Ao contrário do que se possa pensar, o complexo da Piscina de Leça da Palmeira, desenhado e construído entre 1960 e 2021, não foi concebido como um projeto único, mas sim resultado de consecutivas encomendas e revisões que foram ditando o crescimento paulatino do conjunto balnear, desde a edificação de um tanque de marés até à sua recente renovação e extensão para norte.
Nenhum sítio é deserto ilustra as múltiplas vidas de uma das mais emblemáticas obras da arquitetura do século XX, integrando um conjunto de elementos desenhados, fotográficos, audiovisuais, maquetas e objetos – muitos deles inéditos – que nos permitem reconstituir uma narrativa crítica do processo de projeto, construção e reabilitação do edifício ao longo das últimas seis décadas.
Paralelamente, é apresentado um conjunto de fotografias de obras de Álvaro Siza inscritas na lista indicativa do Património Mundial, que integraram a Exposição 'Porto Poetic' com curadoria de Roberto Cremascoli, organizada pela Ordem dos Arquitectos - Secção Regional do Norte.
A Exposição inclui fotografias de Brigitte Fleck, Roberto Collovà, Giovanni Chiaramonte, Mimmo Jodice, Luís Ferreira Alves, Alessandra Chemollo, José Rodrigues, Fernando Guerra, João Morgado, Nicolò Galeazzi, Marta Ferreira e Inês d’Orey.
A iniciativa enquadra-se no projeto da FAUP financiado através da iniciativa 'Keeping It Modern' da Fundação Getty, e integrada na Cátedra UNESCO "Património, Cidades e Paisagens. Gestão Sustentável, Conservação, Planeamento e Projeto", atribuída à Universidade do Porto através da FAUP.
A iniciativa integra o programa de celebração dos 40 anos da FAUP.