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História da Arquitectura Contemporânea

Código: 500502     Sigla: 500502

Áreas Científicas
Classificação Área Científica
CNAEF Arquitetura e urbanismo

Ocorrência: 2019/2020 - A Ícone do Moodle

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Arquitectura (A)
Curso/CE Responsável: Mestrado Integrado em Arquitetura

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
MIARQ 145 MIARQ 3 - 9 - 243
Mais informaçõesA ficha foi alterada no dia 2020-05-01.

Campos alterados: Melhoria de classificação, Fórmula de cálculo da classificação final

Língua de trabalho

Português - Suitable for English-speaking students

Objetivos

A Unidade Curricular História da Arquitectura Contemporânea tem como objectivo o conhecimento crítico da arquitectura da Idade Contemporânea, considerada como aquela que se inscreve no período que tem início no fim da arquitectura barroca e que se prolonga até à actualidade.

Em meados do século XVIII, a separação entre arquitectos e engenheiros, o nascimento da arqueologia científica (com a separação entre arqueólogos e arquitectos) e o alargamento das fontes da Antiguidade Clássica, que deixam de estar subordinadas ao predomínio da arquitectura romana, têm um papel importante na alteração do modo como é entendida a relação da arquitectura com o seu passado. A procura das origens como fundamento do conhecimento, a organização da nova cidade industrial, a arte abstracta e a formação do movimento moderno, a posterior discussão dos seus fundamentos, etc., indiciam a pluralidade de motivos que se cruzam neste período. A data de 1750, escolhida como um início possível, é a da publicação por Denis Diderot do "Prospecto" da Enciclopédia, obra que iniciaria a sua publicação no ano seguinte.

Nas aulas teóricas, a exposição diacrónica das arquitecturas mais relevantes do período em estudo abordará os seus motivos conjunturais, bem como as suas precedências e consequências num tempo mais longo. Procurar-se-ão também as correspondências com a arquitectura portuguesa, relevando as suas circunstâncias particulares.

Uma obra da arquitectura portuguesa contemporânea, escolhida pelos alunos, será o tema do trabalho prático de grupo, desenvolvido ao longo do ano lectivo com acompanhamento tutorial. Devem ser aprofundados os motivos que estão na origem da escolha inicial, propondo, a partir do debate contemporâneo, relações novas que problematizem o seu conhecimento.

No Caderno de campo são montadas, depois de recolhidas, as imagens fotográficas resultantes das visitas às obras realizadas durante o ano lectivo. Este Caderno deverá ser um complemento das aulas teóricas, mas também o registo/descoberta daquelas relações formais e espaciais entre arquitecturas diferentes que se vão revelando ao longo do ano no estudo da obra que é o tema do trabalho prático de grupo.

Resultados de aprendizagem e competências

Os trabalhos desenvolvidos ao longo do ano lectivo devem capacitar os estudantes para o conhecimento crítico da arquitectura contemporânea. Pretende-se que a inter-relação entre os diversos trabalhos propostos ajude na formação e desenvolvimento de um pensamento próprio sobre a arquitectura.

Modo de trabalho

Presencial

Programa


  1. Caracterização geral da época em estudo.

  2. O neo-palladianismo e o jardim paisagístico em Inglaterra.

  3. Marc-Antoine Laugier (1713-1769), a cabana primitiva e "a cidade como bosque". A reconstrução de Lisboa depois do terramoto de 1755.

  4. Giovanni Battista Piranesi (1720-78) e Étienne-Louis Boullée (1728-99). Arqueologia, razão e autobiografia.

  5. Claude-Nicolas Ledoux (1736-1806), o carácter e a “arquitectura falante”. Jean-Nicolas-Louis Durand (1760-1834), eclectismo e metodologia do projecto.

  6. A arquitectura alemã entre os séculos XVIII e XIX. Friederich Weinbrenner (1766-1826) e a expansão de Karlsruhe. A expansão do Porto no tempo dos Almadas.

  7. A arquitectura alemã entre os séculos XVIII e XIX. Karl Friedrich Schinkel (1781-1841) e a cidade de Berlim.

  8. Arquitectura do ferro. O socialismo utópico e a racionalização da cidade industrial. O gótico estrutural em França e o movimento "Artes e Ofícios" em Inglaterra. A sobreocupação de oitocentos e a alternativa da cidade-jardim.

  9. As formas da residência na cidade moderna (apresentação e comentário de um texto de Carlos Martí Arís com o mesmo título). 

  10. Frank LLoyd Wright (1867-1959).

  11. Adolf Loos (1870-1933). Os textos e as obras.

  12. Le Corbusier (1887-1965).

  13. Mies van der Rohe (1886-1969).

  14. Walter Gropius (1883-1969).

  15. A arquitectura depois da segunda guerra mundial. Crítica e discussão dos princípios do movimento moderno. O neo-realismo Italiano. Dos CIAM ao Team 10. O "Novo Brutalismo" e o Neo-liberty italiano. Alvar Aalto (1898-1976). Luis Barragán (1902-1988). Louis Kahn (1901-1974).

  16. Os anos setenta e oitenta. Razão e analogia, complexidade e contradição na arquitectura. Robert Venturi (1925-2018) e Aldo Rossi (1931-1987).

  17. A arquitectura contemporânea nas última décadas do século XX.

Bibliografia Obrigatória

Banham Reyner; Theory and design in the first machine age. ISBN: 0-85139-632-1
Benevolo Leonardo; Historia de la arquitectura moderna. ISBN: 84-252-1793-8
Bergdoll Barry; European architecture,1750-1890. ISBN: 978-0-19-284222-0
Colquhoun Alan; Arquitectura moderna. ISBN: 84-252-1988-4
Correia José Eduardo Horta; Vila Real de Santo António. ISBN: 972-9483-29-9
Curtis William J. R.; Modern architecture since 1900. ISBN: 0-7148-2478-X
Frampton Kenneth; Historia critica de la arquitectura moderna. ISBN: 84-252-1628-1
França José-Augusto; Lisboa Pombalina e o Iluminismo
Giedion Siegfried; Espacio, tiempo y arquitectura. ISBN: 84-237-0375-4
Ferrão Bernardo; Projecto e transformação urbana do Porto na época dos Almadas
Hunt John Dixon; The picturesque garden in europe. ISBN: 0-500-28508-X
Machado Carlos Manuel de Castro Cabral; Anonimato e banalidade
Machado, Carlos; "A Presença do Passado" / "The Presence of the Past", Eduardo Souto de Moura, Concursos / Competitions 1979-2010, Porto: FAUP, 2011
Mandroux França Marie Thérèse; Quatro fases da urbanização do Porto no século XVIII
Middleton Robin; Arquitectura moderna. ISBN: 84-03-33026-X
Milheiro Ana Vaz; A construção do Brasil. ISBN: 972-9483-76-0
Pevsner Nikolaus; Os pioneiros do design moderno
Sica Paolo; História del Urbanismo. ISBN: 84-7088-296-1
Silva Ana Sofia; La Intimidad de la Casa, ed Autora, 2013
Solà-Morales Ignasi de; Inscripciones. ISBN: 84-252-1913-2
Solà-Morales Ignacio de; Intervenciones. ISBN: 84-252-2043-2
Tafuri Manfredo; Arquitectura Contemporânea. ISBN: 84-03-33027-8
Watkin David; German architecture and the classical ideal
Watkin David; The English vision
Zevi Bruno; História da arquitectura moderna

Bibliografia Complementar

Almeida, Pedro Vieira, José Manuel Fernandes; A Aquitectura Moderna, Historia da Arte em Portugal, vol 14, Lisboa, Publicações Alfa, 1986
Becker Annette 273; Portugal. ISBN: 3-7913-1910-8
Fernandez Sérgio; Percurso
Gomes, Paulo Varela ; "Arquitectura, Os últimos vinte anos", História da Arte Portuguesa, Vol 3, Lisboa, Círculo de Leitores, 1995
Portas Nuno; A Evolução da Arquitectura Moderna em Portugal, Bruno Zevi, História da Arquitetura Moderna, Lisboa, Arcádia, 1973
Portas Nuno 340; Arquitectura portuguesa contemporânea
Serpa Luis 340; Depois do Modernismo
Sindicato nacional dos arquitectos; Arquitectura popular em Portugal
Tostões Ana; A idade maior. ISBN: 978-989-8527-04-2
Tostões Ana; Os verdes anos na arquitectura portuguesa dos anos 50. ISBN: 972-9483-30-2
Williams John 730; Architectures à Porto. ISBN: 2-87009-322-5

Observações Bibliográficas

A bibliografia complementar é dedicada à arquitectura portuguesa. Sugerem-se algumas obras sobre a totalidade ou uma parte da arquitectura portuguesa do século XX.

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

A Unidade Curricular História da Arquitectura Contemporânea divide-se em duas componentes: uma componente teórica (T) e uma teórico-prática (TP).

  1. Componente teórica da UC.

1.1. Aulas teóricas semanais com a duração de 90 minutos: a matéria das aulas teóricas é avaliada através da realização de dois testes com a duração de 90 minutos que abordam as arquitecturas e as ideias mais relevantes da época em estudo bem como os textos sugeridos para leitura nas aulas tutoriais dedicadas ao trabalho prático de grupo.

1.2. Caderno de campo com o registo fotográfico de 15 obras da arquitectura portuguesa contemporânea. A realização deste Caderno pressupõe uma selecção e uma montagem cuidadosas das imagens recolhidas de modo a valorizar a sua leitura; a obra a estudar no trabalho de grupo poderá (ou deverá) influenciar a escolha das obras a fotografar e a montagem do Caderno. A este trabalho será dedicada uma aula teórica no início do ano lectivo. O Caderno de campo é de realização facultativa.

  1. Componente teórico-prática da UC

2.1. Trabalhos práticos de grupo: 

Incidem sobre exemplos da arquitectura portuguesa dada a necessidade de visitar as obras a estudar, imprescindível para o seu conhecimento aprofundado. As obras são de autores cuja produção se concentra, na sua maior parte, no século XX; todo o período anterior, desde o Iluminismo até ao final do século XIX, será abordado nas aulas teóricas (também poderá ser abordado nos trabalhos práticos, retrospectivamente, a partir das circunstâncias próprias de cada um).

Aos grupos de trabalho constituídos no início do ano lectivo é distribuída uma lista com as obras a estudar nesse ano. Pretende-se que os alunos investiguem, partindo da realidade material da arquitectura, as razões e as condicionantes que estão na sua génese, bem como as relações com outras obras, do mesmo autor ou de outros, contemporâneas ou não, que permitam entender a obra num amplo quadro cultural.

Serão propostos para leitura, caso a caso, dependendo do desenvolvimento dos trabalhos práticos de grupo, alguns textos que permitam complementar e aprofundar o estudo das obras objecto do trabalho prático de grupo; procurar-se-á que estes textos, quando isso se justifique, abordem temáticas coincidentes ou complementares, polémicas entre autores de um mesmo movimento ou de movimentos diferentes, etc., de modo a permitir um melhor entendimento das razões e dos motivos que estão na origem do projecto de arquitectura; trata-se de procurar compreender a arquitectura, não só na relação com a conjuntura em que surgiu, mas também enquanto resultado de escolhas que têm, muitas vezes, raízes numa genealogia que atravessa várias gerações, traduzindo aquilo a que Henri Focillon chamou as "famílias espirituais".

Este trabalho de grupo deve sintetizar, do modo considerado mais conveniente e inteligível, toda a investigação realizada durante o ano lectivo. O formato e a encadernação, o material gráfico a apresentar, a relação entre imagens e texto, etc., devem ser tratados de acordo com o objectivo atrás enunciado.

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Componentes de Avaliação

Designação Peso (%)
Teste 50,00
Trabalho escrito 50,00
Total: 100,00

Componentes de Ocupação

Designação Tempo (Horas)
Estudo autónomo 98,00
Frequência das aulas 36,00
Trabalho de campo 20,00
Trabalho de investigação 40,00
Trabalho escrito 25,00
Trabalho laboratorial 24,00
Total: 243,00

Obtenção de frequência

É pré-requisito da Unidade Curricular a presença em pelo menos 75% das aulas teórico-práticas de acompanhamento tutorial.
A avaliação do trabalho teórico-prático é contínua, com três classificações atribuídas ao longo do ano no final de cada um dos períodos lectivos. Cada uma das classificações engloba a anterior, correspondendo, portanto, a do terceiro período à classificação final. 
Os dois Testes realizam-se no final de cada semestre.
O Caderno de campo será avaliado no final do ano lectivo com uma classificação única.

Fórmula de cálculo da classificação final

Só é possível obter uma classificação final positiva se o aluno realizar o Trabalho de grupo e os dois Testes, obtendo uma classificação final positiva a cada um deles (mínimo 9,5 valores). No caso dos Testes será considerada a média aritmética dos dois Testes realizados. Dada a situação excepcional de confinamento dos estudantes o Caderno de campo não será avaliado.

Fórmula da classificação final (CF):

       (Teste 1 + Teste 2): 2 + TP 
CF = ------------------------------  
                          2
TP Trabalho prático de grupo


Se a diferença entre as classificações da média aritmética dos testes e o Trabalho prático de grupo for maior do que 4 valores, a classificação final será calculada com a seguinte ponderação:
 
CF = 0,7 (Teste 1 + Teste 2):2 + 0,3 TP 

No caso de não ser possível efectuar o cálculo da classificação final, as classificações parcelares obtidas serão guardadas durante dois anos lectivos. Terminado este prazo, o aluno deverá repetir todas as componentes da UC. 
Os estudantes que já ultrapassaram o prazo referido poderão obter o reconhecimento das referidas componentes, a título de excepção, no ano lectivo de 2015/2016.

Provas e trabalhos especiais

Será realizado um terceiro Teste, opcional, para permitir a qualquer aluno a melhoria da classificação.

Avaliação especial (TE, DA, ...)

Os alunos que por Lei estão dispensados da presença nas aulas terão de comparecer, no mínimo, a 5 sessões de orientação tutorial do trabalho teórico-prático de grupo por semestre.
Os dois Testes são também de realização obrigatória.

Melhoria de classificação

A melhoria de classificação é um Teste com a duração de 120 minutos que abrange toda a matéria leccionada nas aulas teóricas durante o ano lectivo e pode ser realizado por qualquer aluno.
A classificação final definitiva será obtida pela ponderação anteriormente explicitada substituindo a média dos dois Testes realizados no decurso do ano lectivo pela classificação obtida no Teste de melhoria. Se a classificação do Teste de melhoria for inferior à média dos dois Testes realizados durante o ano lectivo prevalece a média dos dois testes realizados durante o ano lectivo.
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