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Processo Histórico e Forma Urbana

Código: 50117C5     Sigla: 50117C5

Ocorrência: 2009/2010 - 1S

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Arquitectura (A)
Curso/CE Responsável: Mestrado Integrado em Arquitetura

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
MIARQ 22 MIARQ (até a 2011/12) 5 - 3 -

Língua de trabalho

Português

Objetivos

Relevando a expressão física da cidade e do território urbano, como resultante do processo histórico de desenvolvimento, pretende-se estabelecer métodos e técnicas de pesquisa histórica da realidade urbana construída que facilitem a identificação e a interpretação dos principais lineamentos históricos da formação e transformação da forma urbana, nas três fases que marcam o processo histórico – apropriação, urbanização, edificação – e que geram uma lógica de espaços que dá expressão e dimensiona a formação do tecido urbano e das redes territoriais urbanas, nos níveis de fixação e circulação.
Interrogam-se elementos marcantes da estrutura formal urbana – elementos de fundamentum da realidade urbana construída – espaço e forma, que permitam ensaiar vectores de compreensão das dinâmicas históricas de formação e evolução / transformação da cidade, sobretudo quando ocorrem sem um quadro de referências programáticas e formais estabelecido por um plano de desenvolvimento urbano global.
Pretende-se exercitar os três níveis de análise da forma urbana: - o dispositivo topológico (a distribuição funcional que cristaliza um modelo ideológico de cidade); - a configuração geométrica (axialidades, traçados e figuras que regulam a implantação urbana); - o tecido urbano (como um sistema constituído pelas vias, o sistema de divisão e apropriação do solo, o construído, o espaço livre e o sítio).
Pretende-se contribuir, assim, para consolidar uma base de pesquisa da realidade urbana material como resultante construtiva de um processo histórico, elegendo o tecido urbano como conceito operativo dessa pesquisa e assim reintroduzir o tempo como elemento fundametal da compreensão, relacionando os factos urbanos da curta duração com as persistências na longa duração.
Competências que se esperam alcançar:
- desenvolver uma metodologia de pesquisa e uma capacidade interrogativa da realidade urbana material capaz de identificar o processo histórico da formação urbana;
- desenvolver a estruturaçao de conhecimentos fundamentais para a interpretação do tempo histórico na conformação material da forma urbana;
- inscrever conceitos operativos e instrumentos técnicos de investigação da realidade urbana material.

Programa

1) Cidade e investigação disciplinar
a) Fontes e metodologias interrogativas
b) Técnicas e métodos de pesquisa
c) Problemas, temas e bases interpretativas

2) Cidade e configuração urbana material em tempo histórico
a) Processo histórico e forma urbana
b) Niveis e tempos de intervenção social na cidade –político,económico e técnico
c) Fases da materialidade configurativa do espaço urbano – apropriação, urbanização e edificação

3) Cidade e visualização material - conceitos operativos
a) Realidade e representação
b) Visões urbanas – cultura e política
c) Tecido urbano e dimensão física do tempo histórico

Os conteúdos programáticos terão como referência base e especificamente a realidade urbana portuguesa (casos concretos em estudo ou já estudados), integrando esta na respectiva contextualização internacional , apelando preferencialmente a uma base interpretativa da cidade contemporânea (séculos XIX e XX) – e suas respectivas fontes cartográficas e cadastrais – mas relevando as linhas de continuidade histórica do desenvolvimento urbano precedente e relacionando factos urbanos da curta duração com as persistências na longa duração.

Bibliografia Obrigatória

AAVV - Formes urbaines: de l'îlot à la barre. 1980; ed. castelhana Formas urbanas: de la manzana al bloque. Barcelona, Gustavo Gili, 1986
Las tipologias arquitetonicas: una antologia de ensayos críticos, Compilação por Abner J. Colmenares, Universidad Central de Venezuela, Faculdade de Arq. E Urbanismo, Caracas, [1999?]
CORREIA, José Eduardo Horta - Urbanismo em Portugal. In Dicionário Ilustrado da História de Portugal, Vol.II, Publicações Alfa, 1985
SILVA, Álvaro Ferreira da - Modos de Regulação da Cidade: A Mão Visível na Expansão Urbana. «Penélope . Fazer e Desfazer a História», 13, "Lisboa - Cidade, Corte, Capital e Metrópole", 1994, pp. 121-146
TAVARES, Rui; NONELL, Anni Günther- A representação gráfica rigorosa como instrumento, técnica e linguagem da gestão espacial – a institucionalização do cadastro topográfico parcelar. In “Estudos de Arte e História”, Lisboa, Vega. 1995
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DICTIONNAIRE de L'Urbanisme et de L'Aménagement. Dir. Pierre Merlin e Françoise Choay, Paris, Presses Universitaires de France, 1988
FERRARIS, Maurizio - La città in negativo, “Lotus Internacional nº38”, Electa Periodici, Venezia, 1983, pp. 40-44
AAVV - Elements d'analyse urbaine. Bruxelas, AAM, 1980
BENEVOLO, Leonardo - La ville dans l’Histoire Européenne.Paris, Éditions du Seuil, 1993, trad. Portuguesa – A cidade na história europeia. Lisboa, ed. Presença, 1995
CANIGGIA, Gianfranco - Ragionamneti di tipologia. Operatilitá della tipologia processuale in architettura, Alínea Editrice, Firenze, 1997.
GRESSET, Philippe - Constitution et Résolution de la Ville par Fragments (1790-1840). In Urbanisme et société en Grande-Bretagne (19e - 20e siécles). Actes du Colloque de Clermont-Ferrand (13-14 janvier 1984) réunis par J. Carré et M. Curcurù. Clermont-Ferrand
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SOLÀ-MORALES I RUBIÓ, Manuel de - Les formes de creixement urbà. Laboratori d'Urbanisme, Barcelona, edições UPC, 1993
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MARQUES, Maria da Conceição Oliveira - O Desenvolvimento Urbano de Lisboa, 1879-1938. Dissertação de licenciatura, mimeografada, apresentada à Faculdade de Letras de Lisboa, 1967
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SILVA, Raquel Henriques da - Lisboa, 1900 as avenidas novas e o arquitecto Norte Júnior. «Colóquio Artes», 73, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, Jun.1987, pp. 53-63
TAVARES, Rui - “Memória e Refundação Urbana. Conservar e desenvolver a Cidade. O caso do Porto”. In Boletim Interactivo da APHA, n.º 2, 2004, www.apha.pt

Observações Bibliográficas

Obs. – Esta bibliografia geral será complementada por uma listagem bibliográfica específica relativa aos casos estudados portugueses, que virá a constituir uma base de orientação à pesquisa, e será disponibilizada como material de apoio ao desenvolvimento do programa.

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

Aulas teórico-práticas:
Os conteúdos da disciplina serão apresentados em aulas teórico-práticas, em carácter de seminário, onde se desenvolvem os vários temas dos conteúdos programáticos e se promove a discussão orientada e participada dos alunos. Está igualmente prevista a participação de docentes e outros convidados na apresentação de casos de estudo concretos, em programação previamente definida.
De acordo com programação prévia, destinam-se períodos destas aulas ao acompanhamento e discussão individual, ou alargada a grupos de alunos, de relatórios e trabalhos/indice de reflexão propostos para a pesquisa e interpretação de casos de estudo concretos, que poderão constituir-se em bases para o desenvolvimento de monografias individuais definidas no plano de estudos. Esse acompanhamento é realizado num sistema de orientação tutorial (OT), tal como está definido no plano de estudos.
Todos os contéudos apresentados bem como todos os trabalhos desenvolvidos pelos alunos deverão ficar disponíveis na plataforma de e-learning, para consulta pela totalidade dos alunos.
Todo o apoio à cadeira, em complemento do apoio pessoal previsto, desde a publicação electrónica de sumários, apontamentos, material a usar nas aulas, orientação tutorial, passando pelo contacto com os docentes, deverá ser feito através do serviço de e-learning do IRIC na área referente à cadeira (http://elearning.up.pt), na qual os alunos se deverão inscrever.

Tipo de avaliação

Avaliação por exame final

Componentes de Avaliação

Descrição Tipo Tempo (Horas) Peso (%) Data Conclusão
Participação presencial (estimativa) Participação presencial 70,00
Total: - 0,00

Obtenção de frequência

Obtém frequência todo o aluno regularmente inscrito que:
- não ultrapasse o máximo permitido de faltas – 25% das semanas lectivas (RGACMIAF - Art 9º, Nº 6);
- obtenha uma classificação final igual ou superior a oito valores.
Apenas os alunos que obtenham frequência podem ter acesso à prova de recurso.
As classificações de todos os elementos de avaliação serão expressas numa escala de 0 a 20.
Todo e qualquer trabalho entregue para avaliação deverá ser obra exclusiva do(s) seu(s) legítimo(s) autor(es).

Fórmula de cálculo da classificação final

A classificação final resultará da soma ponderada da avaliação dos trabalhos desenvolvidos, da qualidade de participação nas dicussões orientadas de todos os conteúdos programáticos e dos critérios definidos para a assiduidade. Os pesos a considerar para cada uma das referidas parcelas será de, respectivamente, 60%, 20% e 20%. A aprovação implica uma nota superior ou igual a 9,5 valores.

Provas e trabalhos especiais

Ao longo do semestre, para acompanhamento do desenvilvimento dos conteúdos programáticos, poderão ser solicitados relatórios de leitura de uma lista bibliográfica apesentada para esse efeito específico, segundo uma escala de calendário apresentado na abertura do programa.
No final do 1º período de aulas (férias de Natal) os alunos deverão apresentar, para discussão orientada e crítica partilhada em turma, uma sugestão/opção de tema de trabalho com um programa/esquema de desenvolvimento, acompanhado de um relatório de leitura(s) bibliográfica específica do tema seleccionado e uma base/recolha documental.

Melhoria de classificação

A melhoria da classificação final é feita em prova de recurso, que incide sobre todos os conteúdos apresentados nas aulas teórico-práticas e nos seminários, bem como de todos os trabalhos desenvolvidos pelo aluno, e consta de uma prova oral que terá a duração máxima de 1 hora.
Apenas podem ter acesso a essa prova de recurso os alunos que tenham obtido frequência à disciplina.

A prova de recurso terá um peso de 70% na nota final, sendo os 30% restantes retomados da avaliação distribuida.
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