Nos inícios do século XX Dublin testemunhou um intenso ativismo político e cultural em torno de noções de identidade e nacionalidade que dificilmente se mostravam consensuais. Para o poeta W.B. Yeats, a mecenas e escritora Lady Gregory e outras presenças influentes na cena pública, a dignidade de Dublin carecia de uma expansão dos seus recursos artísticos e culturais. Hugh Lane, sobrinho de Lady Gregory, filantropo e negociante de arte, veio a revelar-se um participante central a esses esforços, através da sua tentativa de criar na cidade um museu de arte moderna. Na realidade, Lane possuía uma coleção espantosa de pintura francesa - incluindo Manet, Renoir, Monet, Daumier, Vuillard, Degas e outros. Contudo, a sua campanha para construir instalações permanentes que alojassem tal coleção suscitou enorme controvérsia. Este filme oferece um relato dramatizado desse momento fascinante da história cultural e política da Irlanda. Contará com uma apresentação pelo historiador Roy Foster e será seguida de um debate com o realizador, aberto à participação do público.
Uma iniciativa do CETAPS, Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies, com o apoio da Embaixada da Irlanda, do Irish Film Institute, Culture Ireland e Arts Council of Ireland.