguesa, 2016 (https://bibliotronicaportuguesa.pt/wp-content/uploads/2015/03/Angela_Correia_Ama_A_Importancia_de_um_Nome.pdf)
Carla Correia; «A Razón de Amor con los Denuestos del Agua y el Vino e a Poesia Galego-Portuguesa». Seminário Medieval 2009-2011. Porto: Estratégias Criativas, 1-15., 2011
Georges Duby; As^damas do séc. XII. ISBN: 972-695-254-9 972-695-266-2 972-695-278-6
Georges Duby; O^ano mil. ISBN: 972-44-0026-3
Hermenegildo Fernandes; D. Sancho II. ISBN: 972-42-3727-3
Maria do Rosário Ferreira; Águas doces, águas salgadas. ISBN: 972-8594-02-X
Maria do Rosário Ferreira, José Carlos Miranda; «Meendinho ou as ondas em águas paradas». O Cancioneiro da Ajuda, cen anos despois. Santiago de Compostela, pp. 293-312., Xunta de Galicia, 2004
Ana Sofia Laranjinha; D. Dinis e o amor tristaniano
José Matoso; Portugal medieval. ISBN: 972-42-2659-X
José Carlos Ribeiro Miranda; Somesso, a dona e a donzela
José Carlos Ribeiro Miranda; O galego-português e os seus detentores ao longo do século XIII, e-Spania, 2012 (https://doi.org/10.4000/e-spania.21084)
António Resende de Oliveira; Depois do espectáculo trovadoresco. ISBN: 972-8047-70-3
José Augusto de Sottomayor Pizarro; D. Dinis. ISBN: 972-42-3483-5
Leontina Ventura; D. Afonso III. ISBN: 972-42-3726-5
Stephen Parkinson; The Oxford Cantigas de Santa Maria Database, Centre for the Study of the Cantigas de Santa Maria, 2005 (https://csm.mml.ox.ac.uk/)
Adalberto Alves; O meu coração é árabe

Observações Bibliográficas

Bibliografia suplementar poderá ser dada ao longo do semestre.

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

Avaliação contínua com apresentação de trabalho de investigação.

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Componentes de Avaliação

Designação	Peso (%)
Participação presencial	10,00
Apresentação/discussão de um trabalho científico	20,00
Trabalho escrito	70,00
Total:	100,00

Componentes de Ocupação

Designação	Tempo (Horas)
Apresentação/discussão de um trabalho científico	2,00
Elaboração de projeto	2,00
Frequência das aulas	54,00
Trabalho de investigação	104,00
Total:	162,00

Obtenção de frequência

Participação na aula e elaboração de trabalho de investigação com apresentação prévia de tema, plano de trabalhos e bibliografia.

Fórmula de cálculo da classificação final

Trabalho escrito: 70%
Apresentação do plano de investigação: 20%
Participação presencial: 10%

Avaliação especial (TE, DA, ...)

Os estudantes com estatuto especial devem combinar com os docentes a possibilidade de avaliações alternativas.