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Teoria 2

Código: 300303     Sigla: 300303

Áreas Científicas
Classificação Área Científica
CNAEF Arquitetura e urbanismo

Ocorrência: 2017/2018 - A

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Arquitectura (A)
Curso/CE Responsável: Mestrado Integrado em Arquitetura

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
MIARQ 209 MIARQ 3 - 9 - 243

Língua de trabalho

Português

Objetivos

"A arquitectura não é uma árvore, antes um acontecimento resultante do cruzamento de forças capazes de dar lugar a um objecto, parcialmente significante, contingente". Explicação a que, numa crítica à leitura convencional do mito da cabana primitiva – na origem da arquitectura segundo Vitruvio –, Solà-Morales acrescentou anos mais tarde: "aquela construção [cabana primitiva] não se definia [segundo Vitruvio] pela materialidade dos seus componentes físicos, antes pelo facto de que a arquitectura era, devia ser, o lugar no qual se produziria o nascimento do fogo e da palavra. Portanto, nenhuma coisa física, material, tangível, antes a imaterialidade da energia e da comunicação são, desde Vitruvio, os verdadeiros materiais da arquitectura”.
"O que é a arquitectura?". "A infinita repetição da pergunta!" Talvez técnica, talvez arte, talvez processo ou talvez tão só expectativa de sondar, experimentar, determinar, evolucionar gesto e jogo que traduzem, geram, intencionam casa e construção: forma, material, imagem, experiência, artíficio.

Um projecto-de-arquitectura reside na viagem e no recolhimento de um aprender-conhecer para transformar a realidade que o provoca, que o informa, que o desperta, que o move.
Incêndio, clarão, cinza; em movimento, em repouso, um projecto-de-arquitectura:     

  1. i) faz-se iluminação da coerência aventurosa que caracteriza o praticar da arquitectura: projectação, investigação, escrita – palavra e desenho, experiência e jogo;
  2. faz-se memória, destino, paixão – conhecimento, obra, reparação.

Presente a condição e o sentido de estação – movimento e acontecimento em que evolui a intersecção ‘problemática arquitectural | acto arquitectónico’ –, são objectivos:

  1. ensinar-aprender aprendendo sobre a possibilidade da instrução teórica e da conjectura crítica como auxiliares vivificadores do desenho, da composição; do acontecimento projectual, do conhecimento disciplinar;
  2. estudar e participar do processo da arquitectura enquanto encontro controverso entre experiência artística e prática disciplinar – criação, pensamento, conhecimento;
  3. promover construções de pensamento mediadoras na acção projectual, tendo consciência que “todo o conflito é sobre projectos e não sobre aquela ou aqueloutra disciplina” (Bragança de Miranda).

Assim mobilizada, a interrogativa “o que é a arquitectura?”, a sua oportunidade, a sua pertinência e a sua simplicidade residem, pois, no passar do dizer ao fazer, na leveza e na hospitalidade de cada processo de síntese entre a ideia e a sua expressão formal-material.

Resultados de aprendizagem e competências

Na duração do ano lectivo, na rede das diferentes coordenadas e temas do programa, teoria e prática tomam representação, texto, edifício e imagem como objectos para conhecer, pensar, (es)forçando à formação de “despertadores teóricos de projecto” – expressão de conhecimento assimilado / de saber elaborado pelo aluno, na sua aprendizagem e experiência de estudo da arquitectura.

Através do exercitar do estudo sobre cursos singulares do património da arquitectura, pretende-se que o estudante identifique, operacionalize, autonomize sobre a pertinência, a disciplinaridade, a originalidade de um discurso crítico em arquitectura, o qual no operar de um pensar próprio o faça evoluir na compreensão do território da arquitectura e no domínio do gesto simples que exprime a complexidade relacional do desenho.

 
Advertido o processo da arquitectura como expressão e síntese de história e cultura, técnica e arte, conhecimento e matéria, visa-se:

  1. sensibilizar o estudante para o pensamento e a representação, a experienciação e a investigação em arquitectura – acções que fomentam, educam, libertam distância-que-é-projecto (Luz Valderrama);
  2. provocar/recolher recursos e tematizar tópicos que informam e validam, argumentam e autonomizam (o) saber disciplinar da arquitectura – técnica, natureza, espaço, função, habitação, cidade.

 


 

Modo de trabalho

Presencial

Pré-requisitos (conhecimentos prévios) e co-requisitos (conhecimentos simultâneos)

Na sequência de “Teoria Geral da Organização Geral do Espaço” (1º ano) e “Teoria 1” (2º ano), no 3º ano da estrutura curricular, “Teoria 2” dá como adquiridos a introdução aos problemas essenciais da arquitectura enquanto conhecimento e experiência artística – objecto programático da primeira –, bem como a apresentação dos principais modelos teóricos que movimentam o pensamento arquitectural do século XX e início do século XXI – objecto programático da segunda.

 
No curso da unidade curricular convocar-se-á:

  1. à síntese de aprendizado dinamizada pelo estudante na progressiva compreensão-assumpção do território-da-arquitectura; ao domínio do glosário essencial de arquitectura;
  2. à experiência de estudo e experimentação do desenho na sedimentação e movimento de um projecto-de-arquitectura próprio.

Programa

Na longa duração que se (contra)diz-(des)faz na/pela circunstância, entre o excesso de liberdade e o excesso de vigilância, a arquitectura inscreve nesse duplo risco o que a sua teoria identificou como argumentação problemática de autonomia e heteronomia, natural e artificial, arte e utilidade, abstracto e material, local e global, actual e virtual, processo e reparação.
Presente que o problema da arquitectura parece ser menos o de tratá-la como uma poética do espaço ou poética do tectónico, talvez mais uma “arquitectónica do relacional” (R. Mathu), o programa divide-se em nove módulos:


> esteio
Architettura misura dell uomo, E. Rogers, V. Gregotti, G. Stoppino, 1951 .  Casa das Canoas, Oscar Niemeyer, Rio de Janeiro, 1954  .  Architecture without architects, Bernard Rudofsky, New York, 1964  .  Learning from Las Vegas, Venturi, Brown, Izenour, 1972  .  Bairro Catumbi, Nelson dos Santos, Rio de Janeiro, 1980  .  Villa dall’ Alva, OMA, Rem Koolhaas, Paris, Sain-Cloud, 1991.  

“escola do Porto” – atmosfera de identidade não linear . cidade escola arquitectos ( casa,  movimento,  estações.)

Fazer escola, fazer casa. Política e comum.
“Desenhar, construir, escrever, consistem em diversos modos de organizar a matéria no espaço” (Sverre Fehn).

Do estudo, da liberdade do experimentar na construção da mirada: observar-ver-projectar.
Arquitectura como materialidade. Arquitectura como experiência do espaço. Arquitectura como invenção de um sistema construtivo.
Da arquitectura como processo, arquitectura como problema, arquitectura como procedimento.


> objecto 1
Casa Rocha Ribeiro, Álvaro Siza, Maia, 1960-62 .  Casa na Avenida dos Combatentes, Á. Siza, Porto, 1967-69 .  Estação de Abastecimento Sacor, Á. Siza, Matosinhos, 1970  .  Casa Alcino Cardoso, Á. Siza, Moledo do Minho, 1971-73, 1988-91 . Pablo Picasso Museo, Parque del Oeste, Á. Siza, 1992 .  Maison Middelem Dupont, Á. Siza, Oudenburg, 2003.

(“projecto, expectativa de uma reunião | construir a distância”.)

Da Arquitectura – da vocação da arquitectura .  memória e esquecimento.
“Lugar e ocasião” (Aldo van Eyck). Metamorfose-influência-originalidade-distância-afinidade.

Do problema do projecto, o problema da síntese: informação-desenho-forma-material.
Do processo projectual: autobiografia e conhecimento, desenho e história, representação e comunicação.


> objecto 2
London Zoo Aviary, Cedric Price, Londres, 1961-65  .  Casa Oskar e Zofia Hansen, Oskar Hanse, Mazovia, 1968  .  Colegio universitário, G de Carlo, Urbino, 1970-75  .  Casa no Gerês, E. Souto de Moura, 1980  .  Galeria privada de arte moderna, Herzog & De Meuron, Munich, 1989-90  .  Meeting Point, Smiljan Radic, ‘Dialogues for Emergency', China, 2009.

( “intersecções” – manifesto | circunstância | acontecimento. )

Intersecções – circunstância e manifesto. Contextos da pós(modernidade). Circunstancialidade portuguesa.Escrita, desenho, o edifício, o projecto, fotografia, imagem – objectos para pensar com.
Ler | escrever. Fazer | pensar. Projectar | interpretar | manifestar.

Da Arquitectura – projecto-desenho  teoria-história  construção-tecnologia  cidade-território.
Da experiência artística do desenho, da prática disciplinar da arquitectura. Da condição plural da vocação da arquitectura.
Da possibilidade de teoria(s) da intervenção arquitectónica.


> objecto 3
Casa sobre as Dunas, Fernando Távora, Ofir, 1956  .  Boîte à Miracles, Le Corbusier, 1948  .  Ecohousing, Frei Otto, Berlin, IBA87  .  Capela de S. Pedro, Paulo Mendes da Rocha, São Paulo, 1987-89  .  Casa Ângelo Nobre, Aires Mateus Azeitão, 2001  .  Quinta da Tília, Pedro Maurício Borges, 2015. 

( “La clé, c’est regarder… / regarder / observer / voir / imaginer / inventer / créer”, LC, 15.8.63 )

Da Arquitectura – da arquitectura como construção de um lugar.
Casa, habitação, morada, edifício, ruína.

Produção do espaço.
Assentamento, espaço urbano, casa. Público, privado, colectivo, doméstico, íntimo, entre.
Casa urbana. Casa máquina de habitar. Casa maquinada.
Casa objecto, casa dos objetos, casa viva-casa que muda.

A casa baixa, média e alta (banda, bloco, edifício de galerias, unidade de habitação, torre.
Módulo habitacional. Mínimos funcionais da habitação. “Dissolução da estância”.
Unidades mínimas e unidades máximas de agregação. Suportes e sistemas.

Casa e dispositivos: ligação público-privado, interior, exterior/interior; do agrupamento, interior, exterior/interior; anulação do intimo/doméstico; flexibilidade e espaço aberto; "casa vacante”, espécies de espaços.

Figuras de interior: cerimónia, íntimo, privado, doméstico, boémio, social, nómada, rede (Georges Teyssot).


> objecto 4
Casa Ugalde, Josep Coderch, Caldes d’Estrac, 1951-53  .  Hexenhaus, Alison & Peter Smithson, Hessen, 1986-2003  .  Sea Ranch, MLTW, Costa Pacífico, 1963-66  .  Dominiacnian Motherhouse, Louis Kahn, Media, 1965-68  .  Teatrino Scientifico, Aldo Rossi, 1978  .  Médiathèque, Toyo Ito, Sendai, 1995-2001.

( “a casa move-se” – sobre arquitectura )

Da Arquitectura – experiência, autonomia, conhecimento, invenção, técnica, hospitalidade.
Da(s) prática(s) de arquitectura – projecto | investigação | escrita | obra.
“A investigação. Três apólogos” (André Chastel).
“Processo do conhecimento: comparação, classificação, metáfora” ( Juan Trillo Leyva).
“Os materiais da projectação” (Vittorio Gregotti).

Tópicos problemáticos da arquitectura: campo, paisagem, acontecimento; matéria, programa, forma, muro, processo, técnica, significado, sentido.
“O lugar da Arquitectura” (Alejandro Aravena).
“Madre Matéria” (Fernando Espuelas).
“El Árbol, el Camino, el Estanque, ante la Casa” (Luis Santa-Maria).


> objecto 5
Casas Schindler e Chace, Rudolph Schindler, Los Angeles, 1921-22 .  Pavilhão de Escultura, A. van Eyck, Arnhem, 1965-66  .  Duas Habitações, MVRDV, Utrecht, 1995-97  .  Bruder Klaus Field Chapel, Peter Zumthor, Mechernich, 2000-07.  Mixed-use Housing, Sergison Bates Architects, Wandsworth, 2004  .  Teshima Art Museum, Ryue Nishizawa, Teshima, 2011.

( progecto-de-arquitectura – aprender a modificar a circunstância, criando nova circunstância.)

Da Arquitectura – dimensões, espaço, forma e escala (Moore, Allen). 
Meio e paisagem. Materiais, sentido, percepção.

Da projectação – método, composição, figura; limites e intersecções.
Do projecto: vazio, invenção; desenho e modelo; tipo, topo-tipo, estrutura, arquétipo espacial, sequência formal, regra geradora, padrão, dispositivo, diagrama.
Da processo de desenho: infomação e cultura projectual.

Da Arquitectura – confiança na matéria numa condição experimental em arquitectura.
Da Arquitectura – pensar arquitectura, atmosfera e espacialidade.
“Arcaico e sublime” (J. Lucan).


> objecto 6
Hufeisensiedlung Britz, Bruno Taut/Martin Wagner, Berlin, 1925-30 San Marcus in the Desert, Frank Lloyd Wrigt, Near Chandler, Arizona, 1927-1929  .  Torres Blancas, Francisco Sáenz de Oiza, Madrid, 1964-68  .  Byker Wall, Ralph Erskine, Newcastle, 1968-82  .  Halls Residence University of St. Andrews, James Stirling, St. Andrews-Fife, 1964-68  . Unidade Habitacional, Jean Renaudie/Renée Gailhoustet, Ivry-sur-Seine, 1969-75  .  Viviendas en Urban-Galindo, Federico Soriano, Concurso Europan 6, Baracaldo, 2001

( casa: tema, variação, fuga)

Da cidade – continuidade, compactação, aglomeração, centralidade, fragmentação, dispersão, rede.
Cidade e edifício: cultura da cidade e sinais de arquitectura.
Edificação e norma: residência e fenomenologia urbana, regulamento, processo, desenho.

Do conceito de habitação: complexos residenciais, modelos anti-rua, modelo do continuo fechado e marginal à rua, modelo das bandas em disposição aberta, complexos abertos, sistemas de indeterminação.

Da morfologia da habitação: invariante, repetição, variação, série, combinação, agrupação, associação; mínimos funcionais; unidades mínimas de agregação; unidades máximas de agregação.
Casa e dispositivos: ligação público-privado, interior, exterior/interior; partição, disposição, distribuição; anulação do íntimo/doméstico; flexibilidade e espaço aberto; "casa vacante”, espécies de espaços.

“Arquitectura corrente” (Nicolaas Habraken).
“Grelha e espaço genérico” (Bernard Leupen)
Construído e transformação, estratégias de confrontação (“Re-habitar”, Xavier Monteys).


> objecto 7
House, Walter Segal, Cambridgshire, 1970  .  La Mémé, Lucien Kroll, 1970-72  .  Slow House, Diller+Scofidio, 1991 . Casa unifamiliar, Anne Lacaton/Jean-Phillippe Vassal, Dordogne, 1997  .  Garden & House, R. Nishizawa, Tokio, 2006-11 .  Family Houses Rudrapur, Anna Heringer, 2006.

( processo e jogo . desenho e intervenção . continente e dissolução da estância )

Da Arquitectura – Política e comum. Casa de massas . Regimes domésticos.
Casa de massas, indeterminação e projecto.
Da habitação: casa de um, habitação para todos, edificação de massas
Casa de todos, casa de ninguém. Casa artifício. Casa máquina de habitar. Casa maquinada.
“Arquétipos espaciais da habitação” (Gilles Barbey).

Tipo, topologia, dispositivo tipo-topológico. Invariante, repetição, variação, série, associação, combinação, agrupação.
Habitação e unidade mínima: funcional, automático, normalizado, portátil, virtual.
Identidade e indeterminação. Suportes e unidades variáveis, sistemas abertos, unidades simples, unidades complexas, peças híbridas, incisões. Flexibilidade enquanto dispositivo.

Corpo e interior: convenção, medida, material, superfície, muro, limiar, passagem, umbral, percurso.
Casa oficina. Casa prótese. Casa laboratório. Casa rede.
Casa, rosto e hospitalidade. Casa, pessoa e acolhimento.

Processo de desenho, informação, associação, participação.
“The systematic design of supports" (Habraken).
“A Pattern language” (Christopher Alexander).
“Building the unfinished” (Lerup).
“Pro-Domo” (Yona Friedman).
“Plus” (Anne Lacaton-Jean-Phillippe Vassal).


> móbil
Fernando Távora, desenho de Álvaro Siza, s/d . The Environment-Bubble, F. Dallegret/R. Banham, 1965  .  Villa Além, Valerio Olgiati, 2014 . Escola em Niger, fotografia de Jean-Philippe Vassal  .  Home for All, Smiljan Radic, 2011

( "Uma escola do Porto por conhecer" .  Coup de dés, Stéphane Mallarmé. )

“o que é a arquitectura?”. “A infinita repetição da pergunta”.
Da Arquitectura – casa, identidade em fuga, metamorfose.
Fazer, pensar, conhecer arquitectura.
Metamorfose, intersecção, deformação, confrontação.

“Desculpem os desconfortos, estamos transitando para um novo paradigma” (José Luis Pardo)


Bibliografia Obrigatória

ed.: B Lleó, C Garcia; Aproximaciones a la Investigación en Arquitectura, Madrid: Nobuko, , 2012
BENJAMIN, Walter; Imagens de Pensamento, (trad.: J. Barrento)., Lisboa: Assírio & Alvim, 2004
ESPUELAS, Fernando; Madre Matéria. Escritos de arquitectura, Madrid: Ed. Lampreave, 2009
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix; O que é a filosofia?, Lisboa: Presença editora, 1992
LAAN, Hans van der; L'Espace Architectonique. Quinze leçons sur la disposition de la demeure humaine, Leiden: E.J.Brill, 1989
LUCAN, Jacques; Composition, Non-composition. Architecture et theories, XIXe. – XXe. Siècles, Lausanne: Presses Polytechniques et Universitaires Romandes, 2009
LUCAN, Jacques, ; Précisions sur un État Présent de l’Architecture, Lausanne: Presses Polytechniques et Universitaires Romandes, , 2015
MONEO, Rafael; Apuntes sobre 21 Obras, Barcelona: editorial Gustavo Gili, 2010
SANTA-MARIA, Luís; El Árbol, el Camino, el Estanque, ante la Casa, Barcelona: FCA, 2004
SIZA, Álvaro ; Álvaro Siza, 01 textos (ed.: Carlos Morais), Porto: Civilização editora, 2009
SOLÀ-MORALES, Ignasi de; Los Artículos de Any, Barcelona: Fundación Caja Arquitectos, 2009
ed.: Kate Nesbit; Theorizing Architecture Theory. An anthology of architectural theory (1965-1995), New York: Princeton Architectural Press, 1996
TRILLO de LEYVA, Juan Luís; Argumentos sobre la Contiguidade en la Arquitectura, Sevilla: Universidad de Sevilla/Secretariado de Publicaciones, 2001
VALDERRAMA APARICIO, Luz; La Construcción de la Mirada: Trés Distancias, Sevilla: Universidad de Sevilla/Secretariado de Publicaciones, 2004
van EYCK, Aldo; Collected Articles and other Writings 1947-1998 (ed.: V. Ligtelijn, F. Strauven). , Amsterdam: Sun Publishers, 2008
VIDLER, Anthony; James Frazer Stirling. Notes from the archive , New Haven: Yale University Press, 2010
ed.: J. Dehs, M Esbensen, C. Pedreden ; When Architects and Designers Write Draw Build? Essays on Architecture and Design research , Aarhus: Arkitektskolens Forlag, 2015

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

O estudo da arquitectura provoca-se pelo projecto. Na distância ao projecto e ao construído, aos seus processos, o conhecimento da arquitectura provoca-se pela investigação sobre os documentos de arquitectura, para recolher matéria teórica e crítica que argumentam e validam o desenho como um modo de compreender, agir e conhecer, o qual permite a intervenção e a interpretação no e do meio físico.
Enunciar, observar, projectar serão simultaneamente argumento e instrução, momentos e técnicas do ou de um processo de investigação. Assim, a dinamização de um projecto de investigação elevar-se-á como suporte agitador do quadro ensino-aprendizagem: praticável de aprendizagens, objecto de estudo, objectivo na aprendizagem.

Duas sessões semanais de 1,5 hora, teórica e teórico-prática, compreendidas como espaço de seminário: aula magistral para exposição de matéria; aula expositiva participativa; sessão de estudo acompanhado problematizante de coordenadas, tópicos ou temas do programa; sessão de orientação tutorial de trabalhos teórico-práticos; sessão para concertação, desenvolvimento e avaliação do trabalho.

Para um processo de conhecimento elaborado com experiência, recorre-se a três acções de natureza teórico-prática, autónomas ainda que interagidas:

I “Caderno” . Livro-de-artista, (re)formulação e actualização contínuas, da aprendizagem individual, plano e detalhe (a construção continuada, persistente e regular; a comunicação rigorosa, organizada e detalhada) da evolução do programa-processo de estudo pensado-traçado-experimentado por cada estudante no enquadramento programático-temático aberto e iniciado nas sessões teóricas. Exposição/arrumação participada/informada pelo acompanhamento contínuo.

II “Mesa desordenada” . Praticável de trabalho das unidades de grupo para comunicação efectiva, organizada, rigorosa, registada, do estudo efectivo dos tópicos dos nove módulos do programa, abertos e iniciados nas sessões teóricas. Sessão de acompanhamento em aula teórico-prática, de estudo complementar.

III “Compêndio” . Registo do estudo previamente protocolarizado entre os estudantes integrantes da unidade grupo. 'Atlas', do mapeamento de produção individual ou colaboração-concertação entre elementos do grupo – (in)formadores de todos os módulos estruturantes do programa. 'Manual' “o que é a arquitectura?, produzido pela expressão-instrução-argumentação de materiais resultado da exploração e concertação críticas das aprendizagens individuais de cada elemento constituinte de unidade grup. Exposição/arrumação com orientação tutorial.

Na duração do ano lectivo, “caderno”, “mesa desordenada” e “compêndio” abrem à arquitectura de um espaço de formação (e) de hipóteses de trabalho / de estudo / de problema, a partir de propostas de arquitectura (autor, obra, geração, círculo geo-cultural e/ou disciplinar) seleccionados, caracterizadas e ponderadas individualmente, e priorizadas e confrontadas em grupo, no curso de cada semestre.

Leitura, desenho, escrita, imagem, modelo; estudo bibliográfico, pesquisa de caso; percurso | estadia em espaço real ensaiam o (re)conhecimento de “materiais” de projecto pessoal; (es)forçam uma síntese de pensamento | observação | conhecimento tendente à criação da estação pessoal que projecta a resolução do problema “o que é a arquitectura?”.

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Componentes de Avaliação

Designação Peso (%)
Participação presencial 10,00
Prova oral 20,00
Trabalho de campo 20,00
Trabalho escrito 25,00
Trabalho laboratorial 25,00
Total: 100,00

Obtenção de frequência

É pré-requesito para obtenção de frequência da unidade curricular a presença em pelo menos 75% das aulas teórico-práticas efetivamente dadas, informada da assiduidade nas aulas teóricas.

A avaliação da matéria leccionada na unidade curricular associa três componentes: componente B (mesa desordenada), acções – escrita e/ou oral no tempo de aula –, de avaliação individual de conhecimento, visando a verificação do rigor/sustentação da experiência de estudo individual sobre matérias sumariadas, feita aula a aula; componente A (“caderno”) e componente C (“compêndio”), acções de natureza teórico-prática com momento de avaliação intercalar no final de cada semestre, e avaliação e classificação final, visando o argumento, a evolução e a autonomia do aprendizado na abordagem, tematização e problematização efectivas do programa.

A avaliação inferior a 9,5 valores nas componentes A e C, ainda que positiva na componente B, significa reprovação sem recurso. A avaliação superior a 8,0 valores em A e C e positiva em B, permite a realização de prova de recurso, escrita, sobre toda a matéria sumariada, reservando-se as classificações nas componenetes A e C para o cálculo da classificação final conforme aos índices de ponderação.

Fórmula de cálculo da classificação final

A classificação final calcula-se pela soma dos parciais obtidos pela aplicação dos fatores de ponderação atribuídos à classificação final em cada uma das componentes de avaliação: componente A, individual, 45%; componente B, grupo e individual, 30%; componente C, de grupo, 30%.

A regularidade, continuidade, persistência na determinação, organização e condução de opções de estudo, e/ou a originalidade e consistência na avaliação e autonomização de construção teórica e desenvolvimento operativo de situações de estudo suporte da arquitetura da investigação, constituem fator de bonificação da classificação final até 1,0 valores.

Avaliação especial (TE, DA, ...)

De acordo com a legislação aplicável em vigor.

Os alunos que por lei estão dispensados da presença nas aulas terão de cumprir a componente A ("caderno"), bem como o desenvolvimento da componente C (“compêndio”), apresentados e problematizados em pelo menos cinco sessões por semestre, e sujeito a apresentação e defesa presencial no fim de cada semestre; eventualmente, podem eventualmente prescindir da componente B (“mesa desordenada”) nas restantes aulas teórico-práticas.

Melhoria de classificação

A classificação da componente B (mesa desordenada) de avaliação pode ser objeto de melhoria pela realização de uma prova escrita, versando a matéria sumariada.

Observações

No Sigarra, nos conteúdos da UC, ao longo do ano, serão anexados documentos complementares desta ficha, nomeadamente sobre programa, bibliografia, métodos de ensino.

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