Código: | 300303 | Sigla: | 300303 |
Áreas Científicas | |
---|---|
Classificação | Área Científica |
CNAEF | Arquitetura e urbanismo |
Ativa? | Sim |
Unidade Responsável: | Arquitectura (A) |
Curso/CE Responsável: | Mestrado Integrado em Arquitetura |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
---|---|---|---|---|---|---|---|
MIARQ | 128 | MIARQ | 3 | - | 9 | - | 243 |
A lecionação da Unidade Curricular (UC) Teoria 2 (T2) realiza-se numa condição intermédia da formação dos estudantes em Arquitetura, ano letivo em cuja UC (nuclear) Projeto 3 (P3) é exercitada a intervenção urbana e arquitetónico através do programa da habitação plurifamiliar.
Tendo em consideração o adquirido em matéria de História da Teoria, e na consciência de que se trata de uma panorâmica a revisitar constantemente, por de informação e conhecimento se tratar, pela theoria (História+teorias+Crítica), os estudantes experimentam a reflexão crítica, o exercício do diálogo e do contraditório, bem como a ação comunicativa (pela relação texto-imagem), favorecendo os processos de (re)conhecimento e consciencialização acerca das temáticas reconhecíveis nos “diálogos entre Arquitetura e Cidade”.
Estes processos de (re)conhecimento e consciencialização, potenciados pela orientação nas aulas práticas e pela realização dos exercícios práticos, pautado pelo equilíbrio didático das aulas teóricas, entre a “fonte de informação” e o "espaço para a formação” (próprio da “sociedade em rede” na “era da informação”), perspetivam, assim, a sofisticação do saber próprio, teórico e disciplinar da Arquitetura, auxiliando o estudante na organização de conteúdos e nos métodos, particularmente no que respeita às implicações sobre a observação, a seleção, a coleção, a categorização e a manipulação das matérias e materiais em causa.A frequência da UC T2 perspetiva, assim, o aumento da autonomia do estudante, pela realização dos objetivos apontados, experimentando as qualidades das escolhas, entre a “disciplina” e a “vontade”, pelo dialógico, o intersubjetivo e a ação comunicativa, particularmente na relação entre o domínio da imagem, a força da palavra e a consistência da argumentação. Deste modo, serão trabalhadas com os estudantes as capacidades de:
Enunciada “por um campo multidimensional operativo” (Viegas, 2014), a natureza teoria-prática e artística da Arquitetura, como constructo e/ou concreção da transformação do/da real/realidade, no especto fenomenológico-semiológico alargado –imaterial+Visual+Visível+Acessível+Material+Háptico+Sensível- dos seus objetos culturais, pode objetivar-se no saber/fazer do Projeto, da História, da Teoria e da Crítica (T=P+T(HtsC).
Se, no fito das próprias abrangências, divergências e generalizações, nenhuma teoria da Arquitetura pode abdicar do (re)conhecimento das qualidades processuais, materiais e fenomenológicas das transformações a que reporta também será improducente na compreensão dos processos de atualização implicados sem considerar as questões conceptuais, metodológicas e produtivas, particularmente as problemáticas do autoral (Foucault, 1969), quer no que se refere à dualidade discurso-obra(s), quer quanto às múltiplas dimensões/problemáticas que o trabalho interdisciplinar e em equipa convocam.
A T2, pela valorização do conhecimento através do discernimento crítico (W. Benjamin, 1936), perspetiva a sedimentação das “visões” e “conceções mentais” sobre o saber/fazer da Arquitetura, suportado no disponível nas respetivas “práticas” e “representações” (R. Chartier, 1989) (“coisas” e “linguagem”; R. Blanché, 1972), potenciadas pelas ‘circularidades’ ou antinomias experiência-consciência, competências-conhecimento, processo-produto, problema-solução e equação-resultado.
A globalidade das aulas teóricas terá como pano de fundo dois planos fundacionais do conhecimento e das competências (considerados, articulados e em exercício com a Linha de Investigação “Diálogos entre a Prática e a Didática e, Arquitetura: Produção, Ensino e Investigação”, sediada no CEAU), próprios do saber disciplinar da Arquitetura:
No início das atividades letivas será apresentado o Programa Geral de Teoria 2, destacando: o enquadramento, o domínio, as temáticas, os objetivos e os resultados esperados; as modalidades dos diversos exercícios a desenvolver -#posTI_T2_21, #composition_T2_21, #essayTI_T2_21 e #bookA_T2P3_21"-(critérios avaliação e parâmetros de classificação); e alguns aspetos referentes às fontes bibliográficas, iconográficas e videográficas, respetivos domínios e condições de acessos.
Da multidimensionalidade ao Método em Arquitetura –como Campo Multidimensional Operativo (CMO)-, entre a Theoria (HtsC) e a praxis (P), pela poiêsis, destaca-se a importância do reconhecimento dos cenários de relevância e da oportunidade dos problemas úteis na qualificação da reflexão acerca da produção arquitetónica contemporânes, das coisas e das linguagens como práticas e representações, e respetivas qualidades como objetos culturais (Arte, Técnica e Cultura). Do sentido operativo do CMO serão clarificadas duas ordens fundamentais: 1) a Mobilidade do Observador, as Velocidades de Leitura e os Níveis de Objetivação, e 2), desmultiplicando os Níveis de Objetivação, as Leituras Interpretativas, a Construção de Argumentos e as Eventuais Demonstrações.
Partindo da tríade do território do problema epistemológico –Artes, Humanidades e Tecnologias-, em sede de Ensino da Arquitetura, serão abordados os problemas da tendencial fragmentação do conhecimento, pela força hegemónica das competências e da amplitude/diversidade das proficiências exigíveis à disciplina da Arquitetura, particularmente nos eixos multidisciplinar-interdisciplinar e transdisciplinar-intradisciplinar. Daqui se revelará a importância do autoral em Arquitetura.
No domínio da problemática disciplinar serão abordados os aspetos circunstanciais e contextuais –economia, sociedade e cultura- da condição das práticas contemporâneas da Arquitetura, numa “sociedade em rede na era da informação” (Manuel Castells), como hipótese de hipermodernidade (Marshal Berman), sintetizados pelo curso “Do industrial (Le Corbusier) ao informacional (Rem Koolhaas)”. Integrado neste tópico, reconhecer-se-á as questões centrais da “sociedade disciplinar” à “sociedade de controle” (MFoucault e GDeleuze).
Na perspetiva da configuração de um quadro de valores adequado à leitura e apreciação das práticas contemporâneas da Arquitetura, particularmente na condição de criação e produção de objetos culturais, simultaneamente éticos, estéticos e técnicos, propõe a disposição de um espectro de sete domínios -do imaterial e o sensível-, como cenários de relevância desses artefactos e/ou eventos.
Entre o imaterial e o sensível, estão o visual, o visível, o acessível, o material e o háptico. Se suspendermos o visual, por prudência crítica, e o háptico, por prudência técnica, circunscrevemo-nos ao visível, ao acessível e ao material, como a tríade fundamental para a conceção e a "organização do espaço" em arquitetura. É neste campo triádico que as componentes, programáticas, funcionais e de uso se colocam na organização do espaço, como resposta a uma vontade, requisição ou necessidade, sua relação com o contexto e concreção arquitetónica. Como tal, é neste domínio conceptual que as implicações e as qualidades do corpo humano no espaço (parado ou em movimento, em contemplação ou em ação) se colocam, equacionam e potenciam.
Quando suspendemos, acima, o imaterial e o sensível, fizemo-lo por se tratarem de domínios, ou melhor, cenários de relevância do foro radicalmente subjetivo: o primeiro no registo dos valores e da cultura e o segundo no registo da vivência e da experiência. Deixemos, ainda, em suspenso a prudência quanto ao visual e ao háptico, e reforcemos a ideia de que as questões da perceção se realizam, ou melhor, se tornam realidade na tríade fundamental visível-acessível-material, como antecâmara, pelo háptico, do sensível, e na sequência do visual, pelo imaterial.
Se, por circularidade e retorno, se destacam as dualidades imaterial-sensível, visual-háptico, visível-material, e se isola, como nuclear, o acessível, podemos destacar três registos triádicos sequenciais relevantes:
Pela problemática “A Cidade como Contexto/Objeto como Arquitetura”, tendo em consideração o duplo registo (contínuo/exceção; Siza) e a predominância do programa habitacional (CMArís), entre evidências, transformações e evidências (HLefèbvre), serão destacadas duas temáticas: 1) a “Da Transformação da Cidade” e 2) “Da Atualização da Arquitetura”. Para além disso, destacar-se-ão alguns tópicos para a reflexão sobre a dualidade “quantidade versus qualidade”, bem como sobre as qualidades/oportunidades dos “projetos-força” (JBusquets) e os projetos-crítica.
Assim, estes “diálogos”, como relações construtivas, incorporam três níveis de objetivação (interpretação e (re)conhecimento):
Neste tópico será potenciada a relação discurso-obra de autores considerados singulares, pelas condições de exemplaridade que revelam, particularmente no reconhecimento e na configuração das panorâmicas possíveis da prática arquitetónica contemporânea.
Nas aulas teóricas, mais como “fonte de informação”, serão expostos conteúdos programáticos (critérios, relevâncias e exemplaridade), através de imagens, vídeos, textos e “palavras”, registados em powerpoint e complementados pelo recurso do quadro ou da rede www. Nas aulas práticas. mais “espaço para a formação”, as atividades de aprendizagem correspondem ao desenvolvimento dos trabalhos (de estudo e reflexão), individuais e/ou em grupo, próprios dos exercícios a realizar.
#postTI_T2_21
Formato:
Página A4: 1 palavra (hashtag), 1 imagem e 1 texto (até 250 palavras).
(nomeação dos ficheiros/trabalhos #postTI_T2_21_turma_Título_nome)
Entrega(s):
(data a definir)
Objetivos, conteúdos e relações:
Como ação comunicativa, cada #postTI_T2_21 deve expressar uma “vontade” individual de estudo –tema, temática, assunto, problema, problemática, questão…- no domínio da Arquitetura, de escolha livre, mas no contexto T2P3.
O interesse das escolhas deve revelar-se oportuno, de imediato (problemas…) ou ao longo do trabalho (soluções…).
Da “panorâmica de vontades” de cada turma, envolvida por uma reflexão conjunta no espaço da aula prática, emergirão os sentidos e a potência –caminhos, coerências e qualidades- dos trabalhos de grupo #composition_T2 a desenvolver.
Ao longo do desenvolvimento da #composition_T2 o #postTI_T2_21 será objeto de dois/três momentos de revisita, formalizados sempre nos mesmos moldes, mas perspetivando a melhoria dos respetivos conteúdos e composições.
#composition_T2_21
Formato:
Hip. 1 #TextImage (A4; 10000crt)
Hip. 2 #Video (4-5’)
Hip. 3 #Model (virtual)
(nomeação dos ficheiros/trabalhos #composition_T2_21_turma_Título_grupo)
Entrega(s):
Start (data a definir)
Entrega (data a definir)
AMOSTRA (exposição/partilha com oportunidade, moldes e dada a definir)
Objetivos, conteúdos e relações:
Emergentes da “panorâmica de vontades” #postTI_T2_21 (disposta no espectro Imaterial>Visual>Visível>Acessível>Material>Háptico>Sensível) de cada turma, as #composition_T2_21 correspondem a trabalhos de grupo (4-5 estudantes), pautados pela reflexão crítica, interpessoal e dialógica, cuja síntese deve perspetivar a ação comunicativa.
Os temas arquitetónicos destes trabalhos de grupo devem relacionar-se com as problemáticas da habitação plurifamiliar -casa, bairro, rua, cidade…– revelando capacidade de equacionar as questões essenciais: Como se faz uma casa? Como se faz uma casa na rua? Como se faz uma rua com casas? Como se faz uma rua?.
Este trabalho deve refletir-se, objetivamente, nos conteúdos do #bookA_T2P3_21, particularmente no domínio da Disciplina e da Vontade, sendo de relevo secundário para T2 o registo no domínio Laboratório (mais apropriado ao estudo apoiado de P3).
#essayTI_T2_21
Formato:
Documento escrito #TextImage (A4; até 10000 caracteres com espaços) contendo: capa, título (e subtítulo), resumo (até 250 palavras), palavras-chave (três), introdução, desenvolvimento, conclusão, fontes bibliográficas e fontes iconográficas.
(nomeação dos ficheiros/trabalhos #essayTI_T2_turma_Título_nome)
Entrega(s):
Start (data a definir)
Entrega (data a definir)
Objetivos, conteúdos e relações:
Como ação reflexiva (análise), trata-se de um trabalho individual representativo do aprofundamento dos temas de interesse próprio dos estudantes, apontados pelo #posTI_T2_21 e enriquecidos pela #composition_T2_21.
Este trabalho deve refletir-se, objetivamente, nos conteúdos do #bookA_T2P3_21, particularmente no domínio da Disciplina e da Vontade, sendo de relevo secundário para T2 o registo no domínio Laboratório (mais apropriado ao estudo apoiado de P3).
#bookA_T2P3_21
Formato:
A4, capa preta (sem variações…)
#TextImage
Apresentação de componentes exemplares (disciplina, laboratório e vontade):
(a especificar e termos e dada a definir)
Objetivos, conteúdos e relações:
Entre a Disciplina, o Laboratório e a Vontade (1, 2 e 3…, Palomar de I.Calvino), o #bookA_T2P3_21 constitui-se como uma interface entre Teoria 2 e Projeto 3, reflexo da pesquisa e do estudo individual do estudante, acompanhado nas aulas práticas das duas unidades curriculares.
Como conteúdos, na Disciplina, deverão ser registados exemplos de habitação plurifamiliar, no Laboratório, registadas eventuais experiências do processo de trabalho e, na Vontade, refletidos os registos ad hoc do vir a ser (futuro) irrigados pelo elan do “arquitetar (n)a Casa (n)a Cidade” (aCC): dos exercícios em P3, i) abstrato x concreto e ii) treino x jogo; da intervenção urbana: i) infraestruturas urbano-territoriais, ii) morfologia urbana (modelos, processos e concretizações), iii) tipologia edificatória (modelos, tipos e experiências) e iv) linguagem arquitetónica (composição, tecnologias e expressão); da organização do espaço: i) dos conceitos, tradições e culturas, ii) casa, habitação, apartamento e fogo e iii) praça, rua, pátio e transições.
Designação | Peso (%) |
---|---|
Participação presencial | 20,00 |
Trabalho escrito | 30,00 |
Trabalho de campo | 20,00 |
Trabalho laboratorial | 30,00 |
Total: | 100,00 |
Designação | Tempo (Horas) |
---|---|
Estudo autónomo | 60,00 |
Frequência das aulas | 68,50 |
Trabalho de investigação | 54,50 |
Trabalho escrito | 20,00 |
Trabalho laboratorial | 20,00 |
Trabalho de campo | 20,00 |
Total: | 243,00 |
A classificação dos diversos exercícios (devidamente nomeados e entregues nos prazos definidos) resultará dos seguintes critérios e parâmetros de avaliação:
A Classificação Final será determinada pelo seguinte:
A melhoria da classificação final implica a revisitação crítica e a reelaboração do #essayTI_T2_21 realizado pelo aluno, conforme os casos e sob anuência e orientação do docente.
De acordo com a evolução que se venha a registar da pandemia provocada pela COVID-19, e em função das orientações que venham a ser emanadas pela Direção Geral de Saúde, poderão verificar-se alterações ao regime de funcionamento dos tempos letivos presenciais.