Saltar para:
Logótipo
Você está em: Início > 500502

História da Arquitectura Contemporânea

Código: 500502     Sigla: 500502

Áreas Científicas
Classificação Área Científica
CNAEF Arquitetura e urbanismo

Ocorrência: 2017/2018 - A

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Arquitectura (A)
Curso/CE Responsável: Mestrado Integrado em Arquitetura

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
MIARQ 164 MIARQ 3 - 9 - 243

Língua de trabalho

Português - Suitable for English-speaking students

Objetivos

A Unidade Curricular História da Arquitectura Contemporânea tem como objectivo o conhecimento crítico da arquitectura da Idade Contemporânea, considerada como aquela que se inscreve no período que tem início no fim da arquitectura barroca e que se prolonga até à actualidade.
Em meados do século XVIII, o nascimento da arqueologia científica (com a separação entre arqueólogo e arquitectos) e o alargamento das fontes da Antiguidade Clássica, que deixam de estar subordinadas ao predomínio da arquitectura romana, têm um papel importante na alteração do modo como é entendida a relação da arquitectura com o seu passado. A procura das origens como fundamento do conhecimento, a reorganização da cidade industrial, a abstracção e a formação do movimento moderno, a posterior discussão dos seus fundamentos, etc., indiciam a pluralidade de motivos que se cruzam neste período. A data de 1750, escolhida como um início possível para o período em estudo, é a da publicação por Denis Diderot, do "Prospecto" da Enciclopédia, obra que iniciaria a sua publicação no ano seguinte.
Nas aulas teóricas, a exposição diacrónica das arquitecturas mais relevantes do período em estudo abordará os seus motivos conjunturais, bem como as suas precedências e consequências num tempo mais longo. Procurar-se-ão também as correspondências com a arquitectura portuguesa, relevando as suas circunstâncias particulares.
Uma obra da arquitectura portuguesa contemporânea, escolhida pelos alunos, será o tema do trabalho prático de grupo, desenvolvido ao longo do ano lectivo com acompanhamento tutorial. Devem ser aprofundados os motivos que estão na origem da escolha inicial, propondo, a partir do debate contemporâneo, relações novas que problematizem o seu conhecimento.
No Caderno de campo são montadas, depois de recolhidas, as imagens fotográficas resultantes das visitas às obras realizadas durante o ano lectivo. Este Caderno deverá ser um complemento das aulas teóricas, mas também o registo/descoberta daquelas relações formais e espaciais entre arquitecturas diferentes que se vão revelando ao longo do ano no estudo da obra que é o tema do trabalho prático de grupo.

Resultados de aprendizagem e competências

Os trabalhos desenvolvidos ao longo do ano lectivo devem capacitar os estudantes para o conhecimento crítico da arquitectura contemporânea. Pretende-se que a inter-relação entre os diversos trabalhos propostos ajude na formação e desenvolvimento de um pensamento próprio sobre a arquitectura.

Modo de trabalho

Presencial

Programa

1. Caracterização geral da época em estudo (1750-2000).
2. Lord Burlington e William Kent. O neo-palladianismo e o jardim paisagístico em Inglaterra. Influências em França e na Alemanha.
3. Marc-Antoine Laugier e a cabana primitiva. “A cidade como bosque” e a planta de Pierre Patte para Paris. A reconstrução de Lisboa depois do terramoto de 1755.
4. Giovanni Battista Piranesi (1720-78). As vistas de Roma. As prisões. As antiguidades romanas. Arqueologia e projecto, o Campo Marzio da Roma antiga. A praça e a igreja de Santa Maria do Priorado de Malta.
Étienne-Louis Boullée (1728-99). Os tratados do século XVII e o ensaio Architecture. Essai sur l’Art (Arquitectura. Ensaio sobre a Arte). Os projectos (Ópera, Biblioteca, Cenotáfios, Igreja Metropolitana). Aldo Rossi e Boullée, racionalismo e autobiografia. Adolf Loos, Le Corbusier, Louis Kahn e Eduardo Souto de Moura.
5. Claude-Nicolas Ledoux (1736-1806). Razão e fantasia. O carácter e a “arquitectura falante”. As salinas de Arc-et-Senans e a cidade ideal de Chaux. A casa unifamiliar na natureza. Vila Real de Santo António, uma cidade de fundação Iluminista em Portugal. As “barrières” de Paris.
6. Jean-Nicolas-Louis Durand (1760-1834). Durand e a Escola Politécnica. A rua de Rivoli e o eixo histórico de Paris, Percier e Fontaine. Regent’s street e Regent’s park em Londres, John Nash.
7. A arquitectura alemã entre os séculos XVIII e XIX. Friederich Weinbrenner e a expansão de Karlsruhe. A expansão do Porto no tempo dos Almadas.
8. Karl Friedrich Schinkel (1781-1841). A Berlim de Schinkel. Schinkel e Lenné em Potsdam.
9. Robert Owen, G. Eugène Haussmann e Ildefonso Cerdà. Viollet-le-Duc, John Ruskin, William Morris e Ebenezer Howard. Arquitectura do ferro. A urbanística e a cidade industrial. O socialismo utópico. A sobreocupação de oitocentos e a alternativa da cidade jardim. O gótico estrutural em França e movimento Arts and Crafts em Inglaterra.
10. "As formas da residência na cidade moderna" (apresentação e comentário do texto de Carlos Martí Arís). A dissolução da cidade tradicional. Propostas de racionalização da cidade industrial. Um novo paradigma: a edificação em linha. Nexos entre cidade moderna e tradição urbana.
11. Frank LLoyd Wright (1867-1959).
12. Adolf Loos (1870-1933).
13. Walter Gropius (1883-1969).
14. Mies van der Rohe (1886-1969).
15. Le Corbusier (1887-1965).
16. A arquitectura depois da segunda guerra mundial. Crítica e discussão dos princípios do movimento moderno. Dos CIAM ao Team 10. Arquitectura italiana e britânica do pós-guerra. Neo-realismo e brutalismo. Neo-empirismo nórdico. Novo vernáculo. Louis Kahn.


17. Os anos setenta e oitenta. Razão, complexidade e contradição na arquitectura.


Bibliografia Obrigatória

Banham Reyner; Theory and design in the first machine age. ISBN: 0-85139-632-1
Benevolo Leonardo; Historia de la arquitectura moderna. ISBN: 84-252-1793-8
Bergdoll Barry; European architecture,1750-1890. ISBN: 978-0-19-284222-0
Colquhoun Alan; Arquitectura moderna. ISBN: 84-252-1988-4
Correia José Eduardo Horta; Vila Real de Santo António. ISBN: 972-9483-29-9
Curtis William J. R.; Modern architecture since 1900. ISBN: 0-7148-2478-X
Frampton Kenneth; Historia critica de la arquitectura moderna. ISBN: 84-252-1628-1
França José-Augusto; Lisboa Pombalina e o Iluminismo
Giedion Siegfried; Espacio, tiempo y arquitectura. ISBN: 84-237-0375-4
Ferrão Bernardo; Projecto e transformação urbana do Porto na época dos Almadas
Hunt John Dixon; The picturesque garden in europe. ISBN: 0-500-28508-X
Machado Carlos Manuel de Castro Cabral; Anonimato e banalidade
Machado, Carlos; "A Presença do Passado" / "The Presence of the Past", Eduardo Souto de Moura, Concursos / Competitions 1979-2010, Porto: FAUP, 2011
Mandroux França Marie Thérèse; Quatro fases da urbanização do Porto no século XVIII
Middleton Robin; Arquitectura moderna. ISBN: 84-03-33026-X
Milheiro Ana Vaz; A construção do Brasil. ISBN: 972-9483-76-0
Pevsner Nikolaus; Os pioneiros do design moderno
Sica Paolo; História del Urbanismo. ISBN: 84-7088-296-1
Silva Ana Sofia; La Intimidad de la Casa, ed Autora, 2013
Solà-Morales Ignasi de; Inscripciones. ISBN: 84-252-1913-2
Solà-Morales Ignacio de; Intervenciones. ISBN: 84-252-2043-2
Tafuri Manfredo; Arquitectura Contemporânea. ISBN: 84-03-33027-8
Watkin David; German architecture and the classical ideal
Watkin David; The English vision
Zevi Bruno; História da arquitectura moderna

Bibliografia Complementar

Almeida, Pedro Vieira, José Manuel Fernandes; A Aquitectura Moderna, Historia da Arte em Portugal, vol 14, Lisboa, Publicações Alfa, 1986
Becker Annette 273; Portugal. ISBN: 3-7913-1910-8
Fernandez Sérgio; Percurso
Gomes, Paulo Varela ; "Arquitectura, Os últimos vinte anos", História da Arte Portuguesa, Vol 3, Lisboa, Círculo de Leitores, 1995
Portas Nuno; A Evolução da Arquitectura Moderna em Portugal, Bruno Zevi, História da Arquitetura Moderna, Lisboa, Arcádia, 1973
Portas Nuno 340; Arquitectura portuguesa contemporânea
Serpa Luis 340; Depois do Modernismo
Sindicato nacional dos arquitectos; Arquitectura popular em Portugal
Tostões Ana; A idade maior. ISBN: 978-989-8527-04-2
Tostões Ana; Os verdes anos na arquitectura portuguesa dos anos 50. ISBN: 972-9483-30-2
Williams John 730; Architectures à Porto. ISBN: 2-87009-322-5

Observações Bibliográficas

A bibliografia complementar é dedicada à arquitectura portuguesa e tem por objectivo permitir a consulta de algumas sínteses gerais sobre toda ou parte da arquitectura portuguesa do século XX.

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

A Unidade Curricular História da Arquitectura Contemporânea divide-se em duas componentes: uma componente teórica (T) e uma teórico-prática (TP).
1. Componente teórica da UC
1.1. Aulas teóricas semanais com a duração de 90 minutos:
a matéria das aulas teóricas será avaliada através da realização de dois testes com a duração de 90 minutos que abordam as arquitecturas e as ideias mais relevantes da época em estudo bem como os textos sugeridos para leitura nas aulas tutoriais dedicadas ao trabalho prático de grupo.
1.2. Caderno de campo com o registo fotográfico de 15 obras da arquitectura portuguesa contemporânea:
- a realização deste Caderno pressupõe uma selecção e montagem cuidadosas das imagens recolhidas de modo a valorizar a sua leitura; a obra a estudar no trabalho de grupo poderá (ou deverá) influenciar a escolha das obras a fotografar e a montagem do Caderno; a este trabalho será dedicada uma aula teórica no início do ano lectivo.
O Caderno de campo é de realização facultativa.
2. Componente teórico-prática da UC
2.1. Trabalhos práticos de grupo: 
- incidem sobre exemplos da arquitectura portuguesa dada a necessidade de visitar as obras a estudar, imprescindível para o seu conhecimento aprofundado; as obras são de autores cuja produção se concentra, na sua maior parte, no século XX; todo o período anterior, desde o Iluminismo até ao final do século XIX, será abordado nas aulas teóricas (também poderá ser abordado nos trabalhos práticos, retrospectivamente, a partir das circunstâncias próprias de cada um).
- aos grupos de trabalho constituídos no início do ano lectivo é distribuída uma lista com as obras a estudar nesse ano; pretende-se que os alunos investiguem, partindo da realidade material da arquitectura, as razões e as condicionantes que estão na sua génese, bem como as relações com outras obras, do mesmo autor ou de outros, contemporâneas ou não, que permitam entender a obra num amplo quadro cultural.
- serão propostos para leitura, caso a caso, dependendo do desenvolvimento dos trabalhos práticos de grupo, alguns textos que permitam complementar e aprofundar o estudo das obras objecto do trabalho prático de grupo; procurar-se-á que estes textos, quando isso se justifique, abordem temáticas coincidentes ou complementares, polémicas entre autores de um mesmo movimento ou de movimentos diferentes, etc., de modo a permitir um melhor entendimento das razões e dos motivos que estão na origem do projecto de arquitectura, procurando situá-lo, não só na sua época, mas também enquanto resultado de uma escolha que tem, muitas vezes, raízes numa genealogia que atravessa várias gerações, traduzindo aquilo a que Henri Focillon chamou as "famílias espirituais".
- este trabalho de grupo deve sintetizar, do modo considerado mais conveniente e inteligível, toda a investigação realizada durante o ano lectivo; o formato e encadernação, o material gráfico a apresentar, a relação entre imagens e texto, etc., devem ser tratados de acordo com o objectivo atrás enunciado.

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Componentes de Avaliação

Designação Peso (%)
Teste 50,00
Trabalho escrito 50,00
Total: 100,00

Obtenção de frequência

É pré-requisito da Unidade Curricular a presença em pelo menos 75% das aulas teórico-práticas de acompanhamento tutorial.
A avaliação do trabalho teórico-prático é contínua, com três classificações atribuídas ao longo do ano no final de cada um dos períodos lectivos. Cada uma das classificações engloba a anterior, correspondendo, portanto, a do terceiro período à classificação final. 
Os dois Testes realizam-se no final de cada semestre.
O Caderno de campo será avaliado no final do ano lectivo com uma classificação única.

Fórmula de cálculo da classificação final

Só é possível obter uma classificação final positiva se o aluno realizar o Trabalho de grupo e os dois Testes,  obtendo uma classificação final positiva a cada um deles (mínimo 9,5 valores). No caso dos Testes será considerada a média aritmética dos dois Testes realizados. O Caderno de campo só contará para melhoria da nota final da componente teórica segundo a fórmula de classificação final que se segue.

Fórmula da classificação final (CF):

       (Teste 1 + Teste 2):2 + TP
CF = ------------------------------  + Bonificação CC 
                          2
CC Caderno de campo
TP Trabalho prático de grupo

Bonificação do Caderno de campo:
10 valores = 0 de bonificação;
11 valores = 0,1 valores de bonificação;  
...
20 valores = 1 valor de bonificação.

Se a diferença entre as classificações da média aritmética dos testes e o Trabalho prático de grupo for maior do que 4 valores, a classificação final será calculada com a seguinte ponderação:
 
CF = 0,7 (Teste 1 + Teste 2):2 + 0,3 TP + Bonificação CC 

No caso de não ser possível efectuar o cálculo da classificação final, as classificações parcelares obtidas serão guardadas durante dois anos lectivos. Terminado este prazo, o aluno deverá repetir todas as componentes da UC. 
Os estudantes que já ultrapassaram o prazo referido poderão obter o reconhecimento das referidas componentes, a título de excepção, no ano lectivo de 2015/2016.

Provas e trabalhos especiais

Será realizado um teste em Julho para permitir a qualquer aluno a melhoria da classificação.

Avaliação especial (TE, DA, ...)

Os alunos que por Lei estão dispensados da presença nas aulas terão de comparecer, no mínimo, a 5 sessões de orientação tutorial do trabalho teórico-prático de grupo por semestre.
Os dois Testes são também de realização obrigatória.

Melhoria de classificação

A melhoria de classificação é um Teste com a duração de 120 minutos que abrange toda a matéria leccionada nas aulas teóricas durante o ano lectivo e pode ser realizado por qualquer aluno.
A classificação final definitiva será obtida pela ponderação anteriormente explicitada substituindo a média dos dois Testes realizados no decurso do ano lectivo pela classificação obtida no Teste de melhoria.
Recomendar Página Voltar ao Topo
Copyright 1996-2024 © Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto  I Termos e Condições  I Acessibilidade  I Índice A-Z  I Livro de Visitas
Página gerada em: 2024-08-17 às 06:48:12 | Política de Utilização Aceitável | Política de Proteção de Dados Pessoais | Denúncias