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Porto. Território e redes da invisibilidade.

Código: 50142C5     Sigla: PTRI

Áreas Científicas
Classificação Área Científica
OFICIAL Arquitetura

Ocorrência: 2020/2021 - 1S

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Arquitectura (A)
Curso/CE Responsável: Mestrado Integrado em Arquitetura

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
MIARQ 8 MIARQ 4 - 3 - 81
5

Língua de trabalho

Português
Obs.: Castelhano; Inglês; Francês; Italiano

Objetivos

Objecto:
Processo, projecto e obra pública de infraestruturação, sociabilização e urbanização do território – Porto e “Grande Porto”. 

Enquadramento/Objectivos:
A presente unidade curricular do Mestrado Integrado em Arquitectura da FAUP visa contribuir para aprofundar um campo de reflexão teórica e prática sobre a relação, na sociedade, de processo/projecto/obra na equação da urbanização, considerando em paralelo, a partir da área disciplinar da Arquitectura, os campos social, político, económico e cultural.

Conjugando território e paisagem, urbanização, urbanidade e ruralidade, memória e esquecimento, ser humano e ser urbano, pretende-se, através de uma prática lectiva alicerçada na ênfase do factor aprendizagem, abordar a urgência da reponderação das estratégias para o espaço da cidade e do seu território.

Sublinha-se a importância do reforço da presença no ensino, em Arquitectura, da reflexão académica sobre a equação das redes da invisibilidade, materiais e imateriais, dos fluxos e das geometrias variáveis de mobilidade das populações urbanas e periurbanas na medida do seu potencial para criar condições reais para um desenvolvimento e ordenamento mais inclusivo, sustentado, de progresso. Nesse sentido é, desde o primeiro tempo de contacto, uma preocupação que obriga à reinvenção dos métodos/processos didácticos de forma a captar a atenção e desenvolver o espírito crítico no estudante.

Esbater as fronteiras/barreiras do quotidiano da contemporaneidade, muito marcadas por lógicas de zonamento físico e intelectual, de fronteiras e territórios rígidos na sua espacialidade e conformação, numa relação tensa entre acesso e exclusão, identidade e repulsa, pertença e abandono, podemos caracterizar a prática pedagógica associada a esta unidade curricular como catalisadora e desbloqueadora de construção de posicionamento crítico, numa dialética constante entre ensino e aprendizagem e entre ensino e investigação. 

Partindo do caso específico da cidade do Porto e do território denominado de “Grande Porto” como laboratório, esta U.C., pelas evidências que pretende criar, pelo incentivo aos estudantes no prosseguimento dos seus estudos, pelo desígnio de reflectir sobre as suas matérias de foco, julga poder enriquecer o campo da memória colectiva (material e imaterial), tanto pela informação e interpretação da realidade quotidiana, etnográfica, do ambiente urbano e das fontes primárias de património material e imaterial como da investigação que possa resultar na componente curricular e nas extensões extracurriculares.  
 
Ancorando-se no objectivo de ampliar e difundir o conhecimento actual e, conjugando-o com as dinâmicas e práticas pedagógicas e didácticas próprias de um ciclo final de um mestrado integrado do campo artístico-científico, constituiu-se uma linha integrada de estudos interdisciplinares, um projecto de investigação, convocando a FAUP e consolidando as práticas colaborativas com o CITCEM, apostando em práticas de partilha nas esferas curricular e de investigação, disponibilizando, no sentido de criar plataformas de intersecção intelectual, um conjunto de aulas abertas à comunidade académica. Nestes momentos, que se esperam muito participados, contando com a presença de estudantes de frequência formal e informal, portugueses, Erasmus, de outros anos lectivos, de outras unidades orgânicas da UP e mesmo alguns que já completaram o curso, possibilitam a criação de uma atmosfera pedagógica, de um enriquecimento de massa crítica e de afirmação de diversidade no espaço da aula.

Observando a actual oferta formativa e reflexiva no contexto da FAUP e da UP, considerando como valor acrescentado a construção de conhecimento específico num registo interdisciplinar, transdisciplinarmente enriquecendo os currículos dos estudantes, possibilitando-lhes, por opção, o desenvolvimento de estudos especializados no plano dos últimos dois anos do MIARQ, mostrando-lhes possíveis caminhos conducentes à elaboração dos seus processos de dissertação ou projecto final, com esta UC, espera-se abrir-lhes perspectivas na disciplina da Arquitectura e das transversalidades com áreas que lhe são afim. Numa prospectiva de estímulo à continuação dos estudos, e ao prosseguimento dos trabalhos de investigação.

Por último, é objectivo desta U.C. ajudar à compreensão da contemporaneidade, a propósito do estudo, entendimento, problematização e interpretação das ideias, dos processos, projectos e obras públicas, a partir do desvendar desses territórios e redes da invisibilidade, no caso português.

Resultados de aprendizagem e competências

Visando o aprofundamento do campo referido no ponto anterior, no trinómio enunciado, tendo como retaguarda o programa da U.C., designam-se duas categorias de objectivos/resultados nas vertentes seguintes – de ensino e de aprendizagem:

Ensino:
- Disponibilizar informação relevante para a aquisição/ampliação dos conhecimentos;
- Criar espaços de reflexão/debate sobre conteúdos programáticos específicos;
- Proporcionar plataformas de partilha/difusão do conhecimento apreendido e produzido no âmbito da U.C.;
- Fomentar o desenvolvimento de autonomia nos estudantes face a questões de diferentes graus de complexidade intelectual.

Aprendizagem:
- Trabalhar com múltiplas fontes de informação considerando a sua aquisição, interpretação e cruzamento intelectual;
- Desenvolver as práticas de estudo/trabalho individual e colectivo;
- Produzir documentos orais e escritos de análise e síntese capazes de sustentar argumentos sobre matérias gerais e específicas da área disciplinar e de áreas afins;
- Aprender a trabalhar com as transversalidades disciplinares e suas intersecções de conteúdos, de forma a enriquecer e ampliar o conhecimento.
- Construir posturas críticas perante problemas complexos;
- Formular pensamento original sobre questões da área disciplinar e de áreas afins, na perpectiva da compreensão da contemporaneidade.

Modo de trabalho

Presencial

Pré-requisitos (conhecimentos prévios) e co-requisitos (conhecimentos simultâneos)

Não se aplica.

Programa

O programa, equacionado conceptual e cronologicamente, resume-se nos seguintes momentos:

  1. Introdução;

  2. Desenvolvimento;

  3. Conclusão,

 segundo os eixos:

  1. Formação;

  2. Consolidação;

  3. Afirmação,

discorrendo sobre os problemas e debates da contemporaneidade, da urbanidade e do “ser urbano”, revisitando operativamente - para explorar as dimensões de contexto - o período cronológico do entre séculos XIX/XX/XXI, associado a marcos relevantes de mudança de paradigma nas matérias em estudo, reflectindo cronológica e tematicamente o tempo e o processo sócio-histórico entre os primeiros trabalhos de infraestruturação pública urbana contemporânea no Porto e “Grande Porto”, a municipalização dos principais serviços industriais urbanos (gás e electricidade, águas e saneamento, transportes e comunicações) e a contemporaneidade das redes materiais e imateriais, sociais, políticas e urbanas, invisíveis numa análise superficial, considerando:

  1. Reflexos da política de obras públicas do Estado Central na administração municipal;

  2. Rupturas e permanências no quadro legislativo, normativo e regulamentar;

  3. Transformações no sistema e regime político;

  4. Progresso científico, académico, económico, social, político, cultural e industrial/empresarial;

  5. Consciencialização dos problemas de saúde pública, responsabilidade social, cidadania e ambiente urbano;

  6. Impacto das políticas públicas para a cidade e seu território;

  7. Intersecções e relações internacionais em matérias de urbanidade, desenvolvimento e infraestruturação urbana,

 observando os cruzamentos entre:

  1. Política/organização e desenvolvimento do território

  2. Economia/sociedade;

  3. Técnica/tecnologia;

  4. Arte/ciência;

  5. Cultura e responsabilidade social

 e as transformações nos tempos e nos modos de:

  1. Estratégia;

  2. Processo;

  3. Projecto;

  4. Obra pública,

considerando a dupla condição de ser humano e ser urbano.

Bibliografia Obrigatória

CASTRO, Armando de ; A revolução industrial em Portugal no século XIX, Porto: Limiar, actividades gráficas, Lda, 1976
DENZIN, Norman K., LINCOLN, Yvonna S. (Eds); Collecting and Interpreting Qualitative Materials, Thousand Oaks: Sage, 2003
FERRÃO, João ; O ordenamento do território como política pública, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2014
POLANYI, Karl ; A grande transformação, Lisboa: Edições 70, Lda, 2012
PORTAS, Nuno; DOMINGUES, Álvaro; CABRAL, João ; Políticas Urbanas. Tendências, Estratégias, Oportunidades, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

As aulas, de matriz teórico-prática, proporcionm dois momentos particulares – expositivo e de debate e de reflexão e crítica – e,  articulando métodos de ensino directo e indirecto, e procedendo a formulações cruzadas entre o ensino expositivo e a aprendizagem através de estudo de caso, por pesquisa e baseada em problemas, julga-se poder amplificar as ressonâncias do debate.

Ao longo dos tempos de contacto, os estudantes são convidados a definir um tema de estudo específico no contexto dos conteúdos programáticos da U.C., a sintetizá-lo num resumo, a desenvolvê-lo em forma de artigo ou ensaio e a apresentá-lo numa comunicação oral e num momento performativo. Em síntese, a unidade curricular alterna tempos de exposição (aula normal ou aberta) com tempos de exploração/crítica individual e colectiva.

Para além deste funcionamento no semestre em que se insere, o seu campo de acção amplia-se com actividades extracurriculares que promovem intersecções com outras áreas disciplinares da Universidade e da sociedade civil nos campos programáticos da U.C. do qual as jornadas da UC e do grupo de investigação (prática colaborativa com o CITCEM) pensam dar corpo. São o resultado, de facto, do complemento extra-curricular da oferta formativa, para o qual os estudantes organizam, sob supervisão científica e pedagógica da coordenação da UC, um colóquio anual vocacionado para divulgar as realizações do período lectivo, esperando-se assim contribuir, no contexto do trinómio ensino-aprendizagem-investigação para ampliar o campo do conhecimento no contexto dos cruzamentos disciplinares e inovar pedagogias e didácticas em Arquitectura. 

Por último, em modo de orientação para trabalho final de curso, o acompanhamento posterior, apoiando os estudantes que optem por aprofundar os seus conhecimentos e realizar, a partir daí, o seu último acto académico no mestrado integrado ou seguir os seus estudos para o 3º ciclo.

Palavras Chave

Ciências Sociais > Ciências políticas > Políticas públicas
Ciências Tecnológicas > Arquitectura
Ciências Sociais > Ciências políticas > Políticas públicas > Políticas urbanas

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Componentes de Avaliação

Designação Peso (%)
Participação presencial 20,00
Apresentação/discussão de um trabalho científico 20,00
Trabalho de campo 20,00
Trabalho escrito 40,00
Total: 100,00

Componentes de Ocupação

Designação Tempo (Horas)
Apresentação/discussão de um trabalho científico 8,00
Estudo autónomo 8,00
Frequência das aulas 21,00
Trabalho de campo 14,00
Trabalho de investigação 14,00
Trabalho escrito 16,00
Total: 81,00

Obtenção de frequência

Pré-requisito:
De acordo com a legislação em vigor aplicável, para a obtenção de frequência é considerada como pré-requisito a assiduidade a, pelo menos, 75% dos tempos lectivos com contacto. 

Avaliação:
A avaliação dos conhecimentos é distribuída sem exame final. Assente num modo presencial, tem, como momentos especiais, a apreciação qualitativa de um resumo, de um artigo e da sua comunicação escrita e oral.

Classificação:
A classificação resulta da ponderação dos três momentos especiais de avaliação e traduz-se quantitativamente numa escala de 0 a 20 valores em conformidade com os regulamentos aplicáveis à UP e à FAUP, respeitando o escalonamento qualitativo dos parâmetros aí estabelecidos.

Fórmula de cálculo da classificação final

CF = (25% x R) + (50% x A) + (25% x C)

CF – Classificação Final   
R - Resumo   
A – Artigo   
C – Comunicação

Provas e trabalhos especiais

Não se aplica.

Trabalho de estágio/projeto

Não se aplica.

Avaliação especial (TE, DA, ...)

De acordo com a legislação aplicável em vigor.

Melhoria de classificação

De acordo com a legislação aplicável em vigor.

Observações

Não se aplica.
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