Antropologia Filosófica II
Ocorrência: 2012/2013 - 2S
Ciclos de Estudo/Cursos
Sigla |
Nº de Estudantes |
Plano de Estudos |
Anos Curriculares |
Créditos UCN |
Créditos ECTS |
Horas de Contacto |
Horas Totais |
FILO |
56 |
FILO - Plano de Estudos |
2 |
- |
6 |
4 |
|
Língua de trabalho
Português
Objetivos
Objectivo geral:
Na sequência da AF I e considerando que o logos da Antropologia Filosófica só pode ser equacionado próximo das condições do homem, a disciplina de AF II visa fundamentar uma reflexão filosoficamente sustentada sobre algumas das grandes questões antropológicas contemporâneas.
Objectivos específicos:
- Desenvolver uma visão crítica da condição humana
- Compreender o ser humano face aos novos desafios do mundo contemporâneo.
- Proporcionar a aquisição de competências reflexivas no domínio da problematização antropológica.
- Promover investigações sobre os temas, problemas e autores tratados
Programa
. Abordagem crítica de uma consciência da contemporaneidade.
1.1. Espacialidade e temporalidade: dimensões antropológicas.
1.2. A contemporaneidade como acolhimento, como hospitalidade e como hermenêutica do presente.
1.2.1. Da ausência e da presença.
2. Os desafios de uma antropologia do sentido.
2.1. Uma ontologia do ser como limite e uma antropologia com sentidos.
2.1.1. Desafios e limites da sociedade da comunicação e da sociedade do conhecimento.
3. Sentido antropológico da utopia: utopia e esperança.
3.1. O desafio da antropologia à ontologia e à teoria do conhecimento no espaço crítico da escatologia e da futurologia. Os contributos de E. Bloch.
3.2.Utopia e devir: tempo histórico, tempo sobre-histórico e tempo estratigráfico.
3.3. A irredutibilidade das utopias filosóficas diante das utopias políticas.
3.3.1. A revalorização da dimensão antropológica da utopia (Ricoeur)
3.3.2. As noções de função utópica e de excedente utópico. Crítica da concepção de utopia enquanto totalidade: a complexidade do legado de T. Morus.
4. Contemporaneidade e urbanidade
4.1.Condição humana e condição urbana.
4.2. O Habitar (Heidegger), modo(s) de ser contemporâneo.
4.3.A urbanidade como pensamento.
4.4. A complexa construção da identidade singular e colectiva.
4.4.1. Direitos humanos, direito à cidade e o direito à contemporaneidade.
Bibliografia Obrigatória
AGACINSKI, S., Le Passeur de Temps, Paris, Seuil, 2000.
ARENDT, H., A Vida do Espírito (trad.), Lisboa, Instituto Jean Piaget, 1999.
AUGE, M., Pour une Anthropologie des Mondes Contemporains, Paris, Aubier, 1994.
BENOIST, J. — MERLINI (ed), Après la fin de l’Histoire, Temps, Monde, Historicité, Paris, Vrin, 1998.
BLOCH, E., Le Principe Espérance (trad.), t. 1, Paris, Gallimard, 1976.
DIAS DE CARVALHO, A., A Educação como Projecto Antropológico, Porto, Afrontamento, 1992.
— Utopia e Educação, Porto, Porto Editora, 1994.
— A Contemporaneidade como Utopia, Porto, Afrontamento, 2000
— (org.) A Educação e os Limites dos Direitos Humanos, Porto, Porto Editora, 2000.
INNERARITY, D., El Nuevo Espacio Público, Madrid, Editoral Espasa Calpe, 2006
JANKELEVITCH, La Mort, Paris, Flammarion, 1977.
LEFEBVRE, H., “Espace et Politique”, in Le droit à la ville suivi de Espace et Politique, Éditions Anthropos, 1972.
LEVINAS, E., Totalidade e Infinito (trad.), Lisboa, Ed. 70, 1980.
LEVITAS, R., The Concept of Utopia, Londres, Ph. Allan, 1990.
LOPEZ SORIA, J., “Para una Filosofía de la ciudad”, in Urbes. Revista de ciudad, urbanismo y paisaje. Lima, vol I, n° 1, Abril, 2003, pp. 13-28.
MALER, H., Convoiter l’Impossible, Paris, Albin Michel,1995.
MANENT, P., A Cidade do Homem, (trad.), Lisboa, Instituto Piaget, 1997
MESURE, S. ; RENAUT, A., Alter Ego. Les paradoxes de l’inditité démocratique, Aubier, Paris, 1999
NIETZSCHE, F., Considérations Inactuelles (trad.), Paris, Gallimard, o.p.c., t. II, 1990.
ORTEGA Y GASSET, A Rebelião das Massas, (trad.), Lisboa, Relógio d'Água, 1989
PEREIRA, P.C., Do Sentir e do Pensar. Ensaio para uma antropologia (experiencial) de matriz poética, Porto, Edições Afrontamento, 2006.
— "La diferencia como primado de lo humano", Revista ESPÍRITU, Barcelona, 135-LVI, 2007, pp. 227-236.
— ”O Outro. Por uma antropologia do sentido”, Eu e o Outro. Estudos Estudos Multiculturais sobre Identidade(s), Diversidade(s) e Práticas Interculturais, R. Bizarro Bizarro (org.), Porto, Areal Ed., 2007, pp. 216-223.
— (coord.) A Filosofia e a Cidade, Porto, Campo das Letras, 2008.
RENAUT, A., L’ère de L’individu. Contribuition à une histoire de la subjectivité, Paris, Gallimard, 1989.
RICOEUR, P., Ideologia e Utopia (trad.), Lisboa, Edições 70, 1991.
— La Mémoire, l’Histoire, l’Oubli, Paris, Seuil, 2000.
TRÍAS, E., Lógica del Límite, Barcelona, Destino, 1991.
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
Aulas teórico-práticas e trabalhos de investigação acompanhados pelo docente. Assentes no princípio da variabilidade didáctica, mobilizarão as virtualidades pedagógicas dos métodos expositivos, do trabalho de grupo e das estratégias próprias da investigação, nomeadamente em termos de exploração de textos filosóficos e de pesquisa bibliográfica.
Palavras Chave
Humanidades > Filosofia > Antropologia filosófica
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída com exame final
Componentes de Avaliação
Descrição |
Tipo |
Tempo (Horas) |
Peso (%) |
Data Conclusão |
Participação presencial (estimativa) |
Participação presencial |
56,00 |
|
|
exame escrito |
Exame |
2,00 |
|
2013-07-17 |
estudo/exame |
Exame |
40,00 |
|
2013-07-17 |
|
Total: |
- |
0,00 |
|
Componentes de Ocupação
Descrição |
Tipo |
Tempo (Horas) |
Data Conclusão |
estudo/pesquisa |
Estudo autónomo |
64 |
2013-07-17 |
|
Total: |
64,00 |
|
Obtenção de frequência
No respeito pelas normas da assiduidade.
Fórmula de cálculo da classificação final
Nota do exame arredonda .
100%
Provas e trabalhos especiais
Vd. ponto anterior
Avaliação especial (TE, DA, ...)
Não se aplica.
Melhoria de classificação
De acordo com as normas em vigor.