Resumo: Primeiro ver-se-á de que maneira a abstração, embora possuidora de uma velha história, mereceu a atenção de G. Frege num específico contexto: o da crítica por ele dirigida à teoria dos conjuntos que então dava os primeiros passos (essencialmente cantorianos). Em segundo lugar, apresentar-se-á a tese de G. Frege, frequentemente reafirmada a partir de 1880, de que há (um)a relação lógica fundamental, especificando-se quer a relação em causa, quer algumas consequências de uma tal tese. (Em particular, as consequências que respeitam à natureza dos conceitos atingidos, de acordo com a velha história acima referida, pela abstração.) Procurar-se-á, em terceiro lugar, localizar a tese de que há (um)a relação lógica fundamental num esquema que G. Frege considerou representar (circa 1891) a sua visão filosófica. Será neste momento que se vai falar – ainda que de modo nenhum não problematicamente – de extração. (Extração, mais especificamente, de objetos de outros objetos pelo menos não demasiado grandes, tal e qual como pretende uma certa injunção (pós-cantoriana) da teoria dos conjuntos.)