Código: | 300302 | Sigla: | 300302 |
Áreas Científicas | |
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Classificação | Área Científica |
CNAEF | Arquitetura e urbanismo |
Ativa? | Sim |
Unidade Responsável: | Arquitectura (A) |
Curso/CE Responsável: | Mestrado Integrado em Arquitetura |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
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MIARQ | 168 | MIARQ | 2 | - | 9 | - | 243 |
A História da Arquitectura tem de ser entendida enquanto arte que vai serenamente assumindo corpo científico, e não como um mero relato de edifícios, cidades, humanização da paisagem natural ou um relato de tudo quanto o Homem foi construindo com a necessidade básica de se proteger, de criar o seu HABITAT.
A História da Arquitectura Moderna tem por alvo o estudo da arquitectura que é genericamente abrangida pela arquitectura clássica. Dos fins da Idade Média até ao Neo-classicismo é o período visado por esta unidade curricular.
Os documentos da História da Arquitectura Moderna são privilegiadamente os testemunhos feitos de “pedra e cal”. A montante dos artefactos, reside uma das especificidades disciplinares da História da Arquitectura: perceber como o arquitecto/construtor, correspondendo às ideologias de cada época e utilizando os meios materiais de momento, soube lidar com o confronto entre o problema e a sua resolução.
Para o conhecimento da Arquitectura concorrem também os documentos escritos e desenhados dos quais, por vezes, se relevam dados susceptíveis de levantamento de outras hipóteses interpretativas, que não as convencionadas.
Ler arquitectura, para quem aspira ser projectista de arquitectura, é uma das árduas tarefas que se impõem. Nem sempre a leitura é a mesma para pessoas com a mesma formação. Interessa, pois, criarem-se critérios de leitura e reflexão, ou seja, de avaliação credível e responsável.
Ainda que a disciplina tenha o nome de História, é sempre no sentido do conhecimento do mundo das formas e dos seus significados que o estudo de arquitectura se pode tornar mais apelativo.
A sistematização do conhecimento alicerça-se na memória e no raciocínio, apoia-se em pontos comuns ou afins de modos díspares de arquitectar. São pontos, como que bases de partida e retorno ao exercício da concepção, “memórias colectivas” de uma história comum sem as quais a inteligência criativa não poderia desenvolver-se. A inteligência não se exerce sem o auxílio da memória. E, para nós, arquitectos, a inteligência emotiva não será, por certo, a menos importante.
As bases de estudo serão prioritariamente as legadas por historiadores, cujo saber e métodos científicos nos continuam a ser indispensáveis. No entanto, através da História, no seu sentido mais estrito, temos por obrigação saber detectar os sinais arquitectónicos, os sinais de desenho que o homem foi deixando ao longo da sua existência. Traços que perfizeram a arquitectura que se concretizou, traços da arquitectura que quis ser e não se fez tendo ficado somente em suporte bidimensional, traços da arquitectura irrealizável à época em que foi idealizada. Assim, o Desenho, como disciplina autónoma e exacta na sua síntese única, é também o instrumento privilegiado para analisar o conteúdo e o continente das obras a estudar.
É isto tão só o que esta unidade curricular se propõe: estimular o desejo e empenho do futuro arquitecto no estudo de Arquitectura.
1. Tradição construtiva Medieval e Renascimento. Moderno vs Antigo e Gótico vs «Ao Romano». Renascimento e «antiguidade» – Filarete. Renascimento e «modernidade» – Palladio
2. Filippo Brunelleschi (1337-1446). O proto-renascimento: entre a tradição medieval e o renascimento da antiguidade.
3. Alberti (1404-1472) e a arquitectura romana (I)
4. Tratadística: A teoria da Arquitectura nos Tratados (I)
5. Tratadística: A teoria da Arquitectura nos Tratados (II)
6. Tradição clássica [templos gregos e romanos; ordens clássicas]
7. Bramante (1444-1514), o arquitecto ruinante
8. Basílica de São Pedro (desde a basílica Constantiana até Michelangelo) I
9. Michelangelo (1475-1564) e os seus contemporâneos (a Basílica de São Pedro)
10. Michelangelo (1475-1564): teoria e prática da arquitectura no século XVI
11. Baldassare Peruzzi (1481-1537)
12. Giulio Romano (1499-1546)
13. Serlio e a Serliana (1475-1554)
14. Palladio I (1508-1580)
15. Palladio II (1508-1580)
16. Basílica de São Pedro (de Michelangelo até Carlo Maderno) II: Concílio de Trento e cisão na igreja.
17. Inigo Jones e o Palladianismo (1573-1652)
18. Juan de Herrera (1530-1593)
19. A ideia de Maneirismo
20. A ideia de Barroco (Classicismo em França, Barroco em Itália)
21. Bernini (1598-1680) e Borromini I (1599-1667)
22. Bernini (1598-1680) e Borromini II (1599-1667)
23. Basílica de São Pedro (desde a basílica Constantiana até Bernini) III
24. Fischer von Erlach (1656-1723)
25. Friedrich Weinbrenner (1766-1826) ou Claude-Nicolas Ledoux (1736-1806)
26. Thomas Jefferson (1743-1826) ou Karl Friedrich Schinkel (1781-1841)
A disciplina divide-se em duas partes: teórica-prática e prática.
Teórica: a exposição da matéria constante do programa é feita através de uma aula teórica semanal, com o auxílio sistemático da imagem. É proposta aos alunos uma leitura da fenomenologia arquitectónica, respeitando a sequência cronológica. É também proposto que os alunos realizem visitas de estudo, de acordo com as possibilidades e gostos pessoais, com o objectivo de tomarem contacto directo com alguns dos momentos da história da arquitectura e do urbanismo portugueses, interpretando-os e registando-os, através do desenho, utilizado como processo analítico.
Teórico-prática: na parte teórico-prática da disciplina, os alunos, organizados em grupos, realizam um trabalho com a duração do ano lectivo. Cada trabalho pressupõe o estudo aprofundado de um tema específico relacionado com a matéria do programa, implicando pesquisas diversificadas. É proposta aos alunos uma leitura reflexiva e minuciosa dos diversos aspectos da arquitectura clássica, tentando complementar, ainda que parcialmente, a visão generalista da matéria teórica.
Designação | Peso (%) |
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Participação presencial | 20,00 |
Prova oral | 20,00 |
Teste | 30,00 |
Trabalho de campo | 15,00 |
Trabalho escrito | 15,00 |
Total: | 100,00 |
Designação | Tempo (Horas) |
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Estudo autónomo | 68,50 |
Frequência das aulas | 74,50 |
Trabalho de campo | 50,00 |
Trabalho de investigação | 50,00 |
Total: | 243,00 |
É pré-requisito da unidade curricular a assiduidade de pelo menos 75% da presença nas aulas teórico-práticas.
A classificação negativa em T e positiva em TP permite a realização de uma prova de melhoria em Julho, ficando reservada para ponderação final a nota em TP.
A classificação negativa em TP, ainda que positiva em T, acarreta reprovação sem qualquer recurso.
É pré-requisito da unidade curricular a assiduidade de pelo menos 75% da presença nas aulas teórico-práticas.
A avaliação é distribuída sem exame final e reflectirá as duas partes em que se divide a disciplina. A avaliação da parte teórica é feita através de dois testes, escalonados no tempo de duração do período lectivo, e é traduzida por uma nota INDIVIDUAL (T). A avaliação da parte teórico-prática incidirá sobre um trabalho de natureza prática (com dois momentos de avaliação intercalares e um final) e é traduzida por uma nota COLECTIVA (TP) do grupo que o realizou.
Os trabalhos práticos poderão ser objecto de uma bonificação (de + 0,5 valores ou de + 1 valor) da nota em função do desempenho do grupo, numa apresentação final em formato “pecka-kucha (20X20)” que será objecto de apreciação colectiva pelo grupo docente.
A classificação positiva em T e em TP traduz-se numa nota final resultante da média aritmética das classificações obtidas, desde que a diferença entre ambas seja igual ou inferior a 4 valores.
Caso a diferença entre a classificação positiva em T e em TP seja superior a 4 valores, a classificação mais baixa contribuirá em 70% e a classificação mais elevada em 30% no cálculo da média final.
A classificação negativa em T e positiva em TP permite teste de recurso em Julho e, em caso de avaliação compreendida entre 7,5 e 9,5, a realização de prova oral, ficando reservada para ponderação final a nota em TP.
A prova oral destina-se exclusivamente a verificar os conhecimentos mínimos na parte teórica da u.c. Em caso de aprovação na prova oral a componente T será classificada com 9,5 valores.
A classificação negativa em TP, ainda que positiva em T, acarreta reprovação sem qualquer recurso.
De acordo com a legislação aplicável em vigor.
A melhoria da parte prática da disciplina pode ser objecto de melhoria através de entrega de trabalho revisto no prazo de 15 dias após a avaliação final.
A classificação da parte teórica pode ser objecto de melhoria através de uma prova abrangendo todo o programa da unidade curricular. A classificação positiva substitui a média das notas obtidas nos testes realizados.