Resumo (PT):
No âmbito do Mestrado em Ensino de Artes Visuais no 3.º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto e Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, foi redigido o presente Relatório da Prática de Ensino Supervisionada na Escola Secundária Joaquim Gomes Ferreira Alves, com o objetivo principal de refletir criticamente sobre o papel e a ação do professor quando este tem como propósito promover a autonomia do aluno mediante práticas participativas.
Com base em contributos dos campos das Ciências da Educação e das Artes Visuais, o Relatório reflete diversas situações observadas ao longo do estágio curricular, as quais espoletaram questionamentos que levaram à construção da unidade didática na disciplina de Educação Visual no 7ºano de escolaridade na sua forma, planificação, execução e avaliação.
Em causa está a importância dos direitos de participação das crianças/jovens, como alunos, a exprimirem as suas opiniões, realizarem escolhas, serem reconhecidos pelo grupo e a serem levados em consideração na escola, a começar pela sala de aula, potenciando mudanças nos modos como se implicam e desenvolvem atividades e projetos de EV. Também a importância de entender as aulas de EV enquanto potenciadoras de práticas que promovam a integração do poder de escolha do aluno permite que suas vontades e preferências sejam valorizadas, proporcionando a origem de linguagens visuais e estilos de representação de “autoria própria”.
A projeção e realização de duas dinâmicas de aula assentes numa base pedagógica menos diretiva, incluindo os alunos desde logo na escolha da proposta didática, envolveu a realização de questionários prévios para identificar interesses e gostos para trabalhar na disciplina de EV e processos de negociação acerca da sua concretização (materiais, técnicas, suportes e temáticas) e avaliação.
A sua análise reflexiva e crítica levou-me a questionar as minhas conceções e práticas pedagógicas acerca da participação; a refletir nas opções que foram sendo tomadas face a constrangimentos e imprevistos, bem como a consciencializar o poder do professor nos processos de co-participação.
Idioma:
Português
Nº de páginas:
114