Código: | 400402 | Sigla: | 400402 |
Áreas Científicas | |
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Classificação | Área Científica |
CNAEF | Arquitetura e urbanismo |
Ativa? | Sim |
Unidade Responsável: | Arquitectura (A) |
Curso/CE Responsável: | Mestrado Integrado em Arquitetura |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
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MIARQ | 233 | MIARQ | 4 | - | 12 | - | 324 |
A unidade curricular tem como objectivo a aquisição de conhecimento da arquitectura e da cultura portuguesa do território. Visa a formação e apropriação de um saber com a medida de referências de outras arquitecturas (do espaço ibérico, mediterrânico e europeu e porventura de outras partes do mundo), que habilite a compreender o encontro de culturas, a interpretar sinais de especificidade e pensar sentidos de identidade na arquitectura portuguesa.
Na componente teórica da unidade curricular, a exposição de conteúdos desenvolve-se numa sequência temporal, entrecruzada por linhas de tematização de territórios do espaço português; origem e influxos na formação da nação; oposições e composição, num esforço constante de construção de unidade; tempos breves que singularizam momentos e tempos longos que sedimentam cultura e formas da arquitectura; modos e linguagens arquitectónicas.
O exercício de ‘Caderno de Viagem’ e a experiência de investigação de um caso de estudo, realizada sob orientação tutorial, incidem no desenvolvimento de uma capacidade de observação, informada pelo rigor do pensamento e por um estudo focado e consequente.
O estudo de um caso particular de edificação e/ou de uma estrutura urbana - uma circunstância menos conhecida, com formas miscigenadas avessas a leituras genéricas de ordem estilística e estética - comprende três fases: (1) recensão de informação acerca do objecto de estudo; (2) investigação, trabalho de campo, interpretação e problematização; (3) composição final do trabalho integrando os dados e síntese da investigação.
A prossecução destes trabalhos requer autonomia no lançamento de um sistema apropriado de observação e identificação do objecto particular de estudo. A experiência do trabalho prático funciona como um espaço de laboratório ensaiando modos de ver e investigar factos e memórias guardadas nas formas do edificado; ensinando a discernir problemas, na obra nova como nas acções de transformação do preexistente, e a avaliar soluções e compreender o mérito da obra.
O conhecimento formado com autonomia está na origem de um saber assimilado: a aproximação a um senso de forma e de fazeres antigos adquiridos concorre para a instrução de um juízo crítico e consequente implicado em decisões de projecto e de intervenção de arquitectura contemporâneas.
A unidade curricular beneficia igualmente de uma dinâmica de pesquisa impulsionada por interrogações e descobertas dos alunos. O tempo longo dedicado ao trabalho de grupo, desenvolvido em dois semestres com instâncias de crítica e avaliação intermédias, permite que se consolide a experiência de investigação. A dedicação a uma causa abre a possibilidade de uma nova valorização do edificado e de estruturas urbanas anteriormente pouco conhecidos.
A unidade curricular inscreve-se na estrutura curricular do curso, na sequência dos programas de história da arquitectura leccionados nos anos do curso precedentes, cujos conteúdos dá por adquirido. Sendo a última unidade curricular da área de História da Arquitectura, na sequência do plano de estudos, considera-se de interesse a inclusão de algumas referências à cidade portuguesa, em linha com os trabalhos desenvolvidos nesse domínio, sob Orientação Tutorial, que constituem um acervo de experiência de História da Arquitectura Portuguesa; do mesmo modo, procurar-se-á incorporar referências ao debate em torno da arquitectura portuguesa, nos séculos XIX e XX, desse modo ligando a tessitura de conhecimentos lançada em anos curriculares antecedentes.
1 Na Península Ibérica antes da formação de Portugal
1.1 A Cultura castreja do Noroeste peninsular;
1.2 A Romanização da Península Ibérica. Portugal Romanizado;
1.3 A cidade Romanizada de Conimbriga;
1.4 Arquitectura paleocristã;
1.5 Arquitectura do contexto Suevo e Visigótico (séculos VI/VII-VIII, ano de 711);
1.6 A Época da 'Reconquista'. Arquitectura pré-românica asturiana (séculos VIII-X);
1.7 A Época da 'Reconquista'. Arquitectura moçárabe (séculos VIII-XI).
1.8 Na Península Ibérica, antes da formação de Portugal. Temas e interrogações (síntese)
2 Portugal na Idade Média
2.1 Arquitectura românica (séculos XI-XIII);
2.2 Arquitectura gótica (séculos XIII-XIV);
2.3 Arquitectura tardo-Gótica (séculos XIV-XV);
2.4 2.3 Arquitectura militar e civil (séculos XII-XV).
3 Portugal no limiar da Idade Moderna, a passagem
3.1 Arquitectura tardo-gótica, mudéjar;
3.2 Arquitectura Manuelina (séculos XV e XVI).
4 Portugal na Idade Moderna
4.1 Manuelino e renascimento;
4.2 O Renascimento;
4.3 Classicismo, arquitectura chã;
4.4 No limiar do Barroco (século XVII);
4.5 O Barroco (século XVIII);
4.6 Encontro de culturas, arquitectura portuguesa no mundo.
5 Portugal no fim do Antigo Regime
5.1 O Pombalino; Pombalismo;
5.2 Cultura portuguesa do território;
5.3 Do Iluminismo ao Romantismo, sistema clássico e tradição.
A unidade curricular inclui duas componentes: (1) parte teórica – aula teórica semanal e ‘caderno de viagem’; (2) parte de Orientação Tutorial – trabalho teórico-prático de grupo.
A UC conjuga diferentes métodos de ensino. As aulas teóricas versam a exposição sistemática de conteúdos, intercalados pela síntese de temas considerados num tempo longo. O exercício de ‘Caderno de Viagem’, com desenhos de edifícios considerados no programa das aulas teóricas, constitui uma experiência de formação pela viagem, apreendendo territórios e lugares da arquitectura: a terra, matéria, paisagem, forma e espaço, e luz medidos pelos sentidos.
A parte de Orientação Tutorial tem como objectivo o desenvolvimento de um trabalho teórico-prático de grupo com a duração de dois semestres. A orientação de cada grupo de trabalho ocorre num ritmo quinzenal, segundo calendário definido para um período de aulas (trimestre).
Designação | Peso (%) |
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Teste | 50,00 |
Trabalho laboratorial | 50,00 |
Total: | 100,00 |
Designação | Tempo (Horas) |
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Estudo autónomo | 70,00 |
Frequência das aulas | 64,00 |
Trabalho laboratorial | 100,00 |
Total: | 234,00 |
A matéria leccionada na unidade curricular tem duas componentes de avaliação, referentes à parte teórica e teórico-prática de orientação tutorial.
A aquisição de conhecimentos respeitantes à matéria da parte teórica é avaliada individualmente em dois testes escritos. O exercício de Caderno de Viagem inscreve-se na componente teórica da unidade curricular; é obrigatório e tem um momento intercalar de apreciação do seu desenvolvimento. O resultado da sua classificação final é traduzido numa bonificação, que acresce à média das classificações obtidas nos testes. A componente teórica é passível de recuperação e melhoria em exame final de recurso.
A obtenção de classificação positiva, na parte teórica da unidade curricular (uma classificação maior ou igual a 9,5 valores) é determinada pelo cálculo da fórmula aplicável, tendo em conta uma classificação do Caderno de Viagem maior ou igual a 9,5/20 valores.
O exame de recurso realiza-se em época própria definida para o efeito no calendário escolar. Consiste numa prova escrita e oral, nos casos em que esta seja aplicável. A classificação obtida no exame de recurso escrito/oral substitui as classificações alcançadas nos dois testes, processando-se o cálculo da classificação final com a recuperação da bonificação do caderno de viagem e da classificação do trabalho teórico-prático de grupo.
A frequência da disciplina é obtida com a classificação positiva do trabalho teórico-prático de grupo, realizado sob orientação tutorial. Ao longo do ano lectivo existem três momentos de avaliação. A classificação do trabalho de grupo reconhece esse plano de trabalho como espaço colaborativo, conjugando competências e debate.
1 Fórmula da classificação final (CF):
[(Teste 1 + Teste 2):2 + Bonificação CV] + TP
CF = -------------------------------------------------------
2
CV Caderno de Viagem
TP trabalho teórico-prático de grupo
2 Condições para a aplicação da fórmula da classificação fina
O trabalho teórico-prático deverá ter uma classificação >/= 9,5 valores;
O caderno de viagem deverá ter uma classificação >/= 9,5 valores;
O resultado da média dos testes 1 e 2, mais a bonificação do Caderno de Viagem, deve ser >/= 9,5 valores.
No caso de não ser possível efectuar o cálculo da classificação final, as classificações parcelares obtidas serão guardadas até que seja possível aplicar a fórmula.
3 Bonificação do caderno de viagem:
10 valores 0 de bonificação;
11 valores 0,1 valores de bonificação, acrescidos à média dos testes (ou à classificação obtida no exame de recurso);
...
20 valores 1 valor de bonificação, acrescido à média dos testes (ou à classificação obtida no exame de recurso).
O exercício do Caderno de Viagem não se considera realizado sem que seja alcançada uma classificação maior ou igual a 9,5 valores.
n.a.
n.a.
A Avaliação Especial é realizada nos termos da legislação aplicável.
A melhoria de nota pode ser efectuada em exame de recurso, mediante a realização de exame escrito e oral, abrangendo toda a matéria da parte teórica. A classificação obtida no exame de recurso escrito/oral substitui as classificações alcançadas nos dois testes, processando-se o cálculo da classificação final com a recuperação da bonificação do caderno de viagem e da classificação do trabalho teórico-prático de grupo.
Informação para alunos estrangeiros (em regime de mobilidade Erasmus ou outro): a matéria da parte teórica encontra apoio sobretudo em bibliografia portuguesa. Existem alguns textos de síntese, editados em várias línguas; alguns integram catálogos de exposições internacionais sobre Portugal e a cultura portuguesa. No caso da matéria leccionada no primeiro período, correspondente ao tempo antes da formação de Portugal e referente à Península Ibérica, existe bibliografia em língua estrangeira.
Os testes escritos podem ser efectuados em inglês, espanhol, francês, italiano e alemão. Nas sessões de orientação tutorial é possível a utilização de uma segunda língua (inglês).