Teatro em Língua Portuguesa
Áreas Científicas |
Classificação |
Área Científica |
OFICIAL |
Literatura Portuguesa |
Ocorrência: 2024/2025 - 2S
Ciclos de Estudo/Cursos
Sigla |
Nº de Estudantes |
Plano de Estudos |
Anos Curriculares |
Créditos UCN |
Créditos ECTS |
Horas de Contacto |
Horas Totais |
LEI |
37 |
Plano Oficial em vigor |
2 |
- |
6 |
41 |
162 |
Docência - Responsabilidades
Língua de trabalho
Português
Objetivos
Esta UC tem como objetivo a aquisição de uma visão panorâmica da história do teatro em língua portuguesa, desde a sua emergência até à atualidade. Pretende-se que o estudante seja capaz de identificar os momentos mais significativos dessa multifacetada História; de compreender e integrar as suas etapas determinantes nos vários contextos (sociais, históricos, geográficos, estéticos, políticos) em que emergem os textos; de adquirir competências para entender algumas obras representativas deste percurso, no seu diálogo com os códigos espácio-temporais e, sobretudo, no que diz respeito ao teatro contemporâneo, com outras tradições artísticas. Procura-se que o estudante desenvolva um conhecimento sólido e fundamentado, escorado em autores e autoridades que o levem a produzir um discurso crítico sobre teatro e dramatização, em Portugal e em língua portuguesa.
Resultados de aprendizagem e competências
A UC deve familiarizar o estudante com conceções de teatro inseridas em diferentes sistemas culturais (no tempo e no espaço da língua portuguesa).
Assim, por um lado, esta unidade curricular apresenta um amplo arco cronológico a percorrer pelos estudantes, o que implica, para cada ponto da matéria, um trabalho de construção de “rede”, que sustente e contextualize a emergência dos vários autores, obras e tendências, bem como o estreito diálogo entre a arte e os contextos sociais, políticos, religiosos e artísticos. Paralelamente, a sua abrangência geográfica conduz necessariamente ao conhecimento de textos fundamentais da matriz ocidental.
Dado que o texto dramático só atinge a sua completude quando é encenado, motivam-se os estudantes a frequentar o teatro, sempre que lhes forem acessíveis encenações que exemplifiquem o arco cronológico e temático do programa e permitam o desenvolvimento do espírito crítico.
Em seu complemento, a projeção de gravações de espetáculos será também uma estratégia pedagógica.
Dentro do possível, procura-se que os alunos apresentem trabalhos nestas áreas (ainda que não incluídos no programa), trazendo outros autores, práticas interartísticas e culturas que reforcem o seu saber e a sua sensibilidade.
Modo de trabalho
Presencial
Pré-requisitos (conhecimentos prévios) e co-requisitos (conhecimentos simultâneos)
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Programa
I. A DEFINIÇÃO DE UM TEATRO EM PORTUGUÊS 1. As origens do Teatro: factos ou mitos? 2. “Homo sapiens” e “Homo ludens”. 3. O conceito de “Teatralidade”. 4. Teatro vs. Literatura?
II. O TEATRO NA ÉPOCA MODERNA 1. Os primórdios do Teatro Português e a matriz vicentina. 2. Influência espanhola vs. Influência francesa. 3. Os Géneros clássicos (Tragédia, Comédia) e a hibridização dos géneros. O drama burguês. 4. A ópera: da Camerata do Conde de Fiori ao Teatro de António José da Silva.
III. O TEATRO NO SÉCULO XIX 1. O séc. XVIII lido pelo séc. XIX: o “Volksgeist” e a génese do "teatro nacional"; a “teoria climática do belo”; mimesis "icástica" e "fantástica". 2. Garrett e o projeto de um "teatro nacional". As (in)definições de “drama romântico”. A (r)evolução do Melodrama. 3. O drama realista/ naturalista. 4. O Teatro no Brasil.
IV- O TEATRO NOS SÉCULOS XX e XXI
1. O teatro simbolista e modernista. O "drama estático". 2. Uma dramaturgia para além do textocentrismo. 3. Um ignorado teatro na Índia e em Cabo Verde. 4. A performance. 5. Outras propostas.
Bibliografia:
AA, VV. (2011). Estética Teatral. De Platão a Brecht. Lisboa; F. C. Gulbenkian.
Barata, J. O. (1998). História do Teatro em Portugal. Lisboa: Difel.
Barbosa, C. (2009).A identidade caboverdiana na dramaturgia (Tese de Mestrado,Univ. Porto, Portugal).
Costa Filho, J. (2009).Teatro contemporâneo no Brasil: criações partilhadas e presença diferida.Rio de Janeiro: 7Letras.
Ferreira, A. (1984 [1598]).Castro.Porto: Domingos Barreira.
Malato, M. L. (1995). Manuel de Figueiredo. Uma perspectiva do Neoclassicismo português. Lisboa: IN-CM.
Morujão, I. (2018)."Meu espelho, eu não te tolho”:Possibilidades para o corpo em cena (…).Em Vilas Boas, G. & Morujão. I. (Eds). Figurinus: o corpo em cena, Porto: Afrontamento, 93-114.
Rebello, L. F. (1980).O teatro romântico (1838-1869).Lisboa:ICLP.
Rebello, L. F. (1979).O Teatro Simbolista e Modernista em Portugal.Lisboa: IN-CM.
Reynaud, M. J. (2018).Raul Brandão e o Teatro (…). CEM 9, 301-307.
Rodrigues, M. I. R. (2006).De Gil Vicente a "Um auto de Gil Vicente",Lisboa: IN-CM.
Vicente, G. (1983 [1562]).Copilaçam de tôdalas obras de Gil Vicente. Lisboa: IN-CM.
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Bibliografia Obrigatória
José Oliveira Barata; História do Teatro em Portugal, Lisboa: Difel, 1998
Rebello, L. F. ; O Teatro Simbolista e Modernista em Portugal, Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1979
Rebello, L. F. ; O teatro romântico (1838-1869)., Lisboa: ICLP, 1980
Malato, M. L. ; Uma perspectiva do Neoclassicismo português , Lisboa: IN-CM, 1995
Morujão, I. ; "Meu espelho, eu não te tolho”:Possibilidades para o corpo em cena (…).Em Vilas Boas, G. & Morujão, I - Figurinus: o corpo em Cena, Afrontamento, 2018
Rodrigues, M.I.R.; De Gil Vicente a "Um auto de Gil Vicente, Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 2006
Vicente, Gil; Copilaçam de tôdalas obras de Gil Vicente, Lisboa: Imprensa Nacional- Casa da Moeda, 1983
Ferreira, António; Castro, Domingos Barreira, 1984
Bibliografia Complementar
Costa Filho, J. ; Teatro contemporâneo no Brasil: criações partilhadas e presença diferida, Rio de janeiro: 7Letras, 2009
Reynaud, Maria João; Raul Brandão e o Teatro (…). , CITCEM/Afrontamento, 2018
Morujão, I e Vilas Boas, G. (Edits); Figurinus: o corpo em cena, Afrontamento, 2018
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
A metodologia de ensino baseia-se em aulas teórico-práticas e consequentemente oscila entre aulas mais expositivas (para a construção da moldura cultural do teatro em língua portuguesa) e aulas mais práticas (para análise dos textos dramáticos), complementadas por aulas de orientação tutorial (em que os estudantes respondam a desafios interpretativos de textos, estéticas, autores e tendências). As idas ao teatro e a visualização de representações em suporte digital permitem entender os mecanismos cénicos dos séculos recuados, bem como as tendências e desafios com que se depara hoje a encenação, desde logo dos clássicos.
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída com exame final
Componentes de Avaliação
Designação |
Peso (%) |
Exame |
50,00 |
Trabalho prático ou de projeto |
50,00 |
Total: |
100,00 |
Componentes de Ocupação
Designação |
Tempo (Horas) |
Estudo autónomo |
70,00 |
Frequência das aulas |
42,00 |
Elaboração de projeto |
50,00 |
Total: |
162,00 |
Obtenção de frequência
É obrigatória a frequência de, pelo menos, 75% das aulas.
Os estudantes detentores de estatuto especial, designadamente, os abrangidos pelo estatuto de Dirigente-Associativo, de Estudante-Atleta, de Estudante-Bombeiro, de estudante Militar, de estudante Atleta da Seleção Nacional, Praticantes de Desporto de Alto Rendimento ou o Trabalhador-estudante" (Artº 14º, ponto 1 do Regulamento de Avaliação), no que toca à componente participação, não podendo assegurar a participação presencial, deverão, contudo, assegurar a sua regular participação nas tarefas propostas na plataforma Moodle.
Fórmula de cálculo da classificação final
Portefólio: 50%
Exame: 50%.
Provas e trabalhos especiais
Cf. Componentes de avaliação.
Trabalho de estágio/projeto
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Avaliação especial (TE, DA, ...)
Os estudantes detentores de estatuto especial, designadamente, os abrangidos pelo estatuto de Dirigente-Associativo, de Estudante-Atleta, de Estudante-Bombeiro, de estudante Militar, de estudante Atleta da Seleção Nacional, Praticantes de Desporto de Alto Rendimento ou o Trabalhador-estudante" (Artº 14º, ponto 1 do Regulamento de Avaliação), no que toca à componente participação, não podendo assegurar a participação presencial, deverão, contudo, assegurar a sua regular participação nas tarefas propostas na plataforma Moodle.
Melhoria de classificação
Só a classificação do exame (Época Normal) é passível de melhoria (Época de Recurso).