Filosofia das Ciências II
Ocorrência: 2010/2011 - 2S
Ciclos de Estudo/Cursos
Sigla |
Nº de Estudantes |
Plano de Estudos |
Anos Curriculares |
Créditos UCN |
Créditos ECTS |
Horas de Contacto |
Horas Totais |
FILO |
66 |
FILO - Plano de Estudos |
2 |
- |
6 |
4 |
|
Língua de trabalho
Português
Objetivos
Abordar as principais questões que se colocam na metafísica da ciência, em particular a controvérsia entre o realismo científico e as várias formas de anti-realismo.
Programa
Metodologia e racionalidade Científica
O Falsificacionismo sofisticado: Lakatos e a metodologia dos Programas de Investigação Científica
A dissolução da racionalidade científica: Kuhn, paradigmas e revoluções científicas
A metafísica da ciência
Realismo científico
Realismo e anti-realismo em geral
(M) Metafísica: entidades inobserváveis são independentes da mente
(S1) Semântica: os termos teóricos desempenham uma função referencial
(S2) Semântica: as teorias são potencialmente verdadeiras
(E) Epistemologia: conhecemos os aspectos inobserváveis da realidade
Variedades de anti-realismo
(~M) Construtivismo: entidades inobserváveis são dependentes da mente
(~S1) Empirismo: os termos teóricos são redutíveis a termos observativos.
(~S2) Pragmatismo e coerentismo sobre a verdade
(~S3) Instrumentalismo
(~E) Empirismo construtivo (van Fraassen
Realismo. Putnam e o argumento do milagre.
Réplica anti-realista: há muitas teorias do passado que foram empiricamente bem sucedidas, mas que hoje em dia são tidas por falsas. Não há conexão explicativa entre o facto de uma teoria ser verdadeira e o facto de a teoria ser empiricamente bem sucedida.
Anti-realismo. (Meta-indução Pessimista).
Réplica realista. A base da Meta-indução Pessimista é demasiado abrangente: a verdade e o sucesso referencial explicam o sucesso empírico de (a) teorias maturas, e (b) empiricamente bem sucedidas num sentido mais exigente: teorias que conseguiram prever fenómenos novos.
Réplica Anti-realista. Mesmo aceitando que a Meta-indução pessimista requer uma base mais restringida há casos históricos de teorias empiricamente bem sucedidas no sentido mais exigente, mas hoje em dia tidas por falsas.
Réplica Realista. (i) Os termos teóricos destas teorias referenciavam as entidades postuladas pela teorias contemporâneas que visam explicar a mesma classe de fenómenos; (ii) As partes destas teorias essencialmente envolvidas nas novas previsões destas teorias foram retidas pela teorias sucessivas.
Realismo estrutural. As teorias empiricamente bem sucedidas do presente retêm a parte das teorias empiricamente bem sucedidas do passado que tem a ver com a estrutura físico-matemática da realidade.
O debate sobre o Realismo: o argumento da subdeterminação empírica das teorias
Equivalência empírica fraca e forte e subdeterminação fraca e forte
Réplicas realistas:
Virtudes super-empíricas das teorias: teorias subdeterminadas não são epistemicamente equivalentes; a tese da equivalência empírica é falsa: para além de teorias artificiais, engendradas por truques lógico-semânticas, ou de teorias não empiricamente bem sucedidas, não existem teorias empiricamente equivalentes; a distinção observativo/não observativo é (a) vaga, (b) historicamente mutável: (b1) a distinção entre entidades observáveis e entidades inobserváveis muda dependendo da tecnologia; (b2) a classe das consequências de uma teoria (a fortiori a classe das suas consequências observativas) muda dependendo das hipóteses auxiliárias disponíveis para derivá-las.
A equivalência empírica não implica a subdeterminação pela evidência: inferência preditiva individual, confirmação indirecta (teorias confirmadas por evidência que confirma directamente teorias mais gerais que as implicam).
Bibliografia Obrigatória
NEWTON-SMITH, W., ; A companion to the philosophy of science, Blackwell, , 2001
J. Echeverrìa; Introdução à metodologia da Ciência, Capítulo 6 (Kuhn)
S. Okasha; ‘Realismo e anti-realismo’ (criticanarede)
Cláudio F. Costa ; ‘Teorias da verdade’ (Criticanarede).
Balashov e Rosemberg; Philosophy of Science
Laudan - Leplin; ‘Empirical Equivalence and Underdetermination’(PARTES) in Balashov e Rosemberg
S. Psillos; Scientific Realism: How Science Tracks Truth
T. Nagel; ‘The Cognitive Status of Theories’ (PARTES) in Balashov e Rosemberg
Bibliografia Complementar
Barberousse – Kistler – Ludwig; A filosofia das ciências do século XX, Capítulos 4 (‘As leis da natureza’) e 5 (‘Explicação e causalidade’)
A. Fine; Unnatural Attitudes: Realist and Intrumentalist Attachments to Science
Laudan; ‘A Confutation of Convergent Realism’ (PARTES) in Balashov e Rosemberg
Observações Bibliográficas
Consultar o Guia do Estudante -Filosofia 2009/2010 para complementar as indicações bibliográficas
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
Aulas teórico-práticas pela combinação de apresentações expositivas com comentário de textos distribuídos, de esquemas interpretativos em slides(ou no quadro), de imagens, de videos, etc
orientação tutorial.
Palavras Chave
Humanidades
Humanidades > Filosofia
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída com exame final
Componentes de Avaliação
Descrição |
Tipo |
Tempo (Horas) |
Peso (%) |
Data Conclusão |
Participação presencial (estimativa) |
Participação presencial |
56,00 |
|
|
EXAME ESCRITO |
Exame |
2,00 |
|
2011-07-15 |
|
Total: |
- |
0,00 |
|
Componentes de Ocupação
Descrição |
Tipo |
Tempo (Horas) |
Data Conclusão |
ESTUDO |
Estudo autónomo |
104 |
2011-07-15 |
|
Total: |
104,00 |
|
Obtenção de frequência
não se aplica
Fórmula de cálculo da classificação final
20% trabalhos - 80 % exame final
Provas e trabalhos especiais
Resumos de artigos em inglês concordados com o docente
Avaliação especial (TE, DA, ...)
não se aplica
Melhoria de classificação
De acordo com o regulamento da avaliação em vigor
Observações
não se aplica