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Laboratório de Investigação. Diálogos entre a Prática e a Didática em Arquitetura

Código: 50146C5     Sigla: LIDPDA

Áreas Científicas
Classificação Área Científica
CNAEF Arquitetura e urbanismo

Ocorrência: 2021/2022 - 1S Ícone do Moodle

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Arquitectura (A)
Curso/CE Responsável: Mestrado Integrado em Arquitetura

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
MIARQ 5 MIARQ 4 - 3 - 81
5

Língua de trabalho

Português

Objetivos

Enquadrar e orientar uma iniciação às práticas de investigação em Arquitetura, através de um processo crítico e de consciencialização no auxílio e aprofundamento das perspetivas, temáticas e interesses dos estudantes.

.

Resultados de aprendizagem e competências

Reforço da autonomia do estudante na aquisição de competências na organização do conhecimento, experimentando e melhorando, sucessivamente, as capacidades organizativas do saber próprio e disciplinar, perspetivando a ação comunicativa, particularmente na relação entre o domínio da imagem, a força da palavra e a consistência da argumentação.



Modo de trabalho

Presencial

Programa

O Lab.I.DiPDArq propõe, este ano letivo, a reflexão acerca da temática do “Habitar o Futuro: Arquitetar (n)o Corpo, (n)a Casa, (n)a Cidade, (n)o Cosmos” (HF.A4Cs). Pela tríade Filosofia-Arte-Ciência –ética-estética-técnica ou Humanidades, Artes e Tecnologias–, as múltiplas e relacionais dimensões e disciplinas do tema serão potenciadas pelo cruzamento de dois planos fundamentais, pautados por dois ciclos de palestras/conferências:

  1. O “(E)DUCERE: complexos, implexos e reflexos (EDU.cir);
  2. O “Mapas e Diálogos na Arquitetura Contemporânea” (MDArC).

EDU.cir: Corpo>Casa>Cidade>Cosmos

O ciclo EDU.cir, como território epistemológico transdisciplinar, visa reforçar o campo teórico da Arquitetura, através do diálogo com outros saberes, suas imanências, composições e referências, potenciando a reflexão e o discernimento sobre as dimensões fundacionais, constitutivas e comunicacionais do Conhecimento, hoje, na era da informação e numa sociedade em rede. A abordagem acerca dos valores, das subjetividades e das substâncias, entre as singularidades e a pluralidade, trabalhará no(s) território(s) Corpo, Casa, Cidade e Cosmos.

MDArC: Imaterial>Visual>Visível>Acessível>Material>Háptico>Sensível

O ciclo MDArC configura um domínio experimental e laboratorial no qual se explora a exemplaridade das competências próprias da produção e da investigação em Arquitetura. São múltiplas e tão multiformes as concretizações da arquitetura contemporânea, quão díspares serão os contextos em que estas se realizam, bem como diversificadas as tecnologias de produção implicadas e, naturalmente, os métodos praticados. É nesta perspetiva que o MDArC ganha corpo como hipótese de reconhecimento e divulgação das experiências do fazer neste domínio. A abordagem às respetivas valências, ambiguidades e concretizações serão (re)conhecíveis num/a espetro/escala alargado/a do Imaterial ao Sensível, passando pelo Visual, o Visível, o Acessível, o Material e o Háptico.

A investigação HF.4Cs tem como objetivo o (re)conhecimento da complexidade, dos desafios e das oportunidades para, com ponderação e equilíbrio, Imaginar, Substanciar e Orientar as qualidades, as interações e as iterações Corpo-Casa-Cidade-Cosmos do Habitar o Futuro, particularmente na perspetiva da preservação dos valores ambientais e humanos e da transformação das realidades urbano-territoriais e paisagísticas, bem como da atualização da arquitetura, suas valências, programas, materialidades e usos.

Por questões metodológicas, oportunidade e exemplaridade, os objetivos propostos poderão incidir numa base territorial concreta, por forma a que as respetivas circunstância e contexto potenciem, estratégica e operativamente, a programação, os projetos e as soluções a implementar.

É certo que habitar o futuro, é habitar, hoje, aqui e agora. Será também certo que este tópico ou questão nos desloca para um registo intelectual, científico e/ou psicológico-emocional de instabilidade, incerteza e, até, de uma certa ambiguidade, entre a angústia e a esperança. Contudo, o que a temática/investigação HP.4Cs perspetiva é a experiência de um ensaio, como enunciado de um campo de ponderação e equilíbrio, entre a avaliação do que existe e a imaginação do que pode vir a existir, sobre os sentidos, as lógicas e as vivências da existência humana no ecossistema terrestre e, até, antes ou fora dele.

A junção multidisciplinar da Arquitetura, ultrapassadas as qualidades da primeira estranheza, potenciará os desafios e a esperança, de razão ou intuídos, como a especial energia com a qual queremos ligar e lidar, quer com a emergência das linguagens e das coisas, quer com as próprias representações e práticas dessa demanda do Habitar o Futuro. É, assim, o objetivo metodológico “caminhar lado a lado”, umas vezes “frente a frente”, outras vezes “de costas viradas”, mas, sobretudo, fazendo acontecer os pontos e os momentos de cruzamento adequados, cujas energias possam substanciar e orientar esse amanhã, hoje. Estamos certos de que, entre as teorias e as práticas de cada uma destas áreas disciplinares, encontraremos os temas, os domínios e o dialógico que nos possa unir ou, simplesmente, relacionar, especialmente no plano operativo Corpo-Casa-Cidade-Cosmos: sendo certo que, mais do que um plano, será uma superfície, um volume ou, até, quatro campos que gerarão múltiplos outros territórios/domínios de interesse e de interceção, com suas próprias contradições ou controvérsias, ambiguidades e fertilidades, das quais emergirão as hipóteses propositivas sobre esse habitar que desejamos. Sem vontade não há disciplina, mesmo que haja “laboratório”.

Como energia complementar, para além das forças, formas e funções da realidade territorial (política, económica, social e cultural) com que iremos trabalhar, teremos o espectro disciplinar, considerado, da Arquitetura, do imaterial ao sensível, como registo de maior subjetividade, passando pelo visual, visível, acessível, material e háptico, como registos mais objetiváveis.

Esta consciência em permanente construção do que é habitar o futuro pressupõe uma compressão espaço-tempo, na qual o passado, o presente e o futuro coincidem, particularmente pela eficácia e generalização das redes de telemática, comunicação, internet... condição de ubiquidade, por teletrabalho, coworking e/ou cohousing…

O objetivo do/a estudo/investigação das temáticas do HF.4Cs é o da formulação de um enunciado, experiencial, potenciado pelo “sentido dos sentidos” do que é e pode vir a ser o habitar humano no ambiente e ecossistema que nos integra e enquadra, suas múltiplas escalas, desde a local à global, tendo em conta o domínio das “Cidades inteligentes e com impacto neutro no clima” (Climate-neutral and smart cities).

O trabalho a desenvolver perspetiva o questionamento e a simultânea vigilância do Habitar o Futuro, com ponderação e do equilíbrio, reconhecendo as múltiplas qualidades de:

  1. a direção, pelas leituras interpretativas;
  2. a lógica, pela construção de argumentos;
  • a experiência, através de eventuais demonstrações.

Campos de Estudo

Os campos de estudo nos quais a investigação a HF.4Cs se desdobra, tendo em consideração o domínio das “Cidades inteligentes e com impacto neutro no clima”, organizam-se sob três registos de orientação operativa:

  1. uma vontade política;
  2. uma disciplina programática e metodológica;
  • um laboratório projetual vocacionado para ações concretas.

CORPO-CASA

Entre o visível e o sensível da Arquitetura, passando pelo acessível, o material e o háptico, no ce.Corpo-Casa serão trabalhados os domínios da tecnologia, das funcionalidades, dos materiais e do design dos equipamentos e do mobiliário no espaço habitacional, interior e exterior, com especial enfoque nas instalações sanitárias, nas cozinhas e nas lavandarias, respetivos abastecimentos, descargas e concretizações.

Os desafios são a composição dos materiais (recursos, transformação, produção, distribuição e manutenção) e a respetiva pegada ecológica…, madeira, compósitos, nanotecnologia…, suas qualidades ergonómicas, de resistência e durabilidade, energias e desperdícios.

CASA-CIDADE

Entre o visual e o háptico da Arquitetura, passando pelo visível, pelo acessível e pelo material, no ce.Casa-Cidade serão trabalhados os domínios das infraestruturas urbanas, do espaço público, dos modos de associação das unidades habitacionais, isoladas e/ou agrupadas, suas organizações internas, de articulação e transição. Para além disso, serão abordadas as questões energéticas, de recolha e tratamento de resíduos domésticos e urbanos.

Os desafios são os da organização e compatibilização das diversas redes infraestruturais, programáticas e funcionais, suas modalidades, extensões e impactos, no espaço urbano e no território.

CIDADE-COSMOS

Entre o imaterial e o material da Arquitetura, passando visual, pelo visível e pelo acessível, no ce.Cidade-Cosmos serão trabalhadas as questões ambientais, dos recursos e respetiva otimização, particularmente na constituição e composição do território e da paisagem.

Bibliografia Obrigatória

Michel Foucault; O que é um autor?. ISBN: 978-972-699-303-2
Rafael Moneo; Inquietud teórica y estrategia proyectual. ISBN: 84-95951-68-1
Álvaro Siza Vieira; Immaginare l.evidenza. ISBN: 88-420-5616-2
Alexandre Alves Costa; Textos datados. ISBN: 972-99821-4-9
Manuel de Solà-Morales; De cosas urbanas. ISBN: 978-84-252-2260-3
Manuel Castells; The information age. ISBN: 1-55786-874-3
Nuno Portas; Arquitecturas. ISBN: 972-9483-72-8
Italo Calvino; Palomar. ISBN: 978-972-695-869-7
Rem Koolhaas; Nova York delirante. ISBN: 978-85-7503-606-8

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

Para o aprofundamento das temáticas expostas ou despoletadas, cada aula será composta de três partes: i) exposição de matéria –sessões temáticas- pelos docentes; ii) apresentação de 3/4 trabalhos individuais em curso; e iii) diálogo aberto a propósito.

A frequência da uc pressupõe a realização de três exercícios:

  1. Composição - perspetivando a ação comunicativa, deve constituir-se como uma síntese: uma página A4, composta por imagem, uma palavra e um texto (até 250 palavras).
  2. Ação comunicativa através de duas sessões de apresentação (com suporte tipo ppoint), valorizando a relação texto-imagem.
  3. Ensaio - perspetivando a ação reflexiva, deve constituir-se como um enunciado temático: predominantemente escrito (até 10.000 caracteres em formato A4 e potenciando a relação texto-imagem; deve incluir: capa, título (subtítulo), resumo (250 palavras), palavras-chave (três), introdução, desenvolvimento e conclusão, fontes bibliográficas e fontes iconográficas.

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Componentes de Avaliação

Designação Peso (%)
Participação presencial 25,00
Trabalho escrito 40,00
Trabalho laboratorial 35,00
Total: 100,00

Componentes de Ocupação

Designação Tempo (Horas)
Apresentação/discussão de um trabalho científico 8,00
Estudo autónomo 14,00
Frequência das aulas 21,00
Trabalho de investigação 14,00
Trabalho escrito 12,00
Trabalho laboratorial 12,00
Total: 81,00

Obtenção de frequência

Participação em pelo menos 75% das aulas e entrega dos respetivos trabalhos.

Fórmula de cálculo da classificação final


A classificação decorrerá da Avaliação conjunta do nível de participação nas aulas (25%) das acções comunicativas / sessões de apresentação (25%) e dos trabalhos escritos / Composição + Ensaio (50%)

Melhoria de classificação

A melhoria da classificação final implica a revisitação crítica e a reelaboração do Ensaio realizado pelo aluno, conforme os casos e sob anuência e orientação do docente.

Observações

A Unidade Curricular Lab.I.DiPDArq disponibiliza 20 vagas. A selecção dos candidatos para preenchimento das vagas é efectuada por avaliação do percurso académico do estudante e por apreciação de Carta de Motivação que os candidatos queiram enviar (via e-mail institucional) aos regentes da UC até ao final do período de inscrição.

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