Resumo: |
As estatísticas portuguesas mostram que nos últimos 80 anos a expectativa de vida à nascença duplicou para os homens e mulheres. A investigação mostra que com o envelhecimento as doenças aumentam, nomeadamente as doenças crónicas. Por isso é hoje normal, para as pessoas na segunda metade da vida, viver com uma doença. As novas tecnologias que facilitam diagnósticos e tratamentos, novos medicamentos e tratamentos, permitem ás pessoas a viver mais tempo e melhor com doenças graves, como doenças neurológicas (epilepsia e esclerose múltipla), diabetes ou sobreviver ao cancro. Pessoas com uma doença, ou após uma doença grave, casam, trabalham, têm filhos, pagam impostos, e não são distinguíveis das pessoas sem doenças. Alguns deles morrerão de causas naturais ou de outras doenças. No entanto, sofrer de uma doença grave é uma sobrecarga que requer competências pessoais para enfrentar a situação. Sofrer de uma doença grave prolongada constitui uma situação stressante que sobrecarrega a carga da doença. O ajustamento a uma doença crónica é um objectivo importante para o campo da saúde. O objectivo do presente estudo é identificar as variáveis psicológicas e demográficas que predizem o ajustamento a doença grave ou a uma vida diária saudável, ou à vida depois da doença. Constitui um estudo transversal e longitudinal com tr~es conjuntos de variáveis: variáveis de entrada com três sub-grupos, variáveis demográficas (idade, sexo, nível educacional, e condição familiar), variáveis de doença (data do diagnóstico, gravidade médica, e gravidade percebida), e variáveis de personalidade (cinco factores de personalidade); variáveis moderadoras, incluem variáveis psicológicas que podem influenciar a relação entre as variáveis de entrada e as variáveis de resultado (afecto negativo e positivo, coping, percepção de estigma, adesão ao tratamento, suporte social, sintomas psicossomáticos, crenças espirituais, e acontecimentos de vida); e variáveis de resultado (percepção do estado ![Ver mais. Adequado para parcelas de texto incompletas e que, através deste ícone, permite-se que o utilizador leia o texto todo.](/fep/pt/imagens/VerMais) |
Resumo As estatísticas portuguesas mostram que nos últimos 80 anos a expectativa de vida à nascença duplicou para os homens e mulheres. A investigação mostra que com o envelhecimento as doenças aumentam, nomeadamente as doenças crónicas. Por isso é hoje normal, para as pessoas na segunda metade da vida, viver com uma doença. As novas tecnologias que facilitam diagnósticos e tratamentos, novos medicamentos e tratamentos, permitem ás pessoas a viver mais tempo e melhor com doenças graves, como doenças neurológicas (epilepsia e esclerose múltipla), diabetes ou sobreviver ao cancro. Pessoas com uma doença, ou após uma doença grave, casam, trabalham, têm filhos, pagam impostos, e não são distinguíveis das pessoas sem doenças. Alguns deles morrerão de causas naturais ou de outras doenças. No entanto, sofrer de uma doença grave é uma sobrecarga que requer competências pessoais para enfrentar a situação. Sofrer de uma doença grave prolongada constitui uma situação stressante que sobrecarrega a carga da doença. O ajustamento a uma doença crónica é um objectivo importante para o campo da saúde. O objectivo do presente estudo é identificar as variáveis psicológicas e demográficas que predizem o ajustamento a doença grave ou a uma vida diária saudável, ou à vida depois da doença. Constitui um estudo transversal e longitudinal com tr~es conjuntos de variáveis: variáveis de entrada com três sub-grupos, variáveis demográficas (idade, sexo, nível educacional, e condição familiar), variáveis de doença (data do diagnóstico, gravidade médica, e gravidade percebida), e variáveis de personalidade (cinco factores de personalidade); variáveis moderadoras, incluem variáveis psicológicas que podem influenciar a relação entre as variáveis de entrada e as variáveis de resultado (afecto negativo e positivo, coping, percepção de estigma, adesão ao tratamento, suporte social, sintomas psicossomáticos, crenças espirituais, e acontecimentos de vida); e variáveis de resultado (percepção do estado de saúde, qualidade de vida relacionada com a saúde, e felicidade subjectiva) Participantes incluem uma amostra de conveniência de 60 pessoas (por doença, mais um grupo de pessoas sem doença), com um diagnóstico formal há mais de 5 anos, sem incapacidade mental, com mais de 18 anos de idade, balanceado para o sexo mas tomando em consideração o rácio homem/mulher de cada doença. Para participar no estudo os participantes necessitam ter um diagnóstico da doença (epilepsia, esclerose múltipla, diabetes, ou ter terminado o tratamento do cancro), e seguirem um tratamento prescrito, e estarem integrados na vida do dia a dia. A investigação constitui-se como um estudo transversal e longitudinal com a variáveis descritas acima. Os participantes serão avaliados em períodos de 8 meses: a avaliação seguirá um protocolo com medidas apropriadas para cada momento, com algumas delas (para as variáveis estado) e as variáveis de resultado, repetidas em cada momento. A avaliação decorrerá em contacto pessoal entre a equipa de investigação e o participante |