Código: | 50135C5 | Sigla: | 50135C5 |
Áreas Científicas | |
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Classificação | Área Científica |
CNAEF | Arquitectura e urbanismo |
Ativa? | Sim |
Unidade Responsável: | Arquitectura (A) |
Curso/CE Responsável: | Mestrado Integrado em Arquitetura |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
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MIARQ | 30 | MIARQ | 4 | - | 3 | - | 81 |
5 |
Neste momento, mais de metade da população mundial habita em áreas urbanas, sendo que cerca de um quarto desse número reside em condições de precariedade extrema e uma porção adicional enfrenta lacunas relevantes no seu habitat. As estimativas parecem apontar para que essa percentagem tenha diminuído, mas os números terão aumentado, sendo que a iniquidade de rendimentos económicos também se terá acentuado, em especial nas economias tidas como mais desenvolvidas.
Desta forma, o debate em torno da equidade constitui uma questão de escala global, dos países do Norte aos do Sul, sendo que a actuação no ambiente construído em prol de espaços mais equitativos e do acesso democrático aos recursos urbanos constitui, cada vez mais, um desafio para arquitectos e urbanistas.
Perante as mais recentes e contrastantes dinâmicas globais de urbanização, e os actuais desafios profissionais colocados a nível internacional, pretende-se com esta unidade curricular criar um campo de discussão teórica e prática em torno da espacialização da pobreza e das disparidades nesse processo de urbanização, das preocupações sociais no campo disciplinar da arquitectura e do urbanismo, assim como das limitações e potencialidades das políticas redistributivas, de interesse social e de gestão equitativa do ambiente construído.
Assim, propõe-se aqui o estudo das disparidades nos processos de produção e gestão do ambiente construído, nomeadamente discutindo a visibilidade e o papel das faixas populacionais de menores rendimentos económicos, tanto focando nos contextos não-ocidentais (nas experiências da América Latina, Ásia e África) como nas áreas críticas dos contextos ocidentais (na evolução das políticas de interesse social e na sua situação actual).
Pretende-se portanto estabelecer um entendimento alargado das questões relacionadas com o processo de urbanização, através não só da discussão de condições extremas de disparidades e/ou limitação de recursos, mas também de enquadramento em mecanismos de gestão de múltiplos actores. Nestes contextos, o exercício profissional do arquitecto/urbanista raramente é colocado apenas numa relação cliente – prestador de serviços, mas multiplicam-se antes os intervenientes no processo de decisão, englobando recorrentemente entidades tais como estruturas públicas de regulação do território e de interesse social (a nível central, municipal e/ou local), financiadores externos, agências internacionais, organizações não-governamentais, associações locais e/ou habitantes, colocando o arquitecto/urbanista no papel de mediador e facilitador.
Propõe-se assim a construção de um olhar informado sobre realidades paradoxais, discutindo metodologias e instrumentos de intervenção, constrangimentos e potencialidades, experiências e orientações estratégicas de trabalho em equipas alargadas.
Mais do que uma leitura histórica das diferentes abordagens ao planeamento urbano e regional, com esta disciplina pretende-se antes dotar os alunos de ferramentas de leitura e problematização de contextos complexos e profundamente contrastantes, assim como de instrumentos práticos para o exercício profissional nestes enquadramentos paradoxais.
Pretende-se portanto contribuir para a construção individual de uma posição informada e de uma consciência crítica face a questões globais, assim como para o desenvolvimento de competências que permitam encarar desafios profissionais em contexto internacional, em que se coloque perante situações de abundância ou escassez de recursos, com o papel de mediador e facilitador.
Propõe-se um método de ensino multifacetado através de várias abordagens complementares, que produzam a construção de um olhar crítico e proactivo:
- transmissão oral de conteúdos e exposição de informação em diversos formatos, de descrições a informação gráfica e multimédia;
- exercícios na aula de discussão de casos e de simulação de situações de intervenção – “role-playing exercises” - onde serão abordados os papéis de diversos agentes intervenientes no processo de gestão do ambiente construído e simulados os conflitos e mecanismos de mediação e negociação, promovendo não só a participação activa dos estudantes nas actividades desenvolvidas durante a aula, como também a compreensão e ilustração de processos complexos de decisão;
- apresentação de casos reais de implementação de programas por convidados de reconhecido mérito académico e/ou profissional, com experiência prática nos temas abordados.
Neste enquadramento, espera-se que esta unidade curricular contribua para o reforço das iniciativas de internacionalização ao nível da investigação e transferência de conhecimento, nomeadamente pela colaboração com parceiros internacionais.
Designação | Peso (%) |
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Teste | 50,00 |
Trabalho escrito | 50,00 |
Total: | 100,00 |
Designação | Tempo (Horas) |
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Frequência das aulas | 30,00 |
Total: | 30,00 |