História da Arquitectura Portuguesa
Áreas Científicas |
Classificação |
Área Científica |
CNAEF |
Arquitetura e urbanismo |
Ocorrência: 2012/2013 - A
Ciclos de Estudo/Cursos
Sigla |
Nº de Estudantes |
Plano de Estudos |
Anos Curriculares |
Créditos UCN |
Créditos ECTS |
Horas de Contacto |
Horas Totais |
MIARQ |
214 |
MIARQ |
4 |
- |
12 |
- |
324 |
Língua de trabalho
Português
Objetivos
A unidade curricular de História da Arquitectura Portuguesa visa a aquisição de conhecimento da arquitectura edificada nos territórios de Portugal contemporâneo e seus antigos domínios no mundo, das condições da sua produção e processos de desenho, desde os últimos tempos da pré-história, da Antiguidade ao fim do Antigo Regime.
Espaço e tempo latos convocam um enquadramento de referências alargado à Península Ibérica, em especial no período antes da formação da nacionalidade. A interrogação de identidade, modos e especificidade solicita aspectos comparativos do âmbito do discurso genérico sobre cultura / arquitectura europeia e mediterrânica. A atenção a diferenças e diversidade, elementos de longa duração e formas de intersecção de culturas perfaz a complexidade dos fenómenos arquitectónicos estudados.
As aulas teóricas seguem em narrativa diacrónica, sistemática quanto assente na interrogação crítica. A tematização versa os territórios da arquitectura: sítios e formas de habitar e organizar o espaço construído; construção corrente e marca de lugar e edificação singular (religiosa e pública, de representação política, militar e social); materialidade, ornamento e signos da linguagem arquitectónica.
O estudo de casos menos conhecidos, ou mesmo desconhecidos, praticado em trabalhos de grupo, sob orientação tutorial, com temas muito variados, escolhidos segundo o interesse dos estudantes, abre um espaço de investigação e descoberta que concorre para o aprofundamento e a revisão do conhecimento disciplinar no domínio da unidade curricular, mas, sobretudo, contribui para a assimilação de conhecimento com experiência. Saber apropriado pelo estudante, tornado próprio, que desejamos possa ser compreendido na sua actualidade operativa para o debate contemporâneo.
O Caderno de Viagem, com desenhos de visita e estudo de obras, completa o ciclo de aprendizagem. Constitui um exercício de pensar o conhecimento e aprofundar a capacidade de ver, como meio de instrução do olhar.
Programa
Apresentação
1 Na Península Ibérica, antes da formação de Portugal
1.1 A cultura castreja do Noroeste peninsular
1.2 A romanização da Península Ibérica. Portugal romanizado
1.3 A cidade romanizada de Conimbriga
1.4 Arquitectura paleocristã
1.5 Arquitectura do contexto suevo e visigótico (séculos VI/VII-VIII, ano de 711)
1.6 A época da 'Reconquista'. Arquitectura pré-românica asturiana (séculos VIII-X)
1.7 A época da 'Reconquista'. Arquitectura moçárabe (séculos X-XI)
1.8 Na Península Ibérica, antes da formação de Portugal. Temas e interrogações
2 A formação de Portugal. Portugal na Idade Média
2.1 Arquitectura românica (séculos XI-XIII);
2.2 Arquitectura gótica (séculos XIII-XIV);
2.3 Arquitectura tardo-gótica (séculos XIV-XV);
2.4 Arquitectura militar e civil (séculos XII-XV)
3 Portugal no limiar da modernidade, a passagem
3.1 Arquitectura tardo-gótico mudéjar
3.2 Arquitectura manuelina (séculos XV e XVI)
4 Portugal na Idade Moderna
4.1 Manuelino e renascimento
4.2 Renascimento, maneirismo; classicismo, 'estilo' chão
4.3 Arquitectura do tempo da União das Coroas
4.4 Arquitectura da Restauração; o (limiar do) barroco (século XVII)
4.5 Arquitectura barroca (século XVIII)
4.6 O encontro de culturas, arquitectura portuguesa no mundo
5 Portugal no fim do Antigo Regime
5.1 Arquitectura pombalina; pombalismo
5.2 Cultura portuguesa do território
5.3 Do iluminismo ao romantismo, sistema clássico e tradição
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
1 Componente teórica da UC
Aula teórica semanal, 1,5 horas.
Caderno de Viagem. Desenhos de viagem e visita a edifícios considerados no programa das aulas teóricas.
2 Componente de Orientação Tutorial
Trabalhos teórico-práticos, desenvolvidos em grupo, acompanhados em sessões de orientação tutorial. As sessões de orientação tutorial decorrem segundo calendário estabelecido no início de cada período. Em princípio têm lugar de quinze em quinze dias, prevendo-se um tempo de 1 hora ou 1,5 hora, conforme o número de grupos existentes. O escalonamento dos grupo, nas sessões de orientação tutorial, segue um princípio de rotatividade, de sessão para sessão.
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída com exame final
Obtenção de frequência
A avaliação da matéria leccionada na unidade curricular tem duas componentes de avaliação, referentes à parte teórica e teórico-prática, de orientação tutorial.
A frequência é obtida mediante a classificação positiva do trabalho teórico-prático de grupo, realizado sob orientação tutorial. Esse trabalho é desenvolvido ao longo de dois semestres e tem dois momentos de avaliação intercalar, antes da avaliação e classificação final.
A componente de avaliação distribuída, referente à matéria leccionada na parte teórica, consiste na realização de dois testes. Acresce a entrega do Caderno de Viagem. O exercício de 'Caderno de Viagem' é obrigatório e tem um momento intercalar de apreciação do seu desenvolvimento.
A obtenção de classificação positiva, na parte teórica da unidade curricular (uma classificação maior ou igual a 9,5 valores) é determinada pelo cálculo da fórmula aplicável, tendo em conta uma classificação do Caderno de Viagem maior ou igual a 9,5:
(Teste 1 + Teste 2): 2 + Bonificação CV >/= 9,5 valores
O exame de recurso realiza-se em época própria definida para o efeito no calendário escolar. Consiste numa prova escrita e oral, nos casos em que esta seja aplicável. A classificação obtida no exame de recurso substitui as classificações alcançadas nos dois testes, processando-se o cálculo da classificação final com a recuperação da classificação obtida no trabalho teórico-prático e da bonificação do caderno de viagem.
Fórmula de cálculo da classificação final
1 Fórmula da classificação final (CF):
[(Teste 1 + Teste 2):2 + Bonificação pelo Caderno de Viagem] + P
CF = --------------------------------------------------------------------------------
2
P trabalho teórico-prático de grupo.
2 Condições para a aplicação da fórmula da classificação fina
O trabalho teórico-prático deverá ter uma classificação >/= 9,5 valores;
O caderno de viagem deverá ter uma classificação >/= 9,5 valores;
O resultado da média dos testes 1 e 2, mais a bonificação do Caderno de Viagem, deve ser >/= 9,5 valores.
No caso de não ser possível efectuar o cálculo da classificação final, as classificações parcelares obtidas serão guardadas até que seja possível aplicar a fórmula.
3 Bonificação do caderno de viagem:
10 valores 0 de bonificação;
11 valores 0,1 valores de bonificação, acrescidos à média da parte teórica (testes);
...
20 valores 1 valor de bonificação, acrescido à média da parte teórica (testes)
O exercício do Caderno de Viagem não se considera realizado sem que seja alcançada uma classificação maior ou igual a 9,5 valores.
Avaliação especial (TE, DA, ...)
A Avaliação Especial é realizada nos termos da legislação aplicável.
Melhoria de classificação
A melhoria de nota pode ser efectuada em exame de recurso, mediante a realização de exame escrito e oral, abrangendo toda a matéria da parte teórica.
A classificação obtida no exame de recurso substitui as classificações alcançadas nos dois testes, processando-se o cálculo da classificação final com a recuperação da classificação obtida no trabalho teórico-prático e da bonificação do caderno de viagem.
Observações
Informação para alunos estrangeiros (em regime de mobilidade Erasmus ou outro): a matéria da parte teórica encontra apoio sobretudo em bibliografia portuguesa. Existem alguns textos de síntese, editados em várias línguas; em geral, integram catálogos de exposições internacionais sobre Portugal e a cultura portuguesa. No caso da matéria leccionada no primeiro período, correspondente ao tempo antes da formação de Portugal e referente à Península Ibérica, existe bibliografia em língua estrangeira.
Os testes podem ser efectuados em inglês, espanhol, francês, italiano e alemão.